[Meghan Castellano] Cineasta

Tentaram assaltar a nossa amiga, realmente tudo anda muito perigoso. Cada esquina um desafio, como podemos viver assim?

– Nem me fala, garota! Os últimos dias foram uma loucura, realmente, tudo muito perigoso. – comentou, expressando sua inconformidade.

Ava aparentava estar cansada, talvez seu tom de voz entregava isso, não parecia ter muita força. Enquanto se acomodava em uma árvore próxima, explicava sobre seus momentos. Seu plano, que infelizmente se desfez por conta de uns ladrões, e sua correria para tentar se safar. Muitas complicações. O chouriço, por outro lado, parecia bem despreocupado. Não muito tempo atrás estava fissurado em alguma coisa, que queria muito carregar consigo. Eu não lembro o que era. De qualquer forma, o pequeno se aproximava da nossa protagonista, buscando se familiarizar com seu cheiro, que no momento, não era dos melhores. Meghan retribuía a proximidade do monstrinho com um aceno, enquanto o mesmo era repreendido por sua treinadora.

– Entendi. Ecruteak é a próxima cidade? – perguntou, procurando saber para onde seguiria. Inicialmente nosso plano era atravessar a rota, mas não sei quando se perdeu. Acho que as ovelhas desviaram nosso caminho. – Faz sentido, acho mais seguro mesmo, seguir em frente.

Meghan definitivamente não queria se envolver com mais problemas, um pouco de paz, por favor. Xôxô, ladrão.

– Claro. Eu pretendia ir para lá mesmo… – disse, também erguendo sua mão para apontar o caminho – Sim, podemos dizer que eu me perdi, com certeza. – aceitar era melhor, não tem outra resposta para tudo isso, ela se perdeu – Eu estava lá do outro lado…

Em meio a conversa, o pequeno Chouriço continuava a insistir no cheiro da garota, talvez… por seus parceiros Pokémon? Como comentou a Ava. – Aaah, sim. Eu e a Paris, ela me acompanha! – buscando uma esfera em sua mochila, Meghan acaba por liberar o monstrinho, ao mesmo tempo que construía sua história.

– Então… eu lá do outro lado, tinha umas Mareeps pulando, e tudo apagou… – não era bem assim, mas é um bom início de história.

Voltando ao monstrinho, para sua surpresa, uma Coruja FURIOSA, mas não muito, é materializada. Ela voou em sua direção, mas rapidamente a aventureira retornou o monstrinho.

– Eita! – comentou, meio sem graça, visto que tinha liberado o monstrinho errado. Rapidamente consertou seu erro.

– Esta é a Paris! Diz, Oi! – a pequena coelhinha aparentava estar um pouco cansada, mas ainda sobrava um pouco de energia para dar um  pulinho e acenar – Ela também está nas últimas. A outra meio revoltada eu capturei agora a pouco, então não temos muita proximidade ainda.

A Coruja perdeu sua liberdade e seus velocinos, contudo, digo que o melhor foi vir conosco. Uma espingarda e um desentendimento, no certo sabemos como pode acabar. Os três acabados saíram de um cenário bem caótico.

– Bem, eu posso te acompanhar, tá? Não tem problema. Você é daqui mesmo? – perguntou, reafirmando seu posicionamento, e com um belo sorriso.

Provavelmente a ave deve achar que Meghan roubou seus velocinos de lã, mas não aconteceu assim. O dono as reivindicou e levou tudo embora. O que parecia uma moeda de troca para a garota, podia ser algum item especial para ave. Não se sabe. Ou, talvez, a ave também seria uma… uma… utilizadora do chamado pó branco?! Será que ela também cedeu ao pó? Acho que não, mas não sabemos o que aconteceu.

– Apenas um pequeno conflito. – comentou, pensando um pouco como poderia resolver isso. Contudo deixaria para um outro momento. – Sim, o tempo fará o necessário.

– Sim, elas estavam correndo atrás de mim, mas eram bem lerdas. – isso parecia bem engraçado, na verdade – Beeeem fofo. Mas a lã que eu encontrei era bem diferente, não sei bem. – melhor não reproduzir o restante da história a partir daqui, contudo, muitas das lembranças frescas estavam registradas, literalmente – Olha, eu consegui pegar um take delas correndo, não parece tão assustador como antes. – comentou, soltando algumas risadas.

