Re: [Recrutamento de Aprendiz] - Natalie Chase

por **Food** Ter Mar 07 2023, 12:37

[Recrutamento de Aprendiz] - Natalie Chase - Página 3 WYVuRzx

Passando por problemas que, mesmo em graus possivelmente diferentes, tinham suas semelhanças. Era esse, ao menos um pouco, um fragmento do sentimento de Natalie naquele momento.

Era complicado dizer ao certo o que se passava na cabeça de Pamela. É óbvio; a ruiva não sabia ler mentes, mas... A secretária também não era um primor das conversas humanas e, mesmo que tenha se aberto ali, não necessariamente estava falando com Natalie. Era uma situação realmente esquisita: talvez, estivesse falando sozinha, em voz alta? Imersa em pensamentos, apenas externou? Não se importa com o que outros vão pensar e apenas fala? Era esquisito.

E, confesso, talvez nem eu saiba a resposta ainda.

De qualquer modo, Cherry Girl não tardou para, de algum modo, tentar confortar Wanda Panda. Porque, realmente, eram Pinkys e Cérebros demais naquele saguão...

Pamela ouviu. Ouviu com atenção, sem esboçar qualquer tipo de reação, o que contrastava de maneira meio extrema com o líder que soltava Ohhs e Uhhs a cada frase, intercalando com ahams e uhums. Wanda Panda apenas... Olhava para Natalie. Não tinha muito o que dizer além disso; talvez, nem tenha piscado o olho.

O que talvez fosse sua forma de demonstrar atenção, ou, do seu jeitinho estranho, reconhecer o esforço de Natalie em tentar retribuir e ajudar com seus problemas.

– Senhor Wake é... Especial. – Espero que não seja no sentido de ser um problema cognitivo, mas acho que ele bateu a cabeça sim. – Tem poucas pessoas nesse mundo com um coração tão bom e puro. Esse é o problema, as vezes... – Desviou o olhar da ruiva, encarando seus sapatinhos de salto curto por alguns segundos.

É claro, ela sabia que Crasher se importava minimamente. Ganhou apelido e era provocada o tempo todo! Há uma demonstração melhor de empatia e amizade?

Pamela se manteve quieta, encarando o chão, pensativa, enquanto Natalie se aproximou. A pergunta de Natalie veio de forma bastante cuidadosa, mas a forma como a moça rapidamente ergueu a cabeça e encarou a ruiva fez parecer que ela havia dado um grito e assustado Pamela.

– ... Onde você ouviu esse nome...? – Foi tudo o que disse, num primeiro momento.

Balançou a cabeça um pouco, aparentemente, levemente irritada. Era engraçado porque, dado sua aparente carranca, estar levemente irritada era quase como estar calma, já que sua feição se tornou mais descansada.

– ... É uma Floatzel. – Disse bem baixo, quase sussurrando, passado o susto. Esboçou o que poderia ser um tímido sorriso, que se desmanchou numa fração de segundo. – ... Era.

Após a correção, começou a brincar com seus próprios dedos; tateando suas mãos, mexendo os polegares, enfim... Encarava suas unhas e, caso Natalie tivesse uma atenção aguçada, notaria que estavam todas bastante ruídas; algumas, até com aquelas clássicas pelinhas tiradas que ardem pra cacete.

Pamela suspirou.

– Não é uma história muito agradável. Nem de ouvir, nem de contar. – Ela olhou lentamente para trás, encarando a porta trancada da arena.

Esboçou algumas caretas, pensou bastante. Engoliu em seco, e continuou.

– Era a mãe de Wake Jr. E, eu suspeito que seja daquela Floatzel que estava aqui, também. – Vendo assim, parecia realmente chocante para Crasher e Pamela encarar o Pokémon, por algum motivo. – A cor, o jeito tímido, o olhar. Existe algo assustador em genética...

Era como um flashback doloroso, que estava passando enquanto Pamela encarava Natalie e discorria aquelas falas meio vagas. Olhava nos olhos da ruiva, mas parecia estar com a mente em outro lugar.

– Eu... Matei ela.

Progresso de Rota - Natalie Chase:

Natalie Chase

por **Shianny** Ter Mar 07 2023, 13:13

Há uma dualidade assustadora quando alguém é deparado com simples e puro silêncio.
Algumas vezes, era reconfortante.
Outras, amaldiçoado.
Naquele momento em específico, creio que seja possível afirmar se tratar de... Inquiridor.

