Re: SHIMMER RUINS DUNGEON #3 - KATAKURI

por **Victoria** Ter Abr 27 2021, 17:37

Saia de perto, meu querido... a casa vai cair.

Não me darei o trabalho de narrar destruição e poeira; disso Katakuri Dawn já entende bem. Lhe contarei a história do pequeno Simbah; o pirata que após tanto viajar, também ficara preso neste Jardim. O homem viveu aqui por sessenta anos, construíra um casebre de tijolo de cinco metros e viveu da plantação e do arroio que secou a um quilômetro daqui. Depois de seco, o homem cavou um poço artesiano em sua raiz e achara água potável.

Este mesmo homem viveu sua vida e morte naquela casa. Simbah se contentara com o pacato jardim e se estabeleceu ali. Sem mais vidas-pensantes - condenado a uma prisão perpétua - o homem chegará até o auge da velhice. Não tivera doença algum e nem fora acometido a mal nenhum. Passou todos esses anos lúcidos e ora ou outra conversava com insetos comuns.

Convidou-se intimamente para um jogo; morrer de tédio ou morrer envenenado. Botara em sua frente, numa mesinha rupestre, um bocado de frutinhas venenosas. Do outro lado, uma caderneta que tinha a anos e que - naquele momento - só tinha mais uma ou duas páginas livres. Prometeu o seguinte: se conseguisse anotar ao menos as duas páginas de sua caderneta com coisas à se fazer naquele jardim, não se mataria. Caso contrário, comeria o veneno e aceitaria o fim.

Óbvio que não conseguiu. Não há nada a fazer por ali; salvo lutar pela sua comida diária, água diária, cagar e se limpar com folhas que lhe darão alergia. Simbah foi sincero consigo mesmo quando decidiu não ser redundante; sendo assim, escolheu a morte.

Morreu numa rede de palha e capim. Ficara deitado por mais quinhentos anos e até então ninguém lhe achara. Agora Katakuri destruia sua casa e via cair ao chão um saco de ossos que logo foram destroçados pelo restante dos entulhos. A queda do esqueleto de Simbah foi breve, mas olhos bem treinados conseguiram ver! Se fosse realmente vasculhar suas recém criadas ruínas, veria pedaços de suas falanges e metacarpos. Seu fêmur estaria quebrado ao meio, formando uma espécie de lâmina pontiaguda de osso.

No mais, Simbah estava, inevitavelmente, estraçalhado. Junto com sua casa e, é claro, junto com seu redor. Ah, sabe o que mais está estraçalhado?! Pois é, o papel que lhes dei; ainda não deu tempo de remendá-lo.

Progresso:

por **Katakuri** Ter Abr 27 2021, 18:18

Em busca do Regipreda encantado

Certamente alguém havia feito aquela casa ali há muito tempo. Por um lado, era uma pena destruir o trabalho da vida de outra pessoa. Porém, Katakuri não sentia o menor remorso. Ele já era um tanto quanto imprudente normal, cansado e com sono então, piorava 100%. Sindragosa ainda batia forte suas asas para espalhar os entulhos depois do show de luzes do draco meteor que esmagava a casa e as lâminas de vento que terminavam o serviço.

Deixando Maiev a cuidar do papel, o jovem ia rapidamente pelos destroços, abrindo seu espaço por usando sua bota de espinhos. Procurava e procurava por algo, mas o máximo que encontrava eram restos humanos de alguém que já morrera há muito tempo – Perdão por destruir sua casa, desconhecido...mas esse lugar já está me dando nos nervos e bem...não tinha ninguém aqui para cuidar. Pelo menos vai ser enterrado junto com sua casa, o que é mais do que muita gente consegue – o aprendiz ainda tentava pisar um pouco mais forte em alguns locais, tentando achar alguma entrada para o subterrâneo, porém parecia ser em vão. Passava a mão na nuca e pela cabeça, frustrado por nada parecer dá certo para ele naquele lugar.

Ao invés de voltar para finalmente tentar ajeitar o papel, Katakuri se via no limite e apenas liberava o resto da sua equipe e deitava ali mesmo na grama, sem nem ao menos pedir para Sindragosa encher seu colchão. Maiev percebia o completo esgotamento de seu treinador e resolvia dormir ali perto dessa vez, chamando os outros para fazer o mesmo.

