Pokémon Mythology RPG
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Vs. Amoeba

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A batalha contra a horda de Zubats chegava ao seu fim de forma um tanto... anti-climática, tudo graças ao poder aumentado de Raichu, responsável pela devastação causada aos morcegos. Gabriel via-se agora numa espécie de impasse: Capturar um ou dois daqueles pokémons poderia ser uma boa decisão, ainda que ele não possuísse o mínimo interesse em treiná-los... não atualmente.

O jovem ponderou quanto à possibilidade por mais alguns segundos, decidindo lançar uma pokebola em direção ao corpo do Zubat de nível mais elevado do grupo. Após o ato sua atenção voltou-se completamente para Anna, que havia sido assustada pela ameaça de ataque dos Zubats.


- Acabou... acabou... não precisa mais ter medo... – Sua tentativa de confortar a criança era acompanhada de despreocupados gestos de carinho, ultimamente recebendo a atenção desejada. Ainda existia alguma hesitação nos movimentos da albina, porém a garota ao menos demonstrava crer na segurança que aqueles braços a davam, podia voltar a tentar sorrir... mesmo que brevemente.

O treinador enfim tornava seu olhar para os pokémons que haviam permanecido no combate até o fim, sorrindo para o trio antes de retornar dois deles – Ayako e Trapinch – para suas cápsulas. Raichu era como habitual o único a sobrar fora de sua esfera, posicionando-se ao lado de seu mestre.


- Vamos continuar... – O rapaz usava um tom de voz baixo, mas perceptível para o roedor elétrico, e logo voltava a caminhar pela mansão... talvez ainda desse para encontrar alguns pokémons, mesmo que humanos não lhe interessassem.

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Print: https://i.imgur.com/Dt91HWl.png



Após a vitória, o rapaz resolveu pensar em pegar algum pokémon da horda. Então, empunhando uma de suas pokébolas vazias, resolveu arremessá-la no pokémon mais forte do bando, que foi sugado por um raio vindo da esfera. Após alguns rodopios, a bola estalou, completando a captura do morcego.

Zubat :


Voltando, tentava confortar Anna, que ainda estava chocada com a situação. Retornando Trapinch e Ayako, resolveu seguir só com Raichu, que não havia sido tocado ainda, e voltavam a vaguear pela mansão.

Após alguns passos, logo parava na frente de Gabriel um cachorro laranja, com listras escuras e alguns pelos creme pelo corpo. O mesmo parecia bem amigavel, com a lingua de fora. O mesmo corria em volta do treinador, parecia querer brincar com ele. Como o garoto lidaria com aquele cachorro brincalhão?

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Não demorou muito tempo para Gabriel voltar a se ver numa situação indesejável, mas desta vez a causa estava bem aos seus pés: Um Growlithe, similar à que fora capturada por Anna. O cão insistia em tentar seguir o treinador e brincar com ele, para a infelicidade do mesmo e euforia de Anna, que se divertia com os gestos do cachorro.

Mas pokémons amigáveis não era o que o loiro desejava, sua meta era apenas de capturar mais criaturas raras que pudesse encontrar ali. Ter de lidar com aquele novo “acompanhante” não passava de ser uma redundância e um contratempo, era preciso livrar-se daquele ser o quanto antes... mas como? Simplesmente atacá-lo não seria exatamente a escolha mais saudável, não com Anna em seus braços e num estado emocional fraco, era necessário provocar Growlithe para que ele possuísse uma razão para se livrar dele o quanto antes.


- Sai! – Falou num tom alto e perceptível para os presentes, tentando espantar o cachorro de fogo com seu pé. – Raichu, espante ele com algumas faíscas!

Tendo escutado a ordem de seu mestre o roedor elétrico preparava-se para tentar intimidar seu “alvo”. Ao mesmo tempo o jovem retirava uma das pokebolas que guardava e liberava o pokémon ali contido nas proximidades: Trapinch estava pronto para o combate.


