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SHIMMER RUINS DUNGEON #1 - KB & SHIANNY

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Mensagem por Pagliacci Seg Ago 10 2020, 20:36



Um Império de Castelo de Areia

Depois da vitória amarga no conflito, Karinna e Natalie tinham que lidar com uma surpresa em seus pertences. A Estatueta que a loira havia roubado dos pertences na porta das Ruínas agora vibrava de uma forma potente e estranha. Além disso, a mochila de Natalie também vibrava e, ao conferir do que se tratava, a ruiva havia encontrado uma Estatueta idêntica entre seus pertences. Desde quando aquilo estava ali? Dentro das ruínas, o único momento de distração havia sido as horas (?) que haviam dormido, mas Kaleo estava de guarda. Se não havia sido então o Gelatinoso Pokémon, só poderia ter ocorrido durante a peregrinação das duas pelo deserto até ali.

Mas enfim, deixando aquele lugar para trás, a dupla de meninas ousou avançar para o Portão. O "filtro" rosáceo causado pelas inscrições iluminadas das paredes e do teto ainda permaneciam, apesar do silêncio repentino. Avançar pelas ruas, agora vazias, não era difícil, com exceção do medo constante de que algo surgisse do nada e as atacasse. Sim, às vezes o silêncio é mais perturbador! As duas Treinadoras caminhavam pela rua arenosa até chegar no "fundo" da caverna, notando as paredes com as mesmas inscrições do início e que agora sabiam se tratar da frase: "DOMINAT TUT". Entretanto tinha um detalhe a mais bastante aterrorizante, as lentes outrora vazias, agora continham pupilas agitando-se violentamente para todos os lados, como se estivessem presas.

Essas pupilas, que tinham características únicas, como cor e texturas, lembravam olhos humanos, mas... Seria possível? Havia uma infinidade desses olhos aprisionados cobrindo toda a extensão da parede, com exceção da estrutura do portão em si. E mais, quando as duas aproximavam-se, além da cor rosa apagar-se das inscrições num espaço circular ao redor das garotas, os olhos também pareciam desaparecer. Seja lá o que aquilo estivesse causando nas pessoas da caverna, as Estatuedas pareciam anular o Efeito. Sorte das meninas.... Talvez...

Enfim... Se a dupla continuasse na direção do "encontro" entre as abas do Portão, notariam um cenário catastrófico. Inúmeros corpos estavam jogados pelo chão, amontoados, mutilados. Alguns curiosamente eram esqueletos, mas seria possível que tivessem se decomposto tão rápido? O chão todo era uma grande poça de sangue e a base do portão também tinha sua estrutura banhada de sangue na porção mais inferior. Conforme "subia-se" por ela, ao invés de uma grande mancha de sangue, haviam pequenas impressões das palmas das mãos ensanguentadas das pessoas que agora jaziam mortos, como se tivessem tentando pintar ao máximo a porta com sangue, desesperadamente.

Por todo o lugar haviam Poké Bolas quebradas, estilhaçadas e não tinha sinal de qualquer Pokémon. Mas havia um breve sinal de vida! Um pouco adiante, dois corpos pareciam se mover e um deles, mais magro e esbelto, esfaqueava lentamente o outro, que dava seu último suspiro. Em seguida, o ser esfaqueava a si mesmo no ventre e então, usando a mão suja de seu próprio sangue, esfregava o portão, banhando-o um pouco mais e forçando-o a abrir mais alguns centímetros quase imperceptíveis. Aliás.. O vão do portão havia aumentado razoavelmente desde a primeira vez que haviam visto, quando chegaram à caverna. Mas não era possível atravessar, nem mesmo as jovens sendo magrinhas e andando de lado. Era preciso fazer mais para abri-lo.

Se Karinna e Natalie fossem até o último corpo ativo por ali notaria se tratar da jovem arqueóloga, Suzan. Seus olhos, fora de órbita, pouco a pouco se fechavam, enquanto ela se sentava sobre quem havia esfaqueado, o Professor Mintcupper —  MAIS.... MA.... — Dizia ela, apontando a faca para as meninas e então desfalecendo, enquanto seu corpo pouco a pouco desfazia-se até apenas restar um esqueleto, ou parte dele... Consigo, uma bolsa de couro, daquelas que se atravessavam no tórax. Havia muito para que as garotas processassem, mas uma coisa era certa. Estavam sozinhas ali e ainda não poderiam adentrar a Dungeon. Desistiriam e partiriam para casa ou iriam até o fim nessa Expedição Diabólica?


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Mensagem por Karinna Seg Ago 10 2020, 21:21


shimmer ruins


Talvez eu estivesse certa, ainda mais observando tudo que acontecia ao nosso redor: se antes estávamos no limítrofe entre a terra e as trevas, agora, de fato, chegamos ao inferno. O caminho até o portão arrancava arrepios, com meu braço direito apertando o esquerdo de Natalie onde apoiava-se; o medo constante de sermos surpreendidas novamente me incomodava, mesmo com a proteção de Kaleo. Com o braço livre, busquei a esfera de Alakazam, liberando-o.

