Pokémon Mythology RPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Entrar

Um dia diferente em Goldenrod!

3 participantes

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
Off :


A música que ecoava por toda a praça era realmente contagiante, o que levava não só Thomas, mas seus Pokémon também a procurarem de onde vinha tal melodia. Depois de caminharem por um curto caminho o grupo finalmente encontrou quem era o talentoso violinista, ou melhor talentosa. Em meio da praça uma menina de longos cabelos verdes tocava a belíssima música, acompanhada dela uma criança que parecia ter por volta dos oito anos e dançava alegremente com uma bacia de morangos enquanto falava palavras que pareciam não ter sentido, ao menos para o treinador.

Acompanhados das garotas dois Pokémon que podiam ser os donos do vulto amarelo, entretanto o jovem não conhecia nenhum deles e decidiu usar a Pokédex nos seres.

Minun
Minun


Um dia diferente em Goldenrod! - Página 3 312

Se chove, Minun procura logo um abrigo. Dizem que estar exposto simultaneamente às eletricidades de Plusle e Minun trará uma boa circulação sanguínea e um aumento de vitalidade.


Pachirisu
Pachirisu


Um dia diferente em Goldenrod! - Página 3 417

Ele vive no topo de árvores. É um dos tipos de pokémons com bochechas elétricas. Ele produz eletricidade com suas bochechas e atira com sua cauda. Quando um par é visto esfregando suas bochechas é porque eles estão compartilhando sua eletricidade.


Thomas decidia não interromper o concerto da menina e apenas observava a bela música distantemente enquanto ouvia as informações que a Pokédex ditava.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz

Off: Sim, vou fazer de tudo para acelerar o ritmo ^^


Encantado com o talento da pequena violinista, Thomas decide não interromper e apenas escutar a bela música, parando um segundo para registrar os dois Pokémons elétricos em sua Pokedex. O jovem por um momento suspeitou que um dos dois, mais provavelmente o Minun, podia ser o vulto que vira antes, no entanto ainda não tinha provas concretas disso. Além do mais, os dois Pokémons pareciam tão alegres ali que provavelmente não teriam saído de lá até que a garota de cachos verdes parasse de tocar.

Passaram-se treze longos minutos desde o início da melodia, até que os dedos da violinista começaram a comichar, fazendo a mesma terminar as notas musicais. Ao mesmo tempo em que a música terminara, os Pidgeys voltaram para a segurança dos galhos fino das árvores da praça. A talentosa menina abriu os olhos, tinha os mantido fechados enquanto tocavam, revelando os mesmos olhos verde-esmeralda da garota mais nova.

Incrível, Onee-chan, na no! - Exclamou a dona dos cachos loiros, que estava de pé aplaudindo com as mãos suja de restinhos de morangos.

Isso... Não foi nada demais, kashira! Já toquei coisas muito melhores. – Respondeu a violinista, cruzando os braços, em uma falha tentativa de demonstrar que não estava surpresa, pois sabia de seu potencial.

Sério Onee-chan? Que incrível, na no! – A voz doce da garotinha demonstrava grande entusiasmo, além de indiscutível admiração pela mais velha, que aparentemente era sua irmã.

Enquanto as duas conversavam, Thomas pôde notar algumas características bastante peculiares, entre elas se sobressaíam o modo como encerravam as frases. Por algum motivo, a caçula terminava-as com “na no”, enquanto a dona dos cachos verdes costumava terminá-las com “kashira”, apesar de que com menos frequência. Olhando novamente para a dupla, o treinador viu que a violinista acariciava Minun, enquanto a outra menina limpava as mãos sujas de morango na barra do vestido.

Você gostou, Pizzicato? – Perguntou para o roedor de bochechas azuladas, recebendo confirmações animadas por parte do mesmo. – Que bom, kashira!

Unyuu, na no! Berrybell gostou também! – Exclamou a menor das garotas, enquanto abraçava Pachirisu, provavelmente se referindo ao nome que dera a esta, e recebendo uma sequencia de confirmações da mesma.

Até então a presença de Thomas passara despercebida, no entanto isso muda quando o pequeno Minun nota pela primeira vez o grupo que assistia a tudo. Parecendo um pouco confuso, o elétrico puxa levemente o cabelo da violinista, chamando assim a atenção da mesma.

Hum? O que foi, Pizzicato? – Minun responde apontando na direção do treinador e seu grupo de Pokémons. Os olhos da violinista se arregalam com a surpresa, era perceptível que ela não esperava por outros espectadores. – Quem... Quem são vocês, kashira?

