SHIMMER RUINS DUNGEON #1 - KB & SHIANNY

Arrisco dizer que é perigosamente tênue o limiar que divide o temor pelo desconhecido, do vazio que escorre diante do desespero inquieto que é capaz de se abater sobre uma existência que acredita se encontrar em desvantagem sórdida em um ambiente que nada mais é além de uma grande e antiquada incógnita construída na base de mármore e rocha. Levando isso em consideração, não se é possível afirmar que se trata de um fato muito surpreendente o sobressalto instantâneo que se abateu sobre seu corpo, em frieza mórbida, quando uma única saraivada de golpes se mostrou suficiente para praticamente eliminar os dois companheiros que havia arremessado em campo e, não obstante, também haviam ferido brutalmente os psíquicos cujas ações eram orquestradas pela monotreinadora.

Com vagarosidade impressionante e quase invejável, os ombros caíram, enquanto os orbes cinzentos vigiavam silenciosamente o corpo largado do venenoso e o extremamente fragilizado do espécime gelatinoso, que tremulava em reação inevitável aos ferimentos que se desenhavam sobre seu corpo, resultado direto das rochas e energias arremessadas sobre o lado aliado do campo - a respiração fraquejou diante do cenário sanguinolento e, com suavidade, a cabeça pendeu em milímetros para o lado oposto, enquanto sentia o corpo de Karinna apoiado sobre o seu e, então, observou-a quando a loira se afastou para se aproximar e cuidar do gramíneo nocauteado.

A atitude foi como um estalar de dedos em sua consciência; As pálpebras caíram, suaves, semicerrando-se quando o pescoço desentortou, o queixo apontando na direção do firmamento por um breve instante quando a cabeça pendeu para trás, um suspiro escapando da garganta e os braços pendendo, sem força, nas laterais do corpo - as recordações vieram num bailar amigável das ondas, arremessando-a mais uma vez para o período em que o Monte Pyre era uma das únicas e mais realísticas preocupações.

Nesse momento, o sorriso se desenhou no rosto, singelo, discreto - genuíno, embora afetado.

— ...Chega, Kaleo. — Disse, sem mais nem menos, o rosto pendendo para frente mais uma vez, a franja escapando para cima dos óculos e bagunçando-se pelo vento, os músculos relaxados após tanto tempo tensionados e, então, uma calmaria indiferente estampava-se no rosto, alheia à agitação imediata e ansiedade da loira, que se expressava em berros e provocações impensadas contra os poderosíssimos novos guardiões que se impunham para travar seu caminho mais uma vez. — Ariel, é hora de se divertir um pouco. — Fez a substituição do psíquico, um sorriso diminuto brincando no canto dos lábios quando a ideia de que a besta marinha finalmente teria espaço para se movimentar a atingiu. — E você, Rotom. — Acrescentou, virando o rosto de lado para espiar o fantasma, indicando a arena improvisada que se desenvolveu à frente. — Chega de ficar só assistindo. — Decretou, virando o queixo mais uma vez na direção do trio, a seriedade subversiva se apossando por completo do temor que anteriormente fazia tremer os músculos e a expressão. — Pro lugar de Vileplume, já. — Ordenou, estalando o pescoço ao movimentá-lo com certa brusquidão de um lado à outro. — Vocês dois, vamos fazer um inferno elétrico nesse lugar. — Instruiu, um pequeno sorriso perverso brincando nos cantos dos lábios, como se um dos tantos demônios que sussurrava em seus ouvidos finalmente houvesse (ou estivesse perto de) vencido uma batalha maldita de cabo de guerra. — Thunder Wave. Rotom, Solrock e Banette. Ariel, Lunatone. — Foi o que disse, simples e somente, os braços se cruzando com delicadeza irônica em frente ao próprio peito, os ombros se mexendo em movimento circular em um alongamento desnecessário, realizado meramente para matar tempo.