Ele perdurou além do comentário de que Crasher era Tijolinho (espera, acho que não foi essa a intenção), do sobressalto de Pamela diante do direcionamento da conversa (fato que confirmou que certamente poderia ter sido uma boa ideia buscar contexto antes de ir blábejando qualquer coisa sem parar pra pensar duas vezes), do breve relato a respeito do parentesco mas, acima de tudo, verdadeiramente se assentou após a confissão abrupta da recepcionista.

Aqui eu digo que, sim, o chanel bagunçado repentinamente passa a enfim fazer sentido.
Assim como as suas unhas peladas.

Eu não sei te dizer o exato motivo pelo qual se manteve ali, quieta, praticamente na mesma posição: Se pela dessensibilidade fúnebre que aos poucos se apegou ao próprio coração ao longo dos anos, o costume da ideia de "passagem" graças às situações na qual já estivera metida tanto por si própria, quanto por conta de Karinna, ou simplesmente por...

...não soar proposital.

Naquele momento, agarrou-se ao silêncio. Optou por ele pois, de outro modo, não tinha certeza se aquela história teria coragem de pular para fora do peito de Wanda Panda e, acima de tudo, sentia que era algo que precisava ter ciência antes de ousar cuspir qualquer tipo de paalvra a mais. A ideia inicial de questionar já s eprovara útil, considerando que lhe oferecia um embasamento inevitável e uma forte motivação para que tudo desse certo em relação à presença de Floatzel - entretanto, porém, contudo e todavia, ainda precisava de algo mais.

Suaves, as mãos se esticaram para tomar as da recepcionista entre si, apoiando suas palmas nas próprias e afagando com delicadeza seus dorsos em um incentivo mudo. Não parecia algo que era abordado com frequência, então poderia apostar que ela não rejeitaria uma oportunidade de botar pra fora sem julgamento...

Mas também poderia ser só uma conclusão surreal.

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por **Food** Ter Mar 07 2023, 19:13

– ... Eu não gosto de contato físico. – Soltou, assim que Natalie se aproximou e tentou gentilmente afagar a moça tristonha.

Antes de tudo, entretanto, me permita elucidar: Não foi uma repreensão, nem uma "bronca estabelecendo uma regra que não deveria ser novamente quebrada". Era mais como... Uma constatação. Sabe, quando você come um sorvete de QUEIJO e diz: "Eu não gosto de sorvete de queijo, mas esse é bom!". Era neste sentido.

Porém, ela não falou nem admitiu se era bom, ou se era ruim. Apenas continuou, notando a deixa da ruiva.

– Não importa o que digam... Eu sei que é ilógico, mas não consigo apagar esse sentimento de culpa. – Era uma emoção para ela, afinal; algo que não obedecia lógica.

Usando este pequeno espaço como narrador, vou falar algo que, Crasher poderia muito bem dizer, tendo em vista que... Bem, é literalmente eu. "Sentimentos são coisas que você consegue nomear, ou classificar. Tristeza, felicidade, raiva e, principalmente, FELICIDADEEEEE!"

– Eu sei que não fui quem apertou o gatilho. – Suspirou. Um suspiro bem longo, do tipo de alívio que, após muito tempo pensando e trabalhando, veio junto de uma conclusão importante. – Mas ainda sinto raiva. Sinto raiva de quem o fez, e de mim. Culpa, tristeza, tanto faz...

"Mas emoções... Emoções são confusas. Não tem uma forma de nomeá-las. Descreve-las. Elas só podem ser sentidas, sendo controversas ou não."

E, justificando para que não parece uma frase legal e pedante que copiei na internet, só achei justo para tentar "defender" a secretária esquisita que se culpava de forma tão incisiva sobre algo que afirmava com autoridade que não fez.

– Nome, cabelo, aparência... Tudo isso é muito fácil de mudar. O problema é... – Não gostava muito da ideia de ser "emotiva" ou, colocando de maneira menos dramática, "honesta" com o que pensava ou sentia.

"O coração", provavelmente queria ter dito. Não o orgão, mas o sentido figurado: a alma.

Eram muitos os pensamentos, dúvidas, medos. Relutava em seguir, pensava no que já falou... Até que ponto poderia realmente contar para Natalie? Ela era uma pessoa confiável? Poderia suspeitar dela ser boa, ou dela ser má, é claro. Mas... Certeza?