A menina usa o plural na pergunta, provavelmente se referindo aos Pokémons de Thomas também.

Unyuu, na no? – Ao notar o grupo, a mais nova repete as mesmas palavras de antes, que para o treinador continuavam ser ter sentido.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
Off :


Passou um tempo até que a garota de cabelos verdes parou de tocar, a garota era extremamente boa naquilo que fazia. Era estranho duas garotas tão jovens estarem sozinhas, talvez elas fossem naturais da cidade, entretanto seus Pokémon não eram da região o que deixava o treinador com uma dúvida.

As garotas pareciam finalmente notar Thomas e seus parceiros ali e começavam a fazer perguntas.

- Desculpem, eu estava ouvindo você tocar. Eu sou Thomas, esses são Zuko, Néftis, Sadie e Hero.

O jovem começava a se apresentar assim como aos seus Pokémon que cumprimentavam as garotas, menos Zuko que parecia tímido com a presença de estranhos enquanto se escondia atrás das pernas de Thomas.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
Off: Bem, eu posso tentar, é improvável que o código seja muito complicado. No entanto, talvez precise de uns quinze a vinte minutos para isso... Até amanhã de manhã sua Box estará atualizada.



A presença de Thomas enfim era notada pelas garotas, que logo fizeram algumas perguntas ao mesmo. O jovem, que até então estava preso em reflexões sobre o motivo de duas garotas daquela idade estarem ali sozinhas, e ainda mais acompanhadas somente por dois Pokémons não nativos da região, desperta para a realidade e apresenta tanto a si mesmo quanto aos seus Pokémons. A maioria dos monstrinhos de bolso cumprimentaram animadamente as meninas, porém Zuko apenas se escondia atrás das pernas de seu treinador, tímido demais para procurar se socializar.

Vo... Você ouviu tudo, né, kashira? – Perguntou a violinista, parecendo um pouco envergonhada. Aparentemente, ela não estava acostumada a tocar para ninguém que não fosse a garota menor. – Bem, me chamo Kanaria. E esse aqui é o meu Minun, Pizzicato.

Mi... – O roedor elétrico de bochechas azuladas não cumprimentou o grupo, apenas recuou alguns passos para trás de sua dona. Ao contrário de Zuko, a ação não tinha sido motivada por timidez, e sim por desconfiança.

Hey, Pizzicato, não precisa agir assim! É falta de educação não cumprimentar os outros, kashira! Vamos, diga oi! – Repreendeu a menina de cabelos verdes, conseguindo assim fazer com que o elétrico dissesse um simples “oi” em sua própria língua, no entanto este não saiu de trás dela. – Eerrr, desculpem por Pizzicato. Ele é um tanto desconfiado...

Kanaria encarou seu Pokémon, que desviou os olhos no mesmo instante, fazendo com que esta soltasse um suspiro inconformado.

Um Eevee! Olhe, Berrybell, é um Eevee de verdade, na no! – A voz doce e estridente da mais nova das garotas chamou a atenção de Thomas. No momento, a menininha de cabelos loiros saltitava no mesmo lugar, segurando Hero fortemente em seus braços. A pobre raposa tentava em vão se libertar, a dona dos cachos dourados o abraçava com uma força impressionante, quase deixava Hero sem ar. Aos pés da garotinha, sua Pachirisu gritava para o Eevee algo que parecia ser um encorajamento para que ele aguentasse firme. – Kanaria! Posso ficar com ele, na no?

Não, você não pode! – Respondeu com naturalidade a mais velha, não parecendo nem um pouco surpresa com a atitude da outra. – Aquela é minha irmã caçula, Hina Ichigo. A Pachirisu se chama Berrybell. E... Bem, você já deve ter reparado, mas ela adora Eevee’s... E Pokémons fofos no geral.

Thomas ouvia cada palavra dita por Kanaria, ficando cada vez mais convencido de que acabara encontrando o grupo mais peculiar que já andara por Goldenrod. No entanto, logo um súbito movimento chamou a atenção do treinador. Ignorando os apelos de Hero, as risadas de Sadie e Néftis, e os pedidos de Hina Ichigo para ficar com o Eevee, Thomas percebeu a presença de um outro ser, que observava o grupo escondido atrás de uma árvore. Ele estava longe, de modo que era impossível distinguir os detalhes de sua aparência, porém o jovem conseguia ver claramente que se tratava de um ser amarelo. O mesmo que observara Cyndaquil há alguns minutos. No entanto, mais ninguém parecia tê-lo notado, nem mesmo o desconfiado Minun, tornando Thomas o único ciente de sua presença.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
Off :


A garota mais velha parecia um pouco incomodada com o fato de um estranho ter visto sua apresentação de violino, era provável que a jovem não estivesse acostumada a se apresentar abertamente. Apesar da provável falta de experiência com o palco, Kanaria, era assim que a violinista se denominava, tinha um talento considerável no que ela fazia.