Pelo visto, aquela oportunidade seria tão árdua quanto a travessia pelo cemitério vertical; Talvez até mais, considerando que da última vez seu dócil dinossauro arroxeado havia, majoritariamente, dado conta do frenesi estático que brilhava e eletrocutava cada um dos elementos responsável por compor a estrutura das vísceras do Monte e, no coração daquelas ruínas, não tinha capacidade ou possibilidade de gozar da mesma, huh, sorte, por assim dizer.
Pois muito que bem - se tivesse de atravessar aquele inferno enquanto arrastando cada uma daquelas existências distorcidas para fora de seu caminho, não teria motivos para desistir antes de esgotar todas as suas forças, não é? Não quando já tinha ido tão longe, não quando já tinham passado por tanta coisa.

Não se pode esperar escavar um tesouro sem passar pelos tormentos que o rodeiam, huh?

"Nós vamos perder."

Palavras simplórias, de peso grotesco - e, de certa forma, até mais do que as que a aspirante à especialista berrava há pouco, a plenos pulmões. Um tique discreto foi a reação instantânea que roçou por uma de suas pálpebras inferiores, ameaçando se cerrar ao mesmo tempo que não era capaz de fazê-lo; Os dedos de uma mão se moveram, repentinos e suaves, como se houvessem sido vítimas de um leve choque resultante de toda a estática acumulada no ambiente, graças às ondas elétricas enviadas por conta de seus dois aquáticos em campo - impotente, a jovem se limitou a observar a atitude quase melodramática da loira quando, em avanços violentos, os Guardiões de Oirar't foram capazes de arremessar o lutador para fora da arena, em nocaute praticamente instantâneo.

Naqueles segundos infinitos, a moça sentiu enquanto sua consciência era vítima de dissociação inesperada, arrastada para um passado já distorcido àquela altura, em que suas atitudes tão íntimas eram com aquelas que enxergava agora. Repassou, em revisão forçada, todo o desespero que pulsava por suas veias diante dos tantos, tantos nocautes que tivera de enfrentar ao longo de sua jornada, fosse numa competição oficial em Pewter ou no inferno congelado de um Limbo de requintes sádicos. As pupilas fitavam a sofrida cena protagonizada por Karinna, o músculo cardíaco pulsando atordoado dentro do peito, a única platéia que realmente importava; Os orbes desviaram, breves, na direção dos óculos arremessados pela companheira para o outro lado do cômodo - e, com paciência quase nauseante, os pés se moveram para chegar perto do objeto e recuperá-lo. Era uma análise inconsciente, a conclusão de que em breve o sol invocado por Vileplume se retiraria, e a tempestade voltaria a rugir com força total e, bem, não tinha certeza se seria capaz de encontrar a proteção das janelas d'alma se deixasse a tarefa para depois. No mesmo ritmo doentio, as pernas se arrastaram para que pudesse se posicionar no mesmo quadrado inicial, quase como que um non-playable character que nada mais é capaz de fazer além do pré-programado, e as únicas linhas do seu código se resumiam a manter a proteção ocular da moça à salvo durante seus pequenos surtos existenciais pela travessia ao longo das ruínas amaldiçoadas perdidas no deserto. Feito isso, guardou-a na própria mochila, com a consciência de que não pretendia devolvê-lo de imediato.

Válido dizer, porém, que em momento algum a atenção desviou-se de suas palavras soluçadas, os orbes sendo testemunhas da consciência infantil que emergia diante de uma barreira teoricamente intransponível; E, ainda que não soubesse, deveria dar graças ao seu Eu de minutos atrás, que resolvera amarrar uma máscara para ocultar boca e nariz - afinal, o sorriso extremamente afetado que se desenhou, escondido por detrás dela, muito provavelmente não seria visto com muitos bons olhos naquela situação de sofrimento causado pela própria incapacidade de manter resistentes seus próprios pokémons. Felicitaria-se também se se desse conta do quão ocultos seus orbes estariam, por detrás das lentes escuras e da franja que casualmente bailava adiante delas, pois o vazio estampado em seu âmago poderia ser assustador durante os segundos desesperados que passavam naquele lugar.

