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HOTLINE PETALBURG - Um Perdedor na Noite

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UM PERDEDOR NA NOITE

- PETALBURG, 23:55





Após algumas horas de viagem, Aleksei finalmente chegava de volta a seu continente de origem, era tarde da noite, a maioria dos negócios estavam fechados e ele estava sozinho a deriva na rua, vestindo um traje bem... Chamativo, trocando de roupa devido a sua sujeira e bagunça durante o Doll Fanfest, Loban agora trajava uma camisa de botões e mangas curtas em um tom de ciano super chamativo com uma estampa floral rosada, shorts caqui e um par de sandálias pretas. E claro, seus sempre presentes óculos escuros que utilizava mesmo na noite mais escura de todas.

Mas o jovem não estava ali apenas para treinar e capturar mais pokémons aquáticos, claro, conseguir seu tão antecipado e planejado Pelipper com Drizzle era uma obrigação, mas depois de todo o trabalho que havia passado em Tohjo, nas idas e vindas do National Park e de seu novo amiguinho, Gabriel Paiva, pois agora era a hora. A hora da festa, a hora da noite, a hora de relaxar. Aleksei sempre foi festeiro por natureza e adorava conhecer novas pessoas, mas vivendo apenas em Littleroot Town até sua fase adulta, poucas eram as oportunidades para dar aquela boa chacoalhada no esqueleto numa noite quente de verão.

Arrumou a mochila preta que tinha nas costas, botava aquele seu sorriso bobo de orelha-a-orelha e começava a caminhar pelas ruas de Petalburg, procurando um lugar para extravasar toda aquela sua energia que havia acumulado com o estresse de situações anteriores, mas qual seria o lugar que ia dar as boas-vindas para aquela alma perdida no meio da noite?



Ao meu narrador :

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Olá!
Vou ser seu narrador nessa rota, então espero que se divirta.


Era uma noite comum nas ruas de Petalburg, nada de mais acontecia. A maioria dos estabelecimentos estavam com suas portas fechadas e as ruas estavam quase vazias como a carteira de Aleksei. Mas aquilo não parecia ser uma coisa que incomodava o jovem que andava por ali naquele dia, ou mais precisamente, naquela noite. O jovem de espirito festeiro, procurava por um local agradável para satisfazer suas vontades, mas não parecia ser uma tarefa fácil aquela.

Algumas pessoas tão estranhas quanto Aleksei passavam por ele vez ou outra. Muitas nem se importavam com sua presença, pois estavam acompanhadas, ou bêbadas demais para notar sua estranheza. Ele se vestia de forma bem peculiar, principalmente pelos óculos escuros naquela hora da noite.

O dia já virara, e o jovem continuava a caminhar sem rumo. Ele seguia para o sul, talvez, não sabia ao certo. Mas acabou tendo sua atenção chamada por um som bastante familiar. Era música, uma música alta e distante. Aquilo só podia indicar uma coisa. Festa! Ou apenas um local com música tocando. Mas de qualquer forma, seria bom conferir.

O som vinha de algum lugar mais ao sul de onde ele estava, um pouco mais ao centro do polo industrial de Petalburg. Não era um local muito comum para ter um som daquele tipo, principalmente naquele horário. Mas se pensasse melhor, qual o melhor local para fazer uma festa, do que um polo industrial, onde não haveria nenhum morador para reclamar.

Se Aleksei decidisse seguir em direção à música, ele chegaria a um local um pouco mais agradável no meio de todas aquelas fábricas e galpões. Um grande prédio azul, sem nenhuma placa de indicação, deixava escapar por suas janelas algumas luzes, além de a música ser ainda mais alta próximo dele. Apesar de não ter nenhuma placa de indicação, no canto do muro havia algo pichado ali, parecia ser a letra “A”, mas desenhada com um círculo com dois ossos cruzados.

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À porta do local, havia um homem vestido de terno, e muito mal-encarado. Ele parecia ser o segurança de uma boate clandestina, será que o local se tratava daquilo? Só tinha uma forma de descobrir.