— Sushi, extrema atenção aqui. — estalei os dedos assim que a preguiça saía de sua Pokéball, chamando sua atenção; sempre brincalhão, logo mudava sua expressão ao perceber o ambiente onde se encontrava — Qualquer mínima ameaça sobre nós quero que use sua velocidade gigantesca para MATAR. — engoli seco, lembrando-me do que acontecera na rota cento e vinte um, quando ainda Kadabra ceifou a vida de uma pessoa sob minhas ordens — Entendeu, né? Sem qualquer misericórdia.

O psíquico consentiu e, flutuando ao nosso lado, observava tudo com bastante cuidado. O silêncio era perturbador, mas de certa forma, até tranquilizante: toda aquela comoção que acontecera minutos atrás sem sombra de dúvidas contribuíra para perder minha própria sanidade durante a batalha. As lentes que percorriam as paredes agora possuíam olhos, os quais mexiam-se constantemente, mas sem qualquer poder sobre nós, possivelmente por conta das estatuetas... Sim, no plural, já que agora Natalie também possuía uma. Se não estivesse tão nervosa, com certeza faria uma piada sobre como minha tão-julgada-cleptomania nos salvou no final das contas.

Chegando próximas ao Portão, a cena se igualava a de uma guerra, com corpos mutilados e o chão arenoso completamente coberto de sangue, o qual escorria em uma direção aleatória. Bufei, fitando Chase por um único segundo... Não precisava dizer o que tinha em mente, não é? Não somos dois daqueles corpos por muito pouco, sabe-se lá porquê. Talvez por que nosso destino seja pior do que esse? Ou talvez não seja ainda nossa hora? Quer dizer, travar uma luta com Deus traz consigo diversas perguntas, nenhuma a ser respondida, pelo menos por enquanto.

— Ca-caralho.


Um palavrão foi tudo que as cordas vocais conseguiram verbalizar ao perceber o estado do Portão, o qual estava pintado parcialmente de rubro com marcas de mãos, possivelmente provenientes de toda chacina que acontecera. Diante da majestosa - e agora macabra - abertura, duas últimas pessoas davam sinal de vida, mas antes que pudesse ser dito ou feito qualquer coisa, percebi ser Suzan, a arqueóloga que nos recebera algumas horas atrás. Finquei os pés no chão, observando a cena à distância, segurando o braço de Chase caso quisesse intervir - o que nessa altura duvido que o fizesse -. Sinalizei para Alakazam com a mão livre que não se metesse. A exploradora parecia extremamente obcecada em extrair o máximo dos órgãos e sangue de sua vítima, que pelo que conseguia visualizar, se tratava do Professor Alguma-Coisa. Não demorou muito e ambos se desfaziam em esqueletos.

— Quê? — a ideia de que possuíam muitos esqueletos no caminho ou empilhados já me era esquisita, mas não imaginava que decomporiam tão rápido assim — Você viu isso? — os dígitos tentavam apertar o braço de Natalie, mas a dor impedia-os de fazê-lo — Argh. — os pés tornavam a se movimentar, agora trazendo o corpo mais próximo do portão — Essas marcas de mão... Acho que ele precisa de mais sangue para abrir. — estendi a mão esquerda ensanguentada para colocá-la também, mas a de Chase me impediu com um súbito tapão — Ha. Tava só brincando, Wooper. — recolhi a mão com um sorriso e os olhos voltaram-se para a bolsa deixada por Suzan, abaixando imediatamente para ver o que possuía — Que vergonha. Looteando uma pessoa recém-morta... A que pontos chegamos? — brinquei, mas a pergunta me fazia questionar bastante minha própria índole, ou melhor, sua falta total à essa altura — Sushi, utilize seu Psychic para recolher bastante de todo esse sangue espalhado e arremesse-o sobre o Portão. — levantei, com a bolsa de Suzan em mãos, sinalizando para Natalie que déssemos alguns passos para trás; vai saber qual vai ser a reação da estrutura, certo? — Quando terminar de fazê-lo, atenção redobrada. Qualquer ameaça levante seu Protect.


A ideia talvez não seja uma das mais inteligentes, mas era o que tinha para fazer...

Já era tarde demais para voltar.


as ruínas.

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Mensagem por Shianny Seg Ago 10 2020, 22:46

À medida que avançavam, de maneira até exageradamente veloz (embora não soubesse de imediato), se tornava cada vez mais inegável quão intimamente parecido com um campo de guerra (em seu pós, mais precisamente) estava o anteriormente agitadíssimo salão que antecedia o coração das ruínas de Oirar't. Era de modo superficial que os orbes acinzentados passeavam pelo ambiente, pelos corpos, os esqueletos, o sangue - todos esses elementos eram uma conjuntura mórbida inexplicável, e o desejo de descobrir como as coisas haviam se encaminhado para aquele ponto era pulsante, mordaz. Particularmente, chegava a se arrepender de ter repousado sobre o colchão, se isso significava que tinha perdido o momento exato que o sítio arqueológico explodira em invejável frenesi caótico; Ora, pois, se soubesse o que havia desencadeado todo aquele pandemônio, seria extremamente mais simples de encontrar uma solução para ele, não é verdade?

