Capitulo 16 - Agora te Pegamos, Phillipe Swirller! - "Um Mar de Justiça / Parte 3"

O caminho continuava tranquilo para nós, mesmo depois do susto que levamos ao ver Blade no chão. Com o auxilio de Boom, conseguíamos desviar perfeitamente de toas as armadilhas que encontrávamos no caminho. Talvez pudessem até ter algumas armadilhas nas paredes, mas como eram bem espaçadas, e não precisávamos tocar nelas, deixávamos elas de lado.

Depois de um tempo de caminhada, acabamos encontrando uma bifurcação. Algo muito comum naquele tipo de ambiente, e que já esperávamos encontrar. O problema, era que não tínhamos definido um plano para caso isso chegasse a ocorrer, mas como esperávamos estar em um número maior, acabamos ficando sem muitas alternativas.

- Acho que vamos ter que nos separar! – Nagisa dizia rapidamente ao ver as duas passagens. - Eu fico com o caminho da direita.

- Nada disso. Vamos continuar juntos. Não sabemos se vamos encontrar alguém, então é menos arriscado ficarmos juntos. – Eu respondia sério, tirando o sorriso do rosto de Nagisa. - Mas podemos ir pela direita mesmo. Parece ser mais provável chegar a alguma coisa útil, já que tem tochas aí. Mas não toque nelas, pode haver armadilhas.

- Tá bom. Mas depois vou querer ir do outro lado para ver o que tem, já que vamos ter tempo de aproveitar o passeio depois de capturar o Phillipe. - Nagisa conseguia ver a beleza do lugar, mesmo com o clima tenso. Talvez aquele fosse um bom local para um passeio, mas não aquelas cavernas onde estávamos no momento, já que poderia ser um passeio mortal.

Seguimos o caminho que eu havia sugerido, com Nagisa verificando tudo minuciosamente atrás de mim e Boom. O caminho parecia continuar tranquilo, sem muito mais coisas para observar do que as tochas penduradas nas paredes. Se fosse uma caverna comum, eu não veria problemas em ir acendendo-as para indicar o caminho para Will, quando ele retornasse, mas se tratando de um esconderijo de um bandido que adorava armadilhas, seria melhor não mexer com elas.

Depois de andar por alguns metros à frente, notei que Nagisa estava ficando muito para trás na caminhada, então quando olhei para ver o que ele estava fazendo, não conseguir ver nada. Num instante, um desespero tomou conta de mim: ”Será que deixamos passar alguma armadilha?” Foi o único pensamento que me ocorreu antes de gritar: - Nagisa! Onde você está? - A única coisa que via, era a escuridão, onde a luminescência emitida por Voltorb não alcançava. O que tinha acontecido com meu amigo? - Boom, use Charge novamente, e carregue mais energia para iluminar um pouco mais a caverna. Tome cuidado. - Esperava que com mais luz, eu pudesse ver o que tinha acontecido, já que se fosse uma armadilha seria ainda mais perigoso se eu tentasse avançar sem enxergar melhor.

Mesmo iluminando as partes mais próximas de onde eu estava, ainda assim não conseguia ver nenhum sinal de Nagisa. Aquilo me deixava ainda mais preocupado.

Continuei seguindo o caminho de volta, mas andando devagar para ver se encontrava algo estranho, mas acabava sendo interrompido por uma vez vinda da escuridão. Não era meu amigo, até porque a voz não tinha aquele tom leve ao falar. Era uma dos bandidos, só que ainda não conseguia ver seu rosto, mas não parecia ser o Phillipe, ou seja, ele não devia estar ali sozinho. Mas antes que eu pudesse responder alguma coisa, ele acionou alguma coisa, me fazendo cair. Com o susto eu dei um grito, mas por sorte o terreno era macio. Voltorb caia bem ao meu lado, e por um segundo ele se apagava por ter perdido a concentração, mas logo retornava a iluminar o local.

Era algum tipo de fosso de armadilha, mas não tinha dana tão mortal por ali. Tentei me levantar e acabei pisando em alguns ossos que pareciam ser humanos, mas provavelmente não haviam morrido por causa da queda. Haviam alguns buracos nas paredes, e de um deles saia um pouco de água. Esse buraco parecia grande o suficiente para que eu conseguisse sair dali, e voltasse a procurar por Nagisa. Mas como sempre, as coisas não poderiam ser tão fáceis, já que de outros buracos saiam alguns pokémon peçonhentos, o que explicava os ossos.

Para sair dali, eu teria de passar por eles. Como o local não parecia ser muito grande, eu precisava escolher meus pokémon menores para aquela batalha, então tinha a equipe perfeita para aquilo. Pegando outras duas esferas dos bolsos do meu cinto, eu liberava Zangoose e Golett. - Boom, Colossus e Zangoose, conto com vocês para derrotarem essas víboras que estão impedindo nossa passagem. Zangoose, tome à frente, ataque o Seviper com duplo Thunder Punch. Boom, cuide do Arbok da direita, use Charge e ataque-o em seguida com Thunderbolt. Colossus, ataque o outro Arbok com duplo Shadow Punch. - Com isso, eu esperava conseguir sair logo dali, mas tudo dependia de o quão fortes eram aqueles oponentes.

Enquanto os pokémon começavam a batalha, eu pegava meu Pokénav e olhava para ver se tinha sinal. Talvez eu conseguisse ligar para Nagisa ou Will, para ver se o primeiro estava bem, e contar para o segundo que não estávamos sozinhos.

Eu sabia que depois daquelas víboras, algo pior estaria me esperando, então eu não podia cansar meus melhores combatentes, mas talvez eu precisasse me apressar um pouco mais ali, ou as coisas poderiam ficar piores para Nagisa. Mas eu precisava confiar que ele estava bem, ele era forte, apesar de não parecer, e eu precisava me manter concentrado.

- Pessoal, vamos atacar um único alvo. Acho que será uma estratégia melhor. Boom, duplo Thunderbolt no mesmo Arbok que atacou antes. Colossus, duplo Shadow Punch no mesmo alvo. Zangoose, mire ele também, vamos deixar esse Seviper por último. Ele será seu. Duplo Fire Punch. - Eu comandava esperando que as coisas melhorassem um pouco. - Se ele cair, mudem de alvo para o outro Arbok.