- Na verdade eu ouvi sim, fazia tempo que não apreciava uma melodia tão bela.

Não demorou muito e a violinista logo apresentou para o resto da turma tanto sua irmã, como os roedores que acompanhavam as garotas. Pelo que a garota falara a pequena era apaixonada por Pokémon fofinhos, tão apaixonada que apertava fortemente Hero. O Eevee olhava com um olhar reprovador para Thomas como se este se perguntasse: "Posso manda-lá para longe com Take Down?". Apesar do treinador achar aquilo engraçado este mandava o mesmo olhar reprovador para a raposa como se negasse a pergunta.

Depois da conversa sobre Eevees e Pokémon fofos, Thomas se sentia incomodado com uma coisa. O treinador sentia como se estivesse sendo observado, entretanto eles estavam no meio da cidade e era provável que um outro Pidgey estivesse por perto, porém não era bem isso. Ao observar toda a extensão da praça o treinador notara ao longe o mesmo observador de antes, o Pokémon amarelo aparecia novamente e parecia observar a turma, era óbvio que aquele não era nenhum dos Pokémon das irmãs visto que estes se encontravam ali. Tentando descobrir quem era o ser Thomas tirava sua Pokédex do bolso e apontava para o ser amarelado.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
Off: Box editada.

A presença do misterioso ser incomodava Thomas, uma vez que agora era visível que este não se tratava de nenhum dos Pokémons das garotas. Na primeira vez que o vira, enquanto este espionava Cyndaquil, o treinador pensara que era apenas fruto de sua imaginação, no entanto ali estava ele novamente, observando o grupo com estranho interesse. Considerando que estavam em uma cidade, era possível que fosse apenas um Pokémon urbano que estivesse curioso. No entanto, se este fosse o caso, por qual motivo um monstro de bolso que já possuía sua própria vida para cuidar demonstraria tanto interesse por um grupo de humanos? A hipótese de que ele tivesse sido atraído pela melodia de Kanaria nem mesmo era considerável, uma vez que o ser já espionara Thomas e seus Pokémons antes mesmo de a violinista começar a tocar.

Em uma tentativa de descobrir a identidade do espião, o jovem aponta sua Pokedex na direção de seu esconderijo. Por um par de segundos a máquina avermelhada parece começar a processar as informações, no entanto logo aparece na tela uma mensagem em letras vermelhas: “Pokémon não encontrado”. Ao erguer os olhos da Pokedex, o rapaz percebe que o ser em questão desaparecera misteriosamente, do mesmo modo como acontecera da outra vez. Mas como aquilo seria possível?

Vo... Você realmente achou, kashira? – Questionou Kanaria, parecia um pouco surpresa pelo elogio de Thomas.

Minun! – Pizzicato, que até o momento ficara o mais distante possível do treinador e de seus Pokémons, se aproximou um pouco deste e abriu um pequeno sorriso para o jovem. Aparentemente, o elétrico julgava que ninguém que possuísse um bom gosto musical poderia ser má pessoa. – Mi... Nun?

O roedor enfim percebeu a distração de Thomas, e seguiu seu olhar até o ponto onde o ser amarelado estivera. Apesar de não haver mais nada ali, o pelo de Minun se arrepiou, e este logo subiu na cabeça de sua dona, onde permaneceu em posição de alerta.

Hum? O que foi, Pizzicato? – Kanaria tentou olhar diretamente para seu Pokémon, e franziu a testa ao perceber que não podia ver o topo de sua própria cabeça. Com um suspiro inconformado, a garota passou a tentar retirá-lo de lá, no entanto recebia pequenos choques elétricos sempre que tocava nele. O ato não parecia ser proposital, era possível que o Minun apenas não tivesse pleno controle sobre seus poderes elétricos ainda, de modo que estes acabavam sendo liberados quando o roedor se sentia ameaçado. – Pizzicato...

