009 — Reencontros

Reencontros

Charlie usava da tática utilizada mais cedo por Sazs para criar uma nova ideia. De fato, seria menos perigoso para ambos se atrasassem o mercenário, mas precisavam fazer logo caso quisessem ter chances de saírem de lá vivos.


Enquanto o guardião falava, aproveitava para colocar as cordas em seu violão novamente, afinal, preferia se comunicar com os pokémons daquela forma. Entre os monstrinhos, Sunfloras, Roselias e Bellsprouts se enfileiravam para ajudar, por fim um Tyrogue encarava, sem poder fazer muita coisa.

Agora com seu violão inteiro novamente, Sazs começava a tocar uma canção, mas lá no final do corredor, quem aparecia era o homenzarrão. Assim que trocavam olhares, o mercenário começava a correr na direção de todos ali, mas com a ajuda da canção do guardião, as vinhas de todos começavam a subir. Vinhas de diversos tamanhos, mas que juntas formavam uma parede e tanto, com a ajuda do grande Venusaur, já nem era mais possível imaginar alguém conseguindo passar por aquele corredor novamente tão cedo.


Não custava nada avisar o treinador do que fazer caso as coisas dessem errado, mas o plano principal era fazer com que todos saíssem dali são e salvos.

Reencontros

O ruivo continuava mostrando-se uma ótima pessoa, e por trás da mascara, o guardião abria um sorriso sereno, feliz em saber que o treinador não se preocupava apenas consigo mesmo.

Logo chegavam na sala onde parecia ser o hall de entrada da base dos mercenários, então os ânimos começavam a se acalmar, mas era melhor deixarem para descansar depois que tivessem saído dos esgotos, então eles continuavam correndo até o bueiro mais perto, aquele em que o treinador havia entrado.

Enquanto corriam, Charlie tentava contatar as autoridades locais, mas por conta da chuva ou por estarem no subterrâneo, não dava muito certo.

As Sunfloras corriam desajeitadas, as Roselias corriam feito madames e os Bellsprouts tentando ao máximo para não ficarem para trás. E o Tyrogue ou o Mr. Mime? Não se via em lugar algum. Mas um Hypno corria junto de todos ali, segurando bem para não deixar o pendente cair.

As aguas que corriam do esgoto estavam muito fortes devido a chuva que não havia parado ainda. Não podiam correr o risco de caírem, caso contrario, não haveria volta.

Era possível ouvir passos vindo na direção do grupo... de duas uma, ou era o braço direito do chefe, ou era o próprio chefe em carne e osso. Mas eles não iriam querer ficar para descobrir.

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O treinador parecia determinado em fazer tudo funcionar do jeito que gostaria. Sem deixar ninguém para trás.

Sazs concordava com a cabeça, e os monstrinhos pareciam entender. Com uma barricada formada por todos aqueles pokémons de planta, era impossível que alguém conseguisse alcança-los depois daquilo.

Assim que os passos se aproximavam era possível observar a cara feia que o mercenário fazia enquanto corria na direção deles. Não estava nada contente, isso era certeza. Com um machado na mão o homem berrava - É melhor correrem, porque quando eu pegar vocês, não vai sobrar sequer um pedacinho... mesmo que eu leve bronca do chefe, é melhor do que deixa-los escapar. Zehahaha. - Finalizava com uma gargalhada doentia.

Quando finalmente chegava perto o suficiente, a barricada dos pokémons de planta soltavam seus pós soníferos, mas não parecia ir tão longe para alcança-lo. Onde estavam Tyrogue, Mr. Mime ou e Hypno para tentarem ajudar? Não se sabia, mas um grande Pidgeot abria suas asas e com um balançar fazia vento o suficiente para que os esporos chegassem até o mercenário, fazendo com que caísse duro no chão.

Essa era a chance de fugirem dali, caso contrario, não se sabia o que podia vir atrás deles em seguida.

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Tudo estava dando certo, agora só precisavam sair por onde haviam entrado, sem mais problemas com o mercenário gigantesco perseguindo todos eles, poderiam focar em caminhar até a saída em segurança, para não caírem na correnteza. Charlie havia percebido que alguns dos pokémons que haviam aparecido anteriormente durante a fuga, não estavam mais entre eles, mas o guardião mascarado respondia com um sorriso no rosto.


Com o preocupação sanada, não haviam mais motivos para continuarem parados ali, logo Sazs começava a acenar com as mãos para direcionar todos os monstrinhos até a saída do local, era melhor Charlie liderar na frente para que eles pudessem lhe seguir.

Reencontros

Pensar no futuro dos monstrinhos que viviam naquele santuário escondido era muito gentil da parte do garoto, logo o guardião respondia com um sorriso no rosto.


Era o que o guardião esperava, já que o chefe dos mercenários não seria burro de continuar ali depois de terem sua base invadida.


Sazs era um viajante, e por mais que fosse o guardião daquele santuário escondido para os monstrinhos viverem em paz, havia muitos outros locais no qual o homem fazia vista grossa para combater o trafico de monstrinhos.

Finalmente saiam do esgoto, um após o outro, por fim saia o guardião, fechando a tampa e lacrando com algumas vinhas grossas do seu pokémon de planta. A chuva estava sessando, e entre algumas nuvens raios solares tentavam iluminar as ruas de Saffron.


O ponto inicial era onde ambos haviam se conhecido, o lar daqueles pokémons sequestrados. Com um acenar de cabeça, Venusaur entendia que era sua missão seguir o ruivo até o santuário para ter certeza que todos chegariam lá são e salvos. Enquanto isso, Sazs ia até o posto policial mais próximo para pedir ajuda.