...Era isso que pensava, pelo menos.

— ...Matar? — Murmurou, em baixo tom - talvez o suficiente para que sequer a loira ouvisse as sílabas que escaparam de sua garganta. Quer dizer, dadas as circunstâncias, era compreensível (e parando para pensar bem, não duvidava que seria uma das melhores opções) a instrução mórbida da Rocket mas, de certa forma, era incapaz de deixar de pensar em quão velozes e simplórias eram as decisões de Bley no que dizia respeito ao limiar entre a vida e a morte. Admitia que, uh, não tinha pensado muito sobre tal questão durante o embate da monotreinadora e do Throh familiar nas Masmorras de Arceus mas, bem, as situações tinham uma disparidade gritante, não?

...Questionou-se quantas vezes Karinna já havia passado por aquele tipo de dilema.
E, ao mesmo tempo, viu-se atordoada pelo próprio pensamento pois, querendo ou não, tinha considerado arrastar o homem com quem lutavam anteriormente com suas próprias mãos, quando a ideia de que talvez precisassem de sacrifícios para abrir os Portões do Céu passou por sua cabeça pela primeira vez.

Não se orgulhava disso tanto assim, como se deve imaginar.

Inclusive, falando nisso, tal hipótese se tornou lei quando, ao se aproximarem o suficiente, puderam também testemunhar o homicídio/suicídio de Mintcupper e Suzan, aparentemente tão consumidos pela insânia quanto todos os outros que se depararam naquele ambiente - e os pés estancaram, imediatos, quando a própria loira também interrompeu seu caminho. Tomou para si o direito de respirar durante aquela breve pausa, refletindo sobre quão irônica era a ideia de que, ao que tudo indicava, a estatueta roubada (e que por algum motivo parecia ter se reproduzido assexuadamente) do Professor havia-lhes protegido daquela onda de perdição cerebral, ao mesmo tempo em que seu próprio dono era dominado pelo titereiro de toda aquela tragédia.

Um infortúnio, de fato.
Não para si, e tampouco para Karinna, é claro.

— ...Eu pretendia fazer o mesmo. — Comentou, em baixo tom, logo quando se aproximaram após a pequena cena... Melodramática, interpretada por Suzan, e pouco depois de ter segurado a mão de Bley para impedir que a jovem simplesmente metesse as mãos na superfície do claramente nada sobrenatural portão de pedra à frente. Chase observou, com certo silêncio, enquanto a outra vasculhava a bolsa de couro que pendia do corpo cadavérico de moça que as recebera mais cedo, praticamente indiferente ao seu apodrecer instantâneo - ora, já havia visto muito pior para que o cérebro processasse direito mais aquela informação, ou que sequer se desse ao luxo de reagir como talvez devesse, em realidade. O olhar que recebeu em retorno, porém, fê-la apenas encolher os ombros, inquieta. — Quer dizer, não é como se ela fosse precisar mais, né? — Acrescentou, coçando o braço e olhando de um lado para o outro, em uma tentativa de confirmar se realmente estavam sozinhas por ali. Foi só nesse momento, inclusive, que percebeu verdadeiramente os olhos agitados aprisionados nas lentes encrustadas nas paredes, e o nariz se torceu diante da ideia de que talvez pisassem em coisas idênticas àquelas...

Esse sentimento, porém, se dissipou quando a ruiva recordou que já caminhavam até mesmo sobre cadáveres. Oh, bem.

— Eu não acho bom que a gente coloque as mãos em cima disso, mesmo se não der certo. Não sabemos se as estatuetas protegem tanto assim. — Disse, então, respirando fundo e ajeitando uma das madeixas por trás da orelha, antes de cruzar os braços em frente ao peito. — Dá pra tentar "torcer" um pouco de algum dos corpos que restaram aqui por perto, também. — Acrescentou, correndo o olhar pelas pilhas de pessoas e ossos espalhados pelo terreno arenoso. Considerou pedir para que Kaleo arrastasse um ou outro com seu Psychic e os acertasse contra o portão, se a tentativa de Sushi não desse certo mas, mais importante, se tudo acabasse se mostrando falho... Pretendia também cortar as mãos e tentar "jogar" o líquido sobre a imponente passagem, sem pressioná-las de fato sobre as rochas...

Mas, sim. Já estavam ali, sabe? Não valia a pena passar por tudo aquilo, ver tudo aquilo, e morrer na praia. Podia ser teimosia, mas simplesmente não queria dar para trás e se retirar com o rabo entre as pernas.
Talvez devesse!
Mas não queria.