- Trapinch quero que você fique atento... se o Growlithe for tentar atacar ou algo do tipo quem irá lidar com ele é você, então esteja pronto para usar seu Rock Slide para soterrá-lo e então prosseguir com um Sand Tomb para prendê-lo e machucar ele ainda mais com as pedras. – O tom da voz de Gabriel era frio e indesejavelmente espantava Anna, fazendo-a encolher em seus braços. Ao notar esse pequeno fato o treinador tratou de abraçar a criança e voltar a confortá-la... não desejava que ela se assustasse novamente.

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O garoto parecia realmente não querer o animal. Afastando-o, o mesmo gritava para ele sair e até instruia um de seus pokémon para o colocar para correr, sem sucesso. O mesmo parecia ter se apegado ao treinador sem nem conhecê-lo.

A certo ponto, o treinador se enfureceu, colotando um de seus pokémon - Trapinch, para fora. Ordenando-o, o mesmo já estava atento a qualquer movimento mais brusco do cachorro. Mas ele realmente não parecia estar querendo batalhar. O mesmo ficava parado, como se esperasse um comando do próprio Gabriel. Ele já tinha o considerado como dono.

E agora?

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Parecia não haver outra solução para o caso senão ao atacar o Pokémon de fogo arbitrariamente, ainda que fosse preferível evitar tomar um rumo que potencialmente assustasse Anna, Gabriel não era capaz de pensar noutra solução além de nocautear – e talvez capturar – o Pokémon ou ao menos prendê-lo, ato que poderia resultar em conseqüências mais graves para o cachorrinho.

- Desculpe Anna, vou capturar esse Pokémon... – Alertou, deixando clara a sua intenção de fazer Trapinch lutar contra a criatura que até então fora inofensiva para ambos. A albina mantinha-se calada até então, sinal de uma reação melhor se comparada às anteriores. – Depois você pode brincar com a fofinha, não é?

Ao término das palavras a criança afirmou com a cabeça, consentindo com as ações de seu “pai” mesmo que preferisse sair dali sem que mais problemas surgissem, já fazia tanto tempo desde que ela dormira em uma cama quente... estava com sono. Já Gabriel voltava sua atenção para seu pokémon, que necessitava de instruções.

- Growlithe desculpe, mas eu te desafio! Trapinch ataque-o com os mesmos movimentos que eu te ordenei, iniciando com o Rock Slide e prosseguindo com o Sand Tomb para prendê-lo numa tumba cheia de pedras! – Ordenou, desta vez deixando clara a sua intenção de atacar com ou sem ações agressivas tomadas pelo cachorro do tipo fogo.

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Até aquele momento, aquele Growlithe não havia demonstrado o mínimo interesse em lutar. Queria brincar, ou talvez acompanhar a dupla, mas isso realmente não estava nos planos de Gabriel. Anna balbuciava algumas palavras, parecia estar um tanto quanto confusa, embora não fosse possível compreender exatamente o porquê, se era um transtorno psicológico ou um evento normal.

- Três... fofinho? Muitos fofinhos! (...) Estranho!

Fazia sentido. Embora um dos Growlithes encontrados por Gabriel fosse, na verdade, um Ditto, não é uma coisa normal ficar encontrando Growlithes nesta quantidade, ainda que seja na Mansão Pokémon. Sorte? Azar? O rapaz não se preocupava com isso.

Trapinch tinha vantagens consideráveis. Vantagem de tipo, o elemento surpresa em atacar um Pokémon que não está exatamente esperando por um ataque...

