Alpha Saphire Squad - Exploração Abyssal

Era esquisito imaginar que Zan era um cavalinho de carrossel? Daqueles que tem um mastro e ficam subindo e descendo, subiiindo e desceeendo... Até que você não aguenta mais o movimento repetitivo, apesar da velocidade. Então ou você se cansa ou fica enjoado. Eu não estava passando pois esses efeitos, estava apenas nostálgico, obrigado por perguntar.

Devo ter me distraído um pouco, porque me perdi em pensamentos até Raissa mencionar na gravação algo brilhante/colorido. Espera, mas os chinchou ficaram pra trás, então como...?

Diário de Expedição #03 escreveu:

- Raissa achou algo interessante. Vamos ver o que é.

Me aproximava junto do aparelho, mas não via nada além de breu. Talvez tenha se assustado com a voz dela.

- Não to vendo nada... Deve ser só um Chinchou desgarrado do bando. Não deve ser todos dia que eles encontram com Lanturns.

No fundo eu tinha minhas dúvidas. Estava mesmo surpreso era de termos entrado e não termos sido recebidos por nenhuma comissão de frente. E isso só me deixava com mais dúvidas. Estava tudo... calmo demais. Acabei seguindo em frente com Zan antes que me arrependesse por pensar demais.

Watery Grave

Como era de se esperar, Matthew não chegou a ver as luzes que Raissa tinha visto e então assumiu que era apenas um cardume de Chinchou. A ruiva saberia dizer que o que ela viu definitivamente não eram Chinchou, devido a sua extrema familiaridade com a espécie. Mas, eles continuaram a andar por aquele caminho mais amplo e também mais escuro, a procura de achar alguns de seus tesouros e claro, gravando tudo que encontravam no caminho com seus Rotom Phone. Pois além de tesouros, descobertas incríveis poderiam aparecer em um lugar provavelmente nunca explorado.

Raissa se sentia confiante, a pressão que existia em um nível tão profundo era obviamente um incômodo e é claro é a pressão atmosférica, mas isso não é hora de aula de física. Enfim, a jovenzinha pensava que se conseguiu dar conta dos desafios que os guardiões propuseram, por que estariam em perigo agora? Daí que eu apresento um contraponto para ela, os guardiões, obviamente, guardam esse lugar, logo eles devem ter conhecimento do que acontece aqui. Por mais que vocês tenham provado sua força nos desafios deles, o que existe nesse lugar desolado é algo capaz de assustar até mesmo os guardiões. E se os assusta, é porque é perigoso.

Mas nenhum infortúnio caía sobre a dupla vingadora, pelo menos não ainda e eles seguiam em frente. E quando seguiam, a paisagem finalmente mudava, deixava de ser aquele vazio, agora coisas começaram a aparecer. Primeiro, mais uma floresta de algas, nada atípico a não ser pelo fato dessas algas estarem... mortas. Era algo bem parecido com árvores mortas, com as algas caídas ao chão e com uma coloração pálida. Mas não é isso o ponto de destaque, mas sim, vários destroços, esses que não eram típicos de uma paisagem natural. Destroços de madeira e metal, como se uma construção humana tivesse encontrado o seu fim por ali. Um navio talvez.

Falando em destaque, as luzes multicoloridas apareciam mais uma vez, só que dessa vez, Matthew estava ali para ver e agora teria noção de que realmente não eram Chinchou. Eram grandes luzes e brilhavam por quase todo o espectro de cores, simulando um arco íris. O que seria aquilo?

Clima de suspense? Até parecia um filme de terror, tinha aquele das piranhas. Ainda bem que isso era vida real e monstros marinhos não existem. Quer dizer, todas as criaturas de Hoenn estavam catalogadas na pokédex e havia muita informação sobre elas para consulta, então nada fora do habitual para treinadores em jornada... NÉ?!

Diário de Expedição #04 escreveu:

- Seguimos pela trilha vazia e por fim encontramos uma espécie de zona morta. Rotom, filma o que aconteceu aqui! -- Valeu. Então, parece que alguma coisa drenou toda vida que tinha aqui. O cenário poderia ser facilmente de uma queimada, mas estando submerso não pode ter sido isso.

Terminava de gravar e me voltava pra Raissa.

- Espero que seja um herbívoro

Talvez fosse. Na real sentia que estávamos próximos até demais da coisa que sugou a vida que existiu aqui... Será que era por isso que os Chinchou andavam juntos e estavam num cantinho específico? Eles tinham medo daquilo?

- Rotom.. - apontei pedindo para que continuasse gravando. - Vamos Rai?

Só queria que ela confirmasse, pois caso fosse alguma ameaça não poderíamos agir com afobação. Tínhamos de nos proteger antes de qualquer coisa e trabalhar em equipe para superar os desafios que surgirem.

