Emergência! Mudanças de personalidade e novos olhares sobre o mundo!

por **Kazehaya** Dom 3 Ago 2014 - 15:00

Off:

POV. Daisuke, on.

Era realmente isso, June me contou toda a historia. Como fui burro, meu futuro perdido por causa de um deslize! E pensar que todas as minhas lembranças serão esquecidas... Provavelmente não poderei ter novos amigos... Pokémons... Serei apenas um fantoche de minhas lembranças. Viverei em um jogo, onde poderá ocorrer game over a qualquer momento, aí reiniciaria tudo, provavelmente nas fases mais difíceis de minha vida....

June permaneceu calada durante todo o tempo, parecia querer me consolar mas as palavras não vinham... Logo depois adormeceu. A fitei durante um bom tempo- já que não dormi- parecia que admira-la de alguma forma me acalmava.

Quando já se passava mais de meia noite, ouvi um barulho. Sem eu pedir, Wartortle e Hippopotas saíram de suas pokébolas e me puxaram para fora do quarto. Na sacada, pude ver que ambos se preocupavam muito comigo. Chi tocava em várias partes de meu corpo, provavelmente procurando algum machucado. Já Hippo, roçava em minhas pernas a procura de carinho, parecia querer chorar.

- Hey, não tem nada doendo Chi- Falei enquanto lhe fazia carinho- E você- Disse para Hippo- É feio segurar as lágrimas, pode chorar!

Dessa vez era a minha vez de chorar! Segurei o sofrimento tempo demais, era a hora de deixar o sentimento tomar conta, mas apenas para meus Pokémons...

- Vi...u- Sniff!- Não tem nada demais....

Aos poucos me encostei na parede e sentei no chão. Ambos os monstrinhos me seguiram e ficaram ao meu lado. Varei a noite chorando, minha boca já estava com um sabor salgado de tanto chorar. Eu tinha a esperança de que esse pesadelo acabe. Contudo, quando os raios de sol iluminaram minha face, percebi que era tudo real... June já havia acordado, e o médico já estava ali, provavelmente para me dar alta. E fora isso que aconteceu, o médico me deu alta, mas tive que prometer ir sempre visitar um hospital.

~x~

Quando sai do hospital, notei como tudo em Goldenrod era feliz... Aquilo de certa me deprimia. A felicidade, os sorrisos, o barulho... Argh! Tudo era muito feliz, como eu fui um dia... Eu não quero me abastecer de lembranças boas, um dia as esquecerei mesmo! June, a única pessoa que tenho no momento, parecia tão- ou mais- preocupada que eu. Com poucas e breves palavras a indaguei:

- Err, June- A garota me olhou- Me prometa uma coisa....

- O que?- A jovem perguntou.

- Me prometa que nunca iremos nos separar! Que apesar das circunstâncias, estaremos juntos!

June pareceu pensar. Talvez por causa do tom de desespero em minha voz...

- É claro!- Proferiu docemente- Agora vamos para o Centro Pokémon, temos que curar nossos Pokémons.

E assim partimos rumo ao centro Pokémon, afim de restaurarmos as poucas energias dos monstrinhos. Sinceramente, depois do centro, minha vontade maior é sentar e permanecer imóvel, eu não estou muito afim de continuar a jornada. Na verdade, nada me apetecia no momento, nem mesmo uma boa batalha. Todavia, June parecia querer me reerguer. Me parece ser uma missão impossível para a garota. Não estou com vontade de me reerguer e, caso o milagre aconteça, me esquecerei algum dia...

por **Ame** Sáb 9 Ago 2014 - 3:27

Spoiler:

Tendo levado um profundo dano em sua memória e passado por uma noite difícil com muitas lagrimas e duvidas quanto ao seu futuro, Daisuke agora se via no centro pokémon junto de June para curar os seus pokemons. Quem dera pudesse ser um pokemon para ser curado tão eficientemente e sem ter qualquer sequela depois. Quando June veio lhe avisar que já podiam ir, ela demorou para obter uma resposta de tão apático que estava.

