Pokémon Mythology RPG
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Antes acompanhado do que abandonado

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Off escreveu:
Olá narrador, tudo bem? Essa é uma rota em dupla entre mim e o Artie, nossos personagens já combinaram essa aventura juntos com o intuito de resgatar alguns dos Pokémon abandonados pelo garoto. Sendo assim nosso principal interesse é participar do swarm, mas sinta-se à vontade para cuidar do resto.


Acordei e me levantei rapidamente. Após escovar os dentes e tomar café saí do Centro Pokémon, dessa vez sem Paula, mas com um novo parceiro. Blake iria me encontrar na entrada do Rusturf Tunnel para que enfim pudéssemos começar nossa exploração. Pelo que eu havia pesquisado na internet o lugar era uma das mais antigas construções de Hoenn. Não vou mentir, aquilo me deixou preocupado. Um lugar antigo daqueles já devia ser frágil e se acontecesse uma batalha Pokémon? Esperava não ficar soterrado por camadas de pedra e terra.

O motivo de nossa viagem até ali era até bem nobre. Recentemente havia se espalhado por Hoenn a notícia de que um jovem treinador havia perdido sua licença após abandonar um número grande de Pokémon. Veja bem, Pokémon esse que eram frutos de reprodução no Day Care de Verdanturf e que por muitas vezes não tinham as características desejadas pelo dono e eram simplesmente abandonados. Assim, sem seus pais e sozinhos em um ambiente hostil. O problema ainda era a quantidade, um número imenso de seres havia sido largado e as autoridades estavam até mesmo estimulando sua captura. Tantos seres poderiam até mesmo desestabilizar o bioma no qual se encontravam. Sendo assim, foi decidido que iríamos até ali e ajudaríamos o máximo que pudéssemos. Obviamente a vontade de capturar de treinador também estava presente, mas ali o que nos movia de fato era ajudar.

Havia chegado no início do túnel e agora esperava meu amigo. Acabei chegando adiantado e por isso era provável que Blake ainda demorasse um pouco.

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Off :



A chegada de Blake em Verdanturf foi as pressas. O criador sabia que Thomas chegaria primeiro, pois foi algumas horas para a cidade. Blake acabou cuidando de alguns afazeres de sua fazenda e também passou em uma loja para comprar um TM e isso o atrasou por um bom tempo.

Porém, para sua sorte, quando chegou na entrada do Rusturf Tunnel, Thomas ainda estava lá aguardando-o. Ofegante, McBride logo apoiou suas mãos em seus joelhos e respirou fundo por alguns segundos.


- Obrigado por me esperar, Thomas! Acabei demorando um pouco mais que esperava! - Disse Blake, ainda um pouco ofegante. - Vamos? Ainda devem haver filhotes que precisam de resgate!

Blake então tomou a iniciativa de entrar no túnel. Mesmo que o túnel não fosse uma caverna, o rapaz havia ido preparado, com lanternas em seu bolso e com Golbat para lhe acompanhar.

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Off escreveu:
Só adicionando uma informação que eu esqueci de dizer ao narrador: tenho dois ovos comigo. Devido ao evento do Delibird eles chocarão mais rápido, ou seja o de Mareep que falta uma página chocará em meia e o Zorua que falta quatro chocará em duas.


Enxerguei Blake de longe, o criador vinha a passos largos em minha direção. Ao parar ao meu lado, esbaforido, explicou que o horário em que chegara não era intencional, mas sim um imprevisto.

- Tudo bem. O que importa é que estamos aqui.

Após poucas palavras o treinador tomava a atitude e ia entrando na caverna. Ao seu lado Golbat, o Pokémon que eu havia lutado contra anteriormente na fazenda. Decidi aproveitar o momento e liberar também quem eu havia trazido de especial para missão. Peguei uma Pokébola e trouxe Serket a campo. Gligar apareceu em campo e acenou sua garra, feliz em estar ali. Ao ver Bruce porém, algo mexeu com a pequena escorpião-morcego. Serket o rodeava no ar, observando-o de perto com sua língua de fora. Em seguida, um abraço era desferido ao Pokémon morcego. A pequenina brilhava os olhos enquanto agarrava o venenoso, aparentemente alguém estava apaixonada.