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Mensagem por Pagliacci Ter Ago 11 2020, 03:14



Um Império de Castelo de Areia

A essa altura da "jornada" das meninas pelas Ruínas, o que estavam presenciando já não era tão estarrecedor quanto para alguém ainda "virgem" nesses assuntos. Assassinatos, suicídios, corpos que se decompunham instantaneamente, estatuetas supostamente duplicadas. Eram mistérios que se acumulavam em um montinho mais alto e preenchido do que aquele de cadáveres em que quase tropeçavam ao caminhar. Entretanto, quase nada parecia apontar diretamente para a forma de atravessarem o Portão, exceto pequenas peças perdidas e meros rumores.

Karinna até pensou em tocar a Porta com sua mão ensanguentada e complementá-la com mais sangue, o seu. Contudo, Natalie a impediu e as duas passaram a pensar em outras soluções. Foi inclusive a loira que tomou a iniciativa de pesquisar na bolsa de couro da falecida Suzan, em busca de pistas entre seus pertences. Lá dentro havia, em sua maioria, papeis. Eram documentos como os encontrados do lado de fora, mas diferente daqueles, não tinha um timbre de alguma instituição. Eram mais desgastados, antigos e datavam de 70 anos atrás. Eles continham rumores sobre desaparecimentos no deserto e uma Ruína, além de uma lista de Pesquisadores, sendo Suzan a primeira delas.

Mais no fundo, algo um pouco diferente, haviam... Doces! Dez deles, na verdade... Eram um tanto médios, embalados de forma cuidadosa em papel chumbo azul claro. Não pareciam estragados e nem tão antigos quanto os papeis, provavelmente mais novos (+10 Exp. Candy S). Se Natalie e Karinna prestassem atenção nos demais corpos, logo depois de ler essas informações, notariam que realmente haviam vestimentas de diferentes épocas, incluindo muitas modas extremamente antigas. O que poderia ser apenas uma "coisa de arquelogista", também poderia ser um sinal de algo a mais.

As duas jovens ficaram então pensando sobre formas de abrir aquela estrutura. Mas de todo modo, sangue parecia a resposta mais evidente para esse mistério. Karinna até pediu para seu Alakazam erguer sangue e jogar contra a porta, mas além da sujeira a mais e da bagunça de uma onda de corpos sendo arrastada por sangue, nada demais ocorreu. Bem, quase... A ventania programada da estátua bem no topo, finalmente aconteceu de novo, mas não parecia ter relações com as ações da garota. Natalie começava a cogitar outras opções, pensando até em se cortar para lançar o sangue no Portão. Qualidade aou invés de Quantidade? Quem sabe? Que decisão as duas tomariam?


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Mensagem por Karinna Ter Ago 11 2020, 10:44


shimmer ruins


Papéis e mais papéis e mais papéis. Semelhante a bolsa do Professor que encontramos do lado de fora, a de Suzan também estava preenchida de escrituras, essas um pouco mais antigas e desgastadas, o que chamou um pouco minha atenção. Ao pegá-las, as mãos ensanguentadas manchavam um pouco da escrita, mas era fácil de entender do que se tratava: com uma data passada há mais de setenta anos, uma lista de nomes continha diversos nomes, sendo o primeiro da própria arqueóloga que nos recebeu.

Ué.

— Olha isso aqui. — ergui o papel na direção de Natalie — E-eram TODOS fantasmas? — suspirei, pensando na possibilidade que não era tão absurda assim; oras, dias atrás estávamos lutando com uma entidade metamórfica que tomava forma de nossos maiores medos — Será que tudo que aconteceu aqui foi uma... história? — franzi o cenho, olhando em volta mais uma vez — Mas... Aqueles Pokémon eram de verdade. Os que lutamos. — olhei para o tornozelo de Chase — O homem que te puxou também, certo? — observei Sushi me obedecer e arremessar o sangue no portão, mas nada acontecia — Estranho. Demais. — tornei a vasculhar a bolsa, encontrando dez docinhos; nunca tinha visto desses, mas, se achamos, era melhor dividir — Toma. Cinco pra você e cinco pra mim.

Natalie colocava suas mãos para cima e eu já sabia exatamente o que pretendia; a ideia da irmã mais nova ter que se machucar não me agradava nem um pouco, mas talvez fosse necessário. Parando para pensar, talvez somente quem sacrificasse um pouco de seu sangue possa de fato atravessar o Portão... Algo como deixar uma parte de si ali. Doideira, né?

Mas o que não é nesse lugar?