Pareceu cair em si, quando mentalizou que estava abaixando demais a sua guarda, quase falando coisas que se esforçou e forçou para esconder de todo mundo. Não poderia simplesmente soltar tudo assim, mesmo para alguém que seu chefe animadinho gostou e pareceu confiar.

– Desculpa. Não vai acontecer de novo. – Ajeitou a franja na lateral do rosto, reposicionou levemente seus óculos e ajeitando a postura. De maneira bastante rápida e até meio ríspida, se levantou, quebrando o contato físico.

Deu a volta com passos rápidos até a sua cadeira, onde se sentou e começou a mexer em seu celular, que tinha sido largado ali na superfície. Começou a futucar aplicativos, digitar mensagens, mexer em apps... Ou, só estava "fingindo estar ocupada" para que pudesse, de maneira até meio boba e imatura, desconversar tudo aquilo.

– ... Obrigada por trazê-la. Vê-la me lembrou de Tomoe. Foi uma viagem no tempo. – Sim, era uma "continuação espiritual" da conversa que havia cessado. Provavelmente uma forma de não terminar de modo tão abrupto e maldoso...?

Talvez fosse difícil para Natalie processar que o assunto era com ela, por alguns milissegundos, porque a forma como a secretária disse, sem olhar nos olhos nem fazer uma clara menção, poderia facilmente ser confundida com uma conversa em viva voz ou áudio de Pokézap.

– Eu não sei como encontrou ela, mas acho que Senhor Wake conseguiu tirar um pouco de peso de sua mente vendo que ainda está viva, e aparentemente saudável.

Fez uma pausa dramática, interrompendo os toques na tela do celular, por um segundo. Estava tentando calcular bem suas próximas palavras.

– Só peço que tente não trazer isso à tona com Senhor Wake. Ele é idiota, mas até um idiota como ele deve sentir dor por gargalhar estando triste... – Virou levemente a cabeça para o lado, encarando uma latinha de lixo que estava com algumas caixinhas de pastilhas para aliviar dor na garganta. – E diferente da dor de garganta, não tenho pastilha pra ajudar ele com essa dor.

Claro, não existe exatamente um confortador de dor em capsulas e comprimidos, mas seria meio difícil explicar isso para ela...

– É que já faz muito tempo, mas acho que só agora ele começou a superar também. Uma época que Crasher Wake já era Crasher Wake, mas Wanda Panda e Pamela não existiam... Não sei exatamente o que você quer, mas talvez seja melhor aguardar um- – Uma notificação cortou seu raciocínio, e a jovem logo bloqueou a tela de seu celular e se sentou novamente na cadeira do saguão do ginásio, atrás da bancada.– Ele deve chegar até a próxima hora.

Caso não fosse claro o suficiente, estava anunciando a vinda de Wake Jr. Possivelmente, a última peça daquele quebra cabeça.

Progresso de Rota - Natalie Chase:

Natalie Chase

por **Shianny** Ter Mar 07 2023, 19:50

— Eu matei o meu melhor amigo.

...É um jeito bruto de se iniciar uma narrativa, quiçá ainda mais do que terminá-la de tal maneira. O mesmo tipo de situação que faz amassar o sorvete de queijo, mesmo que ele tenha ido embora, se afastado devagar, para começar a mexer em um celular qualquer em busca de uma FELICIDADE - ou, melhor dizendo, de uma distração. Entretanto, a partir do momento em que há o compartilhamento de uma história, de um pulso emocional pessoal daqueles, certamente era o tipo de coisa que não se sentia no direito de simplesmente ouvir quando, era claro, a ideia de ser vulnerável sozinha certamente não apetecia à recepcionista.

— ...Ou talvez não. Pra falar a verdade, até hoje, eu não sei. — Divagou, um balançar de cabeça curto diante de memórias distantes que, passado Nosepass, finalmente encontravam espaço para se assentar de maneira apropriada. — Mas, foi algo que me acusaram há muito tempo que simplesmente nunca tive provas para concordar ou discordar. — Murmurou, apoiando os braços sobre as coxas por alguns instantes, observando o piso cuja superfície refletia as luzes suaves do ginásio.

Ao contrário de Pamela, que parecia ciente do final da história, jamais tivera seu momento de "deixa passar"; É fato que as poucas - nulas, se parasse pra pensar bem - informações que tinha se resumiam na ideia de uma dimensão amaldiçoada que tentara suprimir-lhe a sanidade e, por muito tempo, efetuara bem o seu papel. Entretanto, tente me entender: Após tantas porradas, em algum momento a ideia pode simplesmente começar a se defasar sobre o papel.

