The Stage

Da parte da Winnie sua mente quase havia criado uma cena completamente nova ao ponto de nem ter notado que estava coberta pelo sangue do medico, havia tido uma percepção totalmente distorcida onde as pessoas passavam pelos pokemon dela que na real estavam presos e haviam sido libertados pela ranger usando uma faca quando a treinadora estava distraída, por fim ambas corriam pelo corredor ate encontrar seu companheiro de viagem.

Finalmente a dupla se reencontrava, apesar da situação rapidamente o jovem Nicholas percebia que seria uma boa ideia ocultar sua verdadeira ocupação, a emoção era tanta que o mesmo levou um tempo para finalmente notar que a jovem estava banhada em Sangue, seu lado esquerdo cobria seu rosto e o lado esquerdo de sua roupa, claramente não era dela tendo em vista que não tinha haviam feridas em seu corpo.

Conhece ele garota? vocês também vieram aqui pela recompensa? seja como for precisamos subir, vamos.

Talvez a realidade só tenha vindo quando Jellicent me tocou por trás com seu tentáculo gélido - parte pelo uso do Ice Beam, parte pela temperatura natural da água -, me acordando de um sono um bocado profundo. Deu um pulo para trás e puxei todo o ar para os pulmões de imediato, demonstrando certo susto; como quem acorda repentinamente de um pequeno cochilo. Eu não havia tirado meus pokémons do cenário... não ainda.

Quando olho em volta, pouco entendo, até ver minhas mãos.

A aquática mantêm tocando toda a extensão canhota (ou esquerda, se assim preferir) do meu corpo com o tentáculo, e só depois de muito observar meus membros, meu dorso e minha roupa, eu entendo porque aqueles membros gélidos, molhados e gosmentos não cessavam de passar em mim: Jellicent estava me limpando.

Olhei melhor o tom escarlate, depois olhei para trás e percebi que o sangue era do homem que outrora tentou me matar. Ainda um pouco sem reação, ouvi uma terceira voz e, desta vez, um calor enorme tomou meu corpo e um aconchego me abraçou sem que ninguém precisasse me tocar: era Nicholas. Eu poderia reconhecer de longe.

Olhei para a direção da voz, eu ainda não tinha forças para responder pelo seu chamado, mas com ele por ali, senti que poderia recuperar. Vi a moçoila a frente me metralhar com perguntas e a única coisa que pude dizer foi um simples:
- Sim... - Só então me toquei que ela havia feito duas perguntas - ... pras duas perguntas.

Mantive-me estática, olhando o homem ruivo vindo na minha direção enquanto Jellicent terminava de me limpar usando água & tentáculos. O escarlate do sangue era absorvido facilmente pelo Water Absorb e a fantasma parecia se deliciar com o ferro sendo adicionado em suas entranhas. As vezes eu esqueço como Freya tem apreço pela morte e pelo consumo d'almas.

Olhei-a fazendo esse ato um bocado bizarro e, desta vez, não a confrontei: estava atônita demais para tal. Apenas tirei Gliscor dali, antes que este tentasse fazer algo estranho também.
- Subir, né? - Disse, começando a caminhar lentamente para a direção oposta a que Lenay veio - Então vamos...

A dupla se reencontrava, mas agora era formada por um trio retornava pelo caminho ao qual Nicholas havia vindo, finalmente  a garota havia conseguido cair na real após receber o gélido toque mortal de sua água-viva por fim, os três seguiam em retornando por onde o rapaz havia vindo e chegando novamente a bifurcação seguindo pelo caminho oposto ao escolhido para encontrar sua companheira, que por sinal ficava o mais perto possivel da Ranger, talvez por instinto procurando a proteção da mulher quase como um filhote próximo de sua mãe, após cerca de 10 metros correndo logo davam de frente com uma escada e neste momento a ranger parava bruscamente.

Shhh, ouviram isso ?

Do topo vinham sons como se um grupo estivesse a correr, mas ainda não pareciam estar vindo.

Estão prontos

Falava a mulher principalmente, olhando para a garota ainda um pouco em choque.

Se quiser sobreviver neste mundo vai precisar de algo maior que isso ai em sua mão, aqui use isso.