— Sushi, me dê uma de suas garras aqui. — segurei a mão esquerda do psíquico, que parecia um pouco desconfortável — Vai doer um pouquinho, Wooper. Conta comigo... 1, 2- — segurei a palma da mão de Chase e, com as unhas afiadas da preguiça, fiz um pequeno corte, o suficiente para poucas gotas de sangue escorrerem — Kaleo, segure o pouco sangue de sua treinadora com seu poder psíquico e não deixe que caia no chão. Mas não arremesse ainda também. — respirei fundo, soltando a mão de Alakazam, mordendo o lábio inferior e fechando os olhos — Abra mais os machucados das minhas duas mãos. — estiquei-as diante do Pokémon — Não importa o quanto seja, tem que ser o suficiente para sangrar bastante. Faça o mesmo que orientei Kaleo a fazer, segure-o em uma bolsa psíquica e, então, arremessem os dois ao mesmo tempo no Portão. — com certo receio, Sushi o fez — Argh... Merda. — abri os olhos, olhando para Chase com um sorriso — Você acha mesmo que eu ia deixar você se machucar muito? — empurrei o ombro da ruiva com meu próprio — Agora vambora, pega um daqueles vestidos caros que roubei na casa do Desgraçado e faça uma atadura na sua mão. Não quero ver mais uma gota de sangue sua.

Esperava que desse certo... Só podia ser isso que faltava.


as ruínas.

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Mensagem por Shianny Ter Ago 11 2020, 11:57

Era difícil de se imaginar que mais alguma coisa naquele salão seria capaz de capturar sua atenção a ponto de surpreendê-la e, mesmo assim, ali estavam. Mais especificamente, foi quando os orbes cinzentos passaram pelos papéis amarelados nas mãos de Karinna que um novo arrepio inquieto roçou por sua coluna, um selar cálido das tantas informações que eram vagarosamente processadas à medida que prolongavam mais e mais sua estadia naquele peculiar local assombrado, perigosamente arriscando não só as próprias sanidades como também, ao que tudo indicava, suas seguranças. Arriscava dizer que era patética a maneira como o universo parecia tentar conspirar a todo instante para assaltar-lhes os espíritos rachados; Inevitavelmente, sempre há um ponto de ruptura em que poucas coisas são capazes de afetar, realmente, uma alma fragmentada.

Se pensasse a respeito, provavelmente se questionaria qual exatamente teria sido o seu.

— ...História? — Perguntou, em baixo tom, enquanto as mãos se estendiam para tomar entre os dedos os documentos que lhe eram estendidos. — Você diz… Como se fosse um eco do passado, ou algo assim? — Quis saber. Foi com mais atenção, então, que examinou os papéis amarelados, analisando mais profundamente as informações neles inseridas, tal como se certificando das datas expostas neles e, principalmente, dos nomes estampados na lista de arqueologistas. — ...Mas, não faria sentido. Faria? — Perguntou, devagar, olhando de um lado para o outro no tapete de cadáveres sobre seus pés. — Para isso, precisaria que o Professor fosse da época da Suzan… — Murmurou, relendo a lista da equipe que envolvia a mulher, em busca do nome de Mintcupper. — ...O que também significaria que esse lugar tem influência até com o lado de fora, considerando os Camerupts. — Concluiu, mordendo com delicadeza o lábio inferior, apertando as pálpebras por um instante. Ainda com os documentos em mãos, liberou uma para que pudesse esfregar o rosto, inquieta. — ...Em compensação, os papéis do lado de fora eram mais novos, não eram? — Quis confirmar, encarando os amarelados que agora tinham consigo. — O que talvez sabotasse essa teoria. Então… Também poderia ser que esse lugar aprisionou aqui toda essa gente, ao longo de vários e vários anos? — Sugeriu, dobrando os papéis e cruzando os braços em frente ao peito, respirando devagar, fundo - e o odor metálico que invadiu-lhe os pulmões foi suficiente para que uma onda nauseante lhe abatesse os sentidos. Nesse momento, as pálpebras se apertaram, e a ruiva balançou a cabeça com delicadeza, firmando os pés no chão para que pudesse se recuperar daquele repentino mal-estar. — Do tipo, ninguém conseguiu abrir esse portão, e esse lugar acabou… Prendendo todo mundo, sei lá. Não acho que pareciam ter muita percepção de tempo, também. — Comentou, empurrando um osso com a lateral do calçado, devagar. — E, por algum motivo, tudo estourou de uma vez e virou caos. Talvez por causa da gente, talvez pelas estatuetas. É difícil dizer. Quem sabe até se o lugar não sentiu nossas intenções, que tem até a chance de ter sido bem diferente das dessas pessoas? — Comentou, com um sorriso sem jeito, erguendo o rosto por um instante para observar a estátua que adorava o topo dos portões. — ...Mas, se esse lugar prender realmente as pessoas, não vamos conseguir só dar meia volta e sair, de qualquer jeito. Acho que pode ter sobrado pra gente ir até o fim da história, quem sabe? — Sugeriu, deixando escapar um riso desajeitado. — O que seria uma bela ironia. Dentre tantos pesquisadores… — Murmurou, balançando a cabeça em negativa.

