Pokémon Mythology RPG
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02 - Cidade Natal

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Off: Não sei se posso tentar comprar os Potions por aqui ou se tenho que postar no CP, qualquer coisa pode mandar uma MP.

Thomas indagou uma questão interessante, itens de cura. Ao ver o menino conferir seu estoque, Víbora fez o mesmo e percebeu que seu pai tinha arranjado somente uma poção, realmente parecia uma ótima ideia fazer um estoque de itens curativos para missões ousadas, e o depósito de lixo parecia uma dessas missões.

- Você tem razão. - Respondeu Víbora a Thomas. - Gostaria também de 6 poções por favor, sai 300 né? - Perguntou sem saber se era ali mesmo que podia fazer sua requisição.

Pelo que Lucas sabia sobre a lama negra curativa, somente alguns poucos Grimers as carregavam ou produziam, poderia ser uma noite intensa de batalhas. Um estoque de poções dava mais conforto ao jovem estrategista. Pensando nos investimentos feitos nessa missão, tanto os 300 das poções como os 300 do apoio, poderiam ser repostos no colégio da cidade. Víbora sabia que poderia dar uma palestra para os alunos novatos e receber uns trocados por isso, era impressionante como o jovem tentava planejar tudo a sua volta.

Agora voltando a questão de como entrariam no lixão, Víbora não fazia a menor ideia. Tinha ouvido algumas histórias e sabia exatamente onde era, mas não sabia como as pessoas entravam no local, acreditava que não era qualquer um que tinha acesso ao interior. Decidiu que o primeiro passo era ir até o local, lá avaliaria algumas variáveis para então decidir alguma coisa, não adiantava precipitar um plano agora.

- Saia Ekans, você foi excelente garota! - A serpente revigorada se rastejava até o ombro do estrategista novamente. - Agora vamos tentar achar um item bom para te ajudar nas lutas. Eu sei o caminho mais rápido até lá, ele fica mais afastado da cidade. Podemos ir? - Perguntou o jovem conferindo se tudo e todos estavam prontos para partir.

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Off: :


Depois de perceber que tinha apenas um Potion, Lucas voltou até o balcão e pediu por mais seis, contando o dinheiro. - Oh, claro! – Disse a enfermeira indo buscar os itens para o jovem. Ela se dirigiu até uma prateleira pegou seis frascos roxos e os entregou à Lucas. - Aqui estão. São Pk$300 mesmo. Obrigado!

Depois de comprar os itens que o ajudariam naquela pequena missão, o jovem liberou sua serpente novamente. Ele parecia gostar bastante de andar com ele em seus ombros, e ela parecia bastante confortável com aquilo. Ele logo questionou se todos estavam prontos, e se poderiam seguir.

- Podemos sim! – Disse Marco animado. Thomas apenas concordou com a cabeça.

O trio de treinadores estava pronto para a missão, então logo saíram do Centro Pokémon. Víbora seguia na rente, já que ele era o guia. Thomas e Marco o seguiam de perto observando a cidade se movimentar um pouco no horário de pico. O tempo passava rapidamente quando se estava fazendo alguma coisa, e aquela batalha que pareceu rápida, acabou demorando um pouco. Logo a noite chegaria, e eles já estariam no lixão nesse momento.

Foi uma caminhada de mais ou menos uma hora. O trio atravessou a cidade toda e seguiu por uma estrada que seguia ao leste da cidade. A estrada subia um morro e sumia entre as árvores seguindo em direção a um local um pouco mais afastado. Assim que terminaram uma curva, foi possível ver a entrada do local a alguns metros à frente. O lixão era todo cercado por uma tela de metal, e na porta havia uma guarita de controle, além de uma cancela para controlar a entrada de veículos.