O vídeo em si eram várias ovelhas correndo em direção à câmera, porém, como eram lentas a distância era considerável. Apesar da corrida, a imagem estava bem estabilizada, Meghan era boa no que fazia. Tinha até uma foto da pequena coelha zoando o fato da lentidão do bonde, toda debochada ela.

– Desculpa, não conheço. – parecia ser um lugar muito distante – Mas gostaria de conhecer um dia. – com certeza um dia conheceria, as aventuras dos aventureiros não tem limites! – Entendi. Mas esse carinha não fica lá embaixo? – disse apontando para o chão – Digo, lá embaixo no fundo do mar? Parece complicado ver um. – seria uma tarefa um tanto quanto radical, ir lá no fundão para ver o pequeno peixe, mas isso não era um problema.

– Especialista? – a garota nunca parou para pensar nisso não, uma pergunta complicada – Eu acho que sou só uma aventureira, sabe? Gostaria de conhecer o máximo de lugar possíveis nesse mundo! – comentou, com brilho nos olhos, e erguendo suas mãos, tentando passar a ideia de expansão – Só isso.

Apesar de não perceber, a garota possuía mais afinidade com monstrinhos normal. Todas as criaturas que possuía algum tipo de relacionamento sempre acabavam sendo desse tipo. Será que era escolha inconsciente da mesma ou as criaturas eram atraídas por ela por algum motivo? ...talvez fossem só  escolhas inconscientes mesmo.

As garotas andavam sem perceber e quando se deram conta se aproximavam de outro bioma. Um pântano, um lugar com muita lama. Não faria muito diferença para a aventureira, visto que estava acabada. Lama a mais, lama a menos, é tudo lama, né? Só seguir em frente.

bem, gostaria de iniciar uma quest para pegar um Tauros, precisa de muitas rotas, queria contar com essa também para agilizar

só pra constar, o plot do pó começou aqui
https://pokemyrpg.forumeiros.com/t23934-um-dia-comum
KKKKKKKKKKK

A Meghan fica toda bobinha quando recebe um elogio. Não tem como resistir, né? Eu não resistiria.

– Poxa, obrigada! – agradeceu, com um sorriso alegre – Minha irmã disse que eu deveria criar uma conta naquele pokegram, conhece? Mas não sei se as pessoas gostariam de ver isso… – meio sem graça, a garota deixou o assunto de lado.

Em meio aquele pântano cheio de lama, lembramos que Meghan sentiria  a dor referente ao seu maravilhoso tênis amarelado e encharcado. Por algum motivo ela simplesmente não percebeu que ficaria pior.

– Que caramba… – soltou, visto a situação de seu tênis. Com certeza daria um longo trabalho limpar.

Continuando, Ava pisou em um tronco frágil, o que levou a cair na lama. Agora eram duas sujas. Contudo, não só isso aconteceu, três monstrinhos apareceram. Estavam putos da vida visto que sua casa não era mais uma casa. Com razão, mas acontece. No impulso, Meghan também solicitou para que Paris tomasse a frente.

– Paris, avance com Tackle! – exclamou, apontando para os insetos.

– Você tá bem? – perguntou, se aproximando da garota e guiando ela para longe dos monstrinhos.

Os três monstrinhos que surgiram em meio ao pântano não estavam com muita sorte, visto que em pouco mais seriam derrotados. Perderam a casa e era iminente que perderiam a batalha. Infelizmente a vida te derruba às vezes. Meus sinceros sentimentos aos pequenos.

Em todo caso, momentos assim acontecem. O embate caminhava para um desfecho, porém não parecia tão perto. Ava estava bem, mesmo sofrendo um pequeno tombo e chamou Meghan para sentar nas proximidades, enquanto observavam o desenrolar do momento.

– Am? Tá… – a garota, em primeiro momento, um pouco confusa, se encaminhou junto a Ava, mas antes ordenou para Paris. – Ta-tackle, Paris! –  Ava no mínimo estava confiante quanto ao embate, era nítido que sua experiência nesse mundo era a mais que a estrelinha da minha história.