Sim, era uma bela ironia, no fim das contas - e existiam muitas, infinitas teorias que explicavam verdadeiramente tudo o que acontecia naquele lugar. Em realidade, não botava muita fé de que descobririam qual delas era a correta e, particularmente, tinha consciência de que teriam muito menos chance de fazê-lo caso ficassem paradas ali, olhando para o nada. Exatamente por isso que ponderou a necessidade de atravessar aquela passagem épica, e se embrenhar nas entranhas de Oirar't parecia um privilégio o qual seriam obrigadas a usufruir, tanto para desvendar o mistério, quanto para sobreviver e escapar. Felizmente, a monotreinadora também parecia ter uma consciência parecida ou, no mínimo, o desejo de encontrar os tesouros ainda pulsava latente em suas veias e coração - independente de qual opção fosse verdadeira, porém, o importante era que a loira não arrumou confusão quando a opção de usarem o próprio sangue acabou se tornando, aparentemente, a única escolha que restava se quisessem prosseguir naquela aventura amaldiçoada.

— Sabe… — Começou, ao guardar os documentos no bolso da mochila e estender as mãos para o amarelado psíquico quando Bley sugeriu que o animal se responsabilizasse pelos cortes para que alimentassem o sedento portão de pedra. — Considerando todo o nosso histórico, eu tenho que admitir que é surpreendente que essa seja a primeira vez que eu tenha que fazer uma coisa assim. — Comentou, e os orbes se desviaram brevemente na direção da loira quando, consciente, as mãos se arrastaram contra as garras de Sushi, tornando um tanto mais profundos os cortes que, inicialmente, não deveriam ser - como reação automática, as pálpebras se apertaram, e a expressão se torceu pela ardência inevitável, os braços recuando automaticamente enquanto as pupilas eram libertas, devagar, de sua prisão da carne, observando as linhas rubras que começavam a escorrer pela derme alva. Um sorriso torto se formou nos lábios diante do sobressalto da dupla companheira, e a ruiva se permitiu um dar de ombros suave - ora, não acreditava que uma gota boba daria solução à situação que se encontrava e, veja bem, as palavras de Karinna haviam sido suficientes para que compreendesse que a loira não permitiria que "exagerasse", a menos que fosse a única opção que lhe restasse, conclusão que talvez demorasse um pouco para surgir e que Chase não estava disposta a esperar. — Não podemos perder muito mais tempo aqui. Se não der certo dessa vez, temos que encontrar outra solução. — Pontuou, observando enquanto o líquido que escorria era aprisionado pela energia rósea de Kaleo, ignorando qualquer protesto que pudesse escapar da garganta de Bley. Aguardou enquanto a moça eventualmente fez o mesmo; Ela não era boba para chorar muito no leite derramado, e já era tarde para voltar atrás. — ...Eu sei que disse que não deveríamos, mas talvez a gente precise acabar esfregando as mãos no portão. — Acrescentou, dispersa, assistindo as esferas carmim se formando no interior dos poderes rosáceos de seus pokémons.

Esperava que aquilo fosse o suficiente mas, dessa vez, não hesitaria em pôr as mãos na passagem e manchá-la ela própria, caso atirar o líquido vital não "valesse" para o colorir exponencial que parecia ter ocorrido naqueles portões - e sabia que, se o fizesse, a Shuckle também a imitaria sem sequer hesitar. A parte boa de tudo aquilo era que, certo ou errado, pelo menos não estavam tendo que enfrentar sozinhas aquela experiência esquizofrênica.

— ...Estamos parecendo fanáticas, não estamos? — Disse, para amenizar a tensão, numa brincadeira que bem beirava a realidade. — Só faltam os cânticos entoados no fundo para virar uma cena maravilhosa de seita e filme de terror. — Comentou, voltando a atenção ao olho central engravado na superfície de rocha à frente, agora com uma fenda partindo sua imagem. — Tipo… "DOMINAT TUT!" — Exclamou, alto, em sua melhor interpretação de líder de deitar secreta, enquanto aguardava o resultado de suas novas tentativas.

Bobo, não é?
...Talvez não fosse, mas não ousou vocalizar.

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Mensagem por Pagliacci Ter Ago 11 2020, 16:06



Um Império de Castelo de Areia

Observando todas as pistas que tinham até agora, Karinna e Natalie formulavam diversas teorias, uma mais absurda que a outra, o que não significava que eram ruins, afinal já haviam passado por absurdos bem maiores e também reais ultimamente. De todo modo, dividiram igualmente os doces encontrados e raciocinaram até chegarem a um único pensamento possível: teriam de sacrificar o próprio sangue para entrar naquele lugar.

Com a ajuda de Sushi, as duas meninas cortaram as mãos, até o sangue começar a escorrer e pingar sobre a areia. Ou quase, já que os dois Pokémon Psíquicos, utilizavam seu poder para envolver o sangue em duas esferas avermelhadas, prontas para serem lançadas sobre o Portão. Mas não as liberaram imediatamente. Antes, trataram de cuidar dos ferimentos com pedaços de pano velhos que carregavam consigo. Ainda demoraria um tempo para estancar completamente os ferimentos, mas estavam no caminho certo.