Antes de se deitarem, entretanto, a gramínea chamava os companheiros para uma conversa – Pessoal, o Kata parece estar no limite e esse lugar ta causando problemas pra ele...vamos ter que nos esforçar mais e deixar ele mais relaxado quando acordar. Quando as frutas estiverem boas pelo Grassy Terrain, vou colher algumas. Malygos, esteja pronto para ajudar com a água – o pokemon assentia, percebendo que Katakuri estava mesmo no limite – Amanhã vou pensar em mais coisas, mas temos que ser mais protagonistas agora que o Shazam foi embora. Estamos entendidos? – todos assentiam, exceto Ysera que já estava voando novamente. Se pudesse, certamente iria dormir voando!

Valeu Ranzito!

por **Victoria** Qui Abr 29 2021, 12:09

Quando Katakuri interagiu com o esqueleto despedaçado, o esqueleto interagiu de volta:
- ... tudo bem - Dissera uma parte do entulho, que definitivamente não era a mesma em que ele pisava - Ela não ia durar muito mais mesmo...
Talvez a voz que interagira fora baixa-demais. Talvez por vir de baixo, Katakuri nem se esforçou para ouvir. Talvez estivesse tão cansado que nem se importou. Talvez... SEI LÁ! Só sei que, apesar disso, ele foi falar com seus pokémons. Um pouco frustrado pela ignorância, o dono-da-voz se revelara num ato bastante simbólico...

... primeiro quero lhe apresentar quem vociferava algo. Sei que já comentei de Simbah, mas essa era uma versão nova de Simbah! Ele era um esqueleto completamente espalhado e que tinha sua força essencialmente no crânio. Pois então seu crânio saltou para fora dos entulhos, permitindo-se ir até a superfície e rola até o gramado mais verde.

Fora assim que Simbah se revelou à Katakuri: um crânio ósseo meio sujo, com o lado esquerdo-frontal completamente quebrado. Essa quebra abrira um buraco que ia até a tempora, mas que não parecia incomodar Simbah. Ora ou outra um entulho entrava em seu buraco e se alojava por ali; mas isso não era em suma um problema.

Além disso, tinha na face uma máscara dourada, que lhe cobria do queixo à testa, salvo o canto extremo-esquerdo, onde se mostrava tão danificada quanto a área frontal-temporal de Simbah. O pedaço de esqueleto então continuou rolando até bem próximo dos pés de Katakuri e lhe fez uma pergunta bastante pertinente a ele; mas que não era nada legal de ser feita:
- O que faz aqui?! - Questionou.

Progresso:

por **Katakuri** Qui Abr 29 2021, 16:58

Em busca do Regipreda encantado

Claramente o jovem ruivo nunca iria adivinhar que aquela voz era de um crânio que não morria! Estava tão acabado que provavelmente pensava serem vozes de sua cabeça o mandando dormir. O esqueleto rachado e com uma máscara dourada tentava novamente, mas o aprendiz estava no décimo sono. Maiev, sempre atenta, se espantava e quase caia para trás quando ouvia a voz falando nos pés do rapaz.

Ela olhava atentamente e chamava os outros pokemons. Não estavam com medo nem nada...apenas confusos. Nunca tinham visto aquilo. Neltharion até dava um chute no crânio, de leve, para ver o que acontecia. Para não atrapalhar seu treinador e “pai”, Maiev tomava a decisão de esconder o crânio perto das flores e enrolar ele por lá com cipós até Katakuri acordar e saber o que fazer.

A belo adormecida dormia profundamente e acordava depois de algum tempo, um pouco zonzo e com sede. Os pokemons já tinham dormido e se levantava faz algum tempo e Maiev logo pedia para eles mostrarem o “protagonismo”, com Malygos indo ajudar Katakuri, jogando um pouco de água nele para que pudesse “despertar” propriamente. O aprendiz lavava o rosto e aproveitava a água para escovar os dentes também e até beber um pouco. E daí se água vinha das entranhas de seu pokemon? Naquele momento não ligava mais para essas coisas “diminutas”. Comia umas frutas, agradecendo seus pokemons – Bom dia para vocês também, queridos! Tava precisando de um descanso mesmo viu! To me sentindo meio dolorido e mole, mas bem melhor! Prontos para desbravar essa caverna de novo? Eu não to ainda, mas irei ficar hehehe.

