Confusões em dobro!

Sophia tinha a sua frente um dos locais mais famosos de Hoenn, Meteor Falls. Lar de diversas histórias sejam místicas ou não. A caverna, ou melhor, o conjunto de cavernas tinham em sua extensão diversas espécies e localidades que só poderiam ser encontrados ali, eram típicas e certamente especiais.

Não era nada estranho ver que vários treinadores resolveram se aventurar pelo local, afinal a notícia já tinha se espalhado pelo continente inteiro e, talvez, até mesmo outros continentes. Era também bem interessante ter aquela oportunidade da Ranger colocar novamente suas habilidades a prova, afinal ali não faltaria pessoas com más-intenções para com os filhotes abandonados. Eles poderiam dar uma boa grana no mercado negro.

A caverna, pelo menos à primeira vista, não tinha nada de diferente do que todos havia ouvido a respeito. Era visível daquela distância, o que não era muito longe, algumas cachoeiras e também diversas escadas levando a níveis mais baixos. Haviam também várias áreas reservadas a estudos e pesquisas e por isso não deveram ser exploradas, sendo demarcadas com uma grande e larga faixa amarela com escritos de atenção. A jovem também poderia observar que logo na entrada, em todo o redor e também em cima da montanha a qual a caverna estava, uma luz era emitida, talvez alguma reação a qual os diversos meteoritos fizeram ao decorrer dos anos, afinal ali era lar de dois dos Pokémon mais conhecidos da mitologia de Hoenn, Lunatone e Solrock, ambos Pokémon meteorito.

Sophia estava muito bem acompanhada, seus parceiros ao seu redor e também a Cleffa em seu colo estavam prontos para mais uma aventura e certamente era isso que encontrariam. Suas disposições, talvez, eram o suficiente para motivar uns aos outros, além de é claro Sophia, que tinha um objetivo muito gentil em procurar e resgatar tais espécies abandonadas.

A ideia de Sophia colocar a morcega para identificar a caverna e poder guiar o grupo foi bem inteligente, ela tinha mais habilidade e era muito mais acostumada em locais assim, desta forma poderia ser uma líder muito efetiva e produtiva. Além disso a Golbat conseguiria prever movimentos com sua ecolocalização, e isso seria de grande ajuda, pois poderia saber de qualquer movimentação suspeita na caverna.

Alguns minutos de caminhada eram o suficiente para fazer com que a paisagem mudasse completamente. As cachoeiras e pequenos lagos e riachos eram substituídos por grandes rochas e pedras. Os minérios também estavam bem destacados pelas paredes da caverna, era possível ver vários objetos brilhantes que se destacarem em meio a aquela quase escuridão total.

Sophia tinha a sua frente poucas opções de exploração, mas o que mais poderia lhe chamar a atenção era uma grande luz amarelada que vinha do que poderia ser o final daquele caminho. Aquilo era bem chamativo e barulhento também, sons de raios e trovões eram perceptíveis, além de barulhos metálicos e de rochas sendo quebradas.

Aquilo era interessante de ser investigado, mas restava apenas a ranger decidir o que fazer.

A caverna entretinha a pequena Cleffa no colo de Sophia, era divertido ver a pequena Pokémon forma estrelada. Além disso era bem notável que as pedras preciosas, talvez, que se dispunham através da grande parede da caverna pareciam brilhar de uma forma diferente, aquilo chamava atenção e também parecia emanar uma energia diferente, elas faziam os Pokémon de Sophia se sentirem estranhos, eles pareciam olhar assustados para o fim da caverna e lambem estavam tremendo um pouco.

Isso fazia toda a experiência se tornar uma preocupação, a treinadora teria um problema a mais a prestar atenção.

Um exemplo da reação das pedras místicas era na Golbat, ela já não emitia seu som característico, e sim algo mais vazio e oco, além de que ao fundo, quase que imperceptível, era possível ouvir uma voz vindo dos “gritos” emitidos por Batgirl. Ela batia suas asas mais rápido, talvez tentando recuperar um equilíbrio que perdeu, além de olhar muito para Sophia enquanto voava.

Ao fim do túnel ela poderia continuar vendo os flashes e barulhos, porém, algo parecia se aproximar da ranger pelas costas, sorrateiramente de modo furtivo apenas a respiração, quase que imperceptível, era ouvido.

Sophia se preocupava muito com seus Pokémon, isso era admirável, ela prontamente colocava Golbat e Cleffa de volta à Pokébola assim como os outros que lhe rodeavam. Ela percebia a presença de algo lhe alcançando e aquilo poderia ser perigoso, afinal, a ranger estava em uma área um pouco mais isolada.

Continuando sua caminhada ela percebia que o que havia lhe alcançado era um pequeno Teddiursa, ele parecia bem sonolento e passava suas patinhas em seus olhos, parecia que acabou de acordar. O Pokémon urso estava, agora, estático frente a Sophia, ele a olhava fixamente bem no fundo dos olhos e parecia não querer sair dali.

Era interessante ver uma espécie daquelas em Meteor Falls, um lugar completamente fora de seu habitat, mas a hibernação lhe dava um bom motivo.
O ursinho tentava escalar no colo da treinadora, que até então estava frente a ele, e ainda olhava a ela com seus olhos grandes e hipnóticos, colocando as patinhas no rosto e tentando se pôr de pé.

Sophia via, também, bem ao fundo e mais distante, um jovem vir em sua direção. Ele demoraria alguns minutos para lhe alcançar. Ela também via que os flashes repentinamente pararam e as pedras preciosas pareciam se apagar completamente, o que era estranho, mas sua atenção era voltada ao pequeno urso com seu olhar penetrante e bem chamativo.