Com a cabeça encostada sobre o vidro fumê do veículo, o treinador divagava sobre o que foram esses dias malucos. Nem mesmo o dia em que se sentiu mais esperto possível conseguiria predizer sobre os acontecimentos passados que o levaram até mesmo a ter a mobilidade reduzida por conta de um tiro na perna. Ainda mais excêntrico, encontrara uma garota deveras inocente que viu ternura nos olhares inexpressivos do cotidiano de Nicholas; e o mais engraçado: ele sentiu que a outrora desconhecida garota acalentava seu intrínseco, a ponto de sepultar todo resquício de sombra iminente.
A exceção de Nincada — capturada da maneira mais “à moda antiga” —, os demais membros de sua equipe tinham alguma ligação especial com o louro: seja por gratidão ao salvar sua vida ou por uma conexão sobrenatural que conectava as duas almas insolitamente. Ironicamente, Nicholas nunca foi alguém muito sociável, e atraíra pessoas para si em ínfimos dois dias; se alguém o dissesse que uma cruzada pelo mundo aguardava tantas agradáveis surpresas, pessimista — ou realista — como é, o treinador nunca acertaria.
Em meio aos seus devaneios, permitiu-se retirar do mundo imaginário, agora fitando a garota no banco ao seu lado. Como ele, Emma encarava as ruas de Rustboro com sua mão apoiada sobre seu queixo. Sua respiração — outrora caótica, ao encarar a figura grisalha de seu progenitor —, os movimentos cíclicos de seu tórax normalizara, com apenas um suspiro mais longo descompassado hora ou outra; poderia ser por finalmente ter encontrado um “salvador” ou poder ver as ruas corriqueiramente outra — Nicholas jamais saberia. O louro sentia uma pequena chama ardendo em seu âmago, mas não por motivos atrozes, e sim uma pontada de esperança; quiçá, experimentando um pouco do “amor” que já há tanto tempo não lhe era familiar.
Arqueou seu corpo para trás, morosamente, com os orbes anis bailando pelo interior do automóvel.
— Me diz que a gente realmente não fez aquilo — soprou quase inaudível para Emma, encarando-a de relance com um sorriso sereno adornando o semblante.
Fora uma loucura, de fato. Debandar do hospital naquele estado fugindo do pai da garota lhe recordava de alguns episódios de sua infância, como quando ousou entrar escondido no laboratório de Oak — deu tudo errado. Voltava sua fronte para o teto do carro, processando os acontecimentos pouco a pouco. Sua perna já não latejava como outrora; o movimento ainda era restringido por não estar completamente cicatrizado, contudo, era nítida a sua melhora.
Taciturno, acompanhado de suas memórias e tentativas vãos de entender racionalmente todo aqueles primeiros dias de viagens, o automóvel seguiu viagem para o norte da metrópole. Traçara um roteiro mínimo do que fazer na rota cento e quinze; entretanto, as forças do destino eram poderosas o suficiente para distorcer todo e qualquer planejamento — por mais minucioso que seja — feito pelo treinador.
O automóvel chegara ao seu destino enfim. Nos confins ao norte da cidade, no limiar entre o exterior, pararam. Despediram-se do motorista os jovens, descendo do carro e já rumando a abertura que os levava para a rota cento e quinze.
— Eu vi no pokénav que é possível conseguir algum pokémon aquático por aqui; e um tipo grama também é necessário — exprimiu, apoiando seu corpo sobre a muleta esquerda, deixando a mão livre para arrumar as alças de sua mochila anil e singela. — Se nada der errado, acho que dá pra gente explorar aqui sem problema nenhum. Não conseguimos fazer isso lá atrás, então a gente faz agora.
Suas palavras eram afáveis no fim das contas. Eram raras as vezes em que se sentia à vontade para poder descontrair a atmosfera; com Emma ao seu lado, já constatou o quanto a mesma lhe era de confiança, então, podia deixar de ser um pouco menos carrancudo — era seu traço característico e nunca sumia de fato, apenas amenizava-o.
