Ranger florestal! missão:"Salve Arboville"

– Provocados pelos Ledyba?! Que estranho, os de Arboville geralmente são insetos gentis porque convivem muito com a população da cidade... Bem, em todo caso, tome cuidado! – alertava o homem antes de você sair e ele ficar para trás, ajudando o companheiro a carregar os feridos.

Faísca e Unagi te seguiam na caçada aos insetinhos alados. O rato elétrico, revigorado pela poção de antes, saía na frente abrindo caminho e usando seus sentidos para perseguir os Ledyba que, por conta disso, aceleravam um pouco mais na sua trilha por entre a floresta.

As botas que lhe foram dadas vieram a calhar, uma vez que ali o chão era bastante úmido, com partes tão lamacentas que o pé afundava. Os óculos também foram bem vindos, já que gotículas de água teimavam em pingar do topo das altas árvores, como uma leve garoa.

Enfim, se você tinha dúvidas sobre as intenções dos Ledyba, talvez algumas suspeitas fossem deixadas de lado enquanto outras ganhassem mais força, porque você via em várias partes da floresta o mesmo efeito que a dupla Forretress-Donphan havia causado lá na zona onde vocês batalharam: pequenas áreas onde claramente houveram grandes impactos e até explosões, com grama chamuscada, mas sobretudo um considerável número de árvores caídas por conta disso, quebradas.

Quando os Ledyba desaceleraram, depois de quase dez minutos de caminhada acelerada - graças a Arceus a Academia Ranger tinha lhe ajudado na fadiga -, Faísca acompanhou a velocidade. Vocês ouviam som de água correndo logo ali perto. Ao procurar, você encontraria a fonte: um riacho corria ali. Não era muito largo nem profundo, mas existia, só que havia um grande problema... [imagem ilustrativa]

Uma mistura peculiar de árvores caídas, terra deslizada e pedras aleatórias tinha caído para dentro do rio e, sem dúvida alguma, causado um bloqueio no seu curso. Dava para ver com clareza as áreas que antes pertenciam à rota normal do rio, tanto quanto as novas rotas que a água precisou encontrar para desviar dos obstáculos.

Os Ledyba sobrevoavam aquela área ativamente, "zumbindo" com suas asinhas de inseto para chamar sua atenção para lá... O que queriam dessa vez? Bem, ao menos nenhum outro Pokémon aparecia agora. Enfim, é como diz o conhecimento popular: todo rio desagua no mar, ou deveria...

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Começava então a operação de desobstrução do rio, encabeçada pela ruiva e executada por seus elétricos e uma Gogoat, que devia ter ao menos uma personalidade eletrizante para estar neste bando - digo, ao menos a Pokébola dela tem cores eletrizantes!

Era um amarra daqui, corta dali, arrasta acolá... Emolga, no alto, era um misto entre diversão e supervisão, já que lhe coube a tarefa de orientar os demais e, por conta disso, ora fez alguns dos amigos chocarem costa-a-costa, ora tropeçarem num tronco ou galho perdido nas margens do rio, mas no fim o que realmente importa era que sua tarefa estava sendo efetiva.

A duplinha de insetos elétricos decerto teve a tarefa mais tranquila, organizando em grandes sacos de teia o que pudesse ser puxado para fora daquele fosso. Houve apenas um leve contratempo com as vinhas que Gogoat cortou, já que exigiram um trabalho extra para os insetos organizarem aqueles resíduos.

Por falar em insetos, quando seus olhos procurassem, encontrariam apenas um dos Ledyba por perto, tendo o outro sumido de vista por longos minutos. Só quando esse tempo passasse é que o segundo Ledyba apareceria, flutuando tímido diante dos seus olhos. Com certo receio ele chamaria sua atenção, sempre mantendo alguns metros de distância de você, com olhar de clara timidez. No fim, a joaninha encontraria um tronco caído e depositaria sobre ele um pequeno embrulho feito de uma folha larga, presa com teias delicadas. Ao abrir o embrulho, você encontraria nada menos do que um montinho de... Pó. Isso mesmo, pó. Um montinho compacto, fino e esbranquiçado; pó de inseto (?), acho que podemos chamar assim.