Arqueando a parte traseira de seu corpo, Trapinch parecia realizar um grande movimento psíquico. Pedras de tamanho considerável, na verdade de tamanho semelhante ao do Pokémon de Gabriel, eram levantadas e arremessadas em direção a Growlithe. O canino era esperto, o que fez com que conseguisse escapar da primeira pedrada, mas foi atingido pelas outras. A posição de Growlithe, o movimento descrito pelas rochas, as leis da física pokémoniana, enfim, não permitiram que o plano do jovem fosse completamente bem-sucedido: Growlithe fora arremessado pelo ataque, não soterrado. (Rock Slide)

O canino desferiu um contra-ataque. Na verdade, antes de mais nada, Growlithe uivava. O que aquilo significava? Essa era uma boa pergunta. Parecia sorrir, parecia alegre. Correu toda a distância a que fora arremessado, e então surpreendeu a Gabriel, Anna e, principalmente, Trapinch. Quando já se aproximava do Pokémon formiga, saltou em direção à parede do largo corredor onde estavam e, inacreditavelmente, projetou a si mesmo contra Trapinch qu, um pouco perdido com os (muito) velozes movimentos do Growlithe, acabou recebendo em cheio o ataque (Take Down). Poderoso como era, Growlithe acabou se desequilibrando, sentindo o impacto fortíssimo contra Trapinch. Anna soltou um "ouch", será que torcia para o novo Fofinho?

Trapinch, que não havia iniciado seu Sand Tomb ainda porque Growlithe não tinha ficado preso, conforme o planejado, se levantou rapidamente e criou uma espécie de areia movediça aos pés de Growlithe, que nada teve a fazer, anão ser ficar confuso com o que acontecia. O canino, ao ver que não conseguia se libertar com a areia úmida aos seus pés, concentrou o máximo de chamas que pode em sua boca e liberou uma espécie de bola de fogo, da qual Trapinch não conseguiu desviar, devido à pouca distância e que se encontravam. Devido à diferença de tipos, este ataque (Flame Burst) foi pouco efetivo, a pequena explosão sequer fez com que o Pokémon recuasse. Growlithe olhava para Trapinch, seus olhos brilhavam e externavam confiança. Na verdade, tanto este olhar como os uivos faziam parte da habilidade deste canino.


Hora da Batalha
Campo:Largo corredor da Mansão Pokémon, com cerca de 3 metros de largura.

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Vs.
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Growlithe (♂)
Trait: Intimidate
Hold Item: ???
Lv. 29
47%
Status: Normal

Trapinch (♂)
Trait: Arena Trap
Hold Item: ???
Lv. 25
64%
Status: -1 Attack

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Off: Perdão por postar outro post podre, mas estou morrendo de sono e sem criatividade e.e

As vantagens possuídas por Trapinch garantiam ao Pokémon um início de batalha satisfatório, apesar da estratégia de seu mestre não ter se concretizado graças à imprevisibilidade de Growlithe.

De forma contraditória e inesperada, o início da luta acabou por desviar a atenção de Gabriel, que outrora estava completamente focado em derrotar o pequeno cão do tipo fogo, mas passara a preocupar-se somente com o estado de Anna, segurando-a com mais força e temendo pela criança. Tentando observá-la com mais cuidado, o rapaz aproximava o rosto de sua face e fitava os grandes olhos vermelhos, tentando chamar sua atenção.


- Anna... – Falou, num tom de voz calmo contrastante com a forma como ele havia tratado o pokémon selvagem ali presente, em seguida tentou tocar o rosto da menina na esperança de que ela falasse algo. Infelizmente nenhuma resposta chegara aos seus ouvidos naquele momento. Voltando então a observar a batalha, o treinador rapidamente percebia que seu plano não pudera ser executado como consequência das ações de Growlithe, mas que provavelmente funcionaria na segunda tentativa, caso o cachorro permanecesse preso pelo Sand Tomb, fato que a seus olhos não mudaria com facilidade.  – Repita a estratégia, dessa vez você deve conseguir acertar!

Claro, após dizer aquela “nova” ordem, se é assim que pode ser chamada, Gabriel virou seu olhar para Anna, aguardando alguma reação e, mais que isso, pressionando o pequeno corpo contra o seu, abraçando-a. Talvez realmente fosse uma boa ideia sair daquela mansão assim que a batalha terminasse, para enfim cuidar do bem estar da menina...