A face da violinista assumiu uma expressão pensativa, como se esta lidasse com um conflito interno de pensamentos. Ela parecia ter uma boa ideia do que incomodava tanto seu precioso amigo, mas fosse o que fosse resolveu não compartilhar.

Enquanto isso, completamente alheia ao clima tenso que se instalara por ali, Hina Ichigo começara a rodopiar com Hero em seus braços. O Eevee parecia ficar cada vez mais tonto com aquela brincadeira, o que não poderia se dizer da menininha, que gargalhava alegremente. Na alegria por brincar com Eevee, ou melhor, usar este como seu brinquedo, ela acabara esquecendo-se da bacia que até então insistira em carregar, alguns morangos ainda permaneciam nesta. Vendo o recipiente indefeso e ainda com algumas frutas avermelhadas, Berrybell achou aquele um excelente momento para fazer um lanchinho enquanto sua dona estava distraída.

Hey, Kanaria! – Gritou Hina Ichigo, usando um de seus braços para acenar para a mais velha. Ao se ver com apenas um braço em torno de si, Hero fez uma tentativa desesperada de escapar, porém a garotinha o abraçava com uma força surpreendente para alguém de sua idade, de modo que este não chegou nem perto de conseguir a liberdade. – Vem brincar com a gente, na no!

Como? – Kanaria pareceu despertar de seus pensamentos apenas naquele momento. Olhando para sua irmã caçula, a expressão da violinista voltou a ser alegre, embora Thomas ainda pudesse ver a preocupação em seus olhos. – Claro, estou indo!

A garota deu alguns passos na direção da menor, que agora também convidava Sadie e Néftis para brincar, porém logo fez uma pausa e se virou na direção do treinador, ainda com Pizzicato em sua cabeça.

Você não vem? – Perguntou, sorrindo para ele. A menina fazia de tudo para parecer despreocupada, e poderia ganhar um prêmio por sua ótima atuação, mas não conseguia disfarçar pequenos detalhes, como estar segurando seu violino com mais força do que antes, quase deixando seus dedos vermelhos. Enquanto Kanaria voltava a andar na direção da irmã, Thomas conseguiu ouvi-la sussurrar algumas palavras, que ela provavelmente não queria que ninguém ouvisse. – Por favor, tudo menos isso...

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
Off :


O treinador apontava o aparelho para o local, entretanto não achava absolutamente nenhuma informação. O jovem desviava o olhar para a árvore novamente, entretanto o ser parecia sumir em meio ao ar. Aquela sensação de estar sendo observado incomodava Thomas, talvez aquilo fosse fruto de sua imaginação, porém o Minun de Kanaria havia reparado que o jovem parecia incomodado com algo e foi na direção da árvore que o mesmo observava.

O rato não demorou muito e logo voltou correndo para junto de sua dona, o mesmo parecia incomodado com o ser amarelo, visto que o Pokémon negativo tinha seu pelo ouriçado e soltava faíscas elétricas. Devido a reação que seu Pokémon teve a violinista parecia estar assustada e até pensativa com tudo aquilo, sua irmãzinha havia chamado a mesma para brincar e ela sequer falou algo e apenas algum tempo depois voltou em si.

- Hey Kanaria, você está bem? Parece que algo lhe afligiu.

Thomas parecia tentar descobrir o que acontecera com a menina enquanto iam em direção do local onde estava Hina.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
Thomas estranhava a atitude de Kanaria, a violinista parecia pensativa e sequer partilhava o motivo com o treinador. A garota nem mesmo correspondera ao chamado de sua irmã imediatamente, precisando de alguns segundos antes de perceber que esta lhe dirigira a palavra. Minun também agia de modo estranho, estava de pé na cabeça de sua dona e olhava ao redor com atenção, quase como se esperasse por um ataque surpresa.

O jovem acompanhava Kanaria enquanto esta atendia ao chamado de sua irmãzinha, perguntando a ela se havia algo errado. No entanto, a menina nem mesmo chegou a dar uma resposta direta, apenas assentiu e colocou o dedo indicador na frente dos lábios, em um pedido silencioso para que o ele não comentasse nada com Hina Ichigo.

A menininha em questão parecia se divertir imensamente, e agora também brincava com Sadie e Néftis. Na alegria por estar em contato com dois Pokémons que jamais vira antes, ela até mesmo se esquecera de Hero, para o alívio do Eevee. A pobre raposa estava deitada no chão, tentando recuperar o fôlego após este ter lhe sido roubado pelo abraço esmagador da loira. Berrybell oferecia seu último morango para o Pokémon Normal, parecia solidária para com ele. Hoothoot e Quagsire, por outro lado, pareciam gostar bastante da pequenina, brincando animadamente com ela.