Talvez fosse sensato eles pararem por ali para observar o local, já que um guarda fazia a segurança. Um homem vestido de uniforme azul marinho estava parado ao lado da guarita, ele fumava um cigarro de palha descontraidamente, e não percebia o que estava acontecendo no fim da rua. Os trabalhadores do local ainda não tinham ido embora, mas parecia que já estava quase na hora disso acontecer.

- Qual vai ser o plano agora? – Perguntava Marco curioso. - Acho que o guarda não vai deixa a gente passar tão fácil.

Thomas continuava calado, e apenas observava os arredores. Havia algumas árvores na direção da cidade, tampando a maior parte da vista. Do outro lado tinha um barranco bastante profundo, forrado com uma densa mata que separava Rustboro de Rinshin que ficava mais a leste. Era um local um pouco perigoso para estar.


+6 Potion [x07]

-Pk$300 [Pk$700]



PROGRESSOS DA ROTA :

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Depois de conferido se todos estavam pronto para a partida, os jovens  saíram em direção ao lixão. Víbora até estranhou um pouco quando saiu do CP, não tinha percebido o tempo passar e o sol se recolher, já era tarde. Uma hora interminável de viagem foi o tempo que levou a travessia até o afastar da cidade, mas chegaram. Logo após virarem na última curva perceberam o local.

Local este bem característico por sinal, era o que Víbora imaginava em seus pensamentos. Ficando a uma distância segura para não serem percebidos, os três começaram a pensar como poderiam entrar naquele local. O segurança fumava seu cigarro tranquilamente enquanto podia-se ouvir vozes de dentro do depósito, Lucas concluiu que os funcionários estavam trabalhando ainda, olhou seu relógio e acreditou que seria por pouco tempo, afinal já era tarde. Agora a grande questão era como entrar no depósito, Lucas era um cara muito careta para tentar uma invasão de propriedade, ainda mais com sua mãe sendo a Ranger famosa que é. Certamente não pegaria bem para ela ter seu nome ligado a seu filho invasor na sua própria cidade. Uma opção seria tentar de alguma forma, persuadir o guarda a deixá-los entrar após o expediente, entretanto o homem não aparentava ser dos mais amigáveis. Era uma situação complicada.

Víbora tinha alguns planos de como poderia tentar persuadir o segurança, entretanto não adiantava fazer isso agora, primeiro teria que esperar todos os funcionários saírem do local. Decidiu rodar o perímetro primeiro para ter uma noção de onde estariam entrando e se tinha outra saída além da principal.

- Beleza, o plano é o seguinte. Precisamos esperar até que todos os trabalhadores saiam, não deve demorar muito agora. - Disse olhando o relógio novamente. - Quero que vocês dois se escondam nesse arbusto até que a situação fique mais calma, não deixe que ninguém os encontre, enquanto isso eu vou rodear essa tela de metal e ver o tamanho do depósito. Volto em mais ou menos 15 minutos ok? Enquanto isso, fiquem de olho no segurança, vejam como ele se comportará quando os funcionários saírem, assim poderemos saber se ele é um cara simpático ou se era um cara sério de mais.

A intenção de Lucas era contornar o perímetro e voltar rapidamente, ou contornar parte dele pelo menos. Queria ter uma noção do tamanho do local, e tentar sentir diferenças de cheiro. Claro que em um lixão o olfato seria seu pior aliado, mas se os boatos sobre o cheiro de um Grimer forem verdade, o jovem estrategista poderia perceber em qual parte do depósito seria mais provável de encontrar a lama negra.

- Já volto, não saiam daí.
- Disse Lucas antes de se agachar e se enfiar em uma vegetação mais densa para poder contornar o local sem ser visto. - Ekans, esse terreno aqui é meio irregular, fique atenta para qualquer coisa nos segurar em alguma árvore, assim como você fez quando salvou minha vida em outrora.

- SsssSSSss!

