Capitulo 16 - Agora te Pegamos, Phillipe Swirller! - "Um Mar de Justiça / Parte 3"

Assim que pousei no Centro Pokémon da cidade, Nagisa veio correndo para me receber. - Foi rápido! – Ele dizia animado. - Conseguiu entregar o Geodude?

- Consegui sim, e já peguei outro para treinar. – Eu dizia sorrindo. - Chegou tem muito tempo?

- Não, acabei de chegar. Só deu tempo de comer alguma coisa. - Ele parecia satisfeito. - Vai querer comer?

- Não, estou bem. Quero terminar com isso logo, já estou bastante ansioso. – Eu fazia um carinho em Spartos após descer de sua cela, e em seguida o retornava. - Ele disse que estava na base espacial, então não deve ser difícil encontrar.

- Não é mesmo não. Quando cheguei, ouvi algumas pessoas falando sobre a base espacial, parece que ela fica do outro lado da cidade. E tem uma torre imensa de observação. Phillipe devia estar lá. – Nagisa dizia apontando para o extremo da ilha.

- Sim, eu vi enquanto estava chegando. É o ponto mais alto da cidade, então deve ser fácil chegar lá. Vamos logo, mal posso esperar para ver a cara dele quando ver que estamos vivos. – Eu estava bastante confiante com nosso plano de deixar Phillipe pensar que tínhamos morrido quando a caverna explodiu. Ele havia preparado uma excelente armadilha, nos levando até um ponto isolado no meio do mar com pistas falsas de sua localização, e assim pretendia se livrar de nós. Mas por pouco conseguimos escapar, mas deixamos passar um tempo para que ele pensasse que havíamos morrido. - Mas vamos tentar aproveitar que ele não conhece nossa aparência, e sabe apenas o meu nome. Assim ainda teremos mais vantagem. Mas tem um problema, o cartaz com a foto dele, acabei perdendo naquela confusão. Será que consegue identificar ele quando o ver?

- Acho que consigo sim. Sou muito bom de memória.

- Então está certo! Vamos seguindo para a base espacial. - Eu tomava à frente e seguia andando em um ritmo rápido e constante. Nagisa vinha logo atrás, admirando a paisagem da cidade. - Espero que seja aberto ao público...

Mossdeep era uma bela cidade. Sua arquitetura não era da mais moderna, mas muitos avanços pareciam ter sido feitos ali. Dava para ver muitas instituições de ensino pelo caminho, e isso deixava ainda mais claro o motivo de a base espacial ter sido construída naquela cidade. Era um lugar bastante tranquilo, já que a maior parte de seu território parecia ser residencial, o que a deixava bastante diferente de Mu, já que a cidade industrial era suja e o ar bastante poluído.

Continuamos nosso caminho sem pausas. Por mais que Nagisa parecia querer parar ao ver algo fofo que lhe chamava atenção em alguma vitrine, ele entendia que estávamos ali à trabalho, e seguia firme, prometendo voltar depois. O caminho parecia ser longo, apesar de bem fácil identificar. E sem ter noção do tempo, só pararia quando chegasse à porta do edifício.

Nagisa se maravilhava com tudo o que via. Os prédios, as pessoas, as vitrines, as comidas as quais só podia sentir o aroma, entre outras coisas que não entendia quando o ouvia comentar. Mas como estava focado, tudo para mim passava como se fosse um borrão, não era hora de relaxar, e não queria morrer de verdade dessa vez, e nem ver meu amigo correr perigo de novo. Ao pensar nisso, me vinha a imagem de Nagisa soterrado pelos destroços da cabana de madeira.

Continuamos nosso caminho, e no fim, já não tinha tantas coisas para chamar atenção, além da íngreme subida até a Base Espacial. O terreno era completamente cercado, e o sistema de segurança parecia ser de última geração. Do outro lado do prédio da Base, era possível ver um grande foguete preparado na plataforma de lançamento. E nos portões, alguns seguranças muito bem armados.

Ao questionarmos se podíamos entrar, ele disse que não. O foguete estava prestes a ser lançado, e a Base estava fechada para o público externo. Aquilo não era uma notícia muito boa, e acabava nos deixando sem muitas saídas. Até que Nagisa teve uma ideia.