- Err... desculpa, ela não costuma ser assim.

A Ground/Flying costumava ser bastante apegada a Pokémon machos, mas aquela vez... bom, nunca havia visto ela assim antes. Enquanto adentrávamos na caverna fazia tentativas de desgrudar a Gligar do parceiro de Blake, até o momento todas em vão.

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Off: :


Blake finalmente havia cegado à entrada do túnel onde Thomas o estava esperando. O criador havia corrido bastante para chegar a tempo, e respirava ofegante quando finalmente parou ao lado do amigo. Thomas não parecia incomodado com o atraso do outro, e parecia pensativo sobre o que poderia acontecer lá dentro. Mas Blake não parecia pensar esse tipo de coisa, e acabava tomando à frente e entrando no túnel primeiro.

Os dois treinadores escolheram um pokémon para os acompanhar. Blake deixou seu Golbat a seu lado, e Thomas escolheu Gligar. Serket, a Gligar, tinha uma personalidade bastante peculiar, e gostava apenas de interagir com seres do sexo masculino. Mas hoje ela estava bastante atrevida e ao ver Bruce, o Golbat de Blake, ela se agarrou nele com os olhos brilhando intensamente.

Thomas pedia desculpas pelo comportamento de sua pokémon e tentava desgruda-la do outro, mas Bruce parecia não se incomodar com aquilo. Bruce acabou dizendo alguma coisa em seu idioma que fez com que Serket o soltasse quase se derretendo no chão. Por fim, ela estava praticamente sem reação e teve que ser carregada por Thomas para que pudessem prosseguir. Bruce tinha um olhar serio em seu rosto e sua bocarra esboçava um leve sorriso, ele era um sedutor além de inteligente e habilidoso.

O grupo se encontrava dentro do túnel artificial que atravessava a montanha em direção ao oeste. Um trilho velho e antigo seguia em linha reta pelo caminho principal do túnel, mas nenhum trem passava por ele a muito tempo. Algumas pequenas estalactites se formavam no teto do túnel, talvez devido ao abandono. Uma velha fiação sustentava a iluminação do local, mas parecia bastante velha e precisava de alguns reparos. Algumas lâmpadas estavam quebradas e outras falhavam, mas o local parecia muito bem iluminado apesar das condições. O túnel era praticamente uma linha reta em seu caminho principal, mas mesmo assim não era possível ver a saída à frente.

Bruce avançava na frente do grupo e parava ao lado da parede lateral direita. Ele se pendurava em uma estalactite e grudava seu ouvido na parede. - Bat! – Ele dizia apontando uma de suas asas. Serket voltava para a realidade e também seguia até lá para ouvir. Parecia ter alguma coisa por ali, mas como eles chegariam até lá?

PROGRESSOS DA ROTA - THOMAS :


PROGRESSOS DA ROTA - BLAKE :



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Você já tentou carregar um Gligar? Eu imagino que não. Pois bem, se não for necessário nem tente. Serket era pesada, muito pesada. Após ficar caidinha - literalmente - por Bruce, fui obrigado a levar aqueles cinquenta quilos por mais uma boa parte do trajeto.

O Rusturf Tunnel seguia por alguns quilômetros a frente. Ao nosso lado um trilho, provavelmente vestígios do projeto de locomoção que havia sido proposto a muito tempo ali. Por que não havia ido para frente? Não sabia, talvez algum desvio de verba. Entretanto o que mais impressionava eram as estalactites pendendo do teto, aquilo não devia ter sido retirado para a construção? É, definitivamente desvio de verba.

Depois de alguns minutos de caminhada parei.

- Olha garota, não dá mais. Vai ter que se movimentar.

Gligar foi para o chão, entretanto não teve tempo de protestar. Bruce saía voando até uma parede, colocava seu ouvido ali e em seguida apontava sua asa para o local, Serket fazia o mesmo e tentava ouvir o que quer que fosse.

- Há algo ali. Quer tentar quebrar? - Perguntei para Blake.