Com tudo preparado, era o momento de testar a teoria. Sob suas ordens, os Psíquicos afastaram levemente as esferas e então as tacaram sobre a parede, como um tiro de paintball. As duas pequenas esfera estouraram no contato, espirrando um pouco de sangue nos próprios Pokémon e no rosto e roupa das garotas, até que.... Nada aconteceu. Silêncio... Silêncio, mais silêncio e... Um tremor. Os dois Portões começaram a afastar-se um pouco mais, alguns centímetros por minuto. Entretanto, após passado um tempo, eles finalmente permitiam que as jovens passassem. De lado, bastante apertadas e sem a mochila nas costas, tendo de segurá-las nas mãos, mas passavam.

Do lado de dentro, ao espiarem, quase completa escuridão. Havia na verdade muita poeira, o que tornava o ar pesado para respirar. Entretanto, há distância, para frente e para os lados, havia resquícios de luz, indicando a existência de pelo menos três caminhos a seguir: esquerda, frente e direita. Detalhes sobre cada caminho não eram conhecidos a menos que entrassem e fossem investigar. Enquanto isso, o som do Portão abrindo ainda mais parecia ter despertado algo atrás delas, lá no meio da cidade semidestruída. Grunhidos, que talvez fossem de remanescentes ainda "vivo", apenas perdidos. O que as duas jovens fariam então?  


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Mensagem por Karinna Ter Ago 11 2020, 17:04


shimmer ruins


A tensão em ver o sangue esparramar sobre o portal e, consequentemente, todos presentes — em carne e vida, os esqueletos que se lasquem — me fazia cerrar os dentes enquanto limpava o líquido rubro rançoso que se espalhou pelo rosto. Como não houve nenhuma reação imediata, os olhos cerraram e tudo que consegui fazer foi bufar em frustração; os lábios já abriam-se para reclamar, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, os Portões abriam-se após um alto e nada-sutil rangido. Como uma criança ao ver um doce, minhas orbes cerúleas brilharam...

É, finalmente conseguimos.

Sinalizei para Natalie que entraria primeiro, espremendo-me junto com Sushi para atravessarmos um atrás do outro. Ajudei a ruiva com seus pertences e, quando olhei para frente, nada além de escuridão, poeira e silêncio nos rodeava. Ergui a boca da camiseta para fazer um estilo de "máscara", já que respirar dentre toda aquela sujeira e ácaro (ouvi dizer que são alguns Pokémon microscópicos, mas não me recordo muito bem) de anos e mais anos era complicado. Três caminhos distintos com fracas luzes se apresentavam à nós quatro, mas, honestamente, minha preocupação imediata era outra:

— Woope- — parei para tossir uma ou duas vezes, mesmo com a máscara improvisada verbalizar qualquer coisa era complicado — Rotom... Luz. — o jeito era falar em códigos... eu acho — Hm?

O nada sutil ranger das portas com certeza havia atraído outras pessoas... Ou, no caso desse lugar, coisas. Grunhidos se manifestavam do lado de fora, cada vez mais próximos; mas, parando para pensar, como correríamos deles em um lugar onde não possuímos sequer ideia de onde estamos? O jeito era preparar uma armadilha... Não?

— Ouviu? — estalei os dedos para Alakazam, apontando para a fresta de onde viemos — Atenção. Proteger. Matar. — a iluminação do Pokémon de Natalie serviria para nos guiar, deixaria para a ruiva escolher qual caminho seguirmos, mas sempre atentos ao que poderia surgir em nossa retaguarda — Pareço um rob- — tentei rir baixinho, mas só fez com que tossisse mais — Caral-

Apesar da gigantesca vontade de sair correndo em uma das direções, era preciso, mais do que nunca, ter paciência. Estávamos no estômago do monstro de sílica e qualquer passo em falso poderia custar nossas vidas... Isso é, se ainda não nos tornamos um desses fantasmas loucos. Esse era um pensamento que começava a incomodar meu consciente: a necessidade de saber mais sobre o que estava acontecendo era urticante. E se já estivermos mortas? E se morremos naquele sono que tiramos na barraca? Na mansão de Arceus acordamos com o mesmo pensamento.

Complicado.


as ruínas.

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Mensagem por Shianny Ter Ago 11 2020, 19:01

A breve pausa que existiu entre o espirrar e espalhar do líquido vital não só pelo portão, como seu próprio ser e o dos companheiros ao redor, e o instante exato que o tremor de terra se iniciou para dar início ao mover das pesadíssimas metades de pedra foi, acredito poder dizer, um dos momentos de maior tensão desde que haviam entrado naquele local - afinal, a ideia de ter que descobrir alguma outra maneira de atravessar aquela grotesca passagem enquanto tinham de lidar com os cadáveres espalhados pelo chão era, para dizer o mínimo, bem menos atraente que simplesmente a necessidade de tingir o vórtex com sangue fresco para que pudessem atravessá-lo.

