002 - Apostando na Intuição

OFF: Sorry a demora. Tive de movimentar uns negócios aqui por estes dias então estive meio ausente. Prometo que apartir de hoje as postagens serão mais pontuais.

A chuva se aproximava, porém talvez ainda haveria de demorar mais algum tempo até que esta finalmente ocorresse, e caso a sorte realmente sorrisse a Cyord, quando este momento chegasse, ele já estaria em um abrigo, mas bem, isto apenas o destino poderia lhe dizer com convicção. Bom, o importante em cena era que, apesar da chuva eminente, o rapaz optara por perseguir um rastro de pegadas deixadas pelo caminho, vez que aquela poderia ser a deixa do destino, guiando-o pela Route 102. Portanto, desviando-se temporariamente de seu trajeto original, o rapaz prosseguia a leste. Em todo o seu trajeto, não houvera nada que chamara sua atenção além das pequeninas pegadas a serem deixadas.

O vento, a cada momento que se passava, se tornava mais intenso, de forma a fazer com que os galhos das arvores se revirassem ao vento e agitassem as folhas, que aos poucos se desprendiam de seus galhos originais e se deixavam levar pelo vento. Contudo, aquilo que talvez o levara até ali finalmente surgira em seu campo de visão. Era uma criaturazinha um tanto pequena, de corpo amarelo e cauda em forma de relâmpago. A criaturazinha o observava a distância, atrás de uma árvore qualquer. Seus expressões não pareciam das piores, dando atender que era um monstrinho pacífico. Contudo, aquilo não fora a única coisa que surgira em seu campo de visão...

Logo atrás de uma grande aglomeração de árvores, próxima ao roedor, estava uma espécie de gruta, a ser formada em uma formação rochosa que parecia se fazer presente naquele lugar. Era um lugar certamente escuro, vez que, por mais que se aproximasse, não poderia ver nada em seu interior. Desta forma, quais seriam os próximos passos a serem tomados pelo rapaz? Como a sorte havia de influenciá-lo desta vez?

OFF: ^^.

Pikachu era certamente um monstrinho um tanto quanto pacífico, vez que não demonstrara qualquer objeção ao fato do rapaz estar aos poucos se aproximando-se cada vez mais de si, enquanto ouvia os dizeres de Cyord. Em resposta, um tanto sem saber exatamente o que fazer Pikachu olhara para o céu, com as nuvens agora já formadas em um aspecto cinzento. Aparentemente, apesar de ser um espécime elétrico, e por isso gostar de descargas elétricas, a chuva em si não parecia lhe agradar muito, portanto, parecia simplesmente procurar por algum tipo de refúgio, então após apontar os céus, o pequeno apontara também para o não muito espaçoso porém "aconchegante" refugio que havia sido visto por Cyord ao fundo do cenário.

Contudo, repentinamente Pikachu não fora a única surpresa a surgir para o jovem treinador, vez que, surgindo em meio à escuridão daquele mesmo refúgio, estava um rapaz. Não parecia ser muito maior, nem muito mais velho que o próprio Cyord, e assim como Pikachu, parecia não demonstrar qualquer ameaça para o rapaz, de forma que se pusera a observar o rapaz enquanto a ventania logo tomava força. O forte vento estava carregado de poeira e terra do solo ao qual pisava, que era um tanto seco, pois aparentemente aquele lugar enfrentava um período de seca. - Ei! - Bradara o rapaz, à frente da espécie de gruta. - Ficar de baixo de árvores durante uma tempestade nunca é algo bom a se fazer. Venha, é seguro! - Continuava o rapaz, seus olhos a vasculhar algo pelo céu, até que um forte clarão fora visto, e dali a poucos instantes, um poderoso estrondo a ressoar em seus ouvidos.

Com o surgimento da nova figura ao cenário, quais seriam as próximas reações do jovem treinador? Iria ele confiar no rapaz, ou simplesmente tentaria a sorte em continuar sua caminhada? Mas e quanto ao pequenino Pikachu a seu lado, que o observava de forma curiosa, como se estivesse tentando imaginar qual seria a reação a ser tomada.

OFF: Sorry a demora. Estava sem internet por estes dias.

