Uma inquietação ardente foi a sensação que se agarrou aos seus ombros durante aquela breve e nada suspeita interação Não pela demora do homem em ceder às suas investidas em busca de informação mas, hah, pelo singelo e discreto momento da explícita troca de olhares entre o ambulante e um policial acomodado tranquilamente em seu veículo. O fato tê-la hesitar, naquele momento; Os pés se arrastaram em um recuo ínfimo, os ombros retesando com sutileza enquanto a expressão se mantinha tão fria quanto possível - todo um planejamento iria direto pelo ralo se acabasse encrencada por conta de uma tentativa fracassada de acessar o ouvido das ruas de uma maneira tão direta quanto aquela e, com esse reconhecimento, era compreensível o receio que repentinamente se agarrava com violência pela curva de seu pescoço.
A respiração veio e foi, funda, lenta. O sorriso leve se manteve estático no rosto, quase plástico, os orbes acinzentados atentos a qualquer reação mais brusca que tivesse chance de vir do homem para que, caso necessário, pudesse ter a devida reação. Admito que coragem foi o ingrediente principal para que se mantivesse parada no mesmo lugar, a sobrancelha se erguendo com suavidade ao ouvir a contraproposta do vendedor para que gentilmente e por livre e espontânea vontade acabasse gastando mais que o quíntuplo do que pretendia inicialmente caso almejasse verdadeiramente a tal da "aventura" requisitada.
...Sempre espertos, não?
— Huh... — Deixou escapar, devagar, um grunhido sussurrado que acompanhou um riso contido e um balançar de cabeça. — Aventuras oportunistas, não? Acho que não tem muito o que se fazer a respeito... — Disse, com uma pitada de acidez, os dedos pescando a carteira de um dos bolsos para que pudesse contar algumas cédulas de dinheiro. — Será mesmo que eles são tão necessários assim nesse tipo de coisa? — Ponderou em voz alta, avaliando as próprias alternativas e fazendo questão de não entregar para o homem a segurança de uma venda garantida.
…
Devagar, recolheu entre indicador e médio a pequena quantia de 150, dobrando as notas entre os dedos e utilizando a mão livre para guardar a carteira mais uma vez. Paciente, a ruiva começou a estender o valor na direção do camelô mas, antes que ele as tomasse para si, a jovem recuou o punho, trazendo o dinheiro novamente mais para perto, as pálpebras se estreitando com discrição enquanto analisava as feições do rapaz.
— ...Mas, normalmente se recebe a mercadoria primeiro, não? — Pontuou, pendendo com suavidade a cabeça em alguns centímetros para o lado. — E então, que tal me falar um pouco mais desses guarda-chuvas antes de receber? — Intimou. Não tinha nada a perder em nenhuma das possibilidades, mas o oposto não era realmente verídico no caso do vendedor.
Não é?
A respiração veio e foi, funda, lenta. O sorriso leve se manteve estático no rosto, quase plástico, os orbes acinzentados atentos a qualquer reação mais brusca que tivesse chance de vir do homem para que, caso necessário, pudesse ter a devida reação. Admito que coragem foi o ingrediente principal para que se mantivesse parada no mesmo lugar, a sobrancelha se erguendo com suavidade ao ouvir a contraproposta do vendedor para que gentilmente e por livre e espontânea vontade acabasse gastando mais que o quíntuplo do que pretendia inicialmente caso almejasse verdadeiramente a tal da "aventura" requisitada.
...Sempre espertos, não?
— Huh... — Deixou escapar, devagar, um grunhido sussurrado que acompanhou um riso contido e um balançar de cabeça. — Aventuras oportunistas, não? Acho que não tem muito o que se fazer a respeito... — Disse, com uma pitada de acidez, os dedos pescando a carteira de um dos bolsos para que pudesse contar algumas cédulas de dinheiro. — Será mesmo que eles são tão necessários assim nesse tipo de coisa? — Ponderou em voz alta, avaliando as próprias alternativas e fazendo questão de não entregar para o homem a segurança de uma venda garantida.
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Devagar, recolheu entre indicador e médio a pequena quantia de 150, dobrando as notas entre os dedos e utilizando a mão livre para guardar a carteira mais uma vez. Paciente, a ruiva começou a estender o valor na direção do camelô mas, antes que ele as tomasse para si, a jovem recuou o punho, trazendo o dinheiro novamente mais para perto, as pálpebras se estreitando com discrição enquanto analisava as feições do rapaz.
— ...Mas, normalmente se recebe a mercadoria primeiro, não? — Pontuou, pendendo com suavidade a cabeça em alguns centímetros para o lado. — E então, que tal me falar um pouco mais desses guarda-chuvas antes de receber? — Intimou. Não tinha nada a perder em nenhuma das possibilidades, mas o oposto não era realmente verídico no caso do vendedor.
Não é?