...Eram simplesmente fragmentos quebrados da mesma espécie, é o que quero dizer.

— ...Talvez você tenha alguma culpa distorcida. Talvez não. Eu não sei. — Algo estranho de se dizer em uma tentativa de conforto, é verdade, mas parecia suficiente naquele momento. — Mas, você parece ter alguém disposto a te dar suporte, se for preciso. — Levantou, devagar, esticando a coluna e passeando os orbes acinzentados pela imagem repentinamente diminuta da recepcionista. — ...Não deveria desperdiçar.

Desculpa. Não vai acontecer de novo.
...deveria.

— ...Eu? Eu não trouxe ninguém. — Comentou, despretensiosamente, se aproximando da bancada e brincando com o indicador ao redor da superfície prateada da campainha da recepção. — Ela já estava aqui faz muito tempo, se quiser saber minha aposta... — Tal qual o lema de DOR PSICOLÓGICA que, cá entre nós, deve ser suficiente para que cápsulas reconfortantes não sejam tão necessárias assim. — ...vocês que nunca perceberam, eu acho. — Então, suave, o polegar apontou na direção do buraco do azulejo arrastado que, para ser justa, poderia facilmente passar despercebido por uma secretária estressada e apressada, principalmente quando só tinha abertura suficiente para que conseguisse se esgueirar por. — E talvez seja uma péssima hora pra mencionar que prometi mais ou menos um encontro com o Wake Jr, é verdade... — Mas algo suficiente para tirar todo o peso da conversa, eu imagino.

LETS GOOOO

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por **Food** Ter Mar 07 2023, 20:42

– Olá, é da base Ranger de Jubilife? – Abafou a boca com as mãos, como se tentando esconder que estava, na frente de Natalie e de modo descarado, tentando começar uma denúncia, mediante uma clara confissão de Natalinha Carniceira.

Após uns dois segundos de silêncio (sim, ela não é boa esperando o timing da piada), ela "desligou" a ligação e colocou o celular sobre a mesa.

– É uma piada. Eu não sei o telefone de lá. – Ela disse, apontando para o celular na mesa. O engraçado é que ela não brincou com o fato da suposta confissão, mas sim a incapacidade de realmente denunciar a cereal killer na sua frente.

A cara de cu não saiu de seu rosto, aliás. Nem um mínimo esboço de um tímido sorriso. Sua voz também permaneceu tão neutra quanto quando estava falando as outras coisas.

– Eu espero que seu amigo esteja em um lugar melhor agora. – Wanda Panda juntou suas mãos, quase como um rápido sinal de oração e desejo de boa pós vida. – Eu não gosto de despedidas. Sinto muito por ele. – "Por ele", não "Por você", até porque, você que matou....

Wanda Panda aceitou a dica de Natalie, retribuindo apenas com, finalmente, outro daqueles leves sorrisos chinfrins que nem parecem sorriso, de tão meia boca (HÁ! SACOU?). Ela assentiu e continuou mexendo no computador, até a ruiva dizer que a Floatzel estava ali embaixo...

– Impossível. Não temos um andar subterrâneo. – Respondeu, com um tom de voz de que o que Natalie falou era tão estúpido, mentiroso ou sem graça que sequer se deu o trabalho de inclinar o corpo e tentar ver algo.

Isso explica como a Floatzel mora lá a tanto tempo...

– Um... Encontro? – Parou de digitar de novo, erguendo a cabeça e olhando para Natalie, por uns trinta segundos. Estava legitimamente tentando entender o trocadilho, a piada, a referência. – Não entendi.

Voltou a digitar, cansada de tentar entender, esperando a explicação da piada de Natalie. Parecia estúpido ou ilógico porque, naquela altura do campeonato, acho que ela não iria se opor a um encontro com Wake Jr. Ela não era a produtora e nem a agente dele. Era só a pessoa menos idiota no raio social do astro, sendo que era uma competição injusta porque a outra pessoa era Crasher Wake.

– Eu acho que ele vai gostar de reencontrar ela. Supondo que lembre... – Disse, enfim, dando a aprovação OFICIAL REAL ATUALIZADA 2023 PATCH 1.0 para o "encontro". – Sem abraços, apenas um aperto de mão e uma foto.

Quinze segundos encarando o rosto de Natalie.

– É uma piada. Eu não mando ele. – Explicou novamente sua piada tão avançada que era digna de explicações.