— Bem, isso foi decepcionante. — Comentou, enquanto apertava o tecido ao redor dos cortes feitos por Alakazam. — Quer dizer, teria sido bem mais emocionante se a gente resolvesse tudo com um "Abre-te Sésamo!", você não acha? — Perguntou, volvendo brevemente a atenção na direção da loira, um sorriso discreto ameaçando despontar do canto dos lábios. Não tinha certeza se a outra acharia graça daquele seu projetinho de brincadeira, dadas as circunstâncias em que estavam tecnicamente aprisionadas, mas quem não arrisca, não petisca, certo?

Enfim, além disso, válido dizer que outra coisa que bem percebeu foi a quase plena escuridão que bailava nas entranhas de Oirar't, o império abandonado (estaria mesmo, aliás, considerando toda a experiência sanguinária pela qual haviam passado há pouco?) do deserto. Quando a mente processou tal informação, a moça não se demorou em retirar mais uma de suas esferas do bolso, rodopiando-a entre os dedos antes de libertar o elétrico do lado de dentro, assim que os pés atravessaram a estreita brecha aberta pelo sacrifício de sangue e de... Fantasmas, talvez. Foi com atenção, então, que os orbes passearam pelo ambiente, em busca de informações que não seriam capazes de recolher sem o auxílio fosforescente de seu querido eletrodoméstico.

— ...Ugh. — Murmurou, pressionando um pouco mais a gola da blusa contra o rosto - atitude tomada quando Karinna também o fizera, pouco antes de mergulharem naquela escuridão. — Esse lugar tá uma zona. — Reclamou, abafado, a mão se pressionando sobre a roupa e o sistema respiratório. Não obstante, porém, a atenção se voltou também para grunhidos distantes que ecoaram da ala anterior da qual haviam acabado de sair após desvendar a "trívia" que resguardava a tranca dos portões. Um arrepio percorreu por sua coluna, e o canto dos lábios se torceu diante da ideia de terem que enfrentar mais espécimes como os anteriores e, bem, não acreditava muito que seriam mais amigáveis, dadas as circunstâncias claras que revelavam só estarem bem por conta das estatuetas que carregavam. — Kal, Sushi, formem uma barreira de Protect ao nosso redor. — Pediu, forçando a garganta e a mão sobre o rosto para que a poeira acumulada não se revelasse um problema ainda mais grave. — Rotom, aqui! — Chamou, tomando uma decisão que talvez fosse um pouco impensada demais. — Levante sua... Mangueira, gire, e... Libere um Hydro... Pump! Faça chover e... Tente diminuir essa... Poeira! — Instruiu, entre pausas e tosses abafadas, os pulmões incomodados pelo pouquíssimo espaço que tinham para puxar fôlego e funcionar.

Precisavam tomar decisões rápidas naquele momento, de certa forma - e estava disposta a tentar, ainda que houvessem riscos de um ou outro erro pelo meio do caminho. Que outra opção tinha, huh?

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Mensagem por Pagliacci Ter Ago 11 2020, 19:28



Um Império de Castelo de Areia

Se adentrar o território do Antigo Império Oirar't já havia sido uma tarefa hercúlea, imagina explorar e sobreviver em seu interior. Certamente era esse temor que circundava o coração das duas jovens exploradoras. Entretanto, o que tinham de temerosas também tinham de destemidas e enquanto estivessem de pé, não iriam virar as costas e tentar fugir. Isso se essa fosse uma opção.. Mas enfim. Com os devidos cuidados, Karinna e Natalie adentraram a fresta formada entre as duas partes do Portão e foram recebidas por escuridão e poeira.

Karinna não perdeu tempo em pensar na proteção do grupo e também na iluminação, dando ordens ao seu Alakazam e solicitando a presença novamente do Rotom de Natalie. A ruiva concordou com a sugestão e foi além, solicitou ao seu Rotom-Máquina-de-Lavar que usasse sua.... Mangueira? Para um verdadeiro Mangueirocóptero Molhado. Apesar de estranho o pedido, ele foi prontamente atendido com o uso de um rodopiante Hydro Pump. O resultado foi uma chuva momentânea, que acalmou parte da poeira e tornou o ar menos insuportável.

Além disso, a própria iluminação do Pokémon era o suficiente para revelar mais detalhes do lugar onde se encontravam. Realmente haviam três caminhos a serem escolhidos e dessa vez não possuíam uma estrutura de caverna, mas de Ruínas de fato. As paredes eram de blocos de pedra enormes, claramente construídos. Haviam arabescos dourados nas porções mais altas e alguns símbolos que pareciam as letras lá de fora, mas muito melhor desenhadas e esculpidas, apesar de não ter uma sequência lógica de formação de palavras ou frases, eram apenas desenhos.

O caminho adiante, em frente do Portão, era uma escadaria bem alta e longa. Era o trajeto mais bem construído e decorado, parecendo levar para alguma localidade importante. Já os outros dois, pareciam formar um túnel circular, pois faziam uma curva ao final do trajeto, apontando essa possibilidade. Não eram tão bem decorados e não tinham nenhum sinal do que poderiam esconder. Também não haviam sons vindo de nenhum desses lados, exceto os grunhidos agora abafados vindo da Caverna atrás delas. Diante disso, para onde seguir? 


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