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O jovem Lucas era bastante observador, e percebia que logo os trabalhadores do lixão estariam indo embora. Os últimos raios de sol começavam a desaparecer no horizonte, deixando o local um pouco mais escuro, o que era bom, já que eles não queriam ser vistos por enquanto. Lucas parecia ter um plano, mas só poderia colocá-lo em prática após a saída dos funcionários. Assim ele decidiu vasculhar um pouco o território para passar o tempo e tentar localizar-se um pouco melhor.

- Ok, vamos esperar aqui, mas não demora! – Disse Marco enquanto se sentava atrás de um arbusto. O pequeno Thomas fazia a mesma coisa enquanto olhava para as árvores com um pouco de medo de ficar ali no escuro.

Lucas logo saiu em direção à cerca do local. Ele teve de ir pelo lado direito, já que do outro lado tinha um grande barranco. Ele se rastejava por entre a vegetação assim como sua serpente faria, e enquanto se aproximava percebia que a movimentação perto da porta se intensificava. Conseguiu ouvir algumas vozes e logo foi possível identificar o que diziam.

- ...ferrado mesmo! – Uma voz masculina e grossa dizia irritada. - Esses bichos fedorentos estão por toda parte. Viu o ninho que fizeram na saída de esgoto?

- Vi sim. Eles são uma praga. – Um outro homem respondia, este tinha uma voz mais jovial, parecendo ser bem mais novo que o anterior. - Até amanhã então! Vou assumir a guarita daqui dois minutos, deixa eu ir lá! Bom descanso.

Se Lucas se levantasse um pouco para ver o que estava acontecendo, ele veria que o guarda que estava fumando já estava se juntando aos outros funcionários que iam embora. Um jovem mais descolado tomava seu lugar na guarita na troca de plantão. Os sons de veículos aquecendo os motores, também indicavam que os homens já estavam prontos para partir. Além de ter certeza da saída dos trabalhadores, Lucas acabava tendo uma boa dica de onde procurar pelos Grimers. Um ninho na saída de esgoto já reduzia bastante os locais de procura, o problema seria apenas sua entrada no local.

Não tinha passado nem cinco minutos que ele estava por ali, e nem tinha conseguido ver o perímetro ainda, mas como já tinha as dicas da localização do que procurava e com os veículos dos trabalhadores começando a sair pelo portão, talvez já pudesse voltar para onde Thomas e Marco estavam. O que ele faria? Ele poderia continuar vasculhando para ver se conseguia uma forma de entrar sem serem vistos, apesar de isso poder sujar o nome de sua família, ou poderia voltar e tentar seu plano no novo guarda que assumia a segurança do local.

A cancela que ficava na portaria do local se levantou e desceu umas três vezes, parando de se mover totalmente depois disso. Os sons dos veículos foram sumindo a medida em que se afastavam do local, se aproximando novamente enquanto desciam a rua abaixo em direção da cidade e desapareciam novamente. Depois disso, foi só silencio. Com o sol desaparecendo rapidamente no horizonte, a luz avermelhada do crepúsculo dava lugar a iluminação artificial que o novo guarda fazia questão de ligar ao redor de todo o perímetro do lixão.

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Enquanto caminhava pelos arredores do Depósito, Víbora conseguiu ouvir algumas vozes e se aproximou para tentar escutar. Foi complicado ouvir tudo perfeitamente mas uma coisa era certa, um homem com uma voz jovial se queixava de um aglomerado de Grimers perto da saída de esgoto e iria assumir a guarita. Uma informação extremamente útil para o jovem estrategista, como ele não pretendia invadir o local por questões éticas e por não querer sujar o nome tão importante de sua família, decidiu que já tinha ouvido o suficiente para voltar e colocar um plano em ação.

Não tinha percorrido muito então continuou sem saber o local exato da saída do esgoto, mas esperava que o novo segurança pudesse lhe dizer. Assim caminhou de volta para encontrar seus parceiros. - Voltei galera. Então, descobri que tem uma espécie de ninho de Grimers na saída de esgoto. Agora que todos já saíram, acho que podemos tentar entrar. Esse segurança novo parece bem revoltado com a infestação dos venenosos, vou tentar usar isso como vantagem e fazer ele deixar a gente entrar. Só sigam minha deixa, Ok?