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E era no passinho da música que o treinador já se manjava para o local, sim, era só escutar a mísera menção de um som de música que aquilo já lhe atraia de primeiro, claro, não havia o que negar, festa é pra se festejar, música é pra se dançar e o coração festeiro de Loban é mais ingênuo que uma Cleffa recém-nascida. E eis que ele seguia, passo ali, passo aqui, já dançando, estalando os dedos, nada muito chamativo para o ambiente noturno que se encontrava, a música continuava e também então sua caminhada rumo ao delírio e o prazer de uma boa festa.

Chegou em frente a um prédio azulado, não sabia dizer muito bem se haviam luzes pelas janelas piscando ou se lhe era só o delírio festeiro tomando conta de seu corpo, mas era ali sim, a origem do som. Seus ossos já tremendo, o corpo já desejando o doce calor do suor de uma noite de bagunça, de um tempo de festa. Olhou o símbolo em "A" que via, sim, sim, aquilo lhe era familiar, mas onde tinha visto? Onde havia de olhar? TV? Notícias? Talvez algum em algum post de Pidwitt? Vai saber, quem sabe. Não lhe preocupava o que seria, só queria festa, não tinha medo de qualquer perigo, afinal, por que teria, um som gostoso daquele num lugar afastado não poderia ser perigo encarnado, podia? Báh, pouco lhe preocupava, seus pokémons estavam ali, as pokébolas de Pikachu e Vanillite na mochila, e as de Capitã Wish e Wat, seus fiéis escudeiros, na cintura, em uma pochete menor.

Viu lhe um homem ali parado, guarda-costas? Um bouncer, coisa do tipo. Deveria é ser segurança do local, aproximou-se já com o sorriso, o sorriso bobo de sempre sim, a camisa meio azulada, o tema de vestimenta meio... Aquático? Dava sim pra dizer que era um fã de pokémons do tipo água, só pelo jeito jeitinho e sotaque hoennense, o continente com muita água.

- Ei, ei, meu querido! Festa legal aí? - Disse Loban, já curioso, já marmanjo se aproximando igual malandro - Parece um lugar daora pra entrar, só não me diz que eu tenho que pagar, porque a carteira tá óh, mais vazia que a cabeça de um Psyduck. Vim aqui pra me divertir, aproveitar o fresco da música perto da brisa do mar! Ou longe, não sei, onde é o mar mais perto daqui?

Completou a fala num tom de brincadeira, esperando uma reação do homem. Havia de ter sucesso? Não dava pra saber, tinha de esperar. Mesmo sem resposta, a confiança era plena, ajeitou os óculos na cara e voltou a encarar. Queria entrar e rápido, a música lhe chamava, o desespero de uma boa e velha e divertida relaxada era tudo que precisava.




[OFF] Oi meu querido. To tentando um jeito diferente de narrar, se ficar confuso demais, num tenha medo de dar uns tapa em mim não.

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Tá de boa. O engraçado é que estou para mudar a forma como narro meu personagem, por causa da ficha secundária, e pensei em fazer algo assim.

Já vou pedir desculpa adiantado, mas talvez eu só consiga postar domingo à noite. Tenho muita coisa pra fazer esse fim de semana.


Aleksei seguia o ritmo da música como o Pikipek daquele desenho animado seguia o rastro do aroma da comida do Sealeoncio. Ele até andava seguindo a batida de um pop misturado com eletrônico. O DJ daquela festa parecia ser muito bom, fazendo umas combinações inesperadas, mas tão perfeitas que pareciam ter sido feitas para serem uma só.