— ...Perder? — Repetiu, então, bem devagar, enquanto Karinna tolamente se desculpava tanto para a preguiça, quanto para si - embora esse último pedido fosse bem mais discreto que o primeiro, tinha de admitir. — A diversão acabou de começar, Karinna. — Sentenciou, a atenção volvendo brevemente na direção do combate que seus companheiros antagonizavam contra os Guardiões barrosos daquele lugar. — ...Rotom, Confuse Ray, Solrock e Lunatone. Ariel, Thunder Wave, Banette; Repita se falhar, Crunch se funcionar. — Orquestrou, de maneira extremamente simplória, volvendo então a atenção na direção do venenoso recém-recuperado pela parceira. — Tome o lugar de Gallade. Toxic, Solrock e Lunatone. — Instruiu, antes de enfim encarar mais uma vez a desamparada monotreinadora.

Não entenda mal. Não é como se não fosse capaz de simpatizar e compreender o sofrimento que pulsava em adrenalina por cada célula que compunha o corpo da amiga de infância - ora, como bem pontuado, ela própria já havia passado muitas, muitas vezes por situações como aquela. Em realidade, era justamente por encontrar afinidade com aquele desamparo que se sentia confortável em subjugá-lo diante da loira. Quer dizer, veja: Não era a primeira, e não seria a última vez que teriam de enfrentar um nocaute brutal com seus pokémons, principalmente levando em consideração que a periculosidade que espreitava naquela cidade parecia aumentar exponencialmente a cada passo que arriscavam para o âmago das vísceras de suas ruínas. Levando isto em consideração, era mais que óbvio que, se deixasse se render ao desespero e perdesse o controle das rédeas da situação, seus pokémons não seriam capazes de agir e, consequentemente, acabariam todos mortos naquele ambiente amaldiçoado.

Ao superar as barreiras erguidas perante si nas profundezas da ilha que escondia em seu íntimo o aterrador Monte Pyre, havia decidido um fato, ainda que inconscientemente: Se um cemitério não tinha sido seu túmulo, não seria uma localidade perdida no tempo que tomaria tal ocupação. Coincidência ou não, as ruínas de Shimmer se encaixavam perfeitamente nessa descrição.

Firmes, os pés se movimentaram mais uma vez, aproximando-se da doce criança chorosa que ostentava ao seu lado a estatueta protetora, como se pronta para se rebelar. Pela primeira vez, um dos braços se estendeu, e os dígitos se fecharam em torno do ídolo e da mão alheia, aprisionando-a em uma jaula de carne decidida, impedindo que a monotreinadora se separasse do objeto e, naquele momento, condenando-o sua sina. Não digo que não se afetava com suas lágrimas, com seu desespero, seu clamor pois, se o fizesse, estaria deliberadamente cantando falácias - entretanto, também não se é possível combater rupturas como aquelas com um simples carinho e um murmúrio de que ficará tudo bem, afinal, ela própria não se deixaria levar por fragmentos clichês de quem não sabe o que fazer.

— Recomponha-se, Bley. — Disse, autoritária, sem que o timbre falhasse uma só vez. Existiam momentos em que a gentileza precisava ser suprimida em prol de um bem maior e, particularmente, admito imaginar que essa seria uma ótima circunstância para exemplificar tal teoria. A mão livre, então, se fechou no outro punho da loira, e fê-la então levantar, embora não necessariamente usando a força para tal; Induziu-a a um giro em torno do próprio corpo, soltando unicamente seu punho e a recolocando outra vez de frente para o trio fantasmagórico que se opunham à sua presença.

A mão ainda se fechava sobre a estatueta e o punho de Karinna, forçando sua união, quando o peito se colou às costas da jovem. A outra optou por uma atitude diferente: E deslizou sobre seu rosto, acomodando-se em frente aos olhos de moça e tornando negro o universo que a Rocket testemunhava, bloqueando deliberadamente sua visão e impedindo-a de acompanhar o desenrolar do combate que inevitavelmente teria continuidade naquele instante. Ousou um único passo para trás, descolando momentaneamente os corpos e trazendo a cabeça da aspirante à especialista um pouco mais para si, a boca almejando colar ao seu lóbulo, com a consciência de que teria de obrigá-la a se curvar alguns centímetros no processo.