Ok, com um plano em mente era hora de por em prática uma das características que Lucas mais demorou a aprender no mundo corporativo, a tão buscada "Win-Win Negotiation", onde os dois envolvidos na negociação saíam satisfeito com o resultado. Ou seja, o objetivo de Víbora era entrar no local e batalhar com alguns Grimers, seu foco agora era convencer o homem da guarita que isso seria bom para ele também.

Passo 1: Separar a pessoa do problema. Lucas não podia ver o segurança como seu adversário e vice-versa, para isso deveria exaltar sua empatia e comunicação, passos essenciais para manter uma conversa agradável.

Após garantir que seus novos amigos estavam de acordo com o plano, o jovem estrategista caminharia tranquilamente até a frente da guarita com os dois irmãos o seguindo e se apresentaria bem amigavelmente ao segurança.

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Lucas parecia satisfeito com o que tinha ouvido da conversa. Apesar de não ser muito, foi uma informação muito útil, e aquilo já parecia ser o suficiente para colocar seu plano em ação. Pensando assim, o jovem retornou para onde havia deixado a dupla de garotos que o acompanhava.

Assim que chegou, ele chamou os dois e contou o que resumidamente o que tinha ouvido. - Foi rápido! – Disse Marco. - Mas pode deixar que vamos deixar só você falar. Enquanto você tinha ido lá, Thomas e eu decidimos seguir tudo do seu jeito.

- Isso! Vamos ser seus capangas. – O mais novo disse sorrindo.

Sendo assim, o trio se levantou e seguiu pela rua em direção à guarita que ficava apenas a uns metros à frente. Assim que se aproximaram o suficiente para serem notados, o jovem segurança saiu de dentro da guarita e parou com as mãos na cintura bem ao lado da porta. - Em que posso ajuda-los? – Ele perguntou curioso ao trio que não se encaixava. Um homem feito e muito bem vestido estava acompanhado de dois adolescentes que vestiam roupas bastante comuns.

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Com a dupla atrás do jovem e sua serpente em seu ombro, realmente era uma combinação bem estranha de bater na sua porta tarde da noite. Lucas teria que saber muito bem o que falaria para o rapaz da cancela.

- Boa noite amigo! Tudo certinho?
- Falou acenando uma das mãos sutilmente e mostrando que não carregava uma arma consigo. - Meu nome é Lucas, estes são meus primos mais novos Thomas e Marco.

A primeira parte do passo um da negociação win-win tinha sido feita, uma apresentação sorridente e empática. Agora era tentar manter a conversa em um nível agradável, por mais que pudesse ser difícil. O passo dois era sobre focar no interesse, e não em cargos. Esse passo talvez não fosse muito útil fora do ambiente corporativo, mas apresentava algumas semelhanças com a atual situação, afinal o segurança estava na posição de aceitar ou não a proposta do jovem e seus "primos", logo ele tinha uma "patente" maior que Lucas neste caso. O foco então era fazer com que o segurança pensasse na proposta e suas vantagens, e não nos intrometidos querendo atrapalhar seu trabalho. Não, não era simples, mas o estrategista pensava saber o que estava fazendo.

- Mas relaxa que não viemos arranjar problemas. - Disse com um belo sorriso seguido de uma suave risada. - Eu tenho uma proposta pra você, que pode lhe ajudar bastante. Thomas aqui está tendo aulas de química na escola e precisa de uma substância rara que somente alguns pokemons venenosos produzem, como o pai deles está viajando a trabalho eu prometi que iria ajudar eles com isso.