Enquanto Katakuri brincava, Maiev pegava sua mão e o levava até a caveira. Quando ela começou a falar, o aprendiz deu um grito e caiu no chão – Caralho é esse, Maiev?? – seres alados que soltavam fogo roxo de dragão: ok, legal de existirem. Uma caveira falante: MEU DEUS, O DEMÔNIO. Enfim, a hipotenusa. Katakuri esfregava os olhos e se aproximava do crânio, levantando-o com a mão e ainda sem acreditar.

Um crânio falante...só me faltava essa nessa porra. Eu já to pra surtar e ficar louco aqui mesmo, que mal tu poderia fazer? Ou como diz o ditado, o que é uma merda pra quem já ta na latrina? Tu ta bem fudido hein. Malz ai pela tua casa. Se quiser posso tentar construir outra...quando terminar o que vim fazer – o ruivo parava, caindo ainda mais a ficha de que estava falando com um crânio. Passava a outra mão pela cabeça, fazia uma careta e sua vontade era de jogar longe aquele convidado indesejado...mas precisaria de ajuda. Era o jeito tentar obter respostas desse crânio.

Ok, vamos fazer assim. Eu sei que destruí tua casa e tal, espero que não fique com remorso, mas eu estou vivo e quero sair daqui pra encontrar a Xerazade. Tu já ta morto e tem todo o tempo do mundo. Assim, eu – apontava para si mesmo, como se o crânio estivesse enxergando por trás das fendas onde ficariam os olhos – preciso de respostas mais do que você. Se me ajudar, posso te levar comigo por ai, pedir pra Malygos te dar uma limpada. O que acha? Vou começar com o básico: Que lugar é esse e quem é você?

Valeu Ranzito!

por **Victoria** Sex Abr 30 2021, 11:55

Katakuri parecia o Pequeno Príncipe de tão chato. "Eu" acho, "eu" quero saber, "eu" penso. "Que se foda, irmão!", pensou o crânio. Passara séculos na solidão para ter que vir um homem lhe provar que estava mais bem acompanhado de nada do que da própria humanidade. Quando ele fora "empurrado" para fora da cena por Maiev, ele já tinha uma noção de que aquele ali era um mimadinho.

Fora numa dessas que cogitou dar meia volta e ir procurar as outras partes de seu corpo. Não demorou muito para que ele mesmo se lembrasse que isso era também inútil; visto que ele não era um esqueleto, mas sim um crânio falante.

No mais tardar, rolou até a princesa desperta e foi interceptado - mais uma vez - por uma gramínea, que parecia sempre analisar a situação e agir como for "menos danoso" para o seu treinador. Ao poucos, Simbah fora achando aquilo estupidamente falso e moldando sua opinião sobre a humanidade moderna.

Veja bem, na época de Simbah, os pokémons não eram domesticáveis assim. PokeBall é uma tecnologia recente e a ideia de "mutualismo" entre humanos e pokémons era estúpida. Simbah não conseguia nem conceber isso! Vivera séculos dentro de um jardim e quando reparou no quão bizarra era essa relação, só rangeu seus dentes desgastados e pulou para fora.

Sim, ele pulou fora. Deu as costas para Katakuri e fora rolando para longe do rapaz. Não respondeu pergunta alguma e nem fizera questão de ter sua pergunta anterior respondida; apenas foi-se.

Progresso:

por **Katakuri** Sex Abr 30 2021, 14:43

Em busca do Regipreda encantado

Deu a louca na caveira! Não aguentou o bla-bla-bla de Katakuri de quis dar o fora. O jovem observava aquele pequeno ser achando que era alguma coisa e já começava a se estressar – Acha que pode ir embora assim? – corria até o pequeno ser e o segurava com a mão, levantando-o e jogando para cima e pegando, como um malabarista – Você me pertence agora, caverinha. Pode não gostar, mas eu vou te levar comigo...talvez até te venda para um Museu e ganhe uma grana – apenas esmagar e quebra-la também passou pela cabeça do ruivo..., mas no fim, preferiu arriscar e ter consigo aquele ser estranho. Já havia tomado no rabo ao rasgar o papel... tentaria não se precipitar mais.