— ...Se você desistir, todos nós vamos morrer. — Foi o que ditou em um sussurro, rente ao seu ouvido. As próprias pálpebras se cerraram por um breve segundo, compartilhando a escuridão na qual havia forçado Bley a estar. — Se não aguenta, não olhe. — Acrescentou, o indicador tamborilando com delicadeza em sua têmpora, reforçando a "venda" improvisada que a palma havia traçado sobre seus olhos. — ...Mas você tem que manter em mente, Karinna, que só perdemos quando ninguém mais puder levantar. — Disse, arrastado, esfregando a testa contra sua cabeça em uma carícia silenciosa, um gesto afetuoso discreto no meio de todo aquele caos. — E eu te garanto que não é o caso. — Sussurrou, respirando com profundidade, antes de permitir que a monotreinadora se endireitasse mais uma vez, a mão ainda posicionada sobre seus olhos, e o peito finalmente voltando a se acomodar nas costas da criminosa. Inclinando-se brevemente para o lado, a cabeça foi a única coisa que se torceu para fora da sombra da companheira, e meramente para que pudesse acompanhar o desenrolar da rodada, coisa que conscientemente proibira a outra de fazer. — Recomponha-se, Shuckle. — Repetiu, com menos autoridade dessa vez. — Nós estamos juntas nessa. — Foi o que falou, apertando com discrição os dedos sobre os seus. Não tinha certeza a respeito de quão úteis seriam suas palavras naquele momento de compreensível insânia, mas alguém precisava manter a cabeça no lugar e, naquela situação, era inegável que havia sido escolhida para tal.

— Não esqueça disso.

Extremamente automático foi o torcer do canto dos lábios diante da rodada não muito... Agradável, por assim dizer, para seus pequenos. Em realidade, admitia que os únicos bons pontos daqueles turnos eram que seus pokémons haviam sido capazes de acertar os status negativos em seus oponentes que, mesmo considerando a fortíssima capacidade ofensiva dos monstrinhos parceiros, admitia serem os detalhes mais cruciais daquele embate, pois bem mais pesados eram os Guardiões que os adversavam. Além disso, aquele breve espaço de tempo parecia ter sido suficiente também para que a companheira se estabilizasse, ou pelo menos começasse a, e aquilo por si só já era um avanço considerável do que estavam tendo de lidar até então.

— ...Não é verdade. — Foi a primeira coisa que respondeu, volvendo brevemente a atenção na direção da moça, balançando a cabeça em negativa e permitindo que um suspiro discreto escapasse pelos lábios. — ...São pokémons. Você é uma treinadora e, independente de como, é inevitável que aconteça esse tipo de coisa. — Acrescentou, movimento os ombros num encolher discreto. — Se você fosse ruim, se só fizesse errado, acha que teria a mínima possibilidade de que te obedeceriam, considerando a loucura desse lugar? — Riu, sem humor, empurrando de leve a bochecha da companheira com as costas dos dedos. — Você tem que confiar um pouco mais em si mesma, Shuckle. Mesmo que pareça que tudo o que faça é ridículo e sem resultado. — Murmurou, com o olhar distante por um breve instante - e, então, piscou quando a Rocket comentou a respeito de seus olhos. — ...Não são lindos? — Brincou, piscando várias vezes, ajeitando com delicadeza uma das madeixas por detrás da orelha. — E você parece mais e mais com um Shuckle, se desesperando e escondendo dentro do casco. — Comentou, dando um peteleco amigável na ponta do nariz da aspirante à especialista.