Watery Grave

O local que a dupla vingadora entrava não tinha uma ambientação nada amigável. A vida foi literalmente retirada de lá, as algas multicoloridas do fundo do mar agora se encontravam brancas ou acinzentadas, sem vida. Como se isso não fosse "creepy" o suficiente, também parecia ser a cena de um naufrágio ou algo do tipo, embora o que pudesse ser visto a princípio eram apenas algumas tábuas de madeira e algumas placas de metal, mas é claro que é seguro assumir que seja um navio.

O que poderia ter acabado com aquela "floresta? Parece uma queimada, mas não era, obviamente. Uma criatura super poderosa usando um Giga Drain? A dupla tentava documentar tudo o que encontrava em seus Rotom Phone, quem sabe no final disso tudo eles mandem as imagens para um pesquisador estudar? E falando de cenas intrigantes, as luzes coloridas se repetiam. Raissa não tinha certeza se eram as mesmas de antes, mas ela queria vê-las mais de perto. Matthew por outro lado, era mais cuidadoso e inclusive já ia preparando itens em seus pokémon para um possível confronto.

Só que tinha algo, eles não precisariam chegar perto daquelas luzes multicoloridas, mas sim as luzes que chegaram perto deles. Porém, isso não era algo bom, muito pelo contrário. As luzes se revelaram ser quatro delas e chegavam cada vez mais perto dos aventureiros, até cada uma delas se colocar em cada lado, deixando-os cercados. E então revelariam suas formas.


Eram Jellicents, sim, aquele pokémon aquático e fantasmagórico de Unova, porém tinha algo muito diferente nesses, de fato não eram Jellicent comuns. Eles brilhavam intensamente e suas cores alternavam incessantemente, percorrendo todas as cores do arco íris. Estava ali, os primeiros demônios que Matthew e Raissa enfrentariam e não, não teria como fugir deles. Podem tentar, mas não vão conseguir

Meu mundo estava mais lento que o normal. Claro, estar submerso alteravam a velocidade dos movimentos de criaturas terrestres, o que não aconteciam com criaturas marinhas que conseguiam se virar bem em outro ambiente. Mas o que eu sentia ia além do mundo real. Talvez a experiência sensível que estava tendo me fizesse questionar o tempo no espaço e as relações que criamos com o universo e todas criaturas.

Ou só estava delirando com a pressão marinha, porque das luzes multicoloridas surgiram alguns Jellicents como Freya, de Winnie, só que em tonalidades fluorescentes. Tudo isso que sentia e imaginava parecia me dar a sensação de estar drogado, e num momento como aquele, tudo o que eu menos queria era estar "high" com uma adolescente e quatro selvagens de forma duvidosa.

O pior de tudo era que não conseguia identificar se as criaturas multicolor estavam intrigadas, ameaçadas ou com fome ao nos atrair. Sim, agora entendia que fomos atraídos por uma luz bonita. No entanto, isso ainda não dizia muito sobre aquele grupo. De repente eles estavam precisando de ajuda ou não estavam procurando grandes desafios... Eu realmente não queria lutar com aquelas coisas, porque sabia que não eram comuns Jellicent, mas antes que eu pudesse dizer ou pensar qualquer coisa a respeito, Raissa trazia três de seus melhores pokémon e atacava eles com tudo o que tinha. Ela tinha decidido por nós.

- Raissa, foque os ataquem únicos em oponentes diferentes! Kaiser, Bob, usem Yawn nos alvos dos Thunder de Unagi e Storm! - dizia liberando o Kingdra e o Slowbro. - Vamos cuidar de dois por vez!

Kaiser era veloz, mas já tinha reparado que o dragão marinho ficava incrivelmente veloz sob o véu do mar. Pretendia usar da força dele, mas não ainda. Precisava me assegurar de quem teríamos ao menos um ou dois turnos com menos rivais, por isso escolhia aqueles dois e também o Carracosta para combinar com os elétricos de Raissa.

- Sokka, ocupe os selvagens com Rock Slide e em seguida use Wide Guard!

O último comando nos protegeria dos efeitos desastrosos do discharge para aliados não elétricos. Já os Jellicent não teriam tanta sorte.

- Kaiser, Focus Energy. Bob Farley, use Pshyshock no mesmo Jellicent que Rotom atacar com Thunder!

Zan parecia temer o território onde nos encontrávamos, mas não podia fazer muito por ele. O que mais me preocupara era em documentar aquilo.

Diário de Expedição #05 escreveu:

- Rotom, ta gravando? Certo, sem querer fomos atraídos por esses Jellicents e agora estamos encurralados tendo que lutar com eles. Nunca vi tantas cores em um só pokémon marinho, vejam!

Pedia para o RotomPhone usar o zoom e focar em um dos Jelli. Depois do vídeo, documentação em foto.