Unyuu, na no! – Repetia a irmã mais nova de Kanaria, porém o significado de tais palavras continuava oculto para o treinador. Isto é, se isso realmente significasse alguma coisa.

Ao perceber a aproximação de Thomas e Kanaria, a menor perguntou se eles queriam brincar também, no entanto a violinista disse que daquela vez preferia apenas assistir e, ignorando os protestos da caçula, sentou-se embaixo da árvore mais próxima, sem nem mesmo preocupar-se em procurar um banco,

Minun? – Pizzicato havia enfim se acalmado, e descera da cabeça de sua dona para o colo desta. Kanaria acariciava o pelo do roedor enquanto sussurrava alguma coisa para este. Thomas estava um pouco distante da menina, de modo que não pôde distinguir tudo o que esta dizia, sendo capaz de compreender apenas o final.

... Thunder Wave quando chegarem. Não quero que aconteça tudo de novo, kashira.

O Minun assentiu, subindo novamente na cabeça da menina e usando-a como um ponto de vigia. Thomas não sabia o que estava acontecendo por ali, mas estava certo de que não era algo bom. Kanaria parecia estar ciente do que se passava, porém até o momento não dissera nada para o menino. Hina Ichigo aparentava não ter percebido nada de anormal, continuava brincando com os Pokémons do jovem, no entanto talvez até mesmo ela tivesse alguma pista. Naquele local, o treinador tinha certeza de que era o único que não sabia de nada, e isso lhe desagradava.

Hey, Thomas, poderia vir aqui um instante? – Antes mesmo que o menino pudesse processar os recentes acontecimentos, a violinista lhe chamou. Com um gesto em uma das mãos, a garota indicou que o garoto se sentasse ao seu lado. – Preciso lhe contar uma coisa, kashira.

Enquanto o treinador decidia se atendia ao chamado da garota ou não, Pizzicato pulou da cabeça desta para um dos galhos da árvore, e passou a ir de galho em galho até chegar em uma altura considerável. De pé e parcialmente escondido pelas folhas, o Minun passou a ficar de vigia por ali, sabendo que de lá teria uma melhor visualização do lugar à sua volta.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
O momento era de tensão, Kanaria parecia extremamente desconfiada de algo e apesar de tudo não compartilhava o que lhe afligia com Thomas. Em resposta a pergunta anterior do treinador, a violinista apenas fazia um gesto de silêncio com a mão esperando que o treinador não falasse nada sobre o assunto na presença da menina mais nova.

Apesar daquilo Hina brincava tranquilamente com Quagsire e Hoothoot, parecia sequer saber que estava possivelmente em perigo, ou talvez até soubesse, porém soubesse esconder aquilo muito bem. A garota continuava repetindo as mesmas palavras de antes, o significado de "unyuu, na no" ainda era desconhecido para o herdeiro dos Wilkerson. A curiosidade de saber o que aquilo significava era imensa, porém talvez aquele não fosse o melhor momento para fazer perguntas.

A jovem dos cabelos verdes sentava-se em frente a uma árvore junto de Minun, parecia cochichar algo para o roedor entretanto o treinador não prestava atenção e conseguia ouvir apenas a última parte da frase, em que Kanaria ordenava um Thunder Wave para o Pokémon, seguida de dizer que não gostaria que acontecesse de novo. Com certeza não era nada bom que estava para acontecer, nesse momento o treinador mudou seu semblante e ficou mais sério, o que despertou a curiosidade de Cyndaquil que puxava a barra da calça de Thomas como se perguntasse "o que aconteceu".

- Não é nada, apenas fique atento.

Talvez o Pokémon inicial não tivesse entendido o recado direito, porém Thomas não estava preocupado com isso e sim com as garotas. A mais velha fazia sinal para que o jovem de Mahogany senta-se ao seu lado e em seguida pedia para que este ouvisse algo que a mesma tinha a dizer.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz

O herdeiro dos Wilkerson ficava cada vez mais desconfiado com sua atual situação. Kanaria estava obviamente lhe escondendo algo, a menina nem mesmo tentava disfarçar isso, e o jovem suspeitava de que até mesmo Hina Ichigo poderia saber de alguma coisa. No entanto, se esse fosse o caso, a caçula mereceria um troféu por sua atuação impecável.