Cyord, prevendo o que estava para acontecer, o que não era lá uma tarefa tão difícil de ser feita; afinal, a própria natureza enviava sinais óbvios de que, a qualquer instante a chuva estava para alcançar-lhe; o rapaz terminou por convidar o pequenino roedor elétrico para que o acompanhasse, pois assim este não precisaria enfrentar aquela tempestade sozinho pela vasta pradaria da rota 102, isto pois, mesmo sendo um Pokémon, o roedor sabia que ficar abaixo de árvores em uma tempestade era sinônimo de perigo.

Por ser um tipo certamente pacífico, o elétrico decidiu por acompanha-lo, pois não pressentira qualquer ameaça por parte do treinador. Sendo assim, ambos seguiram até a pequenina gruta, onde sem demora, o garoto terminou por sacar sua Pokedex e então aponta-a discretamente na direção do monstrinho. Eis que, em resposta, um bipe fora ouvido e então seguido por uma voz mecânica que apresentava o monstrinho. O outro rapaz, em silêncio, ouvia aquilo que a máquina dizia, porém seus olhos estavam voltados para o exterior, onde logo uma pesada chuva começou a ocorrer, de forma que agora estavam definitivamente presos naquele lugar, a não ser que estivessem dispostos a enfrentar a poderosa tempestade que os abatia.

PIKACHU - #025

Electric Type

Enquanto dorme, ele gera eletricidade em suas bochechas. Se não dormir o suficiente, ele será capaz de usar apenas eletricidade fraca.

E sendo assim, uma vez que a chuva agora o “impedia” de sair, e estava naquele lugar com o outro rapaz, Cyord optara por puxar assunto com este, afinal... Não se sabia exatamente quanto tempo estaria naquele lugar acompanhado deste. E a resposta logo viera. – Pompeu, meu nome... Mas pode me chamar de JP. – Dissera ele, enquanto ajeitava a seu uniforme, composto de uma calça preta, e diversas outras peças em vermelho com detalhes amarelos. Parecia ligeiramente incomodado com algo, porém preferira manter para si. – E o seu nome seria...? Este Pikachu é seu? – Continuava ele, seguindo a mesma estratégia do rapaz, disposto a tornar aquele momento o menos embaraçoso possível. – Chuva repentina, não? O que faz por estes lados? – Prosseguia ele, enquanto cutucava um estranho relógio em seu pulso... Que em verdade não era bem um relógio, mas um dispositivo de grande importância. No entanto... Nem tudo era paz... Algum barulho era ouvido para o interior da caverna, apesar de distante.

OFF: ^^.

Fosse a sorte a agir, ou simplesmente seu raciocínio sendo botado em prática, o rapaz logo formara alguma teoria sobre o tal Pompeu que estava à sua frente. E realmente estava certo... Aquele rapaz poderia muito bem ser o filho de Pete e Meg, vez que, não apenas o apelido "JP" eram compartilhados, mas suas próprias feições faciais se assemelhavam em muito às de Pete, mas certamente mais jovem que a deste. Além disso, a cor de seu cabelo, também era a mesma da de Pete, apesar de não ser algo muito fácil de se detectar em meio à semi-escuridão em que se encontravam. Porém, a reação obtida provavelmente não fora bem a que Cyord talvez esperasse. O rapaz pigarreou, como se estivesse surpreso em ser perguntado sobe aquilo, ou até mesmo constrangido, mas logo tratou de liberar algumas palavras em resposta. - Ah... Não, não os conheço não... São amigos seus? - No entanto, suas palavras não pareciam lá muito verdadeiras, mas o julgamento final cabia unicamente a Cyord. Acreditaria em Pompeu?

Contudo, apesar da real identidade de Pompeu, o jovem treinador tinha outras preocupações em cena; estas, talvez, bem mais sérias que a primeira. Apesar de distante, os sons eram claro, e isso logo se confirmou pelas palavras de Pompeu, que disse enquanto parecia esforçar sua visão na tentativa de localizar algo em meio ao breu. - Temo que não tenhamos como saber... Ainda. O som parece um tanto distante, então acredito que, por enquanto aqui ainda é um local seguro. - Prosseguia o rapaz enquanto ajeitava a seu uniforme e verificava uma vez mais o dispositivo em seu pulso. Pikachu, por sua vez, ao ouvir os dizeres do rapaz, parecia ligeiramente pensativo, como se de alguma forma estivesse a tentar procurar alguma forma de produzir alguma fonte de luz. Mas não demorou muito para que o pequenino fechasse seus olhos e suas bochechas começassem a conduzir eletricidade, até que todo o seu corpo envolvera-se em uma fina corrente elétrica a produzir uma tênue luz. Certamente a iluminação proporcionada ainda era um tanto precária, mas já lhe serviria para o propósito de reduzir, ao menos um pouco, o breu total que seguia adiante, principalmente na hipótese de um possível ataque.

