Oi Tony!!!:

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Rustboro é aquela típica metrópole de filmes que precisam de um cenário agitado, com ares de onde só habitam executivos. Pra ser honesto, realmente o centro da cidade é assim, por seus prédios altos, majoritariamente comerciais, além das muitas lojas, sejam em shoppings ou grandes galerias. Por isso, não é à toa que o fluxo de gente por aqui é intenso a essa hora da manhã, e apesar da temperatura amena as aglomerações e arquitetura só contribuíam pra uma sensação térmica mais alta, beirando o calor.

Na rua, o fluxo maior era de carros, já que o transporte coletivo principal era o metrô de subsolo. Dava pra ver um e outro ônibus, todos com algum propósito secundário - transporte escolar ou turístico, por exemplo. E é nessa floresta de concreto e metal que nosso protagonista ruivo se destaca, andando despreocupado pela calçada, lado a lado com seu mini vulcão ambulante e smartphone flutuante.

Vê-los poderia causar estranheza pra maioria das pessoas, mas não era o que acontecia ali em Rustboro. Primeiro porque Camerupt não é uma figura assim tão exótica para os nativos de Hoenn. Segundo porque essa, como disse, é uma grande metrópole, então tecnologias como o Rotom Phone também não são grande novidade. Terceiro porque... Bem, as pessoas iam e vinham naquele ritmo apressado que não-treinadores tem, focados em suas obrigações, problemas, celulares... Se fosse pra descobrir a localização de alguém nessas condições, a pessoa teria que ser bastante insistente pra chamar atenção de alguém que pudesse parar e lhe dar orientações.

A julgar pelo mapa que Rotom Phone podia fornecer, havia indicação de um museu próximo, sim, a umas quatro quadras dali de onde estavam. Mas, na verdade, o mesmo símbolo que indicava aquele ponto também aparecia outras vezes em outras zonas mais distante da cidade. Isso porque o GPS tinha filtrado por "Museu", sem nenhuma complementação além dessa e, bem, museus existem vários e que tratam de assuntos diversos. Qual era aquele próximo deles? Teria que pedir pro Rotom a informação detalhada pra descobrir.

Em todo caso, havia gente na volta que possivelmente pudesse dar alguma informação, também. Lojas com vendedores solícitos e bem informados, recepções de edifícios com o mesmo tipo de pessoal preparado; para ir até qualquer um deles era só cruzar uma porta qualquer naquela avenida. Dos transeuntes, provavelmente qualquer pessoa com aspecto de morador local também tivesse o mínimo de conhecimento sobre os pontos de referência da cidade - e vamos considerar que, nesse universo fantástico, os museus sejam.

Patrulheiro?! Não havia nenhum à vista. Digo, pelo menos ninguém trajando uniforme ou distintivo do tipo. Porém, se pudermos considerar pessoas que desempenhem papeis similares, encontraremos numa esquina um policial, mais adiante num cruzamento um guarda municipal lidando com o trânsito, e ansiosos de cada lado das ruas próximas escoteirinhos aos pares, esperando com expectativa por serem úteis e ganharem medalhas, nem que fosse ajudando idosos a atravessarem a rua ou acharem museus.

Tony – Manhã | 26ºC – Rustboro City

– Dia! – respondeu o oficial, descruzando os braços momentaneamente e refletindo a pergunta – Museu... Ginásio! Claro, claro. Se o senhor seguir aqui pela avenida, dobre à esquerda e caminhe por mais umas três quadras. Já vai dar pra ver o Ginásio de longe. Não tem erro. – dava as orientações que poderiam ser confirmadas pelo mapa do Rotom Phone.

De fato, quando Tony dobrasse a esquina mencionada, já conseguiria distinguir à distância o provável lugar. Isso se dava não só pela dimensão do prédio, que tinha um quarteirão inteiro só para si, mas também por sua arquitetura peculiar. Mais parecia que um imenso emaranhado de pedras tinha caído no meio da cidade, com a altura de um edifício de três andares, destoando completamente dos altos prédios envidraçados dos arredores.


Ao longo da rua que levava até o Ginásio de Roxanne, as opções alimentícias eram muitas. Lanchonetes, restaurantes, cafeterias, sorveterias, food truck no meio-fio. Como uma cidade bem visitada e por serem locais próximos de um ginásio, todas tinham até mesmo opções de comidinhas para Pokémon. Era só parar e pedir!

Off: Ah eu imaginei! Só com 1 Pokémon apto a fazer lutinhas, logo vi que não era o foco XD
Tem problema não, vamos suaves por aqui )o)

Tony – Manhã | 26ºC – Rustboro City

– Ah sim! Em horário comercial estará sempre aberto como museu. Fecham só uma vez na semana, pra manutenção, geralmente às terças quando o movimento é menor. – a caixa da lanchonete responderia, bem animada, enquanto Tony fazia o pedido e o respectivo pagamento.

Para Vulcano, uma generosa porção de Combee Waffles com mel e frutas frescas. Já o treinador se alegraria um bocado com o combo de Sneasel Burger acompanhado de um Buneary Frappé, que lembrava um milk-shake.


Depois da refeição, só precisaram atravessar a rua pra voltar até a entrada do museu/ginásio. As altas portas de entrada estavam mesmo abertas e tinha até um fluxo razoável de visitantes, o maior grupo sendo com certeza o de crianças de uma escola em dia de excursão. Já na entrada o recepcionista recebia Tony com uma gargalhadinha e um punhado de papéis.

– Bom dia, senhor. Hahahaha, não se preocupe, a entrada é gratuita por aqui. E sim, pode entrar com ele, só serem cuidados com os objetos e o carpete. – aproveitava pra estender os tais papéis, que se revelavam como folders sobre o museu, suas exposições, e até um mapa de onde tudo se localizava; nas capas a foto de uma versão simpática de Roxanne, a líder cujo ginásio também se localizava por ali –Posso ajudá-lo em algo mais?

Tony – Manhã | 26ºC – Rustboro City

Tony era direto em seu objetivo, aproveitando a deixa do recepcionista para tentar achar logo a pessoa adequada para lhe dar as respostas que precisava. Mas... É, nesse caso tem um "mas", a expressão no rosto do rapaz da entrada era mais de confusão e incerteza do que de clareza.

– Pesquisadores?! – repetiu, mordendo o lábio inferior como se aquilo fosse ajudá-lo a encontrar as palavras –Nós não temos pesquisadores por aqui, senhor. No máximo os museólogos que fazem a curadoria das exposições. Não somos um centro de pesquisa, eu sinto muito. Quando precisamos desse tipo de serviço geralmente recorremos à Devon Corporation, que fica aqui na cidade também.

De fato, o Ginásio comportava majoritariamente o museu e suas exposições. É claro que havia gente graduada ali e, portanto, conhecedora de muitos assuntos relacionados à arqueologia e paleontologia, mas nenhuma delas exercia pesquisa no local.

– Bem, se ainda assim quiser tentar ver se um dos nossos pode lhe ajudar, deve encontrar alguém no salão dos fósseis de Galar. Como são uma novidade do museu sempre tem alguém entendido por lá. – e agora sim o rapaz sorriu por sentir-se útil.

Tony – Manhã | 26ºC – Rustboro City