Não sei o que Natalie faria, mas durou uma meia hora, essa espera. Poderia muito bem fazer mais algumas perguntinhas para a moça, que agora, não parecia tão mortal quanto no outro tópico... É o avanço da rota True End, pagando seu esforço!

Mesmo que tenha sido forçado e por acaso completo, mas não vou entrar no mérito de DESMERECER essa CAGADA que a Player conseguiu.

Portanto, espero que pela última vez nessa rota para que não fique ainda mais manjado, passos começaram a ser ouvidos. Vieram sem pressa, casualmente, até parar na porta do ginásio.

Enfim, a porta se abriu.

[Recrutamento de Aprendiz] - Natalie Chase - Página 3 Floatzel

☆ Fwa, fwatze! – Murmurou, sem nem olhar para frente.

Ele deu uma pequena voltinha, fechou a porta da frente. Tirou seus óculos escuros, jogou algumas malas logo ali na entrada, e, finalmente, voltou a atenção para o saguão, em que Natalie e Pamela estavam.

Acenou levemente com a sua patinha para Wanda, que respondeu com um aceno de cabeça. Então, após isso, encarou nossa protagonista por alguns segundos, visualizando e analisando ela dos pés a cabeça, de modo semelhante a Crasher, lá no início de desafio.

☆ Fwaa! – Lançou uma piscadela e outro aceno rápido, como se apenas dando boas vindas para o ginásio de Pastoria, supondo que, por estar ali na parte de espera, estava... Bem, esperando.

E assim, sem mais nem menos, ele pegou novamente suas malas e começou a se direcionar para a escadaria ao lado de onde a secretária ficava, já que estava cansadíssimo da viagem. Wanda Panda nem se tocou do fato de que poderia ajudar Natalie, uma estranha para a estrela de cinema, a conseguir descolar um papo...

É, Natalie.

Na sua frente, passam mais de um trilhão de Pokédolares em direitos de imagem. Uma febre constante dos cinemas de Pokéwood, principalmente dos filmes originais de Sinnoh. O galã Pokémon "daquele líder de ginásio de Pastoria, lá".

Progresso de Rota - Natalie Chase:

Natalie Chase

por **Shianny** Ter Mar 07 2023, 21:20

— Ainda bem que você não sabe. Eu teria que acabar te dando fim junto. — Foi a retalhação imediata que ofereceu após a "piada justificada" de Wanda Panda. Ao contrário da recepcionista, porém, o sorriso de canto de boca veio quase natural - e aqui entre eu e você, narrador, morre também a informação de que seria uma possibilidade bem real de que teria de fazê-lo em uma situação onde fosse verdadeiramente denunciada.

Sabe como é, vida Rocket é isso aí.
Sem ressentimentos.

Em realidade, trago uma ressalva: Havia, sim, um pequeno ressentimento. Não por culpa da secretária, mas pelo gesto de oração que inevitavelmente acabava sendo diretamente relacionado com Arceus. Não posso te dizer que não sentiu o gosto amargo descendo pela garganta diante da ideia de uma oração àquele cervo fajuto. Para evitar uma situação talvez constrangedora, contentou-se em se convencer de que ela estaria rezando pra, sei lá, o Deus da Pastilha de Maracujá ou algo do tipo. Cada um com a fé que quer, mesmo que ela seja a pior do mundo, fazer o quê.

— ...bem, acho que é por isso que ela tava lá. — Chegou à conclusão após a NEGAÇÃO IMEDIATA que não saiu meia boca, ao contrário do sorriso. A cabeça balançou vagarosamente em um assentir relaxado, como se compreendesse todo o sentido do universo naquele exato momento. Talvez de fato o fizesse, mas não tenho como te dizer com certeza. — Aperto de pata pode, também? — Relaxa; Do mesmo jeito que conseguia fazer piada de tiozão e trocadilhos ESPETACULARES, também era capaz de se rebaixar ao nível de coisas sem graça daquele estilo. Estava VIVENDO pelo momento.

Não tenho a mínima ideia do que você está falando de cagada.
Anos de experiência, viu?
Totalmente lunático, o senhor.

