[Missão] Um passo nas negociações...

Laranjinha e Acerola

Domingo - 01:37 a.m.

Com a ajuda de Nydon, Ayzne conseguiu proteger de forma criativa a porta do Container contra os sons que o ferro produziria ao ser manuseado. Tudo isso com o auxílio do versátil Protect. No interior daquele lugar, uma figura inesperada. Zé Pequeno! O Pokémon estava ferido e cansado, deitado no chão enquanto "socava" eventualmente a parede metálica do local.

Um encontro que provava a presença de Acerola e Pitú por ai. Ou quase isso... Entretanto, não havia muito tempo para considerações, apenas para a ação. Ayzen já havia visto uma saída através de uma janela entreaberta no segundo andar daquele Armazém e teria que usá-la caso tudo desandasse. Ele esgueirava-se como um criminoso e ser pego por lá não era uma opção! Além disso, sons de passos eram ouvidos aproximando-se por vários lados, além da voz de homens combinando uma abordagem para o local onde se encontrava. Como o jovem sairia dessa situação? ◄

Laranjinha e Acerola

Domingo - 01:44 a.m.

O cerco se fechava ao Ranger rebelado e era preciso agir com rapidez e de maneira incisiva para garantir o sucesso da Missão. Ou pelo menos da Missão que surgiu dentro da verdadeira Missão. Ayzen aproximou-se então do Scraggy e o pegou nos braços, solicitando uma mãozinha de Ambipom, que inicialmente ficou em dúvidas de qual delas ele estava falando, mas acabou simplesmente indo até o Treinador e solicitando que lhe passasse o pequeno lutador para que a própria Símia o carregasse.

Com os braços livres agora, o Cadete conseguiu libertar seu companheiro Absol para que servisse de chamariz para a "Segurança Privada" daquele Armazém, de preferência usando os clones para atraí-los ao exterior do Galpão. Com um aceno da cabeça, o Pokémon dispersou-se em diversas cópias sombrias e simplesmente esgueirou-se por entre os Containers, enquanto Nydon, Ambipom e o próprio Ranger poderiam ir para o outro lado, continuar as buscas. Bem, isso depois de conferir o que havia dentro daquele contêiner, é claro. Haviam três doces próximos de onde o Scraffy estava, provavelmente jogados para que se alimentasse (2 Exp. Candy S), alguns Feathers (2 Muscle Feathers, 1 Genius Feather) e também fragmentos de minérios (3 Blue Shards), todos abandonados por ali. Se interessasse ao Ranger ele poderia pegá-los...

Enquanto isso, Absol e seus clones despistavam os muitos capangas de Billy, vozes e gritos eram ouvidos, seguidos de um intenso tiroteio de diferentes tipos de armas de fogo. Provavelmente Absol ficaria bem, mas isso indicava que aquilo não era um teste ou brincadeira. Os homens estavam armados até os dentes e não pensariam duas vezes em atirar caso encontrassem com Kitshomo. Já o próprio e seus companheiros, procurariam por sons vindos de outro lugar, mas absolutamente nada era ouvido naquele andar. Zé Pequeno, no colo de Ambipom, parecia sentir dor e gemia baixinho. Ele parecia indicar algo apontando para cima, mas não tinha forças para se comunicar completamente... Ayzen encontrava-se entre dois Contâiners e um espaço aberto, mais Central, muito visível a olhos atentos nas sombras. Também havia uma escada atrás de si que levava ao Mezanino. O que fazer? ◄

Laranjinha e Acerola

Domingo - 01:58 a.m.

Seguindo a direção apontada pelo Scraggy, Ayzen e seus Pokémon esgueiraram-se pelas sombras e procuraram a escada sem segurança, alcançando finalmente o mezanino. Ali, apesar de não ser a parte mais centralizada do Galpão, era um ponto de fácil visualização por qualquer lugar de todo o restante da estrutura de aço que contornava o interior do Armazém. Isso sem contar as câmeras de seguranças internas que certamente estavam muito bem escondidas. Era óbvio que o Ranger não teria muito tempo, apenas o suficiente para a dispersão total dos Clones do Absol e isso certamente seria em breve.

Ciente de todos os riscos, Kitshomo avançou a passos ágeis e avistou, na lateral do Galpão, próximo a uma das quinas, o que parecia ser um escritório ou enfim, uma estrutura de cômodo na altura do mezanino. Só podia ser ali que os adolescentes estavam, se é que estavam realmente lá. Se é que estavam realmente vivos ainda... O ambiente era escuro, as luzes estavam apagadas e não dava para ver nada das janelas disponíveis. Nem mesmo vultos eram visíveis e a porta estava... Entreaberta. Suspeito? Talvez... Mas era o único local neste andar que poderia ser investigado. O mistério era: como fazer isso de uma forma minimamente segura? ◄

Laranjinha e Acerola

Domingo - 02:12 a.m.