A pose de valentão que abria caminho onde quer que fosse ia murchando com uma flor e Katakuri admitia, apenas em seu íntimo, que iria precisar de ajuda se quisesse não morrer naquele lugar – Quando decidir falar, sou todo ouvidos...caso contrário, pode ficar de boa ai – o aprendiz chamava Malygos que aceitava limpar aquele osso com sua água gelada. Com uma parte de sua jaqueta, enxugava e fingia lustrar aquele crânio – Pronto, novinho em folha – por fim, colocava a caveira na mochila e fechava, mas deixando uma pequena abertura para caso a convidada quisesse falar.

Assim, estava na hora de encontrar uma saída daquele lugar e tentar “colar” o papel de volta com ajuda de Maiev. Primeiro, é claro, o papel! Juntaria os pedaços e buscaria algo que fizesse sentido. Caso, apesar de seus esforços, não conseguisse novamente, iria se voltar para a porta de entrada e tentar empurra-la para ver se abria...talvez falar um “Abre-te, sésamo!”.

Valeu Ranzito!

por **Victoria** Sex Abr 30 2021, 18:11

Falou, falou, falou e nunca mais foi respondido. Simbah, a caveira pirata, parecia ter desligado sua chave interativa e desistido completamente de Katakuri. Talvez seu intuito era fazer o máximo que estava ao seu alcance; certificar-se de que Katakuri Dawn estivesse duvidando de sua própria realidade psíquica.

Enlouquecer uma pessoa sem miolos não é lá muito fácil, mas a caveira quase conseguiu. No final das contas, o maluco-beleza só tentou puní-la, sem raciocinar muito bem o quão absurdo era "punir um crânio"... jogou-o para cima uma sequência de vezes e, como uma criança que cansa de seu próprio brinquedo, arremessou-o para a mochila.

Ali Simbah emitiu sua primeira ação desde então; impulsionando-se em direção ao pescoço de Katakuri e mudando a trajetória delimitada pelo mono dragon. Claro que não adiantou muito... o resquício ósseo que só queria mordê-lo em uma ação rebelde, acabou apenas raspando seu dente no ombro coberto do rapaz e logo em seguida fora dominado no peito, erguido e cabeceado para a mochila já aberta.

... Katakuri sabe jogar futebol ou fan fiquei isso também?! Arg, que seja; fato era que Simbah falhou em seu plano de mordida-fatal, sendo inevitavelmente preso na mochila do garoto ruivo. Lá dentro, ostentou mais uma vez sua capacidade de silêncio e fora obrigado a ficar ali por um bocado de tempo.

Um bocado de tempo mesmo! Katakuri rasgara e amassara aquele papel em tantas frações que levou hora para que ele conseguisse achar no mínimo as bordas! Quando achou, Maiev colocou-as no chão e tratou de colá-las com seiva. Ainda não tinham mensagem alguma, mas ao menos haviam emoldurado alguma coisa.

Cansando de esperar, Simbah decidiu ser minimamente móvel, projetando-se para fora do crânio e saindo - aos poucos - da fresta de zíper. Era engraçado porque, ao ver uma fumaça preta saindo da mochila, Maiev teve certeza que a bolsa de Dawn estava pegando fogo. Ficou eufórica! Balançando os braços e assoprando Katakuri por trás dos ombros.

Diferente dos outros dragões, Maiev não tinha resistência a fogo...

No mais, sua euforia e assopro só ajudou Simbah a se descolar e levitar para fora daquela "prisão de tecido". Logo logo ele estava levitando sobre a mochila de Katakuri, completamente estático, com uma máscara dourada sob sua condensação de energia-obscura. A máscara - que claramente fora descolada do crânio - tinha sua lateral esquerda danificada.

SHIMMER RUINS DUNGEON #3 - KATAKURI - Página 7 Yamask

No mais, a projeção de Simbah ficara ali; como uma bugiganga sobre a mochila de Katakuri. Completamente não-reativo, não-participativo e não-ativo. Se limitava a torpe função de encará-lo e tomar um ventinho fresco em sua máscara de olhos semicerrados.