Assim que alcançou o local de onde a música parecia sair, o rapaz vestiu sua carapuça de malandro, e seguiu até o segurança do local. O homem robusto o encarou de cima embaixo, e ficou em silencio por uns segundos depois que Aleksei terminou de falar. Por fim, ele sorriu, não aguentou segurar sua pose de durão por muito tempo. - Também adoro curtir uma musiquinha sentindo a brisa do mar. Gostei de ti, parece bem tranquilão. Mas tem cara de ser do interior... O que faz por essas bandas aqui? Se tiver procurando só curtição, posso te deixar entrar sim, mas não é de graça não falou!? – Ele dizia olhando pros dois lados da rua. - Isso aqui é uma festa privada, mas acho que suas roupas estão bem à caráter. Então ninguém vai se incomodar com sua presença. Mas o que pega, é que eu não posso sair daqui não, e meu parceiro me ligou e disse que não ia trabalhar hoje. Mas tô numa larica pesada aqui. Vou te deixar entrar e você pega qualquer gororoba lá dentro pra mim. O bufê é livre, sacou?

Parecia que aquele era o dia de sorte de Aleksei, já que por causa da necessidade do segurança, ele acabou conseguindo um passe livre para entrar em uma festa privada.

Se ele decidisse entrar, aceitando a oferta do segurança, ele veria que todos lá dentro também se vestiam de azul, ou pelo menos trajavam algo azul e branco pelo corpo. Mulheres e homens totalmente desconhecidos para ele, dançavam e curtiam a música maravilhosa do DJ. A decoração era bastante agradável, talvez pelo rapaz gostar bastante de pokémon aquáticos. A imagem de um Kyogre estava estampada na parede do fundo, bem atrás do palanque onde o DJ tocava. Andando um pouco para a direita do salão, ele poderia ver alguns balcões servindo bebidas, em sua maioria alcoólicas, e ao lado dos balcões havia uma grande mesa de bufê. Ali estavam dos mais variados petiscos, desde salgadinhos, até quitutes requintados. Parecia ser uma comemoração e tanto aquela.

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Ah, Aleksei, doce Aleksei, se a vida fosse um jogo, sua inteligência seria zero mas a sorte e o carisma já tavam no "min-max", mas é assim mesmo que se faz, quando teu crânio é mais denso que um Rampardos, o que te resta é ser carismático e ter sorte. Muita sorte. Deu aquele sorrissinho maroto, ajeito os óculos de jogo, jogou o cabelo para trás. Era possível já ver umas entradas de calvície aqui e ali, alguns iriam se preocupar, outros iriam se matar, mas pra Aleksei, homem não perde cabelo, ele só cresce pra baixo.

Foi entrando no local, dando aquele sinais de pistola com a mão para o segurança, lhe agradecendo no bom e velho tom. E ali entrou na música, na festa, no quarto da bagunça. Kyogre estampado, gigante no fundo, já lhe dizia que ali é seu lugar. É aquático pra tudo que lado, meu irmão, água de montão, mal sabia Loban qual era a organização que ali mandava não.

Disfarçado ele foi, mexendo a cabeça pra frente e pra trás, dando um soco no ar, pulando devagar. O suor já lhe escorria, bem pouco fazia questão, quem tá na pista é pra dançar, quem vai dançar quer é suar. Devagarzinho, queridinho, foi chegando quitutes, nos petiscos, olhando suspeito de um lado pro outro, pegava um prato e enchia do que via. Por que encher tu pergunta? Porque ele tinha de comer também, meu deus, uma viagem inteira de Tohjo pra Hoenn e nem uma água ele botou pra dentro, mas aquilo era perfeito. De novo voltava pros pulos, agora mais devagar, menores e menos fortes, não queria a comida derrubar. Disfarçado foi dançando, dando seus "ois" e "tchaus", tentando chegar a entrada com pelo menos metade da comida no prato. Mas lá o destino lhe cabia, iria cumprir sua missão? Não sabia, mas o esforço tava ali, era sincero e ingênuo, dependia agora só dá sorte de não trombar na pessoa errada no local errado.




[OFF] Belezinha, meu amor. O importante é avisar. E meu deus, Aleksei vai ser espancado ainda.

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O rapaz aceitava a proposta do segurança, para poder entrar na festa. Ele era do tipo cara de pau, e não se importava nenhum pouco em fazer o favor, em troca de um pouco de diversão. Assim, ele entrou na festa, fazendo alguns gestos sem sentido para o contexto do segurança, mas o homem apenas sorriu sem graça.

