XXIV - Férias de Gala Pt. 2

-Ok. Boa sorte amor.- Kyoko dava um beijo na bochecha de Chris e então retornava sua Frosmoth. Agora tanto ela, quanto Rogue, a Eevee estariam na torcida por Chris e seu Marshtomp. O "policial" careca já se exaltava.

-Todos os seus pokémon são ilegais ou o que? Mawile duplo Sucker Punch no sejá lá como isso se chama.

-Já que é assim que você quer fazer as coisas. A gente recua, mas é bom que você não esteja mais em Galar.- O outro "policial" falava, pigarreando entre as palavras. -Thievul, duplo Snarl, só para terminarmos isso aqui.

E a derradeira rodada começava. Mawile avançava rapidamente até Marshtomp e dava um golpe com sua mandíbula, causando leves danos (-9) e Thievul atacava com mais um de seus rosnados (-10) e Marshtomp causava um tremor nocauteando Thievul e deixando Mawile no limite. Sorte que ninguém estava na rua vendk o Marshtomp usando esse golpe. A batalha terminava com mais um ataque de Mawile e Marshtomp finalizando o pokémon fada.

-E vazando daqui nós vamos. Até mais otário.

-Realmente esperamos não te ver mais em Galar. Seria pior pra você honestamente.

-Deixaremos pra pegar a garo... - O careca falava antes de ir embora apenas para ser interrompido pelo seu comparça. Mas dava para saber o suficiente, eles estavam soltando ameaças.

-Eles estão ameaçando a gente. Não é o tipo de coisa que um policial faria. Quem são esses caras?- Kyoko estava extremamente pensativa e ia fazer mais perguntas, que obviamente Chris não saberia responder até que alguém saia da confeitaria, Amanda, a garçonete.

-Eu sei quem são eles. E eles não são o tipo de pessoa que vocês queriam ter encontrado. Dizia a ruíva de cabelo tingido, uma feição preocupada tomava conta do rosto dela. Ela certamente sabia o que estava acontecendo.

OFF: Esqueci de atualizar a box com a EXP da batalha antes, sorry. E quer colocar Flame Charge no Fennekin.

-Sem problemas. A minha mãe quando souber do que se trata ela realmente vai deixar que eu ajude vocês.- Dizia Amanda já pegando o celular para comunicar a mãe dela, que estava dentro da confeitaria, mas mesmo assim quis ser mais rápida o possível.

Rogue, a viciada em doces, se acalmava após abocanhar mais um dos pirulitos. Kyoko estendia a mão para lhe fazer um carinho. Chris então se preocupava com a hora, esta que estava marcada no Pokénav como 20h, o horário mais "nobre" da noite. Não se pareciam duas horas, mas o tempo é algo estranho, bem estranho diga se de passagem.

Quando finalmente chegaram no Centro Pokémon, o grupo se instalou em uma mesa, com dois sofás de cada lado, no canto da parede. Kyoko ia junto de Chris recuperar seu pokémon enquanto Amanda se sentava em um dos seus sofás, ainda vestida como garçonete, esticando suas pernas.

-Bom saber que seus outros pokémon são fortes também.- Dizia Kyoko elogiando a participação de Tsunami na batalha contra os dois brutamontes. Enfim terminando de restaurar seus companheiros, voltariam ao sofá e Amanda começava a falar.

-Aqueles dois caras na verdade são policiais, mas são infiltrados e trabalhando para uma máfia. E eu sei bem aonde eles queriam te levar. Um complexo de orfanato e reformatório que seria ilegal. Mas os dois donos daquele lugar pagam os policiais corruptos para acobertarem tudo.- A garota começava a ficar chorosa.

-Lembra que eu disse pra vocês que perdi minha adolescência. Eu estive lá. Eles fazem uma "terapia" de eletrochoque, só que usando um pokémon elétrico e outro psíquico para evitar que resistam. Saí de lá com 18 anos, mas não denunciei pois ameaçaram minha família e as outras crianças lá de dentro.

Kyoko ficava chocada e tentava dar um abraço amigável na garota que até mudara de postura, por estar tão abalada. Mas Amanda dizia que está tudo bem e se recompunha para falar.

-Eu estava planejando invadir e expor aquele lugar com a minha irmã e o namorado dela. Você já deve ter visto eles.- Dizia essa última parte olhando para Chris. -Eu vi que eles ameaçaram vocês dois. O que acham de se juntar a nós e ajudar as crianças de lá a fazerem um "Prison Break"?