Lucas bagunçou um pouco o cabelo de Thomas para mostrar intimidade e fazer o segurança comprar a história. Era hora do passo 3, descobrir opções de ganhos mútuos, algo que fizesse aquela negociação ser também muito boa para o segurança.

- Fiquei sabendo que tem uma infestação de Grimers aqui por perto e que todos estão reclamando do mal cheiro. Fiquei pensando se a gente não poderia se ajudar. Você deixa a gente entrar e derrotar essa praga e você amanhã terá todo o mérito de quem foi o cara que resolveu o problema.
- Lucas analisava a expressão corpórea do rapaz, o jeito como se posta em uma conversa pode dizer muito sobre a pessoa. - Que tal acordar amanhã com o prestígio de todos? Nada mal né? Quem sabe até um aumento! Fora não ter que aturar mais esse cheiro insuportável de Grimers por toda parte.

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O Víbora entrava em ação. O jovem Lucas se esgueirava pelas brechas da conversa analisando sua presa como uma serpente perseguindo a trajetória de um roedor. O guarda que antes estava desconfiado, acabava cedendo aos inofensivos primos que estava ali para resolver o problema do mais novo deles. - Boa noite! – Ele respondeu ainda um pouco apreensivo. Em seguida observou Lucas esfregar os dedos entre os cabelos do garoto, e relaxou ainda mais.

- Então quer dizer que vocês querem apenas se livrar da infestação de Grimers que está lá dentro? Como ficaram sabendo dessa informação? – Ele já estava cedendo, mas ainda assim estava curioso em como eles sabiam daquelas informações. Apesar disso, ele já começava a imaginar em como seria se seus colegas ao chegar de manhã não encontrassem aquele cheiro forte e insuportável e o crédito fosse todo dele. Mas uma coisa rapidamente lhe veio a cabeça. - Ah! Mas eu tenho que ficar aqui na guarita, e não posso sair. Se eu disser que eu me livrei dos Grimers, vai ser mais fácil eu receber uma punição, do que um aumento. – Ele disse mais desanimado. - E outra coisa. Não posso dizer que deixei alguém entrar... Como vamos fazer então? – Dessa vez, soava como se ele já tivesse aceitado a proposta, mas queria uma solução melhor para o seu lado.

Thomas estava tremendo um pouquinho, ele parecia bastante medroso, só relaxou um pouco quando sentiu a mão de Lucas em sua cabeça. Marco apenas observava calado enquanto Lucas executava o plano. Mas como Lucas resolveria o problema do jovem guarda?

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- Como eu sei?
- Perguntou com uma leve risada antes de responder a pergunta do rapaz. - Quem não sabe é a melhor pergunta. As fofocas em Rustboro voam como Swellows. - Blefou para não levantar suspeitas de que estava ouvindo as escondidas.

Aparentemente o segurança tinha gostado do plano, mas levantou pontos interessantes. Realmente ele não podia falar que saiu dali deixando a guarita sem proteção, e nem dizer que permitiu deixar alguém entrar. Víbora percebeu que era hora do último passo, apresentar a melhor alternativa para o acordo considerando todas as variáveis citadas anteriormente.

- Te entendo, mas eu acho que tenho a solução. Você provavelmente tem um amigo de confiança aqui no trabalho correto? - Perguntou Lucas esperando uma resposta afirmativa, afinal o rapaz não aparentava ter problemas sociais. - Por que você não diz que seu amigo "Fulano" resolveu te ajudar nessa missão e fez hora extra cobrindo seu plantão na cancela enquanto você resolvia o problema da infestação? É uma boa né? Assim os dois sairiam bem na fita.

Na cabeça mirabolante do jovem estrategista essa foi a melhor alternativa que ele encontrou para uma negociação win-win, onde ele sairia com algumas batalhas contra os venenosos e se tiver sorte o item que almejava, e o outro lado da negociação sairia com um ambiente de trabalho mil vezes mais limpo e saudável além de um possível crédito com seu chefe se soubesse negociar bem. Esperava de verdade que o plano do amigo fosse aceito, ele não tinha mais opções além dessa. Como não invadiria o local de jeito nenhum, teria que voltar para a cidade de mãos abanando e pedindo desculpas a Thomas e Marco.