_Ei, Daisuke! Daisuke! Veja, foi Joy quem me deu, ela falou que é muito bom para os pokémon. _ June falou mostrando para o outro dois corações na frente dele. _ São Sweet Hearts, chocolate especial para pokémon, aqui, são dois para você e dois para mim! Legal, não acha?

O sorriso da garota era sincero, ela realmente tinha gostado do presente e parecia contente em da-lo á Daisuke.

_Aonde você quer ir? Vamos aonde quiser, você precisa se animar. Que tal explorarmos a cidade? Talvez encontremos algo interessante por ai.

por **Kazehaya** Sáb 9 Ago 2014 - 16:42

Off:

Certa vez, me perdi de meus pais, estávamos no centro de Cerulean e o fluxo de pessoas era enorme, fiquei procurando por eles desesperado, toda aquela multidão.... todo aquele barulho... era angustiante! Fora o fato de estar sozinho, ainda tive de aguentar á agressão de um pequeno grupo de vândalos. Aquela foi a primeira vez que pedi a Arceus para esquecer de tudo, apagar essas memórias tão ruins...Ah, como fui tolo! Se eu soubesse que um dia esse pedido se tornaria realidade, nunca teria me atrevido.

Mesmo assim, reclamar não mudaria nada... pelo menos teria as lembranças do passado. Imediatamente me lembrei de mamãe, em todas essas situações, era ela que me amparava. Seria bom tê-la comigo nesse momento, talvez eu deva voltar á Kanto passar um tempo com ela, ou, ao menos fazer uma ligação... devo isso á ela.

Quando me dei conta, June já voltava com os Pokémons. Ela parecia feliz por algo, o que seria? Quando ela se aproximou, estava com algo em mãos, quatro chocolates dados por Joy, quando a garota me ofereceu, agradeci:

- Obrigado.- Foi a única coisa que consegui falar.

Logo June me fez um convite, explorar Goldenrod. A cidade que outrora me trouxera glórias devido a Copa União, agora me traz mágoas com esse excesso de felicidade. Talvez um lugar calmo me anime, sem pessoas... só June, eu e os Pokémons.

- Tudo bem pra você irmos a um lugar mais calmo?- Indaguei- Não estou muito contente com essa cidade...- Enquanto falava, meus olhos focaram um telefone. Algo iluminou minha mente, eu preciso fazer isso- Vou fazer uma ligação, ELA precisa saber disso.

June pareceu compreender, sabia que desde quando fugi de casa, minha relação com minha mãe só havia piorado. E pra piorar, durante uma passagem por Viridian, minha mãe havia sido sequestrada por Rockets- justo quando faríamos as pazes- quando tudo acabou, pensei que poderíamos ter um conversa séria, mas o destino resolveu brincar mais uma vez, tive que correr para participar da Copa. No fim, não contei á ela meus motivos para ter me tornado um treinador.

Disquei os números de minha antiga casa. Uma ansiosidade me dominou. Como será que minha mãe reagiria com á notícia? Pi... Ela me xingaria por ser tão imprudente? Pi... Com estaria sua vida? Pi... " Alo" Sua voz invadiu a linha. Com um pouco de dificuldade, minha voz saiu. Meio falha, mais saiu:

- A..Alo!- Pude ouvir um grito abafado na outra linha- Sou eu, Daisuke! Estou com saudade, mãe...

por **Ancião** Sex 15 Ago 2014 - 14:51

Off:

O jovem Daisuke passou por maus bocados e ali no Centro Pokémon ele lembrava de um situação onde pediu para esquecer de algo, ironicamente em sua situação atual isso é realidade.

Após June voltar e tentar animá-lo com o presente recebido da Enf. Joy - sem sucesso - Daisuke explica querer ir para um lugar mais calmo e seus olhos cruzam o telefone e o jovem decide ligar para sua mãe. A cada toque de chamada Daisuke pensava em como seria a reação de sua mãe diante de sua tentativa de contato, afinal, muitas coisas ocorreram entre eles e a relação não estava no seu melhor patamar.

