Treinos e Desafios

Perante os primeiros resultados daquele treinamento, ambos os treinadores se colocavam a analisar o desempenho de seus parceiros para então lhes oferecer novas dicas, ou ordens, naquele exercício. Assim, sem enrolar, as criaturas tornavam a mostrar suas reações para com suas ações.

O primeiro grupo, o qual os participantes tentavam cantar, novamente apresentava um demonstração da raposa gramínea de como deveriam conduzir tal cantoria, tendo o venenoso e caloroso a seguir seu exemplo logo após, não tardando a demonstração desafinação e falta de ritmo. Entretanto, com as dicas dos treinadores e à medida que se esforçavam em treinar, poderia se ver uma melhora no ritmo da música por parte daqueles que desejavam aprender o movimento, pouco a pouco se igualando a do Leafeon. Por fim, notava-se somente a falta de uma entonação própria para aquela música por parte dos dois, ou seja, restava a eles ajustarem seus tons de voz para que, enfim, pudessem aperfeiçoar o aprendizado da técnica.

Passando para a dupla de salamandras, ambas continuavam a treinar seus movimentos de fogo, pouco a pouco evoluindo nesse quesito. O primeiro, Blaze, focava-se em continuar a tentar emanar de seu interior chamas azuladas, sendo assim, tentava converter as normais que detinha nessas de cores especiais, não tardando a demonstrar a cada vez que as emanava uma porção maior de faíscas azuladas. Assim, dentro de minutos de treinamento, a criatura já conseguia produzir perfeitamente as chamas especiais, restando-lhe somente treinar seu disparo com elas. Quanto ao outro, Drako, permitia-se a tentar produzir um lança-chamas ao inspirar profundamente e liberar toda a energia calorosa que continha em seu interior através de uma pequena torrente de chamas, que ao passo que ele se esforçava, passava a aumentar, chegando a maiores proporções. Entretanto, não se poderia dizer que a técnica estava totalmente completa, já que lhe faltava ainda uma falta de constância na execução, ou seja, a permanência do emanar de chamas por mais tempo.

Chegando a aqueles que treinavam isoladamente, o inseto esverdeado, seguindo os novos comandos, passava a tentar executar os cortes sobre o tronco de árvore de uma maneira mais leve, evitando cortes mais profundos e esforçando-se mais ao tentar produzi-los de maneira mais lenta. Quanto ao roedor, tratava de aumentar suas forças ao concentrar mais carga em suas bochechas através de uma técnica auxiliar, multiplicando sua força ao atingir o tronco de árvore com seus raios, passando a causar pequenas queimaduras sobre a casca.

Por fim, olhando-se para a Rhyhorn, via-se em sua face um misto de desgosto, ainda pelo apelido, e confusão, já que não entendera muito bem em que as dicas do treinador lhe ajudariam naquele momento, pois ele tratava apenas de como finalizar a técnica venenosa e não de como tal criatura poderia tentar produzir e expelir veneno por seu chifre.

O que fariam agora?

Diante aos resultados que criaturas exibiam e a proximidade do finalizar do aperfeiçoamento das técnicas por parte de alguns, ambos os treinadores se colocavam a reforçar suas instruções ao passo que passavam novas, tendo em especial uma explicação mais detalhada para a rochosa que ainda não havia entendido muito bem os fundamentos do movimento venenoso.

Assim, aconselhado por Gaulvi, Leafeon passara a mostrar o mesmo truque de respiração que lhe fora necessário para dominar tal cantoria, fazendo seus “alunos” o repetirem logo após e os deixar treinar isso. Dessa maneira, quando retornaram a treinar o movimento cantante, passada as primeiras tentativas, poderia se notar uma sonorização muito melhor por parte do Venusaur e do Flareon, consequentemente a isso a força que tal movimento produzia quando cantada em conjunto, completando o treinamento do Round.

