Lemon Boy and Me, Started to Get Along Together

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O especialista em feéricos abraçou ambas as monstrinhas, congratulando-as pelo bom desempenho que tiveram. Bem, ao menos ele achava que aquilo era bom. Não estava muito acostumado com isso tudo. E aparentemente, tal fato era muito evidente para todos ao redor do coordenador. Afinal, Daisuke pareceu compreender isso muito bem, logo convidando-o para uma outra batalha e inclusive antecipando sua resposta e suposta forma de pensar. — Ah...! Tudo bem, eu acho. Mas não sei se quero arriscar usar mais um outro monstrinho pequenino...

O especialista em feéricos então passou seu olhar por sobre Asherah. A monstrinha já estava com Ren há algum tempo, e neste intervalo, havia crescido bastante. Ela era madura, consciente e fiel. Ela tinha poder, e sabia muito bem deste fato. Em poucas palavras...? Plena e segura de si. Ela sabia o que queria fazer, e também confiava em seu treinador o bastante para segui-lo também. Ainda estavam desenvolvendo o laço entre si, mas ambos já tinham a noção de que ele era forte e resistente.

— Ei Ashe, como você está? — perguntou ele, sentando ao lado da aquática, acariciando sua pele clara e macia. A Primarina parecia apreciar o toque do rapaz, abaixando a cabeça. — Sei que estamos fazendo isso há algum tempinho já, mas você sempre esteve acompanhada. Alugém para vigiar, para ficar ao seu lado. Não tivemos muito tempo a sós para realmente podermos ver com clareza aquilo que há dentro de cada um de nós, não é? — perguntou, exibindo um sorriso cálido. — Sei que também talvez seja pedir muito, mas acha que pode continuar aqui, seguindo em frente? Desta vez, apenas comigo ao seu lado. Deixarei você tomar seu espaço e tempo, deixar seu brilho irradiar.

Enquanto deixava a sereia pensando um pouco mais no assunto, Ren pegou seu celular novamente. Aparentemente, Rotom já era capaz de utilizar aquele tal aplicativo de encontrar itens mais uma vez. O coordenador falou para Rotom ir procurar algo junto de Laurelie, enquanto ele permanecia ao lado de Asherah no campo de batalha. Lançou à Primarina um olhar doce, como dizendo "Viu só? Agora pode ter um pouco de espaço apenas para si". Com isso, a aquática finalmente decidiu que continuaria ali. Ren abraçou a monstrinha como agradecimento, e então finalmente voltou-se para Daisuke.

— Vou estar usando Asherah novamente. Apenas ela. Se vamos fazer isso, quero pelo menos que tenha algum significado por trás — falou, tentando explicar brevemente o que havia acontecido ali. — Às vezes, sinto que ela nunca teve muito tempo para apenas si. Então queria aproveitar para desenvolver isso, deixá-la mais à vontade. Então... Meu anjo, vamos usar Sparkling Aria! Solte sua voz para cantar como nunca antes se permitiu, agarre a oportunidade!

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É... Fazia sentido a voz da monstrinha propagar-se em todas as direções possíveis, acertando mais de um adversário. Ren não teve a intenção de machucar o pequeno e adorável Piplup — na verdade, foi uma consequência da falta de competência do rapaz. E com isso, o pobre pinguim foi quem pagou o preço. O coordenador franziu o cenho, desanimado com aquela visão do inicial. Os lábios dele formaram silenciosamente uma palavra, dirigida a Daisuke: "Desculpe".

E por que diabos as pessoas estavam aglomerando-se ao redor deles? Ele não se lembrava de ter convidado alguém; e aquela não era uma apresentação de beleza como as que ele costumava fazer. — Ei! — ele proclamou, irritado, enquanto chamava a atenção da suposta plateia. — É um momento pessoal! Será que poderiam nos dar um pouco de privacidade, por favor?! — pediu então, aproximando-se da Primarina. Ah, é claro que aquilo aconteceria. Bastava ele pensar em "Asherah" e "a só" que vinha uma multidão querendo invadir o pouco espaço que eles haviam conquistado.