Watery Grave

Enquanto Raissa logo tomava a postura defensiva ao ser cercada por aqueles Jellicent diferenciados, Matthew estava nas nuvens, não literalmente é claro, afinal estava no fundo do mar. Enfim, o loiro delirava e "flutuava", sentindo algo parecido com estar drogado, mas ele queria voltar a realidade, pois é, não seria bom ficar fora de si em um lugar completamente desconhecido, ao lado de uma menina mais nova, que quer queira quer não, Matthew tinha meio que uma obrigação moral de protegê-la, afinal ela tinha apenas doze anos.

Enquanto voltava para a realidade ele pensava se precisaria lutar contra aquelas criaturas, porém Raissa não pensou o mesmo, ela foi do tipo que bate e depois pergunta, já mandando os seus três pokémon mais fortes. E pra falar a verdade, aqueles Jellicent não estavam lá muito para hospitalidade e muito menos pareciam com fome, na verdade estavam bem cheios, provavelmente foram eles que arrancaram a vida de todas as algas e quem sabe outros pokémon por ali. Essa última parte é apenas uma hipótese. Mas o que as águas vivas fantasmagóricas viam era mais um banquete suculento, aqueles humanos e pokémon.

Os Jellicent não gostaram muito do fato de ter que lutar pelo seu banquete, prefeririam que não resistissem, mas ao ver o trio que Raissa invocou e depois o auxílio de Matthew, eles iriam lutar de volta e começava um embate. No primeiro ataque, Kingdra literalmente roncava e atraía a atenção de uma das águas vivas, na sequência, Rotom levantava uma tela translúcida que mitigaria goles especiais e Lanturn atacaria, uma ótima demonstração de força, que ele estava lutando no lugar que podia chamar de casa.

Porém então era a vez dos Jellicent atacarem, três deles conjuravam redemoinhos que envolveram Lanturn, Eelektross e Carracosta. O dano desses ataques não era nada preocupante, mas causaria um dano com o tempo e então o último deles atacava, um golpe mais direto, um orbe escuro disparado contra o Slowbro, causando um dano bem considerável mesmo atrás da tela protetora que Rotom havia invocado. Por fim, os últimos pokémon da dupla vingadora agiriam, com Eelektross lançando um trovão ainda mais poderoso que o de Storm e chegava a paralisar o seu alvo e Sokka atacando com um ataque não tão forte, mas significativo, acertando todos os Jellicent, inclusive, uma aura sombria o envolveu, impedindo-o de repetir esse ataque e por último, Slowbro terminava o turno do jeito que Kingdra começou.

Mas ainda tinha coisas para acontecer. Na continuação, Carracosta levantava os seus braços e conjurava um gigante escudo que protegeria de ataques "amplos", Kingdra se concentrava para potencializar seus ataques. Rotom atacava com o seu próprio trovão e Lanturn mudava de ataque com uma explosão elétrica que acertaria seus aliados se não fosse Carracosta, causando danos consideráveis em todos os oponentes. Dessa vez, apenas três dos Jellicent agiram após Storm, pois um deles estava paralisado, enfim, dois deles se curaram e o outro repetiu o ataque fantasma contra Slowbro.

Por fim, Eelektross fazia uma outra explosão elétrica, já deixando os Jellicent bem machucados e Slowbro completava com um ataque de alvo único e finalizando tudo, o Jellicent parado conseguia se mover, também se regenerando.

A dupla vingadora estava com uma vantagem boa, porém, essa vantagem deixou aqueles Jellicent bem irritados, inclusive eles encaravam os treinadores diretamente, com uma expressão de "se vocês perderem isso aqui, vocês vão se fuder bonito", tanto que o brilho deles, ao invés de ficarem alternando de cor, apenas ficou em um vermelho bem forte. Raiva, era isso o que sentiam.


Campo: Ambiente subaquático. O local em questão está repleto de destroços. Light Screen para os Avengers (2/6).

Log de Batalha:
Turno 1: Kingdra Yawn (Jellicent1 Drowzy) > Rotom Light Screen > Lanturn Thunder (-39 Jellicent1) > Jellicent1 Whirlpool (-4 Lanturn) > Jellicent2 Whirlpool (-6 Carracosta) > Jellicent3 Whirlpool (-7 Eelektross) > Jellicent4 Shadow Ball (-17 Slowbro | -1 Sp. Def) > Eelektross Thunder (-50 Jellicent2 | Paralyze) > Carracosta Rock Slide (-15 | Everyone)  > Slowbro Yawn (Jellicent2 Drowzy)

Turno 2: Carracosta Wide Guard > Kingdra Focus Energy > Rotom Thunder (-37 Jellicent3) > Lanturn Discharge (-21 Everyone) > Jellicent1 Recover (+37) > Jellicent3 Recover (+26) > Jellicent4 Shadow Ball (-20 Slowbro) >  Eelektross Discharge (-27 Everyone | Disable (Cursed Body)) > Slowbro Psyshock (-14 Jellicent3) > Jellicent2 Recover (+56).

Fim da Rodada: Whirlpool (-12 Lanturn, -9 Eelektross, -8 Carracosta), Slowbro Leftovers (+8), Jellicent1 e 2 Asleep.