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Off :



Felizmente Thomas parecia não se importar muito com a espera e logo o clima mudou assim que Gligar reagiu de forma peculiar ao ver o Golbat do criador. A impressão que passava é que havia rolado um clima entre eles... isso até Bruce estragar completamente o clima, o que deixou Blake um pouco sem graça.

- O Bruce é do tipo mais solitário... Na verdade, as vezes ele até tenta mandar em mim. - Foi a justificativa de Blake, ainda encabulado.

O quarteto então adentrou o túnel e perceberam que a iluminação local não era tão ruim assim. Como já havia acontecido uma intervenção humana no ambiente, estava longe de ser uma caverna natural como o Mt. Moon ou Meteor Falls.

Não demorou muito para que Bruce encontrasse algo próximo de uma parede e Serket confirmou, com ambos sinalizando algo para seus treinadores. Thomas sugeriu que tentasse quebrar a parede, o que Blake achou que poderia ser viável.


- Bruce costuma se orientar nos locais usando ondas supersônicas. Se ele detectou algo ali, é certeza que encontraremos algo. - Foi a resposta do treinador, refletindo enquanto falava. - Bruce, que tal usar sua Steel Wing para fazer uma pequena abertura na parede? Assim podemos observar o que há do outro lado.

Blake sugeria uma pequena abertura a princípio porque não sabia como era a estrutura daquele túnel. Temia que derrubar uma parede pudesse causar um desmoronamento.

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Thomas ficara exausto por arrastar sua pokémon por apenas alguns metros, que no fim pareceram quilômetros. Mas tudo melhorou quando Bruce fizera uma descoberta. A duvida era, quebrar ou não quebrar a parede. Thomas achava bastante viável a ideia, e Blake pareceu aceita-la de bom grado, mas tomando algumas precauções é claro. Assim Golbat partiu em direção a parede anteriormente identificada por ele mesmo e desferiu um forte golpe com uma de suas asas coberta de energia. A parede praticamente desmoronou ao receber um único golpe.

O que era para ser apenas um pequeno buraco para observação, se tornou uma passagem para um túnel paralelo ao caminho principal da rota. O buraco era grande o suficiente para que uma criança passasse sem problemas, mas um adulto precisaria de algum jeitinho para passar. Ao olhar através do buraco, era possível ver que a parede em questão estava bastante fina, talvez por causa da forma que havia sido escavada. As paredes internas do corredor recém descoberto eram totalmente irregulares, de forma que ficasse obvio que não havia sido feita por mãos humanas. Talvez os dois seriam os primeiros humanos a passar por ali.

Enquanto os dois treinadores observavam a abertura feita na parede, Serket novamente se aproximava de Bruce e o morcego novamente jogava seu olhar conquistador contra ela. Os dois pareciam estar se divertindo com aqueles flertes, mas acabavam se distraindo por um momento.

O que quer que fosse que tivesse escavado aquele buraco parecia ainda o estar fazendo, já que um som distante de rochas se quebrando vinha de algum lugar no fundo do túnel que seguia a esquerda. O túnel seguia em duas direções a partir do buraco que Bruce havia feito, mas o som vinha apenas de um dos lados. Não era possível ver mais nada pelo lado de fora, sendo assim, se quisessem saber mais teriam que entrar no túnel paralelo. O que os dois escolheriam fazer?

PROGRESSOS DA ROTA - THOMAS :


PROGRESSOS DA ROTA - BLAKE :



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A força de Bruce ao utilizar o golpe foi um pouco mais forte do que o esperado, deixando Blake um pouco desconfortável. Porém, logo eles constataram que a parede era mais fina do que aparentava ser. E mais: agora conseguiam ouvir o som de algo ou alguém escavando pelo túnel, já que era possível ouvir o som de pedras se movendo ao fundo.

- Thomas, acho que essa área ainda não explorada por humanos. Esse caminho parece ser natural e não artificial. O que acha de verificarmos?

Enquanto Thomas refletia sobre sua resposta, Blake verificava sua mochila e de lá tirava uma grande lanterna. Apesar de estar cheia de remendos, ela ainda era funcionou. O artefato havia se quebrado em uma passagem do treinador por Meteor Falls, mas por sorte ele havia conseguido consertá-la.