O ambiente estava muito escuro e muito impreciso. Não era nada saudável tentar um avanço sem o conhecimento do lugar a ser invadido... Se é que valesse a pena invadi-lo! Ayzen então averiguou seus Ranger Toos e retirou seu Binóculo de Visão Térmica para uma investigação prévia, antes da ação. Entretanto, o Ranger precisava ser ágil, pois os seguranças do armazém começavam a retornar e se espalhar pelo andar inferior. Felizmente, não haviam notado sua presença ainda, mas o tempo era curtíssimo.

Apontando então os binóculos para o interior do cômodo foi possível ver três figuras, uma delas mais corpulenta e vermelha, segurando uma forma bem menor e alaranjada, provavelmente no canto do ambiente, à esquerda da porta. Já a direita da porta havia outra mancha, intermediária em tamanho, mas quase inteiramente amarelada, com manchas alaranjadas, mas com extremidades azuladas. Estava na horizontal, no que deveria ser o chão provavelmente... Um parecer não muito bom, apesar de indicar que provavelmente os dois estavam lá dentro junto de alguma figura adulta e perigosa.

Infelizmente só havia uma forma de entrar no tal escritório, ou sabe-se lá o que fosse, pela porta. Estourar a janela era possível, mas só havia janelas próximo do corpo estendido. Para acessar os dois de pé apenas pelo lado de fora e mesmo assim era uma altura considerável. Independente das possibilidades contudo, haveria a necessidade de ação imediata! Seja lá quem estivesse ali parecia esperar a chegada de algum invasor, então não seria fácil obter sucesso. Contudo, não havia mais desafios ou planejamentos, apenas o ato. A dúvida era, como agir? E isso só Ayzen poderá responder... ◄

Laranjinha e Acerola

Domingo - 02:21 a.m.

A pressão era alta demais e Ayzen sabia que não tinha muito tempo a perder, então agiu. Sim, simplesmente avançou para cima da porta que protegia aquele cômodo. Usaria seu próprio corpo ou os Pokémon se fosse necessário, mas conseguiria o que veio buscar. E bem, dito e feito. Com um encontrão de ombro, o jovem Cadete arrombou a porta num impacto absurdo. Era óbvio que ninguém ali dentro esperava isso tendo tantos capangas do lado de fora, nem o criminoso e nem as vítimas.

Estava escuro lá, mas uma coisa era visível e bastante impactante visualmente. Ou melhor, duas... A primeira era um feixe de luz que vinha diretamente do exterior e atravessava a janela, iluminando apenas o rosto de um homem alto e corpulento, dono de um sorriso macabro e olhos profundos como a morte. A outra, era o brilho refletido em sua arma prateada, uma pistola totalmente cromada calibre 9 mm. Ele manuseava facilmente o objeto, ora para o corpo de Ayzen, ora para o rosto de sua refém, Acerola. E então, sem dar aviso, simplesmente disparou.

Os segundos não faziam mais sentido. O som da arma ecoava forte por todo o lugar, inclusive dentro do ouvido do próprio Ranger. Mil coisas deviam se passar pela sua cabeça. Ou o contrário, absolutamente nada. Era o fim de Acerola? Havia ele falhado mais do que apenas com os Rangers? O mistério entretanto, não se prolongou. A dor forte no braço de Kithsomo, um pouco abaixo do ombro, indicava que ele havia sido a vítima. Estaria aliviado com isso ou mais preocupado? Isso só ele saberia... O importante é que os segundos que se passaram depois do disparo pareceram durar uma eternidade entre um movimento e outro. A arma certamente tinha mais tiro e o próprio rapaz possuía mais espaços para levar chumbo.

Bem, isso se Ambipom não reagisse... Deixando Zé Pequeno no chão, a Símia saltou sobre o homem e tentou lhe arrancar a arma da mão. Puxão, empurrão. E Então... Outro disparo. Alguma vítima? Bem... Não era possível verificar, mas a Pokémon saltou para trás violentamente, por conta própria, já Acerola voou para o lado oposto por causa de um bofetão em sua face mesmo... Caída no chão, imóvel, pelo menos havia saído da linha de tiro. E a arma? Bem, após o disparo ela parecia ter sido definitivamente jogada em algum canto, debaixo de algum móvel. Era o momento da ação de verdade entre Treinadores e isso ficou claro quando aquele grande patife, agora claramente identificável como o verdeador Billy, trocou o revólver por duas Ultra Balls — Venham! DESTRUAM! ◄