Convite do passado

Bom dia mundo!

O recado fora dado! Era dia de folga da gerente do Amelicious e depois de uma longa rotina administrando seu próprio negócio ela finalmente tinha um dia para se dedicar a outra coisa que também era importante para ela. C-O-N-T-E-S-T ! Sim, eu sei. Já faz muito tempo mesmo que um concurso não é anunciado em Hoenn ou por Tohjo. Da última vez ouve um anuncio duplo, mas pelas últimas notícias talvez demorasse um pouco mais. Olhando os blogs de fofoca do mundo da coordenação ela veria que o comitê organizador estava passando por reformas internas e talvez isso afetasse, mais uma vez, o sistema dos concursos.

Bom, antes de sofrer por antecipação, se preparar e montar novas estratégias de apresentação, tanto visual quanto artísticas, era super bem vindo! Rotinas nunca eram demais, porque uma vez decorado a performance, executá-la com perfeição seria natural. Além do mais, Ame tinha intenção de mudar a fama que circulava seu nome, ou seja, mais um motivo sensato para se preparar com antecipação!

Outra facilidade era que o restaurante foi construído com um campo de batalhas antes de passar a chave para Ame remodelar ao seu desejo. Não eram todos os estabelecimentos da cidade quem tinham um clube de luta a disposição no salão inferior ao simples apertar de um botão. E enquanto o salão abria espaço para o terreno que surgia, uma voz invadia o ambiente:

— Senhorita Sakigami?

Era Beatriz Pecha acompanhada de sua Buneary. Ela usava um vestido branco com uma jaqueta jeans por cima, com saltos médio e uma bolsa pequena pendurada no ombro direito. Parecia bem casual, apesar de estar bem arrumada, tanto unhas, cabelo e maquiagem, quanto as roupas. Nada muito extravagante, mas também não diriam que era uma mulher em seus 30.

— Minha nossa, sou a primeira? - Ela pareceu chocada por um segundo, mas sorriu como se aquilo fosse o mais óbvio de ocorrer. - Acho que não são todos que ficam empolgados com um convite de batalhas, ainda mais vindo da chefa.

Beatriz parecia confiante. Ela aguardava Ame responder e talvez ditar alguma regra ou fazer alguma pergunta antes de qualquer coisa.

De alguma forma Ame ficou surpresa pela maitre ter aceitado o convite para o treinamento. Claro, dia de folga e ainda aturar o pessoal do trabalho? Não é todo mundo que tem estômago! Mas quem é que tem muitos amigos na vida adulta que estão disponíveis para sair no seu tempo livre? Enfim, Beatriz não precisava se explicar, ela apenas quis vir e pronto!

Agora que o desafio iria realmente começar, Ame - assim como um Gym Leader - lançava seu Pokémon e aguardava o "desafiante" escolher seu parceiro para o duelo e junto da criatura os primeiros comandos. A maitre poderia ter escolhido seu Meditite para lidar com um Normal, se o bendito tivesse algum golpe super efetivo, o que não era o caso. Então como Buneary já estava pronta, seria ela mesma a batalhar contra Munchlax de Ame.

— Baby-Doll Eyes e Pound! - Ela comandou assim que a coelha tomou seu posto.


Campo: Quadra nos padrões oficiais no salão abaixo do restaurante.

Buneary era muito veloz, mais que o Munchlax brilhante da moçoila de cabelos igualmente azuis. Tanto era que mesmo se o movimento primeiro ordenado por Beatriz não fosse de ordem prioritário, ela teria atacado primeiro! Assim, a fofinha usava dos olhos de boneca para frear o poderio físico do rival, afinal, que mal carácter agrediria uma coisinha fofa como ela? Não Tabe (naquele turno)! Isso porque se recusava a ouvir sua treinadora e aumentava suas defesas, ficando em forma de bolinha... Ele estava acordado né? Parecia que era só uma desculpa pra descansar...

Enfim. Por mais que estivessem apenas na fofura, os dois, Buneary usava agora da força, aproveitando que o oponente estava dando brechas para um golpe crítico (-8)! Talvez tomar uma bofetada tenha despertado o Munchlax. Ao menos depois de ter rolado pelo salão ele balançava a cabeça e se preparava para um grande salto. A coelha tentou evadir e até conseguiu, mas o movimento do adversário não era tão simples de fugir, ele era como uma bolinha de borracha que só parava ao atingir o alvo, saltando mais algumas vezes até que acertava a coelha (-16).