— Mas, sério. Além disso, também acho que poderia ser válido, se você realmente acha que são — eram? — próximos assim, talvez uma convivência seria bom, dependendo de como os dois se derem.. — Comentou, um balançar de ombros curto. — O Crasher comentou sobre ele se distrair fácil com conversa... Uma assistente pessoal, talvez, que vá além de ter que decifrar projetos de "fuhihi"? — Murmurou; Tinha todo um DISCURSO ao fato, mas ele meio que se arrebentou em frangalhos e foi inutilizado diante das novas questões que se erguiam. — Também tenho todo um argumento de Marketing, do tipo que daria pra ter a liberdade de desenhar propagandas mais enérgicas, mas melhor deixar pra depois...

E foi poupando as energias que o depois chegou.

Bem, mais ou menos. Ainda ponderav a respeito de VÁRIAS CIRCUNSTÂNCIAS quando a ESTRELA DE MILHÕES, ou do Volante, você quem sabe, deu uma nova iluminação ao ginásio. Cá entre nós, foi até engraçado ver um Floatzel entrando cheio de bagagem e óculos escuros, e MAIS AINDA quando percebeu que o coitado não era ENÉRGICO da mesma maneira que seu treinador... Ou, pra ser bem sincera, talvez só estivesse de saco cheio de tantas obrigações que o arrastavam de um lado para o outro sem descanso.

...Quão desesperado Wake Jr. deveria ser por, um só dia, poder ser um pokémon normal?

— ...vou tomar a liberdade. — Inclinou-se sobre a mesa de Wanda quando o bípede se mandou pra parte de cima do ginásio, passando a mão na chave da arena - trancada, até então - e a balançando no ar perto de Pamela. — E se tudo der certo, te garanto uma semana de paz dos berros do Crasher. — Uma promessa ousada - e de verdade -, com certeza. Uma simples piscadela foi tudo que ofereceu à mulher, dando no pé pra poder destrancar o campo e... Chamar a senhorita Não-Tomoe com o dedinho, logo após apoiar o indicador nos lábios e emitir um Shhh secreto para o líder, se é que ele ainda estaria lá... ou acordado. Não sei.

Se você, Floatzel e Pamela me permitirem, senhor, estou indo à caça de Wake Jr. no andar superior!

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por **Food** Qui Mar 09 2023, 11:02

Nem sempre. Nem sempre é para Arceus que se é orado, bobona. É só ver Natalie aí, ó. Ela crê num cachorro de água com cabelo roxo. As vezes, ela só fez como uma piada com um timing; sim, uma ironia. Vai ver ela é ateia, vai ver ela nem sabe que Arceus existe. Você está assumindo COISAS DEMAIS.

Principalmente que conseguiria matar a coitada, tendo um armário de 2 metros dentro do ginásio que, no mínimo, te colocaria pra fora... Não comece a matar ninguém, por favor.

É um caminho sem volta...

– Já passei por coisa demais, para morrer para um Rocket agora. – Soou como uma mistura de desabafo e continuação da piada, mas dado o seu péssimo poder de interpretação, seu tom de voz monótono e sua cara de bunda, vai saber...

Digitou novamente, mais um pouco. Logo parou, de novo, ao ouvir a sugestão de Natalie. Não sei como essa mulher trabalha com tanta eficiência se tem que ficar parando o tempo todo de digitar, a cada conversa ou interrupção.

– Isso... Não depende muito de mim. – Comentou, encarando o monitor, mesmo que não digitasse nada. – Eu não mando em Wake Júnior... Na verdade, a única pessoa que realmente consegue mudar qualquer coisa no pensamento ou decisão dele, é o Senhor Wake. – Olhou para a porta da arena, ainda trancada. – E ele muito raramente faz isso.

Falando no Giratina...

Antes de tudo, retificação: não foi um Floatzel de "óculos escuros". Quer dizer, foi, mas não foi um SIMPLES óculos escuros. Foi esse:

[Recrutamento de Aprendiz] - Natalie Chase - Página 3 ERb5Ccu

Assim que a ruiva furtou o molho de chaves e foi trotando na direção da entrada da arena, prometendo coisas que, dessa vez, tenho que admitir: não vai conseguir, nem fudendo, a secretária apenas deu de ombros, soltando um sussurro.

– Duvido. – E não se esforçou para parar o roubo ou se opor.

Quando rompeu o lacre do tártaro, deu um rápido pulo para trás (ou assim espero), dando espaço para que, um a um, três xeretas caíssem um em cima do outro. Uma verdadeira pilha (ou sanduíche) começou a se formar, obedecendo a ordem:

Xil
Aynnas
Crasher Wake

– Ai, ai, ai, ai... – Waker choramingou um pouco, conforme era ESMAGADO por mais de 150 quilos, tendo em conta que 75 é o peso comum de um Quagsire, mas Aynnas e Xil com certeza eram mais... Saudáveis... – DOR. É. PSICÓLÓGICOOOOOOOOOoooo...