Zuko, percebendo o clima tenso que se instalava por ali, puxou a barra da calça de seu dono, parecendo perguntar-lhe se havia algo errado. A resposta que recebeu não foi de seu agrado, porém o roedor de fogo preferiu não discutir, apenas confiou no humano e ficou mais atento ao que acontecia à sua volta.

Você viu, não viu? – Perguntou Kanaria quando Thomas sentou-se ao seu lado, provavelmente referindo-se ao vulto que parecia perseguir o grupo. Apesar de estar falando com o treinador, a violinista em nenhum momento encarou o mesmo, mantinha seu olhar fixo em Hina Ichigo. A mais nova continuava brincando alegremente com os Pokémons do rapaz, parecia não se divertir daquele modo há muito tempo. E, a julgar pelo modo tristonho como Kanaria observava a irmã, aquela poderia ser a verdade.

Cyndaquil, que até então permanecera escondido atrás de Thomas, aproximou-se lentamente da garota mais velha, parando ao ficar frente a frente com ela. Abrindo um singelo sorriso, a violinista estendeu a mão na direção do roedor, porém não chegou a tocá-lo, apenas deixou seus dedos a alguns centímetros do inicial para ver a reação deste. Por um momento, Thomas teve certeza de que seu Pokémon recuaria, no entanto Zuko lhe surpreendeu ao aproximar-se mais um pouco da menina, pressionando seu focinho contra sua mão e permitindo que ela lhe acariciasse.

Não sei ao certo o motivo de um deles ter aparecido com você aqui, geralmente evitam estranhos... – Sussurrou, segurando o Cyndaquil do Wilkerson e colocando-o em seu colo. Surpreendentemente, o tímido roedor não protestou, apenas deixou que a garota fizesse carinho em suas costas. – ...E, infelizmente, tanto eu como Hina Ichigo já não somos desconhecidas para eles...

A menina deixou escapar um suspiro inconformado, erguendo os olhos até o galho acima de sua cabeça, lugar onde Pizzicato continuava de vigia.

Na verdade, isso já se tornou mais irritante do que assustador... Antes as brincadeiras eram feitas apenas de mês em mês... Agora são muito mais frequentes. – Kanaria brincou distraidamente com os acordes de seu violino, sem verdadeiramente produzir algum som. Thomas ficava cada vez mais confuso, as perguntas sem respostas aumentavam a cada frase pronunciada pela garota. Quem eram “eles”, em primeiro lugar?

Percebendo a confusão do treinador, Kanaria sorriu de maneira tristonha e abriu a boca para continuar falando, no entanto acabou sendo interrompida por um Minun muito nervoso, que na pressa de descer da árvore acabou escorregando e caindo em cima da cabeça de sua dona. A menina deixou escapar um sonoro “AI!”, enquanto Pizzicato pareceu aliviado por ao menos ter tido uma aterrissagem suave.

O que foi agora, Pizzicato? – Perguntou, esfregando o local dolorido. O roedor não respondeu, apenas pulou para a frente de sua dona, suas bochechas estalavam eletricidade. O semblante de Kanaria mudou de inconformado para sério, ela segurou com mais força o violino e levantou-se. Zuko, que até então estava em seu colo, precisou subir para sua cabeça. – Maldição, é tarde... Eles chegaram. Olhe ali, Thomas.

A violinista apontou para uma árvore a alguns metros dali. Ao olhar naquela direção, o garoto teve o desprazer de ver o mesmo ser amarelo espiando o grupo novamente. No entanto, dessa vez ele não estava sozinho. Olhando ao redor, Thomas viu que novos vultos, idênticos ao primeiro, estavam espalhados pelo local, cada um atrás de uma árvore.

Dessa vez, Quagsire, Hoothoot, Eevee, Pachirisu e até mesmo a distraída Hina Ichigo conseguiram notar a presença dos espiões. Os três Pokémons do jovem ficaram confusos, sem saber como reagir, no entanto Hina e Berrybell tiveram uma reação muito diferente. A menininha começou a tremer da cabeça aos pés, escondendo-se atrás de Néftis enquanto a elétrica pulava para seu colo, abraçando um de seus braços como se pedisse por proteção.

Por onde quer que olhassem, novos vultos pareciam surgir magicamente atrás das árvores da praça. Não havia por onde correr, o grupo estava completamente cercado.

descriptionUm dia diferente em Goldenrod! - Página 3 EmptyRe: Um dia diferente em Goldenrod!

more_horiz
privacy_tip Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos