Pelo menos é fofinho - Chashara Vathel
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Pelo menos é fofinho - Chashara Vathel
Pelo menos é fofinho...
Quando Vathel parou em frente ao laboratório Pokémon ela se sentiu como se estivesse em um filme faroeste. Suas madeixas recentemente pintadas de branco foram levadas pelo vento junto com poeira e folhas de árvores caídas, dava um ar de que uma superpoderosa tinha acabado de chegar para acabar com a criminalidade e, mesmo que Vathel nunca tenha sonhado em ser combatente do crime, ela jurava que podia ouvir uma gaita tocando em algum lugar ao longe e não podia não sentir que naquele momento ela podia fazer tudo o que quisesse.
Sua mãe vinha logo atrás dela, usou a desculpa de que queria ajudar a filha a escolher seu inicial, mas ela desconfiava que tudo isso era apenas uma preocupação de mãe. Vathel se perguntou como ela iria aguentar ficar tanto tempo longe da filha sem dar um troço se, só de viajar de uma cidade para a outra ela já estava a ponto de entrar em colapso?
Nem parecia sua mãe que, meses atrás, implorava para que ela saísse em uma jornada pokémon, ela apostava que sua mãe agora só queria que ela desistisse da ideia e voltasse pra casa e para sua segurança.
Havia perdido seu marido e agora se dava conta de que, nessa jornada, poderia perder a filha também. Não sabia mais se insistir foi uma boa ideia.
Atrás dela vinha Élliot, o filho da vizinha que havia constituído uma amizade com Vathel, vestia bermudas brancas e uma blusa preta, seus cabelos eram incomuns: pintados de verde e levemente arrepiados dando a impressão de que acabara de sair da cama e Vathel não duvidava que ele tinha levantado e vindo assim mesmo. Seu Gallade o seguia sempre fiel com aquela cara emburrada dele, nem parecia que era o pokémon de alguém tão alegre e cheio de energia como Élliot.
- Eu disse que vocês não precisavam vir! - ela disse irritada, sua mãe se sobressaltou, olhava o laboratório com fascinação e nem lembrava mais que sua filha irritadiça estava ao seu lado.
Ela sabia que o sonho do seu marido sempre fora ter um laboratório para poder completar suas pesquisas e agora que, pela primeira vez, estava em frente a um sentia-se levemente ansiosa para saber como era lá dentro.
Élliot por outro lado, já estava acostumado, já que foi nesse mesmo laboratório que começou sua carreira pokémon a muito tempo terminada. Ele mesmo decidiu parar de caçar pokémons após perder a liga laranja e se sentia satisfeito com as coisas que aprendeu em sua jornada. Ele dizia que nunca almejou o sucesso e que apenas queria conhecimento, Vathel duvidava disso e quando olhava seu Gallade não conseguia pensar em como Élliot conseguiu perder a liga se tinha um pokémon tão bem treinado como aquele.
- Você só conseguiu chegar aqui tão rápido porque viemos no carro do meu pai, então eu tenho direito de vir te acompanhar! - Élliot era um pouco mais alto que ela apesar de terem a mesma idade e seu Gallade tinha tanta postura que ela se sentia com inveja da combinação de elegância que aqueles dois tinham um com o outro.
- E eu estou preocupada sobre você, querida, queria ter certeza que você estaria bem - sua mãe falou acariciando os cabelos da filha vários centímetros maiores que ela.
Sarah sempre falou que Vathel puxou a altura do pai e a teimosia da mãe.
O pai de Élliot, um sujeito enorme de cabelos morenos e terno impecável, continuava no enorme carro preto esperando que sua mãe e seu amigo voltasse após os cumprimentos e as despedidas que, sinceramente, era a coisa que deixava Vathel mais ansiosa, odiava despedidas e muito mais cumprimentos.
- Oh? O que vocês estão fazendo aí fora? - uma voz muito diferente de qualquer um deles 4 falou à direita. Ao se virar, um cara barbudo e pesado vinha em direção ao portão carregando o que pareciam caixas e tentava equilibrá-las uma nas outras - Já que estão aí que tal uma ajudinha? - ele perguntou sorrindo.