— Desculpe, meu bem. Por que não prossegue com seu Dazzling Gleam? Assim as pessoas vão ter que olhar para outro lugar, por bem ou por mal — sussurrou ele para a aquática, tentando consolá-la. Será que ele não conseguiria mesmo ter um momento para relaxar com os amigos e os Pokémon?! Ren então fitou Daisuke, direcionando seu olhar para chão logo que o moreno percebesse. Quase como se estivesse pedindo para que o rapaz também se preparasse para o brilho feérico da sereia. — Está tudo bem. Vai dar certo. Eu estou aqui, com você — murmurou por fim, ainda falando com Primarina.

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Já há um bom tempo algo do tipo não acontecia.

Ele nem mesmo conseguia recordar-se, usualmente. Mas se procurasse bem, as memórias não tardariam a invadir sua mente. Primeiramente, com Hokori durante o Teatro Continental de Hoenn, assim como com a pequena Ísis. Depois, no Mt. Pyre, onde Dandara e Íris também sofreram esse destino. E logo em seguida, a Azumarill e a Floette tornaram a sucumbir àquilo. Supostamente, era algo comum — o próprio Daisuke lidava com aquilo com bastante tranquilidade.

Ainda assim, depois de tanto tempo, Ren não conseguia aceitar o fato muito bem. Haviam dito para ele que as batalhas estreitavam laços — e pelo que tinha analizado, parecia ser um fsto verídico. Contudo, isso não deixava a outra faceta dos embates passar em branco. A derrota. O nocaute. Sinceramente, o rapaz não ligava para perder. Mas era extremamente angustiante ver um monstrinho perder a consciência por culpa do arbítrio de seu treinador.

Uma lágrima escorreu lentamente pela bochecha do coordenador. Logo, estava acompanhada de mais algumas. — Desculpe — falou, embora não fosse possível saber de para Daisuke, Asherah ou para si mesmo. Ele cuidadosamente retornou a aquática para sua esfera, guardando-a na mochila depois de encostar os lábios sobre a mesma. — Você estava linda, meu bem. Foi um prazer vê-la aberta, disposta e livre de todas as amarras.

Laurelie parecia um pouco incomodada com aquilo também. Voltara correndo para o campo, tendo posicionado-se entre a inconsciente Primarina e seu oponente. Ren conseguiu exebir um sorriso frágil, para tentar tranquilizá-la. — Está tudo bem. Eles estavam apenas brincando, e Ashe resolveu tirar uma soneca... — disse, como se também estivesse tentando acreditar naquilo. Em seguida, finalmente encarou Daisuke. — Você se importaria se eu saísse para ir ao Centro Pokémon? Queria ver se estão todos bem. Depois eu volto para tomarmos um sorvete, prometo.

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Finalmente, o coordenador voltava para o Centro Pokémon. Tinha terminado todos os seus afazeres, então agora poderia voltar a relaxar um pouco. Depois de batalhar e tudo mais, ele imaginava que poderia ter um tempo para fazer algo diferente. Daisuke tinha falado de tomar sorvete, não? É, parecia ser algo bom. Ele então foi à procura do moreno, sorrindo ao pensar nos novos monstrinhos que trazia consigo. Um novo ovinho, além de um esquilinho estranho. Ren não se lembrava de tê-lo capturado, apesar de lembrar ter lido em seu celular que havia ganhado um bichinho diferente em um sorteio.

O melhor de tudo? Ele era rosa. Sim, cor-de-rosa. E era simplesmente A-D-O-R-Á-V-E-L! O coordenador liberou o pequenino de sua exótica esfera natalina, observando-o com expectativa. — Oi lindinho! Eu sou o Ren. Quer brincar um pouquinho? Estou procurando um amigo para tomar sorvete, pode ajudar se quiser! — falou, rindo um pouquinho ao acariciar aquele pelo fofo e brilhante. Então, colocou a mão no queixo. — Precisamos de um nome para você... Que tal Alvin? — perguntou então, sorrindo com a resposta negativa do Pachirisu. — Lulu? Taffy? — o monstrinho pareceu gostar do último, balançando sua cauda animadamente. — Perfeito, será Taffy então! Agora venha, vamos procurar meu amigo.

Com isso, iria vaguear pelos corredores do edifício até encontrar Daisuke. Apontaria para o rapaz, indicando para o esquilinho que era aquele o seu amigo, e então foi até lá. — Dai! Eu não demorei, né? Ah, este é Taffy. Não é uma fofura?! — perguntou por fim, sorrindo bastante. O elétrico parecia estar gostando de receber aquela atenção, mas de uma maneira inocente e adorável — diferentemente, por exemplo, de Kheiloe. — O que vamos fazer agora?