Andaram alguns passos para frente, já sentindo os pés pisar na terra batida, indicando que estavam em território inóspito mais uma vez. Rustboro lhes fora hostil durante esses dois dias, contudo, estavam mais uma vez à mercê do destino e das forças da natureza; esse é o destino de um treinador andarilho como os dois, afinal. Os olhos do treinador ziguezagueavam de um lado para o outro, sentindo a ventania tentar lhe arremessar para trás. Tendo de se manter em pé com as muletas eximiamente, resmungou:
— Minha perna tem que melhorar logo. Eu me sinto um completo inútil com essas muletas. Pensou se eu tiver que atravessar algum campo lamacento ou montanha? Arceus me livre.
Em meio às suas reclamações, a dupla se dirigia para a rota cento e quinze seguindo os planos do louro feitos ainda no hospital. Arceus parecia ter conspirado — até então — contra qualquer tranquilidade em relação à vida daqueles dois; se ele pudesse se redimir nesse momento, é inenarrável a sensação de felicidade que percorria os nervos dos iniciantes.
Que comece a busca por novos companheiros, então.
A exceção de Nincada — capturada da maneira mais “à moda antiga” —, os demais membros de sua equipe tinham alguma ligação especial com o louro: seja por gratidão ao salvar sua vida ou por uma conexão sobrenatural que conectava as duas almas insolitamente. Ironicamente, Nicholas nunca foi alguém muito sociável, e atraíra pessoas para si em ínfimos dois dias; se alguém o dissesse que uma cruzada pelo mundo aguardava tantas agradáveis surpresas, pessimista — ou realista — como é, o treinador nunca acertaria.
Em meio aos seus devaneios, permitiu-se retirar do mundo imaginário, agora fitando a garota no banco ao seu lado. Como ele, Emma encarava as ruas de Rustboro com sua mão apoiada sobre seu queixo. Sua respiração — outrora caótica, ao encarar a figura grisalha de seu progenitor —, os movimentos cíclicos de seu tórax normalizara, com apenas um suspiro mais longo descompassado hora ou outra; poderia ser por finalmente ter encontrado um “salvador” ou poder ver as ruas corriqueiramente outra — Nicholas jamais saberia. O louro sentia uma pequena chama ardendo em seu âmago, mas não por motivos atrozes, e sim uma pontada de esperança; quiçá, experimentando um pouco do “amor” que já há tanto tempo não lhe era familiar.
Arqueou seu corpo para trás, morosamente, com os orbes anis bailando pelo interior do automóvel.
— Me diz que a gente realmente não fez aquilo — soprou quase inaudível para Emma, encarando-a de relance com um sorriso sereno adornando o semblante.
Fora uma loucura, de fato. Debandar do hospital naquele estado fugindo do pai da garota lhe recordava de alguns episódios de sua infância, como quando ousou entrar escondido no laboratório de Oak — deu tudo errado. Voltava sua fronte para o teto do carro, processando os acontecimentos pouco a pouco. Sua perna já não latejava como outrora; o movimento ainda era restringido por não estar completamente cicatrizado, contudo, era nítida a sua melhora.
Taciturno, acompanhado de suas memórias e tentativas vãos de entender racionalmente todo aqueles primeiros dias de viagens, o automóvel seguiu viagem para o norte da metrópole. Traçara um roteiro mínimo do que fazer na rota cento e quinze; entretanto, as forças do destino eram poderosas o suficiente para distorcer todo e qualquer planejamento — por mais minucioso que seja — feito pelo treinador.
O automóvel chegara ao seu destino enfim. Nos confins ao norte da cidade, no limiar entre o exterior, pararam. Despediram-se do motorista os jovens, descendo do carro e já rumando a abertura que os levava para a rota cento e quinze.