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O guarda de segurança sorria para a resposta de Lucas, e comentava. - Realmente esse pessoal daqui não fica com a boca fechada. – Mas diante da nova sugestão do rapaz, ele pareceu um pouco incomodado. - Mas isso não está me parecendo uma boa ideia. Como trabalho aqui sozinho a noite, acabei não conseguindo me aproximar muito dos outros caras. Não sei se alguém vai me cobrir dessa forma. – Ele dizia meio cabisbaixo. - Mas se bem que ele também pode acabar ganhando credito com isso também... – Ele pegou seu telefone, e observou a tela por uns instantes. - Então vamos fazer assim. Eu vou ali ligar para o Roger e ver se ele pode vir aqui. Assim ele me cobre na guarita e eu acompanho vocês até lá dentro. - Ele dizia tentando ajustar a proposta de Lucas.

Marco parecia um pouco confuso com a situação, se o guarda entrasse com eles, ele poderia perceber que eles estavam mentindo. E isso poderia não ser muito legal. E Thomas não parecia ser uma daquelas pessoas que conseguia segurar uma mentira por muito tempo. - Ei! – Disse o garoto mais velho. - E se você apenas fingisse que não viu o que aconteceu, e nos deixasse entrar para nos livrarmos dos Grimers para você. O cheiro ia melhorar e assim você não teria mais esse incomodo. Acho que ninguém precisa saber o que aconteceu você pode só falar que eles foram embora sozinhos.

O guarda olhou para Lucas, e em seguida para o garoto. Ele fez uma expressão pensativa e em seguida respondeu. - Acho que pode ser assim... – |Ele sorriu para o garoto. - Vai ser bom trabalhar sem esse fedor.

Marco parecia agradecido por não ter sido ignorado, e esperava um elogio de Lucas, já que sua ideia acabou ajudando. O guarda foi até a guarita para poder pegar a chave do portão para eles abrirem, e assim o fez. Depois que anoitecia, os portões que ficavam atrás da cancela, eram fechados para melhorar um pouco a segurança do local. O jovem guarda foi até um portão menor próprio para pedestres e o abriu. - Vocês podem entrar por aqui. – Ele disse Lucas e seus “primos”. - Se vocês seguirem esse caminho, vão chegar até o vestiário. Tem uma entrada de esgoto bem do lado. Eles costumam ficar ali por perto, mas não tem erro, vocês vão saber quando chegar. – Ele disse com um sorriso sarcástico.

Depois do portão de pedestres, tinha uma pequena trilha que seguia entre a cerca e os montes de lixo recicláveis. Os recicláveis eram compactados e armazenados na forma de cubos, sendo depositados um sobre o outro. Tinha uma parede formada por cubos coloridos de plástico, em sua maioria eram garrafas pet prensadas. Depois vinham os cubos de alumínio, formando uma muralha metálica um pouco maior que as de plástico, já que suportavam mais o tempo. As de papel não deviam estar por ali, já que a chuva poderia destruí-las. Do outro lado das pilhas de lixo reciclável havia a rua por onde os caminhões de lixo passavam. A rua seguia até a parte do fundo do lote, onde se encontrava o aterro para os lixos não recicláveis. Esse local era bastante isolado, e ali não se podia entrar sem os equipamentos certos. Já no fim da trilha que os treinadores seguiriam, tinha o vestiário dos funcionários do local, e era onde parecia estar o ninho dos Grimers. O vestiário era uma construção pequena em alvenaria, dividida em duas partes, uma era onde ficava os banheiros e vestiários, e outra era onde ficava um pequeno refeitório interditado por causa da infestação dos pokémons fétidos.

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