O mais engraçado era que se Tabe tivesse obedecido Ame eles teriam vencido em 2 turnos. Só que como Beatriz não tinha nível para enfrentar o pançudinho, a batalha parecia decidida, a menos que a maitre tivesse uma carta na manga. Era a vez de Ame dar as cartas. Aliás ela tinha recebido um email de Matthew (o rotom-phone safado tratava de avisar perguntando se ela queria ler ou se ele podia ler pra ela).


Campo: Quadra nos padrões oficiais no salão abaixo do restaurante.

Uma coisa de cada vez! Claro que no mundo as coisas tinham seu tempo e não esperavam pelo narrador, mas não tenho como atropelar os momentos para fazer elas rolarem como realmente acontecem. Veja bem. Enquanto Rotom-Phone estava tendo uma pequena discussão com Ame justamente pela forma como era tratade + a "personalidade" que era maior que a programação, Tabe finalizava com Buneary depois de ter recebido outro Pound (-5).


Campo: Quadra nos padrões oficiais no salão abaixo do restaurante.

EXP BEATRIZ escreveu:

- Buneary recebeu 1084 de EXP pela derrota; Lv. 13 [221/403]

Bom, a vitória foi garantida, mas como se não bastasse Tabe ter sumido - justamente pelo que acontecia em simultâneo - Rotom-Phone ainda fazia sua gracinha de ler a mensagem principal em voz alta para ela e Beatriz escutarem.

Chefinho escreveu:

Oi Ame,
Espero que esteja bem, aconteceu muita coisa comigo nos últimos dias. Sabia que agora tempo um porto em Vermilion também? As viagens internacionais mão serão mais um problema. Como foi a reforma do restaurante? Ta precisando de alguma ajuda?
Entrei em contato porque sabia que estava pela cidade e o governador solicitou nossa ajuda para resolver um problema que ta causando dor de cabeça, oferecendo uma quantia generosa pelo serviço. Estou mandando os detalhes em anexo, espero que esteja disponível.

anexo :

Era uma mensagem bem objetiva, sem muito o que se imaginar, apesar de um dos sócios majoritários da AVENGERS estar tratando Ame como íntima na mensagem. Será que isso viraria fofoca no grupo do trabalho? Enfim, enquanto Sakigami pensava numa resposta ou até mesmo avaliava a proposta (e a generosa comissão), Tabe fazia uma bagunça perto de umas caixas que estavam ainda com artigos da decoração antiga. Se Ame fosse prestar atenção no shiny, veria que ele estava segurando uma técnica no mínimo interessante.

Como eu disse antes, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Beatriz ainda estava com vontade de batalhar? Bom, ela ainda tinha um pokémon e o café tinha uma máquina de cura, o que deixava ela segura. E quando a nossa protagonista? O que ela pretendia fazer?

OFF: Nossa, que final misterioso esse hahaha
Recomendo comprar +5 pokébolas...

Por que será que Ame vive rodeada de pessoas e pokémon de personalidade forte? Ta, tudo bem que ela tinha seus momentos. Talvez por isso o universo fez com que ela tivesse o Rotom-Phone mais temperamental do pacote. Ou ela tiraria alguma lição disso ou faria seu próprio seriado dramático como Sabrina ou Riverdale, só que sem as mortes (acho).

De toda forma, as atividades como limpeza tinham de ser feitas, afinal, aquele era um espaço comum e outras pessoas poderiam querer usar depois. Com a louça limpa e as moças dispostas, deixaram o Amelicius, encarando o dia ensolarado que fazia em Vermilion. Apesar do calor, ainda ventava bastante com a baía próxima de lá.

Buscando por informações de "digglets e caos" na internet, Ame logo via que a criação falha ficava nos limites da cidade, próximo a rota que levava até a caverna dos Digglets, o que era bem conveniente para quem teve a intenção de criar a tal fazenda, se não tivesse saído de controle. Checando no mapa, veria que além disso também era próximo do hotel de propriedade da sociedade que agora fazia parte, com termas naturais e quartos incríveis. Passar pela frente do Castforms Cave era um luxo aos olhos de qualquer coordenador que se importe minimamente com aparências. Era um hotel de exclusividades, unindo o os conceitos de natural ao chic.

Andar a pé tinha seus benefícios. Era possível prestar maior atenção na cidade e seus encantos. Ou aos arredores... Mas esse mistério ficaria a cargo de outra pessoa.

Depois de 20min de caminhada ela via os primeiros buracos... A fazenda ainda ficava a mais 10min de caminhada rumo aos limites da cidade com a digglets cave, só que Buneary indicava ouvir algo que as meninas não conseguiam. Era como ondas sonoras vindas debaixo da terra e se movendo em velocidade lenta na direção de uma escola que ficava ao acesso na esquerda delas.