- Alô - a voz do outro lado era extremamente familiar para Daisuke - Olá... Está tudo bem contigo? Sua voz parece diferente - apesar da relação complicada, ela era mãe e conhecia seu filho como a palma de sua mão - Fala, Daisuke! O que houve??? - sua voz se exaltou com um misto de raiva e medo do ocorrido.

por **Kazehaya** Sáb 16 Ago 2014 - 22:56

Off escreveu: Oi Perri, espero que se divirta também (o(

Quando percebi, estava parado, com telefone em mãos e todos os poros de meu corpo suavam. Eu estava com medo, minha voz falhava cada vez que tentava proferir alguma palavra, eu parecia engasgar com minha própria saliva. Como falar algo tão grave a ela? Qual seria sua reação? Ela com toda certeza iria me matar. Além de sair de casa, a abandonei novamente em minha passagem por Viridian, graças a Copa União...

Como o mundo da reviravoltas, lá estava eu, ouvindo sua voz novamente. June logo de aproximou, parecia preocupada com minha pessoa. Em um movimento em falso, pus minha mão em cima da dela, pude perceber que ela corou, assim como eu não pude esconder minhas bochechas levemente avermelhadas. Acho que isso me deu um pouco de coragem, minha voz não tremulou, mesmo assim não expressei confiança:

- Mãe, vou ser direto. Não estou em meus melhores dias, é melhor saber apenas isso... – Exitei, será que é a melhor escolha não falar nada para ela- Talvez seja melhor assim- Pensei alto o suficiente para todos ouvirem- Neste momento estou em Goldenrod, com June, aquela que conheceu na delegacia em Viridian. Enfim, só queria saber se está tudo bem.

Tentei demonstrar confiança em meu tom de voz, mas era claro que isso era uma missão impossível. Talvez ela nem ligasse, ou nem mesmo se importasse. No momento só estou a espera de uma resposta....

por **Ancião** Dom 17 Ago 2014 - 17:13

Daisuke parecia estar batalhando contra o próprio Arceus nesse momento, suava por todos os poros corporais, sua voz parecia fugir quando ele mais precisava dela e como um ponto de luz, estava June, ao seu lado, suas mãos se tocaram e o vermelho pintou o rosto dos dois jovens e deu força ao rapaz falar de sua situação à sua mãe.

Após falar o que lhe ocorreu, tudo que era possível perceber do outro lado da linha era a respiração de sua mãe, era uma respiração pesada, que parecia dizer "Eu te disse, para não sair e se tornar um treinador" e por alguns longos segundos esse silêncio permaneceu fazendo os poros do corpo de Daisuke trabalharem mais e mais produzindo suor e do outro lado da linha, o silêncio continuava, cortante, estranho, angustiante, até que a mãe do jovem o desfaz:

- Venha para casa e conversaremos melhor sobre sua situação...

E desligou o telefone.

por **Kazehaya** Seg 18 Ago 2014 - 18:32

Era estranho pensar sobre isso, mas meu relacionamento com minha mãe ia de mal a pior. Claro, não sou a melhor pessoa e meu temperamento também não ajuda. Ouvir a respiração de minha mãe só atrapalhava minha situação, se eu queria manter a paz entre nós dois, ela parecia tentar manter a paz entre si mesma...

Triste, ouvir apenas algumas poucas palavras, seguidas de um som estridente. Do outro lado da linha só pude ouvir o tu..tu..tu..tu. E assim fiquei durante alguns minutos, meus olhos se arregalaram, então era assim que ela trataria o assunto, isso porque eu nem havia contado toda a história. Minha única alternativa foi discar o número de casa novamente, esperei um momento, e quando ouvi sua voz novamente, falei:

- Me desculpe...- Exitei- Mas não irei voltar para casa...

Nem mesmo esperei sua resposta, desliguei o telefone e sai correndo do centro, sem destino, apenas seguindo meus instintos.

