Croconaw queria tentar na prática, sendo assim cheguei perto de uma pedra, relativamente pequena, e pedi que usasse o ataque nela, mas ela deveria segurar sua energia o máximo possível antes de acertar o ataque, todos torciam para ele.
Valentain percebeu a intenção de Croconaw, e fazendo a sua vontade, ofereceu-lhe uma pedra relativamente pequena para praticar. Esse refez todo o seu ritual para aplicar o golpe, e assim que completou a parte da “preparação”, desferiu a poderosa técnica. A pedra rachou, mas não quebrou, e ele decidiu atacar mais uma vez sem esperar por ordens, conseguindo dessa vez dividir a pedra em duas. Ao final ergueu os punhos comemorando o seu feito, mas sabia que precisava praticar mais. O seu Brick Break era como uma espada que precisava ainda ser afiada... Voltou a olhar para Valentin ansioso, esperando o seu próximo alvo para partir em dois.
Com um novo alvo à sua frente, Croconaw ergueu a mão espalmada e concentrou a sua energia na palma. Sem demora, ele desceu a mão como uma guilhotina. Um golpe afiado, que se baseava mais em técnica do que em força. Quando atingiu a pedra, Valentin sentiu os seus braços vibrar para só depois perceber que a pedra tinha se partido em duas, desfarelando na região em que Dile tinha atingido. O Brick Break tinha sido dominado e Croconaw olhava triunfante para a sua própria mão...
Ainda próximo de seu Pokémon d’água, Valentain pode observar o rosto assustado de Rupaul. Seus olhos estavam esbugalhados em uma forma horrorosa de espanto. Ele tinha visto um fantasma? Olhava diretamente sobre o ombro de seu companheiro. Quando Val se virasse para ver o que estava atrás dele, se depararia com um grande buraco negro flutuando a dois metros de distância. Uma espécie de argola dourada formava o limite da fenda e uma ligação sobrenatural atraia Valentain para o buraco, como se o convidasse a se aproximar. Mas aquele fenômeno apesar de belo e místico, também era aterrorizante. O desconhecido estava a encarar Valentain, o que ele iria fazer? Fugiria? Se aproximaria? Ou estava tão amedrontado que tinha ficado paralisado?
Atraído pelo buraco negro no espaço Valentain se aproximou do mesmo com Rupaul lhe puxando para que fugissem. Mas o treinador continuou em frente, e sem ter a chance de tentar qualquer coisa, tropeçou em uma pedra mergulhando de cabeça naquela fenda. Rupaul ainda tentou segurar seu amigo, mas esse lhe escorregou e ele caiu sentado no chão. Quando olhou para aonde deveria estar Valentain, já não existia mais nada ali. O buraco junto de seu amigo haviam sumido.
- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Valentain ainda tinha consciência quando adentrou a fenda dimensional, e ali dentro sentiu-se em um túnel com força gravitacional que o puxava pra longe. Ele se sentia envolvido pelo espaço, como se estrelas, planetas e galáxias brilhassem ao seu redor, e sempre sendo arrastado para longe, por uma força invisível que não o soltava. Após poucos segundos, que pareceram uma eternidade, ele avistou outro buraco negro, como aquele em que tinha entrado, e estava sendo levado direto para lá. Então ele cruzou a saída daquele buraco dimensional. Mas em que lugar ele cairia?
Ao sair da fenda dimensional Valentain cai em cima da algo mole e grudento. Levantando-se, percebe que tinha esmagado uma dúzia de berries, deixando-as totalmente destruídas... Olhando ao redor, descobre que estava na selva, com uma árvore imensa a suas costas. O ar ali era agradável com o cheiro do mar invadindo a região. Aparentemente, o local estava deserto, mas quem tinha reunido aquelas berries? E afinal, que lugar era aquele? Estava vivo pelo menos, o buraco negro misterioso não o tinha matado.
Sem fazer a menor ideia do que estava acontecendo Valentain gritou para chamar a atenção de alguém. Mas infelizmente ninguém apareceu. Estava sozinho no meio do nada, perdido, abandonado pelo mundo... Após uns cinco minutos, uma sensação ruim se apossou de seu corpo, como se alguém estivesse o observando, o analisando, quando de repente, a Pokébola de Croconaw saiu voando sozinha em direção a um moita, flutuando em pleno ar. Mas o que estava acontecendo?