Em seguida, o jovem observou Serket e Bruce e percebeu que eles ainda flertavam. De fato havia rolado uma boa química entre os dois! O problema é que aquilo estava gerando distrações. Um pouco constrangido de quebrar o clima, Blake se sentiu na obrigação de chamar a atenção de seu pokémon voador, fazendo um pedido para ele.


- Bruce, preciso de sua atenção, por favor! - O morcego resmungou um pouco, mas acabou diminuindo a altitude de seu voo e se aproximou de seu dono. - Gostaria que você usasse seu Steel Wing mais uma vez, mas com um pouco mais de cuidado. A passagem ainda está um pouco obstruída, então gostaria que você a abrisse um pouco mais.

O buraco demonstrava que seria possível um adulto passar com um pouco mais de jeito. Porém, Blake era um treinador com praticamente 2 metros de altura. Não seria tão fácil para ele passar por uma abertura pequena. Assim que Thomas decidisse se eles seguiriam ou não pelo caminho descoberto, Blake seguiria seu parceiro de exploração.

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Off :


Blake concordava com minha ideia e rapidamente dava as ordens para seu Golbat, que quebrava a parede e revelava uma passagem diferente. A área recém descoberta era diferente do restante do túnel, era irregular e provavelmente feita por algum Pokémon. Um barulho também indicava que era recente, já que provavelmente quem havia escavado por dentro da parede continuava fazendo isso.

- Vamos descobrir quem fez isso. - Disse para Blake.

Após isso tive uma surpresa ao ver que Bruce e Serket ainda flertavam e o Golbat de meu parceiro ganhava um puxão de orelha por isso. Blake estava certo, caso nossos Pokémon estivessem distraídos poderíamos ter problemas ali. Decidi puxar Serket para um canto também e falar com ela, enquanto isso Golbat deixava o buraco na parede maior.

- Entendo que você goste de Bruce, mas é hora de se concentrar. Preciso que você cuida da nossa retaguarda enquanto estivermos no túnel okay?

A escorpião-morcego resmungou, mas parecia entender o recado. Voltei para o lado dos outros e dei minha ideia.

- Acho que Bruce deve ir na frente, assim não perderemos o rastro de o que quer que seja. Serket vem por último, assim nos protege.

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Off: :


Os dois treinadores pareciam pensar da mesma forma, e decidiam seguir pelo novo túnel descoberto. Eles também pareciam um pouco incomodados com o romance de seus pokémons, já que naquele momento aquilo poderia ser um pouco inoportuno e perigoso. Blake chamou a atenção de Bruce e o pediu para que aumentasse a abertura da parede, com cuidado. Enquanto isso Thomas dava um pequeno sermão em Serket.

Bruce fez uma cara de poucos amigos a acertou outro golpe de asa na parte superior do buraco, fazendo outro grande pedaço de pedra cair fazendo um barulho alto dessa vez. Por um momento ele olhou para Blake com uma expressão que parecia dizer: - “Ops!” Mas logo se virou para o buraco. O som que vinha do fundo havia parado, mas foi retomado alguns segundos depois.

Thomas voltava com sua parceira e dava a ideia de dividir o casal com a desculpa de um guiar o grupo pela frente e a outra fazer a proteção por trás, mas todos entenderam que ele queria que eles ficassem longe um do outro. Serket ficou emburrada, mas concordou com um movimento de cabeça já que era bastante obediente.

Assim como sugerido por Blake, o grupo entrou pelo buraco aberto na parede. No primeiro momento, todos estavam juntos no corredor escuro quando Blake acendia sua lanterna remendada. Como Thomas sugeriu, Bruce seguiria na frente guiando os outro com sua ótima audição, os dois treinadores seguiriam logo atrás com o auxilio da luz artificial da lanterna, e por último Serket que deveria ficar atenta a qualquer perigo. A formação estava pronta, mas eles ainda deveriam decidir se seguiriam mesmo na direção que vinha o som da escavação (esquerda) ou se seguiriam na direção oposta para ver de onde o túnel se iniciava (direita).

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