-Adoraria ajudar, mas acho que não posso dizer o mesmo do Chris.- Dizia Kyoko, então olhando nos olhos do seu amado. -Você tem que voltar pra Hoenn logo né? Tudo bem, acho que a gente consegue se virar. Mesmo não sabendo se você vai embora agora ou não, deixa eu te dar uma coisa.

E Chris era surpreendido por mais um beijo, em um momento que nem ele esperava. Amanda dava um sorriso bem amplo ao olhar para eles, ela estava orgulhosa de ver dois adolescentes vivendo o que ela não viveu.

Mas o que Chris faria diante da proposta?

-Então você vai mesmo. E eu achando que não tinha mais jeito de você ficar mais memorável.pra mim.- Dessa vez Kyoko dava apenas dava um beijo na bochecha, mas a verdadeira vontade dela era outro beijo na boca. Apenas não o fez porque o último foi quase menos de um minuto atrás.

-Todo mundo pronto então? Se saírmos logo daqui a gente pega a Anna e o Jensen no caminho. Que no caso são minha irmã e o namorado dela. - A jovem não deixou de radiar alegria ao saber que os dois a ajudariam a lidar com um grande trauma de sua vida. Ela estava mais animada que todos para resolver tudo isso.

-Você tem mais alguma coisa pra fazer, amor? Não posso negar que estou com um pouco de medo, mas acho que com você ao lado eu não preciso ter medo.-

Antes de todo mundo sair, Amanda se via na obrigação de explicar como seria toda a operação. Era algo grande e visto que Chris e Kyoko eram os alvos dos vilões, todo cuidado é pouco.

-Minha irmã e o namorado dela vão pela porta da frente e enganar aqueles dois babacas que vocês derrotaram agora a pouco. A gente vai abrir um caminho pelos fundos e entrar por lá. Daí tem duas chaves para os dois setores de sela, uma em cada lado do prédio. Eu vou atrás de uma e vocês de outra. E como vocês são os alvos, Anna e Jensen se juntarão com vocês quando terminarem pelo saguão.

-Já imaginou as notícias assim: jovem de Hoenn junto com galarianos derrubam um enorme esquema mafioso.- Kyoko dava outro beijinho na bochecha de Chris e falava com um risinho: -Sei que você é de Kanto mas os jornais vão falar que você é de Hoenn só porque esteve lá, hehe.

Aquilo era algo que provavelmente não passou pela mente de Chris. O jovem que fora hostilizado em Galar, seria ele exaltado caso essa "aventura" desse certo? Mas para isso a tal aventura precisava começar e Amanda estava esperando na porta do Centro Pokémon.

OFF: confere se tá tudo certo.

E então Chris seguia para deixar sua marca positiva em Galar. Talvez é o que um homem devia mesmo fazer ao ser ameaçado e ter a sua amada ameaçada. Os três caminhavam pelas ruas de Motostoke, mas apenas Amanda sabia o que estavam procurando, com Kyoko e Chris apenas seguindo a líder. E não demorou nenhum pouco até chegarem ao dito lugar. Na dita porta da frente estavam a irmã gêmea de Amanda, que apenas não tinha o cabelo ruivo tingido, fora isso era identica, mas tentava "dissipar" as semelhanças, com o cabelo arrumado de um jeito diferente, com um coque e óculos escuros para disfarçar os olhos rosados que são iguais aos de Amanda. Ao lado dela estava um homem alto, loiro, com cabelos longos para um homem e uma barba bem destacada.

-Anna, Jensen. Vocês já sabem o plano né? Boa sorte. Chris, Kyoko vamos lá.- Os dois que entrariam pela frente apenas fizeram um sinal de "positivo" e então Amanda chamava os dois adolescentes para seguí-la. No meio do caminho, algo assustou a "líder da invasão" e também fez Kyoko engolir a seco e dar um aperto na mão de Chris. Ouvia se um crepitar de faíscas seguido de um grito bem estridente: -Aiiiiiieeeeee... - Provavelmente era alguém sendo eletrocutado. Ao ouvir isso Amanda caia de joelhos no chão e Kyoko tentava acalmá-la.

-Hey, relaxa já passou. Agora você vai libertar os que estão sofrendo agora. Vamos em frente.- Ela apalpava as costas de Amanda levemente e então se virava para Chris: - Eu estou com medo também, você está? Mas com medo ou não, temos que fazer isso, talvez o que acabamos de ouvir deve ser um sofrimento terrível.- E estava lá, outro beijo na boca de Chris, dessa vez era para tentar expulsar qualquer medo e também confortá-lo.