O grito foi censurado pelo ar que se esvaiu dos pulmões do líder, conforme era prensado como massinha. Aynnas parecia tranquila, e Xil apenas acariciava a cabeça de sua filha, com a mesma tranquilidade.

A Floatzel, entretanto, não estava nesse bolo. Nem Ryo ou Zhár (O Bal, não a outra Venusaur). Principalmente por eu não achar que a sapona combinaria com a situação, além dela ser quadrúpede e gorda demais pro Wake sobreviver uma pisada dela. Zhár entretanto, apesar de eu supor que é atentado o suficiente pra PULAR em cima do montinho, vou deixar para a garota da gaiola me responder e complementar.

Onde estava a Floatzel?

Láááá no fundinho da arena, usando uma máscara bem familiar: a máscara de Crasher Wake. Ela estava com a máscara no rostinho e o boneco Mini Craque na mão, encolhida, como uma criança que foi deixada numa creche e não se deu bem com nenhuma criança, sendo automaticamente excluída.

Ao ver Natalie convocando ela com seu dedinho, se ajustou na pose e encolheu timidamente, como se numa estranha mistura de dúvida e medo. Dela? Da pilha de idiotas que tampava a entrada? De Ryo? Da inicial de Daisuke? Não sei.

Não sei o que rolou ali dentro também, mas Crasher, o único que poderia FALAR propriamente, havia morrido de novo. Se Natalie olhasse para trás novamente, veria que a barulheira não foi suficiente para acordar Wake Júnior do seu transe de cansaço e ritual caseiro de subir as escadas arrastando as malas, dando pequenos assovios e provavelmente pensando nas gravações... Eu acho.

☆ Fwu fwuuu... – Como caralhos se escreve um assovio?

Enfim, tínhamos muita coisa ali, nem tudo imediatamente remediável. Um defunto, duas Quagsire obesas, uma criança que não se adequou a creche, e sabe se lá quantos bilhões de Pokédolar indo embora...

Progresso de Rota - Natalie Chase:

Natalie Chase

por **Shianny** Qui Mar 09 2023, 11:27

Você também está assumindo coisas demais ao afirmar que SERIA IMPOSSÍVEL DE CONSEGUIR. Veja bem... TUDO É POSSÍVEL COM UM BOM PAR DE... NÃO SEI. MAS, se eu sou capaz de botar juízo (de vez em quando) na cabeça de Karinna Bley, uma promessinha de uma semana era bobeirinha diante dos MEUS GRANDES PLANOS para realizá-la. Santo Suicune está aí para olhar por mim, você não pode me impedIR POIS NÃO HÁ COMO FAZÊ-LO. NÃO ME SEGURE. NÃO ME SEGURE!!!

Inclusive, quero pontuar que não falei nada sobre matar ninguém.
Falei sobre dar fim, o que são coisas bem diferentes.

— E seu psicológico é bem forte, Crase Waker. — Foi a única coisa que rsolveu dizer para o monte de moorte que se estabacou no chão à frente, que nem um dominózinho, quando destrancou a porta. Tenho que admitir que QUASE faleceu embaixo dos três no processo, e ainda bem que não estava em suas épocas de estar TODA ARREBENTADA, ou provavelmente não teria tido capacidade de saltar pra fora do caminho tão rapidamente quanto o fizera ao sentir a porta "pesar", se é que você me entende. — Dá até pra convencer que é o de verdade. — Atiçou mais uma vez, se inclinando e dando um leve "patpat" na cabeça do homem, tal qual uma criança. Também o fez com Aynnas, dando uma coçadinha em sua pele lisa antes de desviar dos três acumulados com um, dois, três saltinhos diferentes para que, enfim, pudesse entrar na arena.

E teve de entrar ainda mais fundo quando percebeu a hesitação de Floatzel a respeito de segui-la; Acabaria tendo que procurar de verdade Wake Jr. no andar de cima antes de lidar com toda a situação (poderia chamar Balthazar, mas o pobrezinho estava quase cochilando perto de um dos tobogãs... Ou estaria, se não estivesse ocupado demais ESMAGANDO TODO MUNDO ao amassar a galera do montinho. No fim, talvez não estivesse tão preocupado assim com o que poderia acontecer). Mas, ora, o ginásio não era tão grande assim, era?