– Sim! Por que não, certo? – confirmou, com sua câmera em mãos, iniciando uma nova gravação. Dessa vez mirava a batalha, enquanto conversava com Ava – Eu quero me aventurar, e registrar as coisas por onde eu passo é um a mais que eu gosto muito. – dizia enquanto movimentava a câmera, focando em Ava, e finalizando a gravação com sua fala – É bom guardar lembranças assim, sabe? São fáceis de resgatar.

Em meio à conversa, Meghan frequentemente observava sua companheira em batalha, estava um pouco preocupada. Acho que é um sentimento comum para iniciantes.

– Será que dá? Eu nunca pensei dessa forma. Mas alguma forma de sustentar as viagens eu vou ter que conseguir, certo? – comentou, sorrindo quanto a sua fala. Alguma forma de bancar o luxo teria que conseguir – Mas vem cá, você tava falando sobre um lugar no alto das montanhas que você queria conhecer, tá indo pra lá?

Para ser sincero, esse detalhe passou despercebido. Meghan não pensou nisso, embora soubesse que ao menos nesse começo de jornada conseguiria algum auxílio com sua família. Não duraria para sempre, dessa forma precisaria resolver em algum momento. Talvez Emma queria dizer sobre isso quando disse para expor sua arte, mas convenhamos que ela não foi nada direta.

Ava comentava sobre seus planos, enfatizando que precisaria de uma renda para sobreviver. Comprar comida e roupas. De fato, os centros costumam disponibilizar o básico, mesmo refeições. Contudo, acho que ninguém pretende depender para sempre de um terceiro. E a comida do centro? Acho que podemos conseguir um cardápio mais extenso, com certo esforço. Uma comida de maior qualidade, eu diria. Não que fosse ruim, mas acho que qualquer um entenderia.

Expondo os modelos de roupas feitos a mão, a garota acrescentava seu objetivo de ser uma editora de moda. Dessa forma poderia ter uma renda a mais, com as roupas e tudo mais.

– Ooooh! Que lindas! – comentou, com estrelinhas em seus olhos. Não era muito difícil impressionar Meghan, mas aquelas peças realmente possuíam um futuro. – Estão lindas, sério. Você tem muito futuro! Quero encomendar, inclusive. – sorriu.

Durante a conversa, o embate chegou ao fim. Ambos os parceiros se aproximavam, com destaque em Paris que estava toda feliz por ter conseguido dar o último movimento. Meghan estendeu a palma da mão para Paris, que retribuiu com um toque, entendendo muito bem que aquele gesto simbolizava um “MUITO BEM, CARALHO, VOCÊ É FODA”.

Retornando o foco à conversa, Ava respondia a protagonista sobre o lugar das montanhas. Era uma cidade ao leste da região, em meio às montanhas. Onde muitos monstrinhos fortes habitavam, assim como também diversos treinadores.

– Nossa, não deve ser nada fácil por lá então. – uma cordilheira por si só não parece um ambiente tão amigável, a depender das circunstâncias. Então, realmente apenas os fortes devem sobreviver por lá – Na minha cidade também tem um líder, ele é muito forte. Tem um bicho grandão que dorme o dia todo e ainda sim consegue bater em todo mundo! Imagino que a de lá das montanhas também seja bem forte, nesse nível. – a garota se comunica muito com gestos, então qualquer oportunidade de levantar os braços para dar ênfase ao tamanho das coisas que comentava, com certeza faria.

– Para onde eu quero ir? – repetiu Meghan, com uma cara pensativa – Eu não conheço muito a região, mas eu acho que seria legal ir a Goldenrod Beach, né? Deve ser divertido. – um lugar divertido para começar, tomar um sol – Também ouvi dizer que tem uma torre na próxima cidade. Uma torre antiga que tem fantasmas e coisas estranhas! UUUUH! – sabe que o gesto agora nada mais é do que levantar as mãos e balançar os dedinhos enquanto  emitia um som típico de fantasma – Na verdade eu não sei se estavam falando da torre dessa região, mas eu sei que existe uma na próxima cidade. Talvez eu passe por lá. Deria um bom filme, né? Hahahahah