- Você chegou um pouco atrasada, infelizmente não restaram muitos pokémons agora - o professor falava enquanto os conduzia pelo laboratório, cada um deles levando uma caixa cheia de coisas pesadas para dentro. Élliot tentava não deixar cair o tubo de ferro que o professor tinha equilibrado precariamente numa montanha de papéis e caixas menores.
Seu Gallade estendia a mão tendo certeza que seu mestre não conseguiria salvar aquele tubo até chegarem no local, dito e certo, o tubo caiu e por pouco não fez um estrondo ao chão graças ao seu Gallade que recebeu um sorriso torto e sem graça de seu mestre depois.
Vathel se perguntava quantos micos Gallade já passou por conta de seu mestre imprestável.
Quando todos depositaram as caixas em cima de uma mesa metálica foi que ambos conseguiram respirar e exercitar os braços doloridos.
O professor, que Vathel descobriu ter nome de Birch, afundou em uma cadeira em frente a um computador parecendo exausto e então a conversa sobre pokémons pôde continuar.
- Vathel, certo? - ele perguntou obtendo um aceno de cabeça da adolescente - Vathel, sobraram apenas 3 pokébolas, se você tivesse vindo ontem teria encontrado mais...
- Eu não me importo, só me mostre-os logo - Vathel interrompeu querendo parecer mais apressada do que grossa, o que não adiantou muita coisa.
Depois de uma cara ofendida do professor pela (sem querer) grosseria, alguns minutos e de uma chuva de material sendo jogado das estantes depois, o professor Birch encontrou as pokébolas e então 3 coisinhas minúsculas e muito bonitinhas saíram delas.
Vathel abaixou-se e olhou bem nos olhos de cada uma delas, todos estavam quietos, até mesmo os outros cientistas deixaram de teclar, conversar e organizar papéis para ouvir qual deles a garota iria escolher.
Torchic do fogo?
Treecko da grama?
Mudkip da água?
E no final, após uma longa espera, Vathel se levantou, pôs a mão na cintura e então:
- Infelizmente, nenhum desses professor - Disse ela deixando todos, até os pokémons, um pouco tristes.
- N-nenhum deles? - Birch disse parecendo indignado - Por que não?
- Não me leve a mal, professor, são todos bonitinhos e parecem fortes, mas eu infelizmente não sinto que eles me ajudarão em alguma coisa - ela disse sinceramente obtendo outro olhar indignado não só do professor, mas até mesmo da sua mãe.
- Como assim? - Élliot começou, indignado - Não esnobe os pokémons desse jeito, qual o seu problema? Olha só esse Mudkip! - ele se abaixou carregando o Mudkip até quase esfregá-lo na cara da amiga que continuava com sua mesma expressão decepcionada: braços cruzados e pés batendo no chão.
- Não, não, eu irei sair por aí e encontrar outro pokémon. Um que eu saiba que é bravo o bastante para completar nossa missão!
- Bem... - voltou a falar o professor - Se você não quer nenhum dos meus pokémons então pelo menos leve esses itens com você, vai ajudá-la a seguir seu caminho - disse ele oferecendo-lhes uma mochila com alguns itens dentro - Aqui tem uma pokédex, uma pokégear, pokébolas e tudo o mais que poderá te ajudar. Imagino que saiba o que são essas coisas, certo? - ele perguntou
- Sei sim, muito obrigada professor - ela disse pegando a mochila e andando até a saída - E não se preocupe, esses 3 vão achar os treinadores que os merecem!
Minutos depois todos os 3 estava em frente ao laboratório decepcionados, e digo 3 porque Vathel parecia confiante que iria encontrar um pokémon a sua altura, um que conseguisse sobreviver numa jornada perigosa a qual ela estava destinada a seguir.
- Você não pode mesmo me emprestar o seu Gallade? - ela perguntou pela 24° vez ao seu amigo que pela 24° vez respondeu:
- Não posso.
- Egoísta.
- Não é egoísmo! - disse ele irritado antes de suspirar - Gallade não te ouviria mesmo que eu te emprestasse, é um rapaizinho um tanto teimoso esse aqui! - disse ele batendo de leve na cabeça do seu pokémon que pareceu não gostar muito do gesto.