Progresso:

por **Katakuri** Sáb maio 01 2021, 11:12

Em busca do Regipreda encantado

Quer me morder???Mas que safado. Por sorte aquele esqueleto não tinha as manhas de uma boa mordida e nem conseguia, do jeito que estava todo acabado. Katakuri balançava o indicador negativamente e jogava a caveira na mochila de vez – Te comporta ai, seu merdinha! – agora sim poderia voltar ao seu trabalho de remontar o papel!

Dessa vez o trabalho árduo e cansativo dava um pouco de resultado e as bordas já tinham sido identificadas. Katakuri passava a mão pela testa, retirando o suor e se deitava ali, cansado – Boa, Maiev! Já é um começo para tentarmos sair daqui. Depois voltamos a isso, to morto! – então, uma fumaça preta saia da bolsa do jovem que nem percebia, sendo alertado por seus pokemons, principalmente a gramínea que se assustava de cara e usava seu cry, assustando Katakuri também que logo jogava a bolsa para longe, tirando das costas.

O que escapava da mochila era uma espécie de espírito negro com a máscara quebrada que a caveira usava, de cara reconhecida pelo treinador – Mas que caralhos é esse? – o bicho ficava parado dando tempo de Katakuri tentar ver se reconhecia aquilo. Parecia um pokemon, mas o aprendiz não tinha certeza, sacando a pokedex para sanar sua dúvida. Ali estava: Yamask, um pokemon fantasma.

O ruivo ria de nervoso, como se tivesse caído em uma prenda sem saber de nada – Então você era um pokemon o tempo todo...devia ter desconfiado. Vocês fantasmas são um tipo diferente demais, sempre me lasco quando ando com sua turma. Não vou botar um pokemon dentro da minha mochila e fazê-lo de prisioneiro...está livre – Katakuri se aproximava, vendo primeiro se o pokemon ia agredi-lo ou não e, com a sua permissão, retiraria a caveira da mochila e a deixaria ali.

Aproveitaria para comer umas frutinhas e descansar um pouco, ainda um pouco tenso, assim como seus pokemons. Aquele lugar não estava fazendo bem para nenhum deles. Tinha que sair dali o mais rápido! Quando terminasse, voltaria a ajeitar os inscritos, se o fantasma não quisesse ajudar é claro.

Valeu Ranzito!

por **Victoria** Seg maio 03 2021, 17:18

Pois bem; Yamask não atacou Katakuri. Contentou-se com a eternidade no jardim e foi-se embora; apoiando-se em sua caveira e navegando (ou rolando) por ai. Ora ou outra o pokémon esbarraria novamente com Dawn... mas lhe explicarei porque.

Primeiro de tudo direi-lhes (mais cedo ou mais tarde) que ele conseguiu remontar a desgraça do papel. Um pouco de seiva foi o suficiente para colá-lo e, ao ler, viu em seus escritos o seguinte aviso (um tanto quanto ofensivo):

SHIMMER RUINS DUNGEON #3 - KATAKURI - Página 7 Unknown

Pois bem... estamos entendidos?! Só há de lembrar que... bem, o aplicativo de encontro-musical (Shazam) prendera Katakuri ali e... bem, ele acabaria por descobrir que não há como sair dali. Nem por cima - já que os muros são eternos -, nem por baixo - já que os muros são eternos² - e nem abrir um buraco que atravessasse os muros - já que os muros são eternos³ -, tendo isso em vista, o nosso treinador ficou dias e noites lá... preso. Completamente preso. Andara para um lado e para o outro; perdera a noção dos dias. Não tinha sinal, não tinha contato com nenhum humano e muito menos um pokémon capaz de tirá-los dali.

Pois os dias foram assim; logo se tornaram semanas e, repentinamente, tornaram-se meses. Katakuri já tinha uma barba relativamente grande e descuidada; seu cabelo ruivo se prolongava para o pé do pescoço e aos poucos o tempo se tornava "comprimento de queratina". Podemos dizer que ao menos dois meses se passaram; como Katakuri sobreviveu? Deixarei que ele lhe diga isso.