Depois de tudo isso Amanda dava um longo suspiro e então estavam na parede traseira do prédio, que era um prédio de três andares, nenhum pouco escondido da população da cidade. Parece que aqueles "policiais" estão fazendo um bom trabalho. Não parecia haver maneira nenhuma de entrar naquele lugar, mas apenas não parecia, porque Amanda sacava uma pokébola completamente confiante de que seria capaz de abrir uma passagem ali.

-Vamos lá amigão, é difícil te liberar sem as pessoas olharem torto para mim, mas você é o meu pokémon mais precioso e o único que vai me ajudar aqui.- Da pokébola saía um pequeno aquático de uma aparência bastante frágil devido ao seu tamanho, mas ele tinha algo, uma coisa que parecia uma grande artilharia. - Clawitzer quebre essa parede com seu Aura Sphere!


E de fato aquele pokémon era uma grande artilharia. Ele canalizava uma energia que se desencadeou em um poderoso disparo, dando espaço o suficiente para a pessoa maior dali, que era Amanda, passar. Ela afagava o aquático e o recolhia e entrava primeiro. O lado de dentro daquela parte era uma espécie de galpão, que por sorte, ou talvez até porque Amanda planejou, não estava sendo vigiado. Era de fato um galpão, mas era estranhamente vazio. No final dele, haviam dois corredores, a deixa para eles se separarem.

-Eu vou pelo lado esquerdo e vocês pelo direito. Boa sorte.

-Boa sorte pra você também.- Dizia Kyoko que então se virava para Chris. -É agora amor. Vamos lá. Libertar essas crianças!- O tom de voz da ruíva estava extremamente animado.

Chris e Kyoko seguiam seu caminho pelo sinistro "orfanato" se é que se pode chamar aquele prédio disso. O Sneasel de Chris caminhava rapidamente à frente do casal, que seguia por um corredor estreito, com as luzes estranhamente apagadas. O pokémon noturno parava ao chegar ao lado de uma porta e podia-se ouvir barulhos que seriam audíveis até mesmo para os dois treinadores.

-Me solta, eu já entreguei a pokébola pra vocês. E vocês também me jogaram no "circuito" nessa semana.

-Fique calado. O "circuito" como você chama, é para o seu bem.

O narrador aqui não vai colocar cores para os diálogos de personagens secundárias, então vamos em frente. A porta se abria, fazendo com que Shinobi voltasse para perto do seu treinador, revelando dois homens trajando jalecos, basicamente vestidos como se fossem médicos e um deles estava segurando um garoto que estava realmente no "auge" de sua adolescência, com bastante espinhas pelo rosto. Os "médicos" eram, o que estava segurando o garoto tinha cabelos escuros, mas em um tom esverdeado e o outro tinha o cabelo raspado e pele escura.

- Mas eu achei que vocês dois não foram capturados por aqueles cérebros de Conkeldurr. - Dizia o de cabelo raspado.

- Eles não me parecem capturados, mas sim invasores. Acho que temos que lidar com essa ameaça, vou avisar aqui para o doutor que fomos interrompidos. - O de cabelos esverdeados pegava um celular e então mandava uma mensagem e depois abria a porta de onde saiu: -Você volta para o seu quarto enquanto isso, a sua sessão vai atrasar um pouco. Então, onde paramos, temos que nos livrar dessas duas crianças.

- Olha só, o que vocês acham de se juntar à nós. Principalmente você. - Dizia o outro olhando para Chris. - Um adolescente estrangeiro que já está causando problemas. Você precisa da nossa terapia. Mas, parece que vocês jovens treinadores vão querer resolver isso em uma batalha.

Ele liberava um pokémon fantasma bastante estranho de sua pokébola, parecia uma xícara e o seu parceiro ao ver isso, liberava um outro pokémon planta, feito de algodão, que também era nativo de Galar e provavelmente estranho à Chris. A primeira batalha naquele lugar estava para começar.


-Vamos lá amor. Eu vou ter que mandar outro pokémon para preservar Coppy caso a gente ache algum adversário mais forte. - Kyoko também retirava uma esfera bicolor, que revelava um pokémon quadrúpede bastante bonito, com uma crina multicolorida. -Vamos lá Chris, a gente vai libertar essas crianças.