Chap. I: When the journey begins!

O sol ainda brilhava forte, dispersando seus raios alaranjado pela copa das árvores que margeavam a Rota 1, primeiro obstáculo que eu deveria fazer para poder chegar à Viridian, a cidade mais próxima de Pallet. Depois dali, chegaria à cidade de Pewter, onde ocorreria meu primeiro desafio em um ginásio rumo ao meu triunfo futuro sobre a Elite dos Quatro.

Observando a grama rasteira, percebi uma oscilação incomum mais à frente, sendo que outra crescia arduamente. Na escola, lembro-me bem de que na grama alta residem pokémons selvagens, portanto era bom caminhar com meu Bulbasaur junto. Arqueando a sua determinada Pokéball, joguei-a para frente, onde um raio vermelho-sangue materializava um dinossauro pequeno com um bulbo acoplado às suas costas.

— Bulbasaur, estou lhe soltando para precauções, além de que você realize sua fotossíntese normalmente. Então, me avise quando você sentir qualquer tipo de hostilidade, tudo bem? — assentiu. — E o que acha de eu chamá-lo de... Robb?

Ele sorriu enquanto pulava em seu próprio eixo, como se adorasse o seu apelido. Peguei um petisco no bolso de minha calça jeans e dei para que comesse como recompensa de seu bom comportamento. Então, seguimos a andar por aquele recinto até então desconhecido e possivelmente hostilizado pelas criaturas que talvez jamais tivesse qualquer tipo de contato com humanos.

Meu objetivo ali? Adquirir experiência com Robb ou até mesmo algum novo parceiro que pudesse subsidiar na futura batalha no ginásio de Pewter. Por enquanto, é necessário ir por partes.

Um homem acenava sem parar. Trajava um jaleco branco enquanto examinava o recinto com uma lupa, pedindo para que eu fosse até ele junto ao meu recém-apelidado Pokémon. Uma coisa excêntrica foi quando meu Bulbasaur pareceu ter uma boa impressão daquele homem. Por conta de seu espírito coletivo e confiar rapidamente, o considerava ainda ingênuo; acho que não tinha noção da maldade desse mundo.

Ele partiu na direção do homem que aparentava ser cientista mais rápido que eu, que desconfiado, relutava. Meus passos eram tardios e curtos, até que Robb se aproximou dele proferindo palavras eufóricas. Acelerei o passo para poder proteger Robb, e dentro de poucos segundos estava lá.
Então, fiquei a fitar seu semblante, deixando um pouco nítida a minha feição desconfiada.

— Você ainda está na Rota 1, uma rota ainda de iniciantes sendo que poderia explorar outras rotas com pokémons talvez mais aptos... Entretanto, para estar nessa localização, talvez seja um assistente de Oak, certo? — indaguei, esperando respostas do mesmo.

Parecia estar em carreira solo. Em pouco tempo, o cientista retirou de sua mochila um livro grosso repleto de manchas amarelas em suas folhas. Aos poucos, fui descerrando o livro, correndo os olhos e percebendo o quão minucioso era aquele homem denominado Tobias em suas análises. Agora, de fato, não tinha mais nenhuma suspeita sobre ele.

Tobias proferira que Bulbasaurs são fascinantes à sua pessoa. De fato, são muito fascinantes em todos os sentidos. Não foi à toa que escolhi Robb para a minha jornada. Lendo aquele livro de relance, percebi também bons métodos de poder nivelar meu Pokémon para que este já esteja mais forte para quando estivermos em Pewter.

— De fato, são impressionantes sim. E no momento, acabo de sair de Pallet, estou buscando quem sabe algum novo parceiro ou qualquer método propício de treinamento a meu Bulbasaur. Poderia me ajudar nesse quesito? — indaguei serenamente, já que comprovei que ele não me parecia tão hostil.

Ao ouvir a palavra “recompensa” sair da boca de Tobias, fiquei interessado em fazer o que ele me pedira; talvez, a captura de um Pokémon poderia ser algo propício para meu início assim como sua recompensa. Tomei o papel e já li tudo expeditamente. Ao término, virei a folha e vi uma imagem de um caranguejo laranja já surrada e amassada. Mal dava para ver direito.

— Não consigo enxergar direito... Poderia me informar qual é esse tal Pokémon? — perguntei a Tobias, curioso, ávido para caçá-lo e obter a recompensa de suas mãos.

Então, Tobias começou a sair do ambiente dizendo que era necessário buscar mais espécies e fazer as devidas análises que eram o seu hobby. Agora, ele me deixou a missão de conseguir capturar um Pokémon que possui duas protuberâncias que podem funcionar como garras. Segundo o cientista, eles em geral são dóceis, mas acho que a me ver junto a Robb possa vir uma oscilação de temperatura podendo se transformar numa rivalidade.

A dica que deixara era seguir ao norte. Por sorte, eu ainda estava em seu início e creio que não será necessário ir até seus confins para conseguir obtê-lo com êxito. Com um mero balançar de minha cabeça com minha cabeleira loira lisa bailando à brisa mediana da Rota 1, pedi para que Robb acompanhasse-me em meu mesmo ritmo, para poder facilitar a tarefa.

— Robb, por favor, enquanto estivermos caminhando, relate-me caso sentir qualquer tipo de movimento hostil, entendeu? — assentiu com um sorriso acoplado de um balançar de sua cabeça.

A partir daí, começamos uma busca incessante por tal Pokémon para adquirir aquele Pokémon. Seguimos andando em passadas lentas para que pudéssemos analisar o terreno com mais precisão, e desse modo, conseguir chegar àquela criatura que Tobias queria com tanto ardor. Entretanto, se ele não encontrou, talvez seja rara, ou ele não quis examinar tão minudentemente como estava quando encontramo-nos.

O tempo não tardava em passar tão depressa, até que eu e Robb nos cansamos depois de muito andar ao norte exposto aquele sol forte em uma tão bela tarde. Realmente, nada detectamos enquanto andamos até que nossas forças conseguiram evaporar com tal facilidade. Com o tronco abaixado apoiado em meus joelhos, olhei para o semblante de meu Bulbasaur. Seu cansaço era apenas físico, já que estar com o clima daquele modo lhe era favorável. Quanto a mim, sentia o quente suor rorejar de minha cabeça até cair nas gramíneas aos nossos pés.

— Vamos descansar um pouco, tudo bem? — relatou que suas pernas latejavam de dor por conta da caminhada, portanto, ele não hesitou em concordar.

Dentro de segundos, nos sentamos sobre a quente grama. Enquanto ali estava, corri os olhos ao meu redor e nada achei. Então, fiquei a fitar o céu azul sem a presença de nuvens enquanto fazia um pedido a Robb, o que foi até então o mais comum: para que ficasse atento a todo e qualquer tipo de movimento com a sua audição aguçada.