Do lado de dentro, Aleksei andava como se fosse do pedaço, cumprimentando alguns, acenando para outros, mas sempre se mexendo no ritmo da música. A decoração lhe agradava bastante, como o esperado, mas ele ainda não fazia ideia de onde estava se metendo. Apesar disso, estava se divertindo e aproveitando da maneira que podia.

Ao chegar à mesa de quitutes, logo arrumava um pratinho. Não era só o segurança que tinha fome, ele também. Chegara de viagem a pouco, e nem parara para comer. Mas a oportunidade lhe vinha de forma generosa, com uma grande variedade de petiscos exóticos para experimentar. Foi enchendo o prato com pelo menos um de dois de cada, já que era essa a quantidade de bocas que havia de alimentar. Enquanto isso, continuava dançando, com cuidado para não derrubar a comida, mas sem perder o ritmo.

Depois de ficar razoavelmente satisfeito, chegou a hora de levar um pouco para seu “parça”, que o havia deixado entrar ali com um simples cominado. Ele equilibrava o prato no meio do salão, passando com cuidado entre as muitas pessoas que dançavam ali. Mas ninguém parecia se importar ou se incomodar com sua presença, ou suas atitudes. Ele estava praticamente em casa, muito bem disfarçado com sua escolha de vestimentas para aquela noite.

Ao chegar à porta novamente, ele entregava os petiscos ao homem. - Muito obrigado! – Ele disse com um sorriso. - Isso aqui já é o suficiente. Pode entrar e aproveitar a festa. – O segurança, assim como Aleksei, não fazia ideia de quem eram seus contratantes, muito menos o motivo de tal festa. Assim, ele não fazia ideia de onde havia enfiado o jovem rapaz.

Liberado para curtir o resto da festa sem interrupções, Aleksei agora poderia retornar ao interior do galpão. O que fazer agora? Comer mais? Beber até cair? Ou tentar se entrosar um pouco? Seja lá qual fosse sua escolha, ele teria a noite toda para aproveitar suas outras opções em seguida.

Um grupo de homens tão jovens quanto Aleksei, conversavam animadamente em um canto do salão. Estavam próximos à mesa de petiscos. Cada um deles segurava um copo de bebida, e por vezes iam até a mesa beliscar algo de comer. Parecia um grupo bem tranquilo para se iniciar uma conversa, e quem sabe, tentar descobrir do que se tratava aquela festa. Uma coisa era certa, nem todos ali pareciam se conhecer, já que Aleksei passou despercebido até o momento.

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Assim que havia completado a sua missão impossível de entregar comida ao pobre homem faminto na entrada, Aleksei estava livre. E só Arceus sabia como ele estava livre naquela noite, não demorou e já pulava no que seria a pista de dança mais próxima dali, braços pra cima, pernas também, a cabeça jogada de um lado para o outro, o penteado nem existia mais, era só um monte de cabelo balançado na cabeça de um festeiro doido pela próxima batida. Braços para baixo, pernas também, socos ao ar e pulos sem parar, o suor voltava a escorrer, fazendo-o valer o esforço para ali entrar e para completar a noite, que em fato, apenas havia começado Loban sentia-se um pouco enjoado, seria o fato de já estar pulando feito louco após finalmente petiscar algo? Ou a desidratação, que naquele lugar todo aquático, parecia ser pura ironia?

Não demorou muito e já parou de pular, mas a cabeça ainda havia de balançar e de novo entre seus desvios e movimentos pelo mar de pessoas, dando de novo seus "ois" e "tchaus", o treinador procurava um copo de água ou refrigerante ou suco, por que álcool? É, não era uma boa ideia ingerir agora, a não ser que quisesse vomitar na pessoa próxima do projétil de bile que sairia de sua boca caso o fizesse.

Assim que chegava a área do petiscos novamente e dava de encontro com a primeira bebida que acha em mãos, procurava um lugar para se sentar, só um pouquinho, só um tiquinho de nada, só um momento para relaxar e deixar a cabeça voltar ao lugar. Via um homem, e outro, e mais outro, todos de uma idade próxima a sua, amigos? Talvez. Amigos de Aleksei? Com toda certeza não, pelo menos, não por enquanto. Ainda ingênuo do lugar em que encontrava, da organização com quem se metia, ia se aproximando da mesa em que o grupo estava.