Seguindo-se para as criaturas de fogo, Drako, também aconselhado a seguir uma técnica de respiração para concluir seu treinamento, passava a inspirar lentamente e prender a expiração por algum tempo, demorando a soltá-la. Assim, atribuindo tal controle ao lançamento das chamas, pouco a pouco salamandra seguiu evoluindo quanto a duração de sua torrente de chamas, chegando a meta necessária para a conclusão do Flamethrower. Já Blaze, que já havia completado a parte mais essencial do aprendizado, ficava somente a produzir as chamas azuis e lança-la por meio de esferas aos céus, demonstrando ter dominado o Will-o-Wisp.

Por fim, voltando-se a atenção para aqueles que treinavam sozinhos, notava-se por parte do inseto esverdeado o mesmo desempenho de momentos atrás, esforçando-se mais a cada corte lento que produzia sobre a casca da árvore. Já o roedor elétrico, com a ajuda do movimento potencializado, tornava a disparar suas faíscas contra uma das árvores, mas, dessa vez, forçando-se a dispara-las somente de uma de suas patas, o que exigia um controle melhor de sua eletricidade e em quatro das seis tentativas acabara em erro.

Por outro lado, a rochosa, ao perceber a aproximação de Igneel de si, não deixara de recuar alguns centímetros para trás, obviamente desconfiada, mas, no fim das contas, acabara deixando ser afagada enquanto ouvia atentamente as instruções. Sendo assim, logo ela se afastara concentrada para tentar expelir tal energia impura que diziam ter dentro de si, algo no qual, vendo-se nas primeiras tentativas, não havia obtido sucesso imediato. Entretanto, ao continuar se concentrando em fazer com que tal energia aflorasse, logo pode se ver que um fraco brilho arroxeado começava emanar de seu chifre, restando a ela se esforçar ainda mais para manter o movimento e finalizar o treinamento por meio da repetição.

Qual seria a reação dos treinadores em vista a finalização da maior parte do treinamento?

Dada a conclusão do treinamento de alguns dos movimentos, ambos o treinadores decidiam começar um novo exercício com aqueles que haviam completado o aprendizado, pretendendo mais uma vez utilizar-se das pobres árvores para os seus propósitos. Assim, os comandos mais uma vez eram dados, criando novos agrupamentos para algumas das criaturinhas.

O primeiro grupo permanecia intacto, tendo a raposa gramínea, o robusto gramíneo e a raposa calorosa a continuarem a treinar a técnica cantante, mas, dessa vez, visando fortalecê-la através da repetição e ampliação delas sobre uma das árvores. Assim, visando uma árvore de pequeno porte, os três começavam a cantar direcionando todo o poder que continham sobre ela, forçando suas raízes, ao passo que quebravam algumas, e fazendo-o com que devido a pressão do movimento a árvore se inclinasse, dando a entender que a qualquer momento ela fosse cair.

Quanto ao inseto e roedor, ambos continuavam seus treinamentos sobre outras partes daquela vegetação. Tendo o primeiro a mostrar o mesmo desempenho de antes, a não ser pelo fato de que agora demonstrava um caule de árvore repleto de cortes, deixando a árvore em um estado quase deplorável. Enquanto que o segundo focava-se em controlar toda a sua eletricidade na palma de sua pata para disparar em direção à outra vegetação arbórea, revelando que nas três das seis tentativas em que acertara, o caule se mostrava parcialmente queimado pelos danos provocados.

Contudo, de súbito, algo totalmente inusitado interrompia o treinamento de todos, o qual talvez pudesse se mostrar bem irritante e problemático a os olhos dos jovens.

- Ei moleques! O que vocês acham que estão fazendo com o nosso parque?! Acham divertido botarem seus Pokémon para destruidor tudo assim?! – Resmungara um senhor de terno, que aparentemente havia surgido do nada e se apoiava em uma bengala bege. - Continuem com esse treinamento inconsequente de vocês, e eu é que vou lhes mostrar como é que se dá uma lição em baderneiros.

Ditas essas palavras, o senhor um tanto rabugento se dirigira a um dos bancos próximos dali, sentando-se e passando a observar o que os jovens faziam.