Off :
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É... é... é... é ele *-*
É... é... é... é ele *-*
A batalha prosseguia sobre o ato de Gastly, único acordado em campo, contra Sigilyph. A minha guerreira das sombras sabia realizar perfeitamente os seus movimentos e assim deixava claro a sua habilidade no ar. Mas, mesmo com tanta vantagem, não poderia cantar vitória antes da hora. Gastly era um tipo fantasma, mas também partilhava consigo o tipo venenoso, que levava desvantagem aos golpes psíquicos do Pokémon a frente.
Tendo isso em mente, eu ergo a minha mente em campo para pensar em algo para me defender, mas antes mesmo de criar algo, a ave despertava de súbito e lançava o seu raio psíquico, mas não em Gastly e sim em mim.
Minha cabeça começa a girar e um refluxo ia e vinha, sentindo em minha faringe. Mal pude ver o que estava acontecendo em campo e foi ai que a escuridão me tomava e me colocava para desperdiçar o meu tempo no anonimato.
O tempo passou como segundos em um relógio analógico e quando dei conta, eu começava a sentir algo, não sabia bem o que era, já que me encontrava desnorteado por conta do golpe psíquico direto a mim. Tentei abrir os olhos, mas era terrivelmente doloroso, por conta de um excesso de claridade que havia ali.
Aos poucos pude abrir os meus olhos por completo e esses começavam a arder de tal forma que provocava a liberação de lágrimas, mas no fim, lá estava eu de pé em uma sala monocolor. O branco ali deixava a percepção de volume dificultosa, mas assim que pensei em saber cadê Gastly e Vaporeon, uma voz assolava a minha cabeça.
Sim! Estava dentro da minha cabeça, mas cumpria a sua devida função, que era de se comunicar e atrair a minha atenção para o ser que se encontrava na minha frente. Era um Pokémon humanoide de coloração roxa, que se destacava do restante da sala, me fazendo pensar o motivo de não ter percebido antes.
_V-você! – não tardava e eu reconhecia quem estava ali diante de mim.
Apesar de nunca ter visto, a descrição que meu tio deu em meus anos de estudo foi suficiente para poder identificar o Pokémon – se é que eu poderia chamar assim – de poder incrível, criado pelo homem: Mewtwo.
Partindo do DNA inatingível de Mew, o Pokémon na minha frente fazia o perfeito papel de mistério, mas o que era mais misterioso ali era a sua pergunta. Telepatia era um perigo nas mãos erradas. Com ela Mewtwo parecia ter traçado toda a minha vida perante os meus olhos.
_S-s-se sabe que eu sou um cientista, ou algo assim, sabe que eu não possuo a ganância do estereótipo que talvez você tenha dessa profissão.- nesse momento, eu fechava os olhos e suspirava profundamente. - Você é M-mewtwo, não é? Você é um ícone na pesquisa genética. Pena que foi alvo de tanta cobiça... Talvez a sua visão de mundo seja diferente da minha, mas posso garantir que não farei mal a você...- dizia para ele com cautela, enquanto simbolizava um passo – Até porque, nem tenho capacidade para isso! – finalizava ironizando com um sorrisinho tolo, tentando deixar as coisas mais leves.