Dizia entregando a garota uma faca tática que havia usado para soltar os pokemon mais cedo, as palavras da ranger eram dura e frias ditas por uma estrategista experiente e que claramente era especializada em infiltração e combate tático.

"Ah, escadas". Eu ainda não havia acordado o suficiente quando a moça perguntou se eu havia escutado algo. Fiz que "não" com a cabeça e me esforcei para escutar alguma coisa, mas o barulho dos meus pensamentos eram altos demais para tal. Fechei os olhos, aceitei dela o tal presente e guardei o Bisturi da bolsa, apesar de preferir usar o tal do bisturi como arma, vendo nele um tal amuleto-da-sorte.

... ou do azar.

Seja lá qual dos dois, o fato mais importante estava no "amuleto".

Ainda assim, obedeci. Estava transtornada demais para relutar.

No mais, tive um pequeno lapso que me trouxe sinapses óbvias a cabeça: Jellicent é grande demais e chama atenção demais. Além disso, é lerda. Talvez tirá-la daqui seja a melhor opção. Outra sinapse óbvia que fiz, é que a correria deve ter se dado pelo barulho da explosão. Se Nicholas a ouviu, certamente o andar de cima também ficou sabendo. Olhei para a Ranger e lhe sussurrei algo:
- A gente sobe ou espera alguém descer? - Indaguei, achando melhor dar a volta e ficar pelos lados dos degraus, afinal de conta, estar de frente para uma escada fazia eu me sentir exposta.

A jovem realmente ainda se encontrava meio perdida, tentando se adequar a situação já tinha passado por muita coisa, mas a maldade humana não conhece limites e quando se encontrava com um novo patamar é sempre traumático, porém desta vez algo estava diferente a atitude firme daquela mulher ainda dura parecia protetora e acolhedora para a garota que quase encontrou a morte numa mesa de cirurgia, mas apenas a força da ranger não seria o suficiente precisaria encontrar a sua própria ainda mais que a mesma estava em uma missão mortal.

Enquanto do outro lado o jovem Nicholas achava graça de uma rocket pedindo conselhos a uma ranger ainda e ainda mais sendo ajudada pela mesma sem que esta soubesse que estava ajudando uma inimiga de sua organização, mas isso ficava em segundo plano enquanto este traçava um plano usando as habilidades de seus pokemon, logo a mulher tornava a falar em voz baixa.

Este é único caminho para descer então se eles ainda não vieram atrás de nós verificar aquele barulho com certeza estão planejando uma armadilha, melhor chegarmos já prontos para o combate e lembrem-se o proprio ambiente é nosso inimigo então fiquem atentos, estão prontos?

Questionava ela.

OFF: Como Gliscor já está com o veneno aplicado, eu estou tirando o Toxic Orb dele e colocando o Power Bracer, para treinar Atk do Pokémon. Estou trocando o item do Togekiss para Lucky Egg também.

O tom de Nicholas me deu uma pequena acordada: eu não sei se devia estar entrando tanto na de uma mulher que mal conhecia. Olhei-o de canto de olho, tentando ver se ele pretendia fazer algo quanto a isso, mas seus ombros permaneciam relaxados, o que era um bom sinal: eu não queria que ele tentasse nada contra a moçoila que outrora me salvou.

Apesar dele estar certo, eu ainda lhe dou um crédito de confiança. Eu sou essa pessoa, eu confio nas outras, eu não sou uma boa Rocket... nós dois sabemos disso.

E perceber isso me fez abrir um sorriso amarelo:
- Se estão preparando uma armadilha, quanto mais tempo ficarmos aqui em baixo, mas tempo damos para eles - disse, já um pouco menos confusa que antes.

Fora exatamente aqui que liberei dois pokémons: Gliscor e Togekiss. Se houvesse algum problema em seguir caminho por terra, os dois voadores poderiam nos ajudar com algumas armadilhas do cenário. Para ter certeza que as jaquetas e selas ficariam bem amarradas, alterei o item de Gliscor para um cinto, mais precisamente, o Power Bracer, enquanto o Togekiss apenas deixou de carregar argila e passou a ter consigo um Lucky Egg, algo menor e menos molengo e difícil de carregar.