Chashara suspirou e então se sentou na calçada tentando pensar no que fazer agora, não tinha um pokémon e duvidava que conseguisse capturar um tão facilmente sem batalhar, pokémons não eram fáceis de se adquirir confiança.
- O que aconteceu? - ela ouviu uma voz familiar falar, quando olhou pra cima percebeu que o pai de Élliot havia saído do carro para ver o que tinha acontecido.
Depois de Élliot explicar tudo (sem poupar ofensas e indiretas à amiga esnobe), o pai de Élliot não foi o primeiro e nem o último a suspirar e então juntou as palmas em um sinal de que teve uma ideia e se dirigiu ao filho.
- Élliot, que tal você dar a ela aquele pokémon que você capturou recentemente? Ele ainda não foi treinado, foi? - ele perguntou pondo a mão no ombro do filho - Sem falar que pode dar a ela lembranças de sua vida em Kanto!
Vathel levantou a cabeça e viu o rosto contornado de Élliot se dividir entre ser ou não ser solidário. Ela sabia que ele detestava pessoas que trocavam seus pokémons como se não fossem nada e no momento ainda tinha raiva dela por ter esnobado aqueles pokémons, mas é claro que o coraçãozinho mole de Élliot não podia deixar a amiga na mão e a amizade que tinha com Chashara venceu e logo se viu ele estendendo a mão com uma pokébola para a amiga.
- Que pokémon é esse? - ela perguntou desconfiada pegando a Pokébola e examinando-a como se pudesse ver através dela.
- Veja e decida se esta a sua altura, ô vossa majestade toda poderosa - debochou Élliot mais aborrecido do que animado com a ideia de dar seu pokémon àquela cretina.
Assim que um raio vermelho se soltou da pokébola, ela conseguiu ver a cara de lerdo, o rabo muito longo e o corpo rosa do pokémon abaixo.
- Um Slowpoke? - ela perguntou ao se agachar para encarar o pokémon que nem parecia estar naquele lugar - Onde você o pegou?
- Na minha última viajem a Kanto - Explicou ele - e se quer minha opinião é um pokémon bem forte, apesar de um pouco lerdo...
Mais uma vez o tempo pareceu parar enquanto Vathel encara o Slowpoke que pareceu perceber só agora que havia saído da pokébola.
Após o que pareceu 30 anos Vathel respondeu.
- Isso vai me ajudar? - ela perguntou desconfiada. O pokémon nem parecia que conseguia obedecer uma evasiva a tempo de não se machucar.
- Esnobe meu pokémon mais uma vez e você fica sem nenhum! - Élliot respondeu de forma seca, enquanto seu pai ria nervoso.
- Tudo bem... - ela falou sem muita confiança de que aquilo daria certo - Pelo menos é fofinho.
- Slooooooow
Última edição por Barlomad em Sáb Abr 21 2018, 16:09, editado 2 vez(es)
Barlomad- Treinadora
- Alertas :
Re: Pelo menos é fofinho - Chashara Vathel
Infelizmente você não poderá iniciar sua jornada no momento.
No guia do começo alternativo não consta que Eevee é uma das opções de iniciais disponíveis.
Peço para que verifique a lista novamente, escolha um novo inicial e, assim que possível, edite seu post fazendo as devidas correções. Após a correção, poste aqui avisando para que eu possa reavaliar seu início de jornada!
No guia do começo alternativo não consta que Eevee é uma das opções de iniciais disponíveis.
Peço para que verifique a lista novamente, escolha um novo inicial e, assim que possível, edite seu post fazendo as devidas correções. Após a correção, poste aqui avisando para que eu possa reavaliar seu início de jornada!
Artie- Especialista Water I
- Alertas :
Re: Pelo menos é fofinho - Chashara Vathel
Agora sim!
Perfil atualizado e inicial entregue. Fique a vontade para criar sua primeira rota em Littleroot ou proximidades. Boa jornada!
Perfil atualizado e inicial entregue. Fique a vontade para criar sua primeira rota em Littleroot ou proximidades. Boa jornada!
Artie- Especialista Water I
- Alertas :
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