[Recrutamento de Pesquisador] Leina Yagami

— Bom ver que está empolgada, mas tome cuidado pra não exagerar. Pro seu bem. — Sabe-se lá o que o Birch quis dizer com isso, ele apenas disse, com um sorriso no rosto. Então ele passa um tempinho te explicando a localização exata que você deveria ir e te empresta uma câmera que ele usa pra registrar a vida Pokémon enquanto ele faz as pesquisas de campo. É com ela que você deve reunir as fotos do local. Ele também te instruiu a tentar arrumar a bagunça e disse que logo entenderia quando chegasse lá.

Então você parte para o local, que basicamente ficava na região do extremo sudeste da cidadezinha. Quase já entrando nas florestas arredores, havia ali uma espécie de campo aberto, com cercas de madeira completamente destruídas. Além disso também haviam diversos "pontos de comida", basicamente estruturas que armazenavam diversas frutas e ração Pokémon espalhados pelo local, como se fossem comedouros. Também estavam danificados, mas curiosamente os recursos ainda estavam ali. Claro, tudo espalhado no chão, mas não haviam sido comidos ou levados.

E, também, havia um lago que claramente era artificial. Era notório o esforço em fazer aquele ambiente parecer doméstico e selvagem ao mesmo tempo. Quase como um pasto, onde tem todo o verde mas as criaturas que ali vivem estão sob cuidados e domínios dos proprietários. Aparentemente, a ideia era testar pra ver se os Pokémon iriam se manter naquela área por vontade própria e, se sim, quais espécies.

No entanto, esse estudo seria interrompido, agora que estava tudo danificado. Teria que consertar tudo novamente mas ainda havia o risco de tudo ser destruído de novo, já que não haviam suspeitos ou culpados, tanto Pokémon quanto humano. Era ainda um mistério... Que Leina poderia tentar solucionar! Ou não. Fica a seu critério.

Então seus Pokémon fantasma se dispersavam para buscar qualquer coisa nas proximidades e você ficava com o Pichu e o Wynaut brilhoso, estes que você ordenava pra começar a tentar arrumar as cercas quebradas. Bem, não seria possível consertar aquilo tudo de verdade sem alguns martelos, pregos e umas tábuas novas. Alguns trechos da cerca estavam realmente destruídos, não apenas desmontados ou algo do tipo. Então seus companheiros apenas faziam o que podiam pra tentar endireitar onde conseguiam. O resto teria que ficar daquele jeito mesmo.

Apesar de iniciar a conversa como quem não quer nada, eles apenas pareciam emitir algum som de concordância e ficou por isso mesmo, quando você se referiu a dar nomes a eles. Essa conversa precisaria acontecer mais tarde, com mais calma e, provavelmente, em outro lugar.

Enquanto eles "consertam" parte da cerca, você se aproxima dos comedouros danificados pronta pra tirar fotos. Conforme você vai dando os cliques, você consegue notar mais detalhes interessantes que só seriam vistos realmente ao se aproximar. É possível ver que há marcas de dentes e garras, e são relativamente grandes. Imediatamente um nome vem em sua cabeça, pois você havia lidado a pouco tempo: Mightyena. As marcas pareciam ser grandes o suficiente para se assemelhar com a espécie mas você nota que, na verdade, elas eram um pouco menores do que o esperado. Talvez um Poochyena então?

Além disso, você consegue perceber pegadas bem marcadas. Muitas frutinhas dos comedouros foram amassadas e, consequentemente, soltaram seus sucos, o que deixou o ambiente ao redor bem sujo. Pra conseguir destruir tudo, o causador teve que pisar nessas frutas na hora de sair e isso revelou suas pegadas. Eram patas caninas, isso não restava duvidas. O problema era que não eram apenas essas pegas. Também havia pegadas de sapatos humanos lá!

Então, como uma boa investigadora, você já consegue assumir o que aconteceu. Além disso, também tem algum rastro pra seguir. Esse rastro não está fresco, porém. Parece que já tem ao menos uma hora e, além disso, vale salientar que conforme as pegadas vão se afastando do comedouro, também vão sumindo. Talvez não dê pra realmente seguir alguma coisa, mas você consegue saber pra qual direção elas apontam: A própria cidade. Não estavam apontando para a floresta e sim para a cidade, como se quem fez isso não tivesse vindo da floresta e sim da pequena Littleroot.