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Off: Claro, compreensível! ^^

Trapinch seguia as repetitivas ordens de seu treinador. Era menor que Growlithe, sentia-se intimidado pelo adversário, mas estava confiante naquela batalha. Aos poucos ia se acostumando mai com o estilo de Gabriel. Em certos momentos, era necessário ouvir apenas uma ou duas frases para executar os movimentos de ataque ou defesa. Criava-se, portanto, no time de Gabriel uma certa liberdade sentida pelos Pokémon no momento da batalha, o que era algo excelente.

A estratégia foi repetida. Alguns blocos de pedra eram levantados e arremessados em direção a Growlithe, que não tinha a mínima possibilidade de desviar do ataque (Rock Slide). O pequeno canino foi golpeado pelas rochas, que não chegaram a cobri-lo, mas rodeavam-no.

Aquele Growlithe, entretanto, parecia ser realmente esperto. Movimentou seu corpo um pouco para trás e descarregou sua força física para frente, no intuito de acertar uma das rochas qyue estava bem à sua frente. Deu certo. A rocha foi golpeada e deslocou-se até Trapinch, causando-lhe certo dano. Sem perder tempo, Trapinch utilizou um segundo movimento, criando ainda mais areia aos pés de Growlithe, deixando-o preso pela umidade do local, que formava uma espécie de lama, uma areia que prendia os pés do canino, impedindo sua movimentação (Sand Tomb).

Hora da Batalha
Campo: Largo corredor da Mansão Pokémon, com cerca de 3 metros de largura.

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Vs.
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Growlithe ()
Trait: Intimidate
Hold Item: ???
Lv. 29
0%
Status: Fainted

Trapinch ()
Trait: Arena Trap
Hold Item: ???
Lv. 26
49%
Status: -1 Attack

Trapinch havia vencido a batalha. Growlithe jazia manchando seu pelo na areia produzida pelo movimento terrestre do Pokémon de Gabriel.

Perto de Gabriel, a menina respirava muito lentamente, com um olhar totalmente depressivo, mirado na direção de Growlithe. Estava muito fraca, e isso era realmente visível. Possuriria alguma doença? Qual era o problema, quem era aquela menina, afinal? Gabriel precisava tomar decisões acertadas, ou poderia ter sérios problemas daquele momento em diante. Apenas quem passa por sérios traumas pessoais sabe a dificuldade de superação que estes podem apresentar.


Experiência:

- Trapinch recebeu 1843 de Exp., incluindo um bônus de 5%;
- Trapinch passou para o lv. 26;
- Trapinch recebeu 3 pontos de Felicidade.

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E ele havia vencido outra, para variar, mas ao contrário de durante a batalha contra a dupla de Dittos, Gabriel não sentia satisfação alguma em ter derrubado aquele cachorro. Sua agressividade perante Growlithe fora completamente injustificável, o treinador havia agido de forma arbitrária, adversa ao modo como ele havia dado início à batalha anterior: Com a única intenção de proteger Anna de pokémons agressivos. De fato seus últimos dias haviam sido contrastantes e de certa forma o rapaz sentia como se estivesse a perder toda a sua personalidade... já não era a mesma pessoa que fora ao receber seu primeiro Pokémon, porém teria tudo realmente iniciado somente após a quebra de sua amizade com Natalie? Talvez, entretanto não podia deixar de ponderar quanto à possibilidade de ele mesmo não ter avaliado bem suas ações.

