Submarine Reflection

OFF: saímos da cidade e entramos agora na ROTA MARÍTIMA BETA

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Agora segura de si e sem mais pesos nas costas, Sakigami avançava pela imensidão azul acompanhada do leão marinho. se olhasse para trás, Riyado parecia uma pequena ilha, sem história alguma pra contar, apenas mais um pedacinho de terra no meio do nada. Era esquisito essa sensação de não pertencimento que o mar lhe dava. Como se nada mais importasse e ela fosse uma pessoa livre. Uma pessoa não, UM SER LIVRE! Sem chão, sem passado e de futura imprevisível, afinal, estava indo em rumo ao desconhecido no desejo de mergulhar em águas turvas. Mas antes do terror e da aflição do futuro, vinha o presente. Sim, como dádiva gratuita pelo simples fato de estar presente com toda sua extensão acordada, corpo, mente e alma! As águas estavam naturalmente calmas e isso permitia essa reflexão. apesar de frias, o dia ensolarado ajudava e em pouco tempo a frieza se transformava em costume como uma manta natural.

Ao se afastar ainda mais, precisando da ajuda do seu pokémon para continuar nadando, Ame avistava outras ilhotas de terra e pedra ao longe, mas não era esse seu interesse, muito menos arrumar briga dos os Wingull que passavam sobrevoando sua cabeça. Não. Ela queria encontrar um ponto de mergulho escuro o suficiente para afundar e explorar as profundezas do oceano que a cercava e de certa forma convidava a ir mais fundo. Isto porque logo Sealeo informava que poderiam imergir. Assim que a coordenadora se certificou de que seu equipamento de mergulho estava bem colocado, como nas aulas que teve na cidade de pesquisa da vida marinha, eles podiam por fim afundar. Chef sorria animado e deu uma voltinha, subindo num salto para pegar impulso e descer como um torpedo para baixo!

A pressão fazia com que os ouvidos de Ame demorasse a se acostumar, assim como sua visão. No entanto, a segunda se ajeitava mais depressa até mesmo porque estavam no meio do dia, então os feixes de luz solar que conseguiam chegar ali embaixo iluminavam alguns corais e pedras que pareciam ter uma coloração azulada. Claro, isso por conta de estarem num ambiente mais frio sem muita luz, então a visão realmente ganhava essa distorção e as cores se misturavam com o espaço em sua falta de luz. Todavia, isso não tirava a beleza das formações rochosas e das plantas marinhas que dançavam num balé silencioso.

Ame tinha a opção de usar a lanterna do Rotom Phone, já que o bendito era a prova d'água, porque cada vez que iam mais pra baixo, menos ela conseguia enxergar a paisagem. Será que ficava difícil para o Sealeo também? Ele ainda não tinha reclamado, então aparentemente não, mas era algo a se perceber. E como não tinham "rotas" demarcadas, ela poderia escolher entre as direções de pontos cardeais, caso optasse por seguir um rumo que não fosse somente para baixo. Talvez olhar o mapa, mesmo que visto de cima, fosse uma forma de se orientar.

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Um mundo completamente novo. Será que Ame se sentia uma sereia ou uma intrusa naquele ambiente? Bem, varia da relação de cada ser vivo com o mar, mas como a jovem tinha uma conexão grande com praia e pesca, por mais que fosse sua primeira vez indo tão fundo, era de se imaginar que no seu íntimo algo especial acontecia.

Enfim, as filosofias de liberdade ficavam pra autobiografia quando ela fosse lançar, talvez depois de assumir o controle do seu próprio café, um dia, quem sabe? Sendo mais prática, Rotom faria um papel importante, sendo farol e fonte de fala pra nossa heroína. Uma jornada meio complicada aquele mergulho, até porque a jovem ainda estranhava o fantasma possuidor e sua personalidade afrontosa. Ao menos era um alívio cômico pro drama cotidiano. Pois bem, o aparelho comunicava algo do desejo da coordenadora e lá foi ele, SOZINHO, a pedido dela explorar os corais. Eles só não contavam que Ame não conseguiria ficar "parada" por conta da pressão que o ambiente exercia sobre seu corpo, puxando ela subitamente para o fundo sem ter como gritar! Por sorte já estava com a esfera de sua Staryu em mãos, mas a estrelinha tão pouco tinha forças para servir de transporte marinho (vide guia). A estrela marinha fazia o possível para retardar a queda da mestra quando Chef surgia em socorro ao lado de Rotom, que provavelmente foi chamar por ele. Ame conseguia estabilidade agora apoiada no leão-marinho e podia acalmar seu coração. Por enquanto.

— Tenha cuidado com as correntes marítimas, elas são muito traiçoeiras, principalmente caso se afastar da sua carona - ele apontava pra Sealeo.

Ok, não era o melhor momento, né Rotom? Mas como ele já era um pentelho, mais coisa menos coisa não ia fazer diferença (a menos que a guria resolvesse trocar ele por uma pokegear que não falava). Por fim daquela mini aventura, acima deles, onde estavam os corais, um fenômeno acontecia! Ame viu um cardume de peixinhos rosados saindo para passear. Não pareciam nada demais, mas eram bem fofos como se fossem setas ou corações de lado, ou uma mistura de ambos, nadando bem fofo ao lado da crew. Talvez eles conhecessem bem a área e pudessem guiar a turma de Sakigami. ISTO É! Se ela não os assustasse, né, porque Sealeo era meio que predador de peixes menores... O que eles fariam?