Porém um dia... um mísero dia... ele achou uma lâmpada dourada no chão. Próximo de uma das quinas da mureta. O que ele estava fazendo lá?! Deixarei que ele lhes diga também. Só sei que foi assim; uma mísera lâmpada mágica que, em seu conteúdo, tinha uma mísera magia. Em sua superfície havia pó & terra. Talvez limpá-la seja uma boa ideia...

Progresso:

por **Katakuri** Seg maio 03 2021, 19:06

Em busca do Regipreda encantado

O desgraçado do fantasma ficava ali, parado e logo depois seguia com sua caveira. Katakuri observava aquilo, sem dar muita bola...também não entendi o motivo da caveira não o ajudar...será que era dramático como Shazam? A pessoa quando fica presa muito tempo vira isso? Enfim, dúvidas que surgiam na cabeça do jovem e ele logo tratava de dissipa-las por serem inúteis naquele contexto. Talvez em um Centro Pokemon, tomando um café e comendo um pão de queijo, fosse interessante pensar naquilo. Mas não ali, definitivamente não ali!

Voltando a sua tarefa de remontar o papel, descobria uma mensagem com até uma ofensa, fazendo com que o rapaz estranhasse bastante e até pensava estar sendo observado, logo virando para os lados e para cima, tentando ver algo...em vão. A mensagem era mais estranha que o lugar! Se eram 4 portas, como que havia um meio? Se não estivesse contando com o infinito...então a do meio era a que ele estava! Passava a mão pela cabeça, ficando cada vez mais confuso até que desistia de tentar encontrar um sentido para aquilo e jogava o papel dentro da mochila – É, Maiev...parece que todos os nossos esforços foram em vão! Shazam nos enganou outra vez...babaca. Pelo menos mostramos que conseguimos trabalhar juntos e bem hehehehe – mesmo numa situação daquela, tentava manter o bom humor!

Porém, todos tem um limite. De começo, Katakuri tentava atacar a porta com seus pokemons: Não dava certo. Tentava atacar a parede: Não dava certo. Tentava cavar com Garchomp: não dava certo. Repetia quase que rotineiramente aquilo até ver que não tinha jeito. Seus pokemons ficavam bem: tinham o “pomar de Maiev” para cuidar e se alimentar. Espaço no alto para voar. Todavia, Katakuri nada daquilo tinha.

Tentava no começo conversar com seus pokemons, fazer atividades...mas o tempo ia passando e tudo parecia monótono. Seus pokemons respondiam em...pokemon. Katakuri não era o Ash para entender a linguagem, apesar de conseguir entender os gestos. “Sozinho”, rodava por aquele lugar, começando a decorar todos os cantos, até mesmo voltando aos escombros da casa. Depois, passou um tempo seguindo a caveira para ver o que ela fazia. Spoiler: Nada. Rodava, deitava, sonhava acordado com alguns bons momentos. Comia do pomar, bebia o resto de água que tinha nas garrafas e completava o resto com Malygos que também já começava a ficar mais seco, tendo que fornecer o líquido para aquele tanto de gente. Então, Katakuri teve a ideia de voltar quase toda a sua equipe que já começava também a sentir o local, ficando mais estressados ou dormindo o dia inteiro, batendo em coisas, arranhando as paredes. Apenas Malygos e Maiev ficavam de fora. Nessas horas Katakuri queria ter prestado mais atenção nos programas do Bear Grylls de sobrevivência para saber o que fazer melhor. Tentava somente sobreviver. Não via insetos nem mais nada...não da para comer um fantasma!

Os dias continuavam passando e Katakuri passou a enjoar as frutas, ficando até um tempo sem comer, quase como um eremita, um monge. Certo dia, exausto, escorou-se na porta trancada por Shazam e até começou a chorar e falar sozinho – Será que vou morrer nesse lugar patético? É até aqui que conseguir chegar? – passava a mão pelo rosto barbudo agora, para enxugar as lágrimas. Seu cabelo também estava enorme. No começo não gostou e até pensou em pedir para Haxorus aparar sua barba e cabelo...mas achou que o risco de sair decepado dali era alto demais. Teve que se acostumar e superar os incômodos de início.