- Que pena... Eu tinha que me encontrar com uma pessoa aqui na semana passada. Mas acabei me atrasando, acho que ele vai acabar não aceitando minha proposta de trabalho. – Nagisa dizia em um tom desanimado. - Nos atrasamos muito mesmo. Ah! Mas talvez o senhor possa nos ajudar. - Ele dizia me sinalizando.

- Sim, sim. Acho que pode nos ajudar. Estávamos vindo encontrar um homem que ficamos sabendo que poderia fazer um certo trabalho para meu primo aqui. – Eu disse apontando para Nagisa.

- O nome dele é... – Ele fazia uma pausa e olhava para os dois lados. - Se bem que não sei se posso confiar em você. Ele prefere manter a discrição. - Ele fazia uma cara de sério.

- Verdade. Mas talvez você saiba algum lugar onde podemos encontrar alguém que possa nos fazer um serviço não muito lícito. – Eu dizia com a mesma seriedade. - Como pode ver, nós não somos as melhores pessoas para fazer tal coisa... Então preferimos terceirizar.

Sabíamos que as coisas até que não poderiam sair muito erradas, já que eram apenas seguranças de uma empresa, e não policiais, e muito menos Rangers. Mas estando na área da segurança, com certeza deveriam ter alguns contatos. E era isso que Nagisa parecia querer com seu plano improvisado. O lado bom, é que com a convivência, eu já estava bem acostumado com a forma com que ele costumava agir, então não ficava difícil sacar. Mas se começasse a dar alguma coisa errada, seria melhor corrermos dali.

O homem achava graça, da nossa pequena improvisação, mas eu no lugar dele também acharia. Mas por mais incrível que parecesse, ele parecia poder ajudar. Mas pelo que parecia, tudo tinha um preço. - Certo, então deixa isso comigo. – Eu dizia tomando as rédeas da situação, antes que Nagisa tentasse algo novo, como barganhar. - Aqui está. – Eu pegava o dinheiro, e segurava sem entrega-lo. - Mas nos conte primeiro onde podemos conseguir o que queremos, e vamos embora.

Nagisa ficava bastante surpreso com a cobrança do homem, e fazia uma cara de dúvida para a segunda opção. Ele não parecia ter entendido o que era, mas depois dar uma olhada melhor no segurança, ele arregalou os olhos e ficou corado.

Nós ainda não sabíamos que Will e seu tio já estavam na cidade, por isso eu nem tinha me preocupado em avisar-lhe onde estávamos. Isso e a pressa para resolver as coisas, é claro. Mas talvez se ele estivesse ali, as coisas poderiam ter saído um pouco diferentes. A nossa falta de experiência ainda iria nos meter em encrenca. Então, assim que conseguíssemos sair dali, mandaria uma mensagem.

Depois de finalmente receber a informação que queríamos, entreguei o dinheiro e saímos de lá o mais rápido possível. Não iriamos perguntar mais nada, já que ele parecia que pediria mais dinheiro. Nagisa parecia se sentir um valentão depois de fazer aquele tipo de coisa, e a adrenalina começava a lhe subir à cabeça. - Agora vamos até aquele lugar, e pegar o Phillipe de jeito! – Ele dizia empolgado.

- Calma, agora temor que esperar o dia todo para conseguir ir até lá. E dessa vez vamos precisar da ajuda do tio do Will. Acho que ele vai ser o único que vai conseguir entrar sem problemas. – Eu tentava fazer Nagisa ficar menos empolgado. - Primeiro vamos voltar ao Centro Pokémon, lá podemos treinar um pouco, e entrar em contato com Will e seu tio.

- Certo!

Assim, nós voltávamos para o local de início, para poder esperar as horas passarem. Assim que chegássemos ao Centro Pokémon, passaria direto no computador, para fazer algumas trocas em minha equipe. O quanto antes eu começasse a treinar o pokémon da Misty, mais rápido poderia entregar a missão. Então poderia aproveitar esse tempo para isso. Trocaria todos os pokémon que estavam comigo. Trazendo Treecko, Slugma e Corphish, além dos três ovos para que Slugma os ajudasse a chocar. Em seguida iriamos até o campo de batalha para poder treinar e enviar a mensagem para Will.