Meu pedido foi parcialmente atendido e depois de quebrar rochas e espaná-las eu recebi mesmo algo brilhante que me saltava os olhos. Não era dourado, infelizmente, e nem tão valioso quanto a peça estelar de antes, mas pelo menos tinha seu valor. Além de tudo, poderia ser considerado quase uma joia, o que realmente combinava comigo, modéstia à parte. Pérolazinha brilhante e fofa?
Check.
Ayzen viu o que eu tirei e eu vi seu último achado: também uma esfera, porém bem mais escura, pesada e opaca. A Iron Ball era o último dos sinais de que sua sorte, ali naquela atração, não estava tão boa. Eu quase podia ler os pensamentos que corriam em sua cabeça e já estava prestes a dizer algo quando ele disparou uma brincadeira e eu ri, aliviada. Okay, ele continua de bom humor, pelo menos.
Na saída da tenda eu me adiantei, dei uma corridinha só para parar na frente dele, meio de lado. Encenei que sentava num banco e punha as mãos num volante imaginário; fingi abrir a porta de um veículo que não existia e disparei uma graça com o olhar mais maroto e provocativo que eu consegui:
– Entra no carro, gato. Vem ser meu suggar baby. Mama Kiki vai lhe encher de mimos. – uma piscadinha provocante, uma jogada de cabelo para o lado e estava feita minha graça sobre ter saído ryccah dali.
Por que eu sou tão boba? Sei lá, faz parte do meu humor e eu só quero tentar arrancar mais uns sorrisos do loiro. Vê-lo alegre é minha meta, mesmo que isso me custe alguns micos em público. Graças aos céus eu já me sinto uma artista com liberdade suficiente para ignorar alguns protocolos - tipo cantar aleatoriamente.
Enfim, buscamos Togekisses no treino e eu confesso que já começava a sentir falta deles caminhando perto da gente. Togepic seguia pleníssima como sempre, apesar de meio esbaforida, mas nada que uns abraços e beijos não resolvessem. Também aproveitei para lhe contar da minha sorte na tenda anterior. Sim, nós somos amigas confidentes, okay?!
Daí veio a proposta seguinte de Ayzen. Teste de força? Mas a gente acabou de sair de um massacre de pedras... Será que é só um pretexto pra descontar as últimas pontinhas de raiva? Bom, não posso negar isso a ele, né?! Quer dizer, se vai fazê-lo feliz...
– Teste sua força?! Mas eu nem pedi pra treinar força... – comentei rindo, com mais um pouco de graça –
Hihihihi, brincando. Vamos sim! Mas acho que vi essa barraca lá pra perto da Arqueologia, então, sebo nas canelas! – peguei um braço dele entre o meu e o aproximei bastante do meu peito, antes de fazer o que ele adorava fazer comigo: dar pequenas corridinhas bobas para avançarmos um pouco mais depressa!