Socava a parede, furioso pelo seu desempenho pífio naquele deserto – Rayquaza...o senhor sabe, fiz tudo o que pude, dei meu máximo...mas parece que não foi suficiente para superar esse lugar. Por favor, se eu morrer aqui, não deixe meus pokemons perecerem. Não merecem ter que morrer pela minha fraqueza – se ajoelhava, encostando a testa na parede e batendo até sair um pouco de sangue. De repente, virava-se de costas e via Maiev e Malygos, tristes ao ver o estado de seu treinador.

Foi então que se lembrou, na profundeza de suas memórias, de uma certa história que seu pai o havia contado. Falhando em treinar seus dragões, Saga resolveu se confinar em uma montanha de Unova e passar o tempo apenas com eles. Tinha lido em um livro de antigos treinadores de dragões que um deles havia feito isso e dado certo.

Subiu e ficou lá, apenas se conectando com os seres divinos que começavam a ficar zangados enquanto ele tentava aguentar. Manteve a paz e a tranquilidade até que seus pokemons, depois de tanto brigar, viam nele um baluarte, um pilar de força de vontade e serenidade. O pequeno Katakuri perguntou ao seu pai como ele havia feito e Saga comentou – O Ser Humano nunca está totalmente só e nunca pode ser preso. Estamos livres o tempo todo, basta usar a força da mente, da imaginação. Ali em cima eu estava com quem eu mais amava depois de meus pais: meus pokemons. Os dragões são e sempre serão minha maior paixão. Ali eu era livre e estava com o que mais admirava. Como poderia eu reclamar ou perder a calma? Quando entendi isso, tudo mudou, meu filho hehehehe – com seu pai bagunçando seu cabelo e o largo sorriso no rosto, a lembrança se esvaia.

Katakuri ria consigo mesmo, ficando mais alto até assustando seus pokemons. Ele ia até eles e os abraçava – Obrigado por me lembrarem...Como fui idiota. Tudo o que eu precisava sempre esteve aqui. Minha família que escolhi. Uma prisão? Shazam, enquanto estiver com esses aqui, sempre serei livre e feliz. Barreiras físicas são apenas um detalhe – depois desse momento, as coisas passaram a mudar.

O aprendiz participava da plantação, cava novos buracos para abrigar sementes e o Grassy Terrain fazer sua arte. Com Malygos, tentava procurar lençóis freáticos já que ele conseguia meio que sentir a água. Cavou um poço que deu certo, criando até um pequeno riacho. Liberava seus pokemons novamente e, por fim, com a ajuda de todos, conseguiam “reconstruir” uma casa onde a da caveira ficava: Haxorus e Garhcomp cortavam as árvores e faziam as tábuas. Maiev juntava todas com as vinhas, as deixando bem presas. Sindragosa e Ysera levavam as madeiras já cortadas para a área da casa. Ficou uma bosta o resultado final, com uma coisa bem malfeitinha...mas que estava de pé e cabia todo mundo lá dentro! Mesmo artística e arquitetonicamente feio, fora feito com os esforços de todos o que os deixava contentes. Moral da História: arranja um lote pra capinar e para de choro rsrsrsrsrs.

O ruivo do agora cabelão convidava Yamask para entrar na “nova” casa – Fizemos também para você...quando formos embora, pode ficar só pra ti hehehehe. Só tem um andar, mas foi feita com amor...espero que sirva -mesmo depois de incontáveis dias, Katakuri ainda acreditava que ia sair dali, fazia até treinos intensos com seus pokemons, voltava a bater nas paredes...tinha fé em seu padroeiro que não o iria deixar na mão. Era um teste de fé? Provavelmente não, mas o aprendiz usava isso como desculpa e combustível para não desistir.

Um belo dia, Katakuri acordava empolgado para mais atividades, todavia, quando andava um pouco pela região da casa, que ficava em uma quina (rsrrsrsrsrs), achava um objeto estranho, parecia um jarro, daqueles que bota água e vai regar planta. Estava bem sujo, mas antes de tocar, Katakuri se certificava de ver se tinha algo mais...talvez o ser ou a pessoa que tivesse colocado. Não achando nada, ia pegar o “jarro” e pedir para Malygos limpar com água para depois o aprendiz passar o pano e deixar a mágica acontecer rsrsrsr.

Valeu Ranzito!

por Conteúdo patrocinado