Capítulo 35 - De Volta Ao Lar

De Volta ao Lar

Logo que os treinadores resolviam a questão do mal entendido, Blake começava um tour pela fazenda com Delano, que por sinal estava impressionado com tudo aquilo.

O dono da fazenda começava sua tour passando pelo campo de plantio. Enquanto mostrava suas arvores frutíferas, uma leve brisa passava entre elas, trazendo um aroma adocicado. Num dia ensolarado como aquele, as arvores ajudavam aqueles que buscavam por um local mais fresquinho para ficar. Enquanto alguns Geodudes descansavam em pleno sol torando, alguns dos pequenos pokémons de Blake se esticavam nas sombras das arvores. Era um amontoado de Eevees e Wooloo, talvez porque o clima estivesse muito quente para aguentar com suas pelagens naquele momento, mas as sombras das arvores ajudavam a refrescar.

Se olhassem para cima, era possível observar alguns dos insetos de Blake fazendo algum tipo de trabalho. Alguns voavam de arvore em arvore, checando quais berries estavam maduras. Outros limpavam as folhas que haviam secado, ou retiravam galhos quebrados. A cena vista de fora parecia ser orquestrada por alguém, tudo muito perfeito para ser verdade. E de fato, era mesmo orquestrada por um certo alguém. Uma Sudowoodo balançava seus braços de um lado para o outro, guiando os monstrinhos a seus afazeres. Faux parecia ser do tipo mandona, mas ao menos deixava todos ali em sintonia, com o som que fazia com suas folhas.

Enquanto conversavam e observavam tudo aquilo, McBride apontava todos os pontos positivos de ter uma fazenda como aquela, e Aiden se mostrava cada vez mais interessado. Afinal, quem não gostaria de ter um local onde pudesse soltar todos os seus pokémons ao mesmo tempo e aproveitar sem stress?

No caminho para o deposito, os treinadores eram seguidos por alguns dos monstrinhos que estavam perambulando por ali. Um Foongus, um Cherrim e um Dewpider, que pareciam estar ociosos, apenas se divertindo correndo de um lado para o outro, enquanto iam na mesma direção que os garotos.

No galpão onde era localizado o deposito, alguns pokémons mais fortes como Nidoking faziam o trabalho pesado, de carregar caixas e separar pallets. E outros menores como Hitmontop faziam o trabalho mais leve, de separar berries e organiza-las de acordo com sua espécie. Era um trabalho tranquilo e todos pareciam estar focados de mais para perceberem os garotos ali observando-os. Após Blake pegar algumas sacolas de berries, a próxima parada era o criadouro.

O local onde se encontrava o criadouro era bem confortável, mas não parecia haver muita locomoção por ali. O único casal de pokémons que estavam ali, acabaram não dando certo. Ou seja, não havia ovo para cuidar e nem pokémons para trabalhar por ali. Diferente de outras épocas, onde todas as cabines eram ocupadas por diversos monstrinhos que acasalavam e aproveitavam a hospitalidade do criadouro, com todos os mimos e regalias que ganhavam ali. Uma pequena Smoochum costumava ser a hospedeira ali. Tratava de fazer as vontades dos hospedes, tal como trazer refeições e ajudar nos cuidados com os ovos. Era um verdadeiro hotel para casais.

De Volta ao Lar

Ao mesmo tempo que a tour impressionava Aiden, o dono da fazenda se via boquiaberto com algumas das coisas que via. Claramente por conta dos pokémons terem aprendido tudo aquilo por conta própria e estarem fazendo um ótimo trabalho.

Bom, a tour não terminava por ali... a próxima parada da dupla de treinadores era a cozinha industrial de McBride. Uma cozinha localizada em um dos galpões da fazenda, onde o treinador fazia seus sucos e vitaminas especiais para pokémons. Os pontos positivos de ter a fazenda eram mais do que apenas ter todos os seus pokémons soltos no mesmo lugar. A possibilidade de fazer algo que potencializa os status do monstrinho ou até mesmo melhora sua amizade com eles, vinha bem a calhar também.

Na cozinha não havia muito que os monstrinhos de Blake pudesse fazer. Apenas era possível ver dois deles cuidando da limpeza. Um Drizzile tirava o pó das bancadas e uma Greninja esterilizava os utensílios. Um trabalho não muito pesado, já que faziam aquilo com frequência, pois a cozinha precisava estar sempre higienizada.

Enquanto observavam o lugar, a conversa fluía até chegar no ponto principal, a missão de Arborville. Aiden havia capturado um Larvitar maltratado e se responsabilizara de fazer com que o monstrinho voltasse a confiar nos humanos... como ia fazer aquilo eram outros quinhentos. A tarefa seria árdua, mas o treinador não pretendia desistir, isso estava bem claro.

Repentinamente a cozinha passava a ficar apertada. Cinco dos pokémons de Aiden eram chamados para fora de suas esferas. O problema era que a maior parte dos monstrinhos eram de grande porte ou até mesmo gigante, como Gyarados. Talvez tenha sido a melhor escolha ter deixado o Larvitar dentro de sua pokebola por enquanto, afinal, a cozinha não sobreviveria se fosse alvo de um dos ataques raivosos do pokémon terrestre.

Enquanto os pokémons de Aiden se enturmavam com os do treinador metido a fazendeiro, a dupla fazia os sucos. Não demorava muito para ficar pronto. O cheirinho era de dar agua na boca (eu sou fã do bolo de Pinap, Chocolate e Passho), chega a manteiga derrete.

Enfim, assim que preparavam as coisas, saiam na direção da área de sessão de treinamento, não muito longe dali. A primeira coisa que o pequeno Larvitar fazia ao sair da pokebola, era desferir um de seus ataques mais poderosos na direção de Aiden... como eu havia falado, anteriormente, não existe cozinha que aguentasse um ataque desses. A sorte do treinador era que seu Graveler aparecia a tempo de evitar o estrago. Só Arceus sabe o que aconteceria se um humano levasse um Stone Edge em cheio como aquele.

Com o intuito de amenizar a situação, Delano tentava conversar com o esquentadinho, oferecendo um tipo de mimo que havia sido emprestado por McBride. Um item conhecido entre os treinadores que precisavam melhorar seus laços com determinados monstrinhos.

Ainda meio desconfiado, o Larvitar arrancava o item das mãos de Aiden e o amarrava no pulso. Sem dar muita trela para seu treinador, o pequeno monstrinho desviava o olhar, tentando mostrar ao máximo o seu desprezo. Sem sombra de duvidas seria algo a trabalhar com o tempo, só dependia de Aiden ter paciência o suficiente e mais alguns de seus pokémons por perto para se manter seguro no processo.