— Eu vi no pokénav que é possível conseguir algum pokémon aquático por aqui; e um tipo grama também é necessário — exprimiu, apoiando seu corpo sobre a muleta esquerda, deixando a mão livre para arrumar as alças de sua mochila anil e singela. — Se nada der errado, acho que dá pra gente explorar aqui sem problema nenhum. Não conseguimos fazer isso lá atrás, então a gente faz agora.
Suas palavras eram afáveis no fim das contas. Eram raras as vezes em que se sentia à vontade para poder descontrair a atmosfera; com Emma ao seu lado, já constatou o quanto a mesma lhe era de confiança, então, podia deixar de ser um pouco menos carrancudo — era seu traço característico e nunca sumia de fato, apenas amenizava-o.
Andaram alguns passos para frente, já sentindo os pés pisar na terra batida, indicando que estavam em território inóspito mais uma vez. Rustboro lhes fora hostil durante esses dois dias, contudo, estavam mais uma vez à mercê do destino e das forças da natureza; esse é o destino de um treinador andarilho como os dois, afinal. Os olhos do treinador ziguezagueavam de um lado para o outro, sentindo a ventania tentar lhe arremessar para trás. Tendo de se manter em pé com as muletas eximiamente, resmungou:
— Minha perna tem que melhorar logo. Eu me sinto um completo inútil com essas muletas. Pensou se eu tiver que atravessar algum campo lamacento ou montanha? Arceus me livre.
Em meio às suas reclamações, a dupla se dirigia para a rota cento e quinze seguindo os planos do louro feitos ainda no hospital. Arceus parecia ter conspirado — até então — contra qualquer tranquilidade em relação à vida daqueles dois; se ele pudesse se redimir nesse momento, é inenarrável a sensação de felicidade que percorria os nervos dos iniciantes.
Que comece a busca por novos companheiros, então.
off. :
Olá, meu(inha) querido(a) narrador(a)! Primeiramente, agradeço de coração por ter assumido a minha rota, e não menos importante, que seja agradável tanto pra mim quanto pra vc. Nessa rota, eu tenho dois objetivos principais e um é se tiver com bastante sorte: o primeiro é treinar Natu e evoluí-lo ainda nessa rota; o segundo é capturar um Shellos que venha com storm drain, pls; e se tudo der certo, poder vir um grass type e um treininho para um time como um todo.
Se quiser fazer uma aventura apenas pra exploração e captura, sem problemas; mas, caso tenha algum plot com desenvolvimento de personagem que acarrete nos objetivos, podemos fazê-lo sem problema algum! Ademais, pode conduzir o destino dessa rota da maneira que bem entender e achar melhor: tem carta branca para o que fazer nela.
Peço também para que controle as ações da NPC que está comigo, a Emma, com interações, falas e afins — acho que eu puxaria mta sardinha pro meu lado se eu a controlasse, então, a deixo nas suas mãos também! Se sentir que a ficha não está tão bem detalhada, pode vir falar comigo que eu conserto isso aí e.e
Agora, sem mais delongas, boa rota pra gnt! Ah, em caso de dúvida ou qualquer coisa a acrescentar, só mandar uma mp ou me mandar msg no discord.
Se quiser fazer uma aventura apenas pra exploração e captura, sem problemas; mas, caso tenha algum plot com desenvolvimento de personagem que acarrete nos objetivos, podemos fazê-lo sem problema algum! Ademais, pode conduzir o destino dessa rota da maneira que bem entender e achar melhor: tem carta branca para o que fazer nela.
Peço também para que controle as ações da NPC que está comigo, a Emma, com interações, falas e afins — acho que eu puxaria mta sardinha pro meu lado se eu a controlasse, então, a deixo nas suas mãos também! Se sentir que a ficha não está tão bem detalhada, pode vir falar comigo que eu conserto isso aí e.e
Agora, sem mais delongas, boa rota pra gnt! Ah, em caso de dúvida ou qualquer coisa a acrescentar, só mandar uma mp ou me mandar msg no discord.