- Bom. Acho que posso ajudá-lo nesta tarefa também. - Prosseguiu Pompeu, agora com um fino sorriso em sua face. O rapaz esticara braço direito à frente, e levara o outro até o relógio em sua mão. Eis que, o dispositivo emitiu um breve lampejo prateado que seguiu até a alguns centímetros à sua frente, materializando-se em um pequeno peão que girava por algumas vezes até que uma nova figura surgisse em campo. - Coopere conosco, Charmeleon! Ilumine nosso caminho! - E ao fim de sua frase, a figura se revelara como Charmeleon, um réptil cuja cauda era tomada por uma chama intensa que em cooperação com a energia elétrica de Pikachu, parecia ser o suficiente para iluminar, e bem, o local. Mas que tipo de forma de chamar a seu parceiro fora aquela... Aquilo lançado pelo rapaz não fora uma pokéball qualquer... Era uma Ranger Ball, e aquele relógio era em verdade seu Capture Style, o que condizia com seu uniforme. O rapaz era mais um dentre os Rangers que haviam recentemente fixado uma sede em Hoenn.

- Bom... Seja o que for, é meu dever como Ranger investigar o que habita este lugar, e então verificar se traz perigo ou não ao ecossistema local. - Prosseguira o rapaz, esboçando o que seria um olhar cauteloso. - Mas se você se sentir melhor por aqui, ou se sentir inseguro, aconselho que fique. - Terminava ele, enquanto já se encaminhava para o interior daquela gruta, sem saber ao certo o que havia em sua profundidade, porém sendo guiado pelas chama de seu parceiro. Mas e quanto a Cyord? Como reagiria?

OFF: Hey, hey.

Apesar de manter suas dúvidas quanto a real identidade de Pompeu, Cyord mantinha-se neutro, sem proferir qualquer acusação ao jovem, que em resposta, limitou-se a balançar os ombros, ainda incomodado, enquanto dizia. - Espero que o encontre. Mas... Se me permite... Como é o caso? Por que... Por que talvez ele apenas possa não desejar este encontro, sabe? - Enquanto isso, o rapaz aproveitava para sacar seu dispositivo eletrônico uma vez e apontá-lo para a criatura flamejante, de forma que logo um bipe fora ouvido e a voz mecânica começara a passar-lhe informações básicas sobre o espécime:

CHARMELEON - #005

Fire Type

Charmeleon impiedosamente destrói seus oponentes com suas garras afiadas. Se ele se encontrar com um oponente poderoso se torna agressivo. Quando este estado de animação a ponta da chama de sua cauda ganha uma coloração levemente azulada.

Eis que, após o sonido peculiar ao fundo da gruta, e a informação de que Pompeu iria por ali se aventurar, o jovem optara por estufar seu peito em uma posição de coragem e segurança enquanto afirmava que o seguiria aonde quer que fosse. Pompeu, no entanto, não esboçara qualquer sinal de objeção, vez que apesar de talvez Cyord estar se arriscando, toda ajuda poderia ser bem-vinda. -Corajoso, você... Mas, quando eu mandar que recue, você terá de recuar. Entendido? - E desta forma, ambos começavam a aprofundar-se cautelosamente no interior daquele lugar, enquanto os sons pareciam a cada passo mais próximos e em grande velocidade, vez que seja lá o que fosse, também parecia estar vindo em suas direções. Eram urros, como de macacos, ou algo próximo a isso. E rapidamente, sem que sequer esperassem, algo alcança a seu campo de visão. Era uma criatura bípede, de pelugem branca e aspécto um tanto feroz e ameaçador. Qual seria a reação de Cyord ante a situação?