Suas fraquezas eram muitas e o levaram a crer que apenas força salvaria suas amizades e afastaria o mal de sua vida, mas e se ele mesmo fosse a causa de todo este mal? Em momento algum o treinador acreditava ter chegado a considerar a possibilidade de buscar a ruiva e desculpar-se – não, ele fez o oposto e a evitou completamente, inclusive usando um de seus pokémons para afastar-se de outros seres humanos e se não fosse a desobediência do pequenino em seguir uma ordem tão estúpida ele não teria sido capaz de salvar Anna. Havia algo de errado consigo mesmo, estava cansado, frustrado e não conseguia pensar bem... talvez necessitasse tanto de um bom descanso quanto a criança que segurava em seus braços e que, com a derrota de Growlithe, aparentava estar apenas mais depressiva... ela havia sofrido muito mais do que ele imaginava, Gabriel conseguia ao menos entender esse fato ao fitar os olhos de coloração escarlate. Aquela garota possivelmente precisava tanto desabafar quanto ele mesmo...


- Durma. – Pausou seu “momento reflexivo” para pronunciar aquela simples palavra, antes de erguer o rosto e olhar para o teto da sala em que estava. – Vamos para a cidade... Fofinha precisa de cuidados...

A dificuldade encontrada pelo jovem era em dirigir-se à Anna com tais palavras, constantemente ele questionava-se quanto à causa dos “novos” problemas da albina... não seria ele mesmo, afinal? A verdade era que a garota dirigia grande afeição a ele, mas não era surpreendente o fato de um rapaz naquela situação ser incapaz de perceber o quão importante ele havia se tornado para uma criança abandonada e sem família... Ou talvez percebesse, mas apenas esquecesse essa realidade em meio aos furacões que o transtornavam em sua alma.

Lentamente ele ergueu seu braço, segurava uma cápsula bicolor e apontava-a para Trapinch, em questão de segundos o Pokémon foi retornado ao objeto, que por sua vez fora guardado num bolso e substituído por outro similar, mas que era lançado na direção do corpo do Pokémon derrotado. Ah, e como era de se esperar o loiro virou-se sem dizer uma palavra sequer, dirigindo-se então até onde acreditava ser a saída para o local, Raichu seguia-o fielmente e Anna jazia em seus braços, inerte e silenciosa.

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OFF: :


Gabriel estava preso a um turbilhão de emoções e pensamentos. Tinha em seus braços uma garotinha, em transe, em choque. Anna Bertrand era distinta de toda criança que Gabriel já tivesse visto em sua vida, e isso não pelo fato de ser albina. Queria cuidar dela, ajudá-la, mas ao mesmo tempo pensava se não seria justamente a causa de alguns de seus problemas.

Afinal, o que ele estava fazendo com sua própria vida? Estava tomando o caminho certo ao se afastar de Natalie? A única certeza que atingia o jovem treinador naquele momento era a de que precisava descansar, e refletir um pouco mais sobre todos os acontecimentos que o rodearam até aquele momento.

Estendeu a pokébola de Trapinch que, como sempre, acompanhava tudo como se estivesse presente e ausente ao mesmo tempo. O raio escarlate encontrou o Pokémon, que foi atraído instantaneamente. Em seguida, lançou uma outra Pokébola a Growlithe que, completamente exausto, sequer teve forças para resistir à captura.

Dirigiram-se à saída daquela misteriosa mansão, que sempre proporcionava ao jovem uma surpresa diferente. Não tiveram muitas dificuldades em encontrar a saída, não haviam entrado por corredores estranhos ou feito um caminho tão difícil. A mansão em si estava silenciosa, como que respeitando os passos do treinador. Se havia ou não algum Pokémon observando o jovem, não fez menção alguma de atacá-lo, talvez por respeito a uma pequena criança que parecia em péssimas condições nos braços do treinador.

Como seria a vida de Anna Bertrand caso Gabriel não tivesse aparecido ou se teria ela sobrevivido ainda por um longo tempo, eram perguntas das quais Gabriel jamais obteria a resposta. Talvez o que o próprio jovem ainda não tinha entendido era que Anna Bertrand tinha muito mais a fazer por ele do que imaginava.

Gabriel atravessou a porta da Mansão. Cinnabar mais uma vez se estendia diante dele. Uma vida necessitava de cuidados urgentes. Era necessário agir rápido.

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