- EI! Vocês tem uma vaga pra essa pobre alma aqui, sentar e relaxar entre companheiros? - Disse naquele seu tom de voz maroto, malandro, de guri, claro, um pouco mais alto que o normal já que a música provavelmente iria ocultar o som de sua voz no momento em que falasse baixo demais.

Nem esperou uma resposta, um pouco rude de certeza, um pouco irritante e talvez se colocando numa situação de "suicídio por 20 balas nas costas", puxou a cadeira mais próxima que não tivesse alguém sentado ou que iria sentar, colocando-a perto da mesa e se apresentando.

- Loban. Aleksei Loban é meu nome - Deu mais uma "sorrisada" para os homens, levando o copo para perto de seu rosto e dando uma piscada com o olho direito, não como flerte, mas como uma forma "descolada" de se apresentar.

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Depois de finalmente estar livre para fazer o que quisesse, Aleksei se jogou, talvez até literalmente de mais, na pista de dança. Uma mulher chegou até a olha-lo de forma estranha, talvez assustada por seus movimentos, ou talvez pensando como um ser humano podia se mover daquela forma. Mas talvez ela estivesse um pouco certa, já que o rapaz logo começava a desfalecer. Ele só não sabia se era pelo fato de estar pulando como um Ambipom louco depois de ter comido, ou pelo fato de ter ficado muito tempo sem se hidratar.

Enfim, ele havia sido vencido por seu frágil corpo humano, que não conseguia acompanhar aquele espirito de “moleque Carvanha”. Assim, ele parou de pular um pouco e nadou para fora da pista de dança, vencendo as ondas de pessoas que dançavam ali, para finalmente procurar algo para beber. Aquela não era uma tarefa difícil, já que ele já tinha visto onde estava localizado o bar, e ali havia de tudo. Água, refrigerantes, sucos, coquetéis e drinks.

Depois de pegar uma bebida, um copo de suco natural de Bluk Berry, ele seguia à procura de um local para descansar. Infelizmente naquele local não parecia ter um lugar para se sentar, não por ali pelo menos. A bebida que havia pegado no balcão, era uma deliciosa bebida doce, só que poderia se sair melhor em um drink, já que o álcool poderia aliviar o doce da fruta. Mas ele ainda estava bem animado, e seguia com a cabeça dançando sozinha para compensar o cansaço do resto do corpo.

Mas para não ficar ali parado sozinho, o que seria muito estranho, Aleksei decidia se juntar a um grupo de rapazes que parecia ter idade aproximada à sua. Eles estavam ali de pé, conversando sorrindo, pareciam ser velhos conhecidos, entre eles apenas. Então, ele se aproximava tranquilamente, e tentava se entrosar da melhor forma possível, ou talvez não, já que já se colocava no meio da rodinha.

Um deles encarava de forma desconfiada, mas os outros pareceram não se incomodar. Ele ia se apresentando para o mais próximo dele, com um cumprimento bastante invasivo. - Prazer em conhece-lo!? – O outro respondia em um tom duvidoso, e um pouco assustado. - Tá bom então. Nunca te vi aqui nessa filial, deve ser um recruta novo. – Ele disse em seguida. - Mas não quero ser sem educação. Me chamo Jonah, e estes são Vagner, Mateo e Jeffrey. – Ele dizia apontando os outros da direita para a esquerda.

Aleksei acabava de descobrir algumas informações importantes. Aquilo parecia ser a festa de uma empresa, ou algum tipo de organização. Mas ele parecia estar com sorte, de ter tanta gente, e muitos parecerem não se conhecer bem.

- Mas, e aí novato, tem alguma ideia de qual é a novidade? Os chefões não iam liberar uma festa “daora” dessas sem um motivo tão importante. – O que tinha sido apresentado como Vagner, fazia uma pergunta bastante objetiva, se referindo a Aleksei como “novato” sendo que o mais apropriado seria “penetra”. Agora era ver como o “novato” se sairia. Todos o olharam, esperando para ter uma ideia do que ele pensava sobre o assunto.

