Forina Valley
Despedidas!
Os paramédicos finalmente chegaram, e em silêncio e afastado, Will observou o trabalho deles, coordenado e muito eficiente. Os Donphans seriam tratados e os que pudessem sobreviver, recuperados, pelo menos era nisso que Will acreditava.
Victor então se aproximou do carateca, ainda resoluto e em silencio profundo. Assim que ouviu as palavras do Ranger, o jovem pareceu acordar de seus pensamentos, não conhecia esse tal de Petrus, mas entendeu a referência do ditado. Will respirou fundo e recolheu os seus Pokémon um por um para suas respectivas Pokébolas, virou-se para Victor e estendeu a mão para cumprimentá-lo.
- Foi um prazer conhecer você, Sr. Victor! Sem você não teríamos conseguido salvar esses Donphans, uma pena que não fomos rápido para salvar mais vidas... – Will deu um grande suspiro de pesar e continuou. – Mas agora preciso ir, quero aproveitar a luz do dia para procurar um Heracross selvagem. Deixo essa pequena a seus cuidados, acredito que você e seu Heracross encontrarão um local seguro para que ela viva.
Após terminar de se despedir de Victor, se abaixaria para falar com a pequena Heracross. – Bem garota, agora eu me despeço, foi um prazer conhece-la e espero que encontre um local seguro e confortável para viver. Mas uma vez agradeço pelas Berries. – Will mais uma vez tentaria fazer carinho na cabeça dela, mas se ela recuasse, apenas sorriria e se afastaria.
Por último e não menos importante, o Carateca procurou por Phanpy. – Ei amiguinho! Eu estou indo embora, vim me despedir. Lembre-se do que disse antes, seja corajoso e feliz. Quem sabe não nos veremos algum dia? – Will fez um último carinho na criaturinha. – Saiba que eu vejo um líder em você, tenho certeza que quando evoluir, será o Donphan mais forte desse lugar. – Não sabia se as suas palavras fariam diferença, mas Will acreditava sim no potencial do pequenino, e por isso fazia questão de dizer a ele. – Até garoto!
Despedida nunca foi uma tarefa fácil, mas sabia o quanto era necessária. Seus olhos começaram a ficar húmidos, mas ele se manteve firme, esforçando-se para não chorar. Não tinha mais o que fazer ali, era limitado por suas habilidades. Precisava se afastar e distrair a mente, tentar esquecer aquele caos. E que tarefa melhor do que voltar ao seu objetivo principal? Ocupando a mente com a “caça”, acreditava ser capaz de esquecer das mortes daqueles Donphans, pelo menos por algum tempo.