— Ariel, Rotom, Crunch e Hydro Pump no Banette! — Chase instruiu então, com a consciência de que deveriam se livrar o mais rápido possível do fantasma risonho se quisessem parar de ter tantos problemas - principalmente considerando o fato de que a barreira protetora erguida por Duosion já começava a se esfacelar, e não era novidade para ninguém quão brutais eram os golpes físicos utilizados por dois terços das criaturas que resguardavam as ruínas de Oirar't. — Se ele sobreviver, repita o Hydro Pump. Se não, mire no Solrock; Ariel, você também, com Waterfall! — Ordenou, desviando brevemente a atenção na direção da loira - e os dedos se retiraram da frente dos seus olhos, logo após recuperar os óculos protetores da mochila e recolocá-los, mais uma vez, na cabeça da moça. — ...Vou ter que colar eles na sua cara, pra ver se para de tirar. — Disse, mas manteve uma das mãos sobre a sua, assentindo com um breve menear de cabeça. — Você não tava tããão empolgada pra saquear lá no centro? — Perguntou, indicando o coração da cidade com o queixo. — Não vai conseguir nada se desistir no meio do caminho, né? — Acrescentou, respirando profundamente antes de volver a atenção para o trio que servia de obstáculo às suas tentativas de avanço.

Tinham de lidar com eles, e rápido.
Imagine só se chegassem mais?

Então, quando finalmente os orbes acinzentados enxergaram o fantasma cinzento ceder diante das constantes investidas de cada um dos pokémons em campo e tombar em frente ao armário anteriormente aberto por Karinna, a moça sentiu um desagradável e incômodo peso se retirar pacificamente de seus ombros, como se a chave do enigma daquela situação desconfortável fosse, enfim, revelada após o momento quase infindável de troca de golpes, ameaças e olhares fuzilantes. Apesar disso, porém, não pôde apaziguar a alma com a possibilidade de um descanso momentâneo, afinal, ainda existiam dois Guardiões poderosíssimos que não pareciam dispostos a recuar e, vamos combinar, sem o auxílio de nenhuma das barreiras protetoras do seu lado do campo e com o retorno da tempestade de areia para transformar em colossais as defesas já altas dos astros celestes, tinha lá suas dúvidas de que teriam muita sorte caso a batalha travada perdurasse por muito mais tempo além do... Previsto, se pudesse ousar colocar dessa maneira.

— Finalmente. — Reclamou, em baixo tom, deixando escapar um suspiro pesado por baixo da máscara. As pálpebras se apertaram por um instante breve, e a moça balançou a cabeça mais uma vez antes de apoiar uma das mãos no ombro da loira, em um apoio silencioso que não chegava a necessitar, mas acreditou que seria útil de usufruir. — ...A sua sorte, Shuckle... — Comentou, desviando brevemente a direção das pálpebras para a monotreinadora, erguendo com sutileza uma das sobrancelhas no processo - atitude que, tinha consciência, provavelmente não seria identificada, dados os fios de cabelo, os óculos e a areia servindo de obstáculo para ambas as visões. — ...É que eles vieram atrás da gente. Ou então, eu cem por cento te culparia por ter arrastado a gente pra essa casa. — Provocou, na tentativa de afastar o clima ruim anteriormente instaurado no ambiente. — Mesmo que houvesse, talvez, uma possibilidade de que eu fizesse o mesmo. — Riu, com um dar de ombros relaxado, antes de puxar ar para os pulmões mais uma vez, volvendo a atenção aos oponentes que restavam em campo. Não poderia se dar ao luxo de distrair, principalmente considerando que tão perto pareciam de uma vitória, àquela altura. — Rotom, Ariel, duplo Hydro Pump e Waterfall! Foquem o Solrock, se ele cair, virem no Lunatone! — Instruiu, enquanto encarava o venenoso recuperado mais uma vez, prendendo um suspiro na garganta com a ideia de enviá-lo, novamente, à um possível nocaute. Qualquer das maneiras, não era como se tivesse muitas opções naquelas circunstâncias; A perda de qualquer um dos outros pokémons muito provavelmente teria mais impacto que uma nova perda de consciência momentânea de seu pobre gramíneo. — Vileplume, assuma no lugar da Laksa. Giga Drain no Lunatone! — Pediu, em um fôlego só.

Mas, tinha um certo receio.
Se já precisavam lidar com aquelas muralhas antes mesmo de alcançar o âmago das vísceras daquelas ruínas amaldiçoadas... Então, com que tipo de periculosidade acabariam se deparando, repousando na pulsante luz rubra que emanava do coração de Oirar't?