Devia ser algum tipo de presente peculiar na cultura dos insetos de Arboville. Vai saber?! Era, no mínimo, simbólico e de coração.

– Senhorita! Tudo certo por aqui...?! – era um dos funcionários da Zona Safari que vinha ao seu encontro, aparecendo em algum lugar aleatório na mata; os olhos do homem e das moças que o seguiam era de pura curiosidade, pois encontravam aquela cena no mínimo caótica de um rio obstruído, entulhos, entulhos envoltos em seda de inseto, Pokémon puxando entulhos...

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Tudo acontecia meio que em simultâneo: os Ledyba apanhando os petiscos e voando até um galho próximo, você estendendo uma toalha de piquenique em um trecho seco de terra, o trio de funcionários chegando e puxando assunto...

– Oh! Bem, faz algum sentido... Esse não é um dos maiores rios que circundam a cidade, mas é como diz o ditado: uma gota d'água pode desencadear um tsunami! Por isso, vou mandar mensagem aqui pro nosso grupo, pra ver se alguém comunica as autoridades sobre isso. – ele pontuava, em resposta à sua hipótese de que aquela obstrução tivesse sido a responsável (se não uma das) pela enchente que abalou a área – Até onde tivemos notícias os conflitos estão diminuindo, mas ainda existem, de acordo com os Ranger. O cercado que pediu pra construirmos está quase pronto, mas já começamos a guardar ali os Pokémon mais tranquilos. A equipe do Centro Pokémon chegou e está dando todo apoio nisso.

Enquanto o rapaz explicava a situação para além da floresta de Arboville, as moças que o acompanhavam se dispunham a ajudar na tarefa de limpeza. No fim, tudo o que ali estava pertencia à natureza (pedras, galhos, troncos, areia) então nada mais justo que à ela retornasse. Assim, as garotas só cuidavam para deixar as coisas em lugares seguros, onde não oferecessem um novo risco de cair no rio.

– Podemos lhe ajudar por aqui, se quiser. Mas, e depois? Vai voltar pra área de acolhimento dos Pokémon, ou tentar achar mais selvagens brigões por aí? Hehehe. – ele brincava, antes de por a mão na tarefa também, enquanto você e seus companheiros tiravam os merecidos minutos de descanso.

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– Tá certo! Bem, não saberia dizer nada a respeito do grupo de Ranger na cidade, mas quanto ao nosso pessoal do Safari, parece que estão encarando algumas coisas lá na outra extremidade da cidade, mais ao nordeste, no sentido de quem vai pra Green Mangrove. – complementou o rapaz com uma informação que podia ser valiosa para sua busca, em muitos sentidos já que era daquela fronteira que vinha maior parte dos problemas.

Assim, você tinha então a liberdade de seguir naquela direção e, caso faça isso, chegará lá em aproximadamente vinte minutos de caminhada, seguindo o mapa e os desvios de rota necessários. No lugar, encontraria uma dupla de mulheres do Safari que, diferente do típico verde no uniforme, vestiam trajes em tons mais claros e com estampas de camuflagem [imagem ilustrativa]. Você as veria aflitas, agitando frascos de Potion já vazios, como quem tem a esperança de achar algumas gotas úteis ali dentro...

Caso não decida ir por esse caminho, sua segunda alternativa é fazer uso do seu RangerPad, mesmo fora de missão Ranger, o que te permitirá localizar os principais pontos no mapa que seus colegas de corporação marcaram como importante ou interesse. Um deles não era tão longe de onde você estava, e você chegaria lá em menos de dez minutos após sair da floresta lamacenta. Outro ponto destacado ficava nos arredores da própria prefeitura. O último destaque ia para uma área já no extremo norte da cidade, mais ou menos onde a entrada do Safari poderia estar... O que acontecia nesses pontos? Infelizmente, só de olhar o mapa só era possível inferir - pelos ícones usados - que eram áreas de importância onde os Ranger dos arredores deveriam se reunir.