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Na verdade os peixinhos rosados, ao menos deveriam ser, mas ali embaixo tinham um aesthetic violeta, fugiam de espanto. Sim, eles tinham se assustado com Sealeo se aproximando daquela forma, sem ser convidado ou anunciado, afinal, ele era um predador. Bem comportado, mas ainda assim tinha presas e era bem maior que os Luvidisc! Só que com seu afastamento, o cardumezinho se acalmava ao poucos, assim a Staryu de Ame pôde se aproximar sem causar maior estardalhaço e se comunicar de alguma forma com o grupo. Eles começavam a se mover...

— Eles estão nadando - o Rotom reafirmou caso Ame não estivesse vendo.

Staryu se aproximou um pouco, brilhando sua joia para que a coordenadora os seguisse. O que será que tinha acontecido naquela conversa? Ame os seguiria mesmo? Staryu só estava aguardando para ir logo atrás deles, um pouco a frente de Sealeo para não os perder de vista.

OFF: fiquei preocupado, inclusive estava começando a pensar em trancar kkk
se liga, o prazo para gastar os Bottle Caps é 01/04, então podemos agilizar o plot do mergulho se quiser, só me avisa

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É, nervosismo não ajudaria muito, ainda mais a alguns milhares de metros debaixo d'água. Já pensou uma crise de ansiedade naquela situação? Melhor evitar. Pensar em coisas fofas e azuis poderiam ajudar.

Enquanto a guerra acontecia na mente da menina, Chef seguia a Staryu que seguia o cardume de Luvdisc por um bom caminho até finalmente chegar num recife de corais gigantesco. Com certeza se não estivessem seguindo os pokémon não encontrariam a entrada escondida da cidade submersa. Os peixinhos rosados se espalhavam entre duplas e trios, desfazendo o grupão em pequenos grupos, dando maior espaço pra menino vislumbrar aquela paisagem natural digna de ilustração. Eram muitas cores de limo nas formações rochosas e muitos corais acompanhando o colorido da cidade.



Além se um ambiente aberto dentro de um esconderijo secreto, ele parecia bem animado. Para além dos indistintos Luvdisc que nadavam por ali, haviam alguns Tentacool, um grupinho brilhante identificados como Chinchou e até mesmo muitas estrelas como Star, que até convidavam a companheira de Ame para se divertir com elas. Isso era tudo bem impressionante e até demais pra absorver de uma vez, mas o que realmente chamou a atenção da explorador foi um pequeno grupinho de Clamperl laaaaá no fundo do recife, como se descansassem em um sono gostoso soltando bolhas entre as aberturas das conchas.

Como Ame faria para atravessar a cidade até lá sem criar caos, já que Chef era visto como predador e poderia criar pânico geral? Um desafio a se superar...

OFF: me pinga no discord quando postar

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Era realmente fácil se perder no meio daquele cenário de filme japonês. Ame poderia até se sentir uma sereia se tivesse encomendado uma fantasia com cauda de peixe resistente a água. Enfim, só ponderações pra uma próxima expedição, quem sabe? Poderia surgir dali um novo programa de apresentação artística.

O que acontecia de mais interessante era o pedido da coordenadora ao estrela-do-mar. Sem pressão Star, SEM PRESSÃO! Não é como se vocês pudessem ser linchados até a morte, né? até porque o gm não permitia isso

Aceitando a missão (ela podia recusar?), a pequena Staryu domesticada tentou se misturar com os selvagens. Ame, Chef e Rotom de longe observavam tudo, mas sem entender muita coisa porque Staryus se comunicavam por um código luminoso conhecido entre a própria espécie. A princípio houve uma mistura bem orgânica com os demais. O problema surgiu com o estranhamento de uns que levou outros a se afastar, mas não de uma maneira natural, parecia organizado. Eles fizeram um semicírculo, deixando Star excluído e quando o pokémon de Ame tentou novamente se misturar causou um reboliço tão grande que ele foi envolto num redemoinho de Staryus! Os selvagens agora circundavam o estrangeiro piscando sua joia vermelha, não dando para entender o motivo, mas dava para ver que Star tentava acompanhar, piscando em outra frequência. Parecia uma espécie de tribunal ou esquartejamento em praça pública, a depender do leitor. O resumo foi que a luz de Star brilhou forte chamando a atenção dos colegas, acalmando-os aos poucos até que todos pararam de girar e prestaram atenção no que ela tinha a dizer.

Esses minutos de agitação sem poder se intrometer poderia ser complicado, mas era a tarefa designada, e adivinhem só: ela conseguiu!

Staryu, o de Ame, mandava uma mensagem que deixava o coração de qualquer um quentinho, como se alertasse "estou bem, estou aqui", aguardando que ambos seguissem, já que agora tinha a confiança do grupo.