Cap. 25: Safari

Behold the wildness

Safari Zone

É, não era muito fácil ter a paciência necessária para aturar aquilo. Os pokémon selvagens eram orgulhosos e rebeldes, e nem sempre deixavam-se ser domados. Às vezes, simplesmente não compensava para um treinador, continuar insistindo na mesma tecla que falhava repetidamente.

E experiente na área como era, Klaus sabia bem disso. Despediu-se de Zangooze, afastando-se meticulosamente. O felino pareceu ficar confuso por algum tempo, mas não questionou. Saiu correndo para o lado oposto, fazendo a grama farfalhar, e logo não podia mais ser visto. O criador também saiu, recuando um pouco para uma área mais tranquila.

— Ei, rapaz! Como foi agora? Vai querer seguir em frente ou dar mais uma olhada rápida por aí? No final das contas, não faz tanta diferença: as mesmas espécies podem aparecer em lugares diferentes, mas às vezes é interessante ver um ambiente diferente, se não estiver com muita pressa — disse o guia ao notar a aproximação do jovem, já adiantando-se para explicar um outro ponto. Era tudo uma questão de narração e ambientação, um pouco desnecessária mesmo. Mas e aí?

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O guia riu, aquele tipo de risada contagiante que faz todos ao redor darem risadas também. — Claro, meu jovem! Temos as Cavernas de Calcário não muito longe daqui. Dizem que há até mesmo passagens subaquáticas salinas por ali! Particularmente, é meu lugar favorito em todo o Safari. Você tem bom gosto — comentou ele, sorrindo, enquanto fazia um sinal para que Klaus subisse no jipe.

Não demorou muito. Eles subiram o relevo, entrando por uma dos túneis que o jovem tinha reparado anteriormente. E assim que passaram por ele, começaram a descer. De início, não parecia ter nada de especial, mas conforme desciam, puderam começar a reparar na luz. A caverna brilhava com um tom azulado, quase que neon. Isso com os ocasionais sons de água caindo, pokémon movendo-se e tudo mais, formava uma aura única.

Imagem Ilustrativa Caverna:

— Chegamos. A caverna brilha por conta de algumas frutas especiais que crescem por aqui, e têm essa intensa coloração e luminosidade. O ambiente costuma passar uma sensação de paz, por isso gosto tanto daqui — explicou o guia então, sorrindo. Ele afastaria-se, para deixar Klaus explorar o lugar. — Apenas não se distancie muito, para não se perder.

Haviam pequenas pedras de calcário espalhadas por toda a parte. Uma estranha planta tortuosa crescia em meio às rochas, e dela brotava algumas estranhas frutas grandes e ovais, que brilhavam no intenso azul da caverna. As frutas estavam em toda a parte, iluminando todo o interior rochoso dos túneis e câmaras. Alguns pequenos lagos e riachos fechavam a paisagem, refletindo a luz, sendo os fluxos de água ditos pelo guia.

Imagem Ilustrativa Frutas:

Antes que pudesse terminar de apreciar a beleza do lugar por completo, no entanto, Klaus fora interrompido por um grito ecoando de um dos túneis, e logo, de uma sombra aproximando-se. O que seria aquilo? Mais um pokémon? Bem, vejamos o que o criador encontrará desta vez.

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Voa, voa, voa brabuleta.

A grande sombra aproximou-se, finalmente revelando sua forma para Klaus. E bem, era uma boa forma. As grandes asas da voadora reluziam com o brilho azulado natural da caverna, liberando um rastro de pólen por onde passava. A combinação de cores era ideal, formava uma beleza exótica e única. Definitivamente, Beautifly tinha muito de beauty.

A borboleta pousou sobre uma das plantas próximas de Klaus, não dando muita atenção para ele. Parecia estar concentrada no colorido fruto azul que estava sob seus pés. Mas o que o criador faria?

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Confesso que eu também nunca me deparei com a espécie. Aliás, com nenhum de toda a linha evolutiva. Mas bem, para alguém tão aventureiro e colecionador quanto Klaus, isso era realmente surpreendente. Fico contente, contudo, que ele tenha gostado de seu encontro. Já era o terceiro. Mais dois, e então o guia pediria-lhe para sair.

Bem, então era melhor aproveitar, certo? Encantado com a borboleta, ele tentou uma aproximação, oferecendo um daqueles igualmente excêntrico fruto azulado. Só então a voadora notou a presença do criador. Ela não parecia estar com medo ou algo do tipo. Calmamente, ela desenrolou sua espirotromba, inserindo-a dentro do fruto para que pudesse alimentar-se.

Pareceu gostar.

Tendo tais informações em mente, o que Klaus tentaria fazer agora?