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Novato é? É, novato. Esse era o seu título dado pelos membro da organização ali ao nosso querido Aleksei, e aquilo era suficiente para o garoto engolir o líquido em sua boca o mais rápido possível, mas não importa o quão hidratado estava sua garganta, aquilo descia seco, rasgando as entranha. Foi só olhar melhor para a situação geral e percebeu a merda que fez, ele, penetra, se fez presente. Agora havia gente que sabia que ele estava ali, que sabia seu nome e que não lhe conhecia.

Ah, a pressão também caia, afinal perguntas eram feitas, referências eram entendidas, todos sabiam quem eram os chefões ali, todos sabiam qual era a organização ali, menos, claro, o penetra da festa. Burro, burro, burro, devia ao menos ter perguntando pro cara na porta quem eram os donos, mas agora o tempo já não era seu amigo e o relógio fazia tic tac sem parar. Uma pergunta devia responder, uma resposta havia de dar.

- É? Eu? - Engoliu a seco a saliva de novo, precisava pensar em algo rápido - Eu, um novato? Saber de algo? HA. HA. HA... Ha... Eu não sei nem qual o meu cargo e salário, imagina saber o que o todo poderoso quer com a gente.

Esperava que engolissem sua resposta, afinal de contas, não era exatamente mentira, não é? Ele não tinha cargo e nem salário pra saber quais eles eram, então vai que não era difícil enganar seus "compatriotas da Corporação Maligna & Cia." por tempo o suficiente, afinal, ele só precisava dar um jeito de sair dali e tudo estaria bem, não é? NÃO É?

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Enquanto sua cabeça virava com o longo gole do suco roxo, a mente de Aleksei surtava aos poucos. Era como se a máscara estivesse dependurada pela beiradinha, e o menor sopro seria o suficiente para lança-la longe de seu rosto. E para piorar a situação, ele ainda era questionado por uma coisa que ele não fazia ideia. O que responder? Ele não fazia ideia, mas tinha que dizer alguma coisa. E foi o que fez.

Com uma alta gargalhada, os outros quatro receberam sua resposta. O que? Tinha dado certo? Claro, era uma festa, todos estavam ali para se divertir e tentar descobrir o motivo da tal festa. Não passava pela cabeça de nenhum deles que Aleksei poderia ser apenas um oportunista qualquer que passava por ali naquela noite aleatória.

- Essa foi ótima... – Jonah dizia bebendo um gole de seu drink.

- Mas sabe, eu acho que com uma festa desse nível, com certeza o Archie tem notícias muito boas para dar. – Vagner voltava no assunto.

- Ai, cara. Você está obcecado com isso... Para de falar e curte a festa. Olha ali o novato, não para de mexer as pernas. – Jeffrey comentava.

O único que não dizia nada, era Mateo. Que continuava calado, e observando Aleksei com sua costumeira expressão de desconfiança. Mas o clima não ficava estranho, mesmo com aquilo. Jonah rapidamente ia até a mesa, e pegava um petisco, voltando logo em seguida. Ele dava uma cutucada no ombro do novato e apontava uma mulher com a cabeça. Ele não dizia nada, mas ao se virar, Aleksei veria uma bela moça de cabelos prateados e olhos azuis. Ela se vestia com um vestido azul não muito chamativo, mas parecia meio sem lugar no meio da pista de dança.

- Outra novata, tenho certeza. – Ele finalmente dizia, ao terminar de engolir o petisco.

Vagner e Jeffrey começavam uma conversa apenas entre os dois, por causa do barulho, o rapaz não conseguia saber sobre o que era. Mateo finalmente resolvia se distrair com uma nova bebida que ele ia buscar, deixando apenas Jonah com sua atenção voltada para o rapaz. Era uma situação bem estranha, mas ele já estava ganhando a confiança daquelas pessoas, talvez nem fosse tão necessário sair dali com tanta pressa.

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