A Briga Ainda Não Acabou!

Por alguns instantes o pokémon lutador apenas observou a treinadora como se estivesse a analisando para ter a certeza se iria mesmo seguir o pensado por ela. Então, quando poderia estar até passando pela cabeça de Quinn que a criatura desistiria de sua ajuda, ela, olhando fixamente para a moça, deu as costas e começou a caminhar.

Daí, a jovem Le Haut, que certamente não estava entendendo o sentido de tudo aquilo, afinal, até aquele momento, o selvagem havia apenas a encarado, o que não queria dizer. Mas, de repente, com um singelo sinal com as mãos e depois de se virar para ela, o ser pediu que a treinadora o seguisse. Pelo menos era isso que o sinal dado juntamente do retomar do caminhar, queria dizer.

Enfim, com isso, ficava claro que o pokémon estava mesmo interessado nas dicas que poderia receber. Porém, o que estaria motivando tal interesse? Um lutador precisando de ajuda de um ser humano? Sério? Era mesmo o tempo para esclarecer todas essas dúvidas...

Durante o tempo em que seguia Mankey em meio a vegetação da rota 124 a jovem treinadora, certamente movida pela curiosidade, buscou descobrir junto ao pokémon o que estava motivando toda aquela vontade de treinar. Afinal, para uma súbita decisão como essa, era mais do que nítido que a criatura estava envolvida em alguma coisa, mas, o que seria?

Embora o desejo de Quinn em ajudar fosse algo que o selvagem estava mesmo levando em conta, ele, depois de tantos questionamentos da garota, apenas a ignorou como se todo o dito não fizesse nenuma diferença para ele. Daí, no instante em que ela se deu conta de tal comportamento, uma novo cenário se destacou diante dela, já que, de repente, Mankey havia parado sua caminhada e apontava para uma pilha de galhos de todos os tamanhos amontoados em baixo de uma árvore já em estado terminal.

Sendo assim, agora, com o sequente posicionamento da criatura em posição de combate, ficava claro que Mankey queria mesmo contar com a ajuda da garota para aperfeiçoar suas habilidades de luta. Enfim, Quinn estaria mesmo disposta a ajudá-lo?

Por alguns segundos o pokémon apenas analisou o dito por Quinn como se estivesse a decidir se ele seguiria mesmo o plano traçado por ele. Plano este que, pelo pouco conhecimento do pokémon, afinal ele nunca tinha tido um parceiro de treinos, parecia algo interessante a ser feito e que poderia ter sim algum tipo de serventia. Pelo menos era isso que o Mankey selvagem certamente estava pensando.

Então, com os olhos de Taillow fixos no que acontecia, se viu o lutador iniciar o treinamento traçado pela garota. Assim, depois de socos precisos, tanto a esquerda quanto a direita, se viu o Mankey, para a surpresa de Quinn cometer algo que ela provavelmente não esperava. Afinal, em sua tentativa de chute, o pokémon perdeu o equilíbrio e acabou caindo sozinho ao chão sem conseguir concretizar o acerto no galho segurado pela treinadora.

Daí em diante, consequentemente esclarecendo um pouco as coisas, se viu o selvagem, com a mesma face nervosa de quando a Le Haut o encontrou, se levantar e, sem pensar duas vezes, começar a socar a árvore mais próxima. Ou seja, por algum motivo, o pokémon, ao sofrer com alguma falha sua, ficava nervoso consigo mesmo e procurava descontar na árvore mais próxima.

Agora, como Quinn lidaria com essa situação?

Durante todo discurso feito pela treinadora, Mankey, ainda impulsionado pela raiva, continuou a socar a árvore como se nada que havia lhe sido dito tivesse algum sentido. Contudo, de repente, quando Quinn pensou que nada iria funcionar com a criatura, o pokémon, parou, olhou fixamente para a madeira já bastante avariada e, mostrando algum interesse nas palavras, voltou a fixar o olhar na garota como se de alguma forma ele estivesse digerindo o dito.

Então, de uma forma diferente que a Le Haut pudesse imaginar, a criatura selvagem, com passos rápidos, se aproximou do porção de galhos e, sem pensar duas vezes, apanhou um do chão estendendo a jovem. Daí, ficava mais claro que o ser havia entendido o discurso, mas, por agora, ele estava mesmo interessado em dominar sua falha com a ajuda da treinadora.

Com isso, como se de alguma forma ele quisesse dizer a garota que ainda tinha assuntos inacabados naquela região, ele mais uma vez estendeu o galho na direção da moça na intenção de retomar o treinamento que elas tinham começado. Agora, restava saber se Quinn estava mesmo interessada em ajudá-lo. Fato que, no fim, certamente mostraria a garota o porquê de todo aquele desejo de treinar.

Pela primeira vez, desde o início da interação entre eles, Mankey sorriu para Quinn em aprovação ao dito por ela. E, pelo que tudo indicava, tal atitude havia surgisse diante do simples fato da garota ter criado uma espécie de "castigo" para caso o selvagem novamente errasse. O que, querendo ou não, funcionava para a mente de Mankey como se fosse os socos que ele dava na árvore.

Assim, com aquele novo recomeço, uma nova interação começou a se observada ali. Uma treinadora, que não tinha o porquê de estar ajudando, se mostrava bastante disponível a um selvagem que, até aquele momento, ainda não havia deixado claro o porquê de todo aquele treinamento.

Com o passar do tempo, repleto de erros, mas também com alguns acertos, se viu Mankey usando seu chute lateral para aumentar sua força, como o castigo anterior, antes de enfim recomeçar a movimentação proposta. E, isso, com os novos minutos que se sucediam, acabava por se tornar cada vez mais raro, já que, com o apoio da Le Haut, o pokémon estava conseguindo finalmente acertar os chutes finais que a treinadora tinha criado. Fato que provava que, mesmo com pouca experiência naquele tipo de situação, Quinn estava conseguindo sim ajudar aquele ser de personalidade forte.

Sendo assim, agora, com cada vez mais sucessos, restava saber se a garota teria alguma nova ideia para aperfeiçoar ainda mais a habilidade do pokémon ou deixaria que ele tomasse as rédeas do momento. O que, no fim, poderia ser algo ainda um pouco equivocado pelo simples fato do treinamento não ter sido assim algo grandioso em seu início.