...Esperava que não.

— ...Ei... — Chamou, suave, parando a alguns passos de distância da aquática fanática, se abaixando um pouco para ficar mais ou menos na mesma altura da bichinha. Partia-lhe o coração vê-la encolhida daquele jeito, principalmente se parasse para pensar porque diabos de motivo era um pokémon tão arrisco se tratando da interação com os demais. — ...O Wake Jr. chegou agorinha. Não quer vir comigo tentar falar com ele? — Explicitou o convite e, suave, estendeu uma das mãos para o animal.

Não tinha tanta pressa assim, afinal.

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por **Food** Qui Mar 09 2023, 12:01

Talvez, mas só talvez, fosse difícil para Floatzel lidar com os humanos daquele local atual. Crasher era, em poucas palavras, louco. Pamela era fria. Não existia um meio termo que não fosse assustador ou cansativo de lidar. Ainda mais sendo um bichinho que, aparentemente, não gostava ou não estava acostumada a lidar com seres humanos.

... Ou qualquer Pokémon, também.

O chamado delicado de Natalie não passou despercebido. A Pokémon encarou a ruiva, meio borocoxô ainda. Parecia... Cansada? Estressada? Eu não sei. Talvez fosse algo que não estivesse acostumada. Pessoas e confrontos diretos, no caso.

Mas é claro, nada disso seria suficiente para apagar a chama de sua idolatria - com leve pitada de obsessão, TALVEZ - por Wake Júnior. Assim que seu nome foi novamente citado, a Pokémon olhou para Natalie e arregalou os olhos. É claro, não podia acreditar 100% na promessa da ruiva, primeiro por não querer se decepcionar. Segundo porque... Bem, ele é o Wake Júnior. Ela nunca conseguiu vê-lo, mesmo morando no mesmo teto que ele... Sabe se lá a quanto tempo.

Não falou nada, mas se levantou lentamente. De cabeça levemente baixa, começou a se aproximar da treinadora, mantendo um ou dois passos de distância, encarando sua mão. Estava relutante, novamente, o que provavelmente tinha a ver com a pilha de idiotas.

Mais especificamente, com a "base" dela...

Um passo, outro passo. Tentou, de forma bem tímida, COLAR em Natalie. Deu um "abraço" em sua perna. Não era bem um abraço, porque seus bracinhos evitavam ao máximo o contato com a perna da garota. Era como... Um ensaio de abraço? Um flerte de abraço? Uma insinuação de abraço...? Algo assim, mas com real intenção de abraço, que é o que conta, imagino.

– UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUGH. – O líder tentou levantar com aqueles quilos em suas costas, mas estava um pouco difícil.

Bem, agora é a hora de nossa protagonista ir ao encontro da estrela, eu acho... O problema seria: como ela vai passar por aquele Crasher Wake amedrontador, rugindo como um monstro do mar (era uma panqueca dolorida, eu sei, mas não para a doninha boiazinha).

Relaxa, Wake Júnior não vai "fugir", necessariamente. Ele só vai, muito provavelmente, dormir. Aquelas dormidas de astro, que tampa todas janelas, apaga todas as luzes e tranca as portas.

Progresso de Rota - Natalie Chase:

Natalie Chase

por **Shianny** Qui Mar 09 2023, 12:25

Pois... ELE NÃO PODE DORMIR!
Não enquanto eu, CHERRY THE BUTCHER, ESPEREI UM TEMPÃO PRA CONSEGUIR UM MEETING & GREETING!
...Ou algo do tipo.

A aproximação de Floatzel havia sido uma vitória por si só, por mais que não estivesse completamente dada ou algo do tipo. Um sorriso simples brincou nos lábios e, então, deu um leve impulso nas pernas para que pudesse se "levantar" de novo - não que precisasse tanto, considerando que a espécie não era exatamente baixa ao estilo, sei lá, Wingal.

— ...ele é meio perturbadinho... — Segredou em baixo tom, apontando o montinho na porta com o polegar - o pouco tempo que ele esteve ali, aliás, pois Ryo intercedeu com os cipós para "varrer" os três gorduchos para a lateral oposta do caminho ao se dar conta da situação -. — ...mas não faz mal nem pra Joltik, não. — Um balançar simples de ombros e, então, foi em direção à porta... E às escadas... E atrás de Wake Jr.

Acho que não tem nada impedindo aqui embaixo mais...... tem?

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