Isso não é o suficiente para declarar um culpado, mas o numero de suspeitos reduz bastante. Mas, agora, isso não era sua prioridade. Seu Yamask vem correndo em sua direção, apavorado e, logo atrás dele...


Este estava voando e parecia estar querendo atacar o Amenemhotep. Ele, ainda inexperiente, em vez de lutar por si mesmo, correu até você. Inclusive, não necessariamente você precisaria usar ele para a batalha, já que Pichu e Wynaut estavam por perto.

Então uma calorosa batalha se iniciava. Pichu já começava seus movimentos pulando em direção ao Taillow, que respondia dando uma bicada nele enquanto ainda estava no ar. Por isso, o voador acabou atacando primeiro, com sua reação rápida. Já o roedor acabou soltando sua descarga elétrica a quase queima roupa e então ficaram trocando bicadas e eletrocutadas. No entanto, em dado momento, um monte de faísca saiu do corpo do voador, que não conseguia se mover naquele momento. Aparentemente o movimento de Pichu tinha aplicado sua paralisia e, por sorte, ela havia funcionado bem na hora, negando um dos ataques do pássaro!

Era uma batalha na verdade bem embaraçosa de ver. Pichu, um Pokémon bebê, mal dava conta de lidar com o Taillow sozinho e, ao mesmo tempo, pela desvantagem de tipo, o Taillow também se via em maus lençóis. Enquanto tudo isso acontecia, Wynaut estava apenas focado em seu trabalho de ajeitar as cercas e nem notou a batalha acontecendo...

Já a Gastly estava perdida por aí, explorando conforme a ordem. Ela não estava a vista, parecia ter ido um pouco longe. Talvez ela estivesse realmente focada em investigar.


Campo: Campo completamente aberto com gramado macio e algumas árvores ao longe.

A batalha continuava e agora Taillow conseguia atacar novamente, desferindo uma bicada bem forte em Pichu, que quase não conseguiu aguentar e continuar de pé. Ele é arremessado pra trás e o voador parecia confiante, começou a bater suas asas na direção do elétrico. Com muita determinação, o roedor começou a esfregar suas bochechas como nunca, estava irritado por estar praticamente perdendo para a ave. Então, ele dispara seu Thundershock mais uma vez. Dessa vez ele atinge a ave com força, que se contorce um pouco com a eletricidade e depois cai ao chão. Observando a situação, poderia ser apenas uma queda usual e que logo se levantaria... Mas não levantava.

Não parecia ter morrido, no entanto. Apenas nocauteado. Pichu olhava para a ave com bastante bravura ao tê-la vencido, mas logo dobra um dos joelhos, quase caindo, mas ainda se mantendo de pé.

Essa ave parecia selvagem, pois ninguém apareceu durante toda a batalha pra pará-la ou mesmo pedir desculpas. Agora estava ali, desmaiada, sem nenhum tipo de amparo. Amenemhotep ficava observando o estado da ave, curioso, como quem está conferindo se o perigo realmente já acabou, ainda em seus braços.

Você começa a seguir as pegadas até onde dava e, ao mesmo tempo, gritava por sua Gastly. Então, coincidentemente, as coisas convergiram. Você seguiu até as pegadas sumirem e notou Nix de cara com um outro treinador. Ao lado desse treinador, havia um Mightyena.


Ele não parecia feliz em te ver. — Opa. — Ele suspirava, te olhando de cima a baixo. No entanto, ele não falava nada além disso. O Mightyena estava tentando afastar Nix, que permanecia próxima, como se estivesse ameaçando eles e impondo uma limitação em seus movimentos, impedindo-os de fugir do local. Tentava cercá-los como podia.

Esse treinador parecia fisicamente cansado e o Mightyena dele tinha uma particularidade interessante: Sua boca e a parte mais embaixo de suas patas estavam sujas de um líquido azulado. Os sapatos do homem também estavam sujos com esse mesmo líquido. Além do Mightyena, o treinador parecia ter mais dois Pokémon consigo, pelas Pokébolas no cinto dele.

— Essa fantasminha é sua? Ela parece estar interessada na gente... — Ele dizia. Não parecia hostil, mas ao mesmo tempo não parecia estar tranquilo. Parecia tenso.