Por fim, é claro, você também é livre para traçar sua própria rota e seu próprio caminho a qualquer momento, tomando a própria iniciativa de "varrer" a cidade em busca de focos de problema que ainda não foram pontuados pelos outros times, ou até mesmo partir direto até onde, você já sabe, vem os Pokémon fugitivos da inundação. Ah, vale ressaltar que as próprias autoridades locais - prefeitura e polícia - certamente tem informações sobre os assuntos pertinentes, se você deseja encontrar respostas mais objetivas.

Esteja livre pra agir!

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Seguindo seu roteiro, você partiu na direção indicada. No trajeto, deu para ver que a cidade já estava começando a trazer ares mais tranquilos quando comparados ao que se viu um pouco antes. Claro, não dava para ter certeza se isso era um reflexo das coisas sendo solucionadas, podendo ser só um resultado da cidade tendo sido esvaziada por conta do problema. Independente da causa, o fato de os civis estarem seguros e o caminho livre para os profissionais agirem era o que realmente importa aqui.

Enfim, como disse, ao chegar no lugar indicado você encontrou as mulheres naquela situação aflitiva. Bem, diferente de outros funcionários do Safari essas aqui ainda não te conheciam, mas certamente também não estavam desconfiadas o suficiente para recusar ajuda, sobretudo quando ela vinha na forma de generosas Hyper Potion.

– Obrigada! – a morena lhe respondia, já se adiantando para aplicar o produto em seu Yanmega até então nocauteado – Ah, a situação por aqui não é das melhores. Nós somos do time de rastreamento do Safari... Em outras palavras, localizamos e capturamos os Pokémon selvagem que em algum momento vão compor ou produzir a fauna exclusiva do Safari. – o inseto da moça logo respondia à substância curativa, levantando voo na sequência; aquilo pareceu estimular a segunda mulher a fazer o mesmo com seu aliado – Rastreamos uma matriarca Miltank até aquela floresta, mas o que encontramos... – suspirou, olhando direto para a floresta densa e fechada que se estendia após aquela fronteira.

– Miltank pertence ao Safari, e ela encontrou uma Blissey, em algum lugar que ainda não sabemos, mas não vem ao caso... Importante é que as duas simplesmente se refugiaram na floresta e construíram o que parece ser um ninho gigante, onde a gente acredita que seja bem em cima de uma nascente d'água!

– Antes que você pergunte, não, as duas não são capazes de gerar ovos juntas, mas... – uma olhou para a outra, com um sorrisinho amigável e com tom de comédia – ... Elas parecem não se importar e, entre outras coisas, tem pego ovos de outros ninhos pra colocar lá, como se fossem criar como delas! – concluiu, suspirando mais uma vez e passando os dedos entre os cabelos curtos.

– Dentro da nossa experiência, isso com certeza deve tá deixando muitos selvagens putos, por terem seus ninhos furtados. E, olha, vou te dizer, aquelas duas moças lá dentro são osso duro de roer. Botam pra correr qualquer um que se aproxime. Nunca achei que ia encontrar mães mais brabas do que a minha!

– É... Mas isso deve se resolver em breve, pois nós já contatamos os Rangers da área pra ajudar, eles só devem estar ocupados com montes de outras coisas... Né?!

– Enquanto isso esperamos. Ao menos temos tido algum sucesso em conter os selvagens de saírem por esse perímetro e invadirem a cidade.

– Uhum! Soubemos que alguém construiu uma área pra recolher os Pokémon que invadiram a cidade, mas mesmo assim vamos tentar evitar sobrecarregar essa área o máximo que conseguirmos. Se quiser nos ajudar... Como disse que chama, mesmo?!

E então, após tanta informação, você novamente tem lá sua liberdade de ações, somando com as anteriores as duas novas: ficar com as duas mulheres e esperar para ver se algum selvagem tenta passar pela fronteira e invadir a cidade, ou vestir-se de coragem e tentar solucionar o problema das mamães lá na floresta.

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