De repente parei, fiquei um tempo olhando para o chão, pensando... “Sinceramente, que merda que eu estou fazendo. Isso me fez parecer aqueles jovens problemáticos, não que eu seja um adolescente normal”. June logo chegou perto, parecia preocupada... Levantei a cabeça e tentei esboçar meu melhor sorriso, tentativa falha, obvio, logo depois falei:

- Acho que é hora de irmos naquele lugar calmo que eu tinha falado...

por **Ancião** Seg 18 Ago 2014 - 21:40

Mimi Tachikawa, após receber a ligação de seu filho, Daisuke, informando que teve problemas em sua viagem como treinador, não conseguiu agir como uma mãe de comercial de margarina e de forma fria o mandou voltar para casa e desligou o telefone. Ao desligar, a jovem mãe, sentou-se na cadeira ao lado do seu telefone e pôs as mãos sobre seu rosto, queria esconder suas lágrimas e sua burrice por afastar seu filho no momento em que ele mais precisava, por orgulho, por ele não fazer o que ela queria e sim o que ele tinha vontade, se ser mãe é padecer no paraíso - como os clichês dizem - Mimi, nesse momento parecia padecer com anjos cantando ao fundo.

Do outro lado da linha, Daisuke não estava em melhores condições que sua progenitora, a atitude dela o atingiu em seu momento de fraqueza e transformando a relação já complicada em uma bola de neve ainda maior. O jovem resolve ligar novamente para sua casa e dessa vez, ele não dá chance para sua mãe falar.

- Daisuke... - Mimi falava para o silêncio do outro lado da linha, com lágrimas borrando a maquiagem que ela usava.

Após essa troca de farpas entre mãe e filho - ambos saindo machucados nessa disputa sem vencedores - o jovem resolve não voltar para casa no momento e sim ir para um "lugar mais calmo", fingindo estar melhor do que realmente se sente, tenta diminuir as preocupações de June.

Que lugar calmo é esse que os jovens querem ir?

por **Kazehaya** Qua 20 Ago 2014 - 19:32

Como reagir diante de uma situação como essa, no fundo tudo o que fiz fora chamar a atenção de June, de preocupa-la e chatea-la. No fim tudo o que fiz até agora só serviu para machucar as pessoas, estou sendo apenas um estorvo. June não dormia a algum tempo, minha mãe provavelmente estava em piores condições... Agir desse modo só me fez ficar pior.

Quando June chegou, percebi as olheiras em seus olhos, fruto de noites mal dormidas e de lagrimas desperdiçadas por causa de minha pessoa. Me senti inútil, agora ela passou de companheira de viagem para babá em tempo integral... deplorável. Vendo que a garota ia perguntar o que havia acontecido falei:

- Que tal procurarmos um lugar mais calmo? Um lugar apenas para relaxarmos.- Perguntei, tentando não parecer confuso.

- Claro, vamos aonde quiser.- Um lindo sorriso brotou de sua face.

Aquele sorriso foi a única coisa que me animou no momento, pelo menos isso eu posso lembrar sempre. E assim fomos, rumo a algum lugar desconhecido, um lugar calmo, apenas para descansar a mente...

por **Ancião** Qui 21 Ago 2014 - 18:35

Após a ligação para sua mãe e todo o desenrolar dessa ação, Daisuke e sua parceira June saíram para procurar um lugar mais calmo para o jovem com amnésia anterógrada. Daisuke, só pareceu esquecer onde estava: Goldenrod, uma cidade imensa cosmopolita e urbana, muitas pessoas podiam ser vistas, comprando, camelo vendendo, pessoas consumindo e muito, muito barulho, sem contar a poluição do local.

A dupla buscava silêncio no lugar mais barulhento possível, até conseguir achar um lugar mais calmo, uma praça, relativamente vazia, pois todos pareciam querer somente comprar e comprar no templo do consumismo. A praça era um corredor, com tijolos vermelhos no seu chão, com árvores dos dois lados e bancos de cimento, alguns estavam pichados e outros grafitados, era possível ver também postes com globos amarelos bem chamativos para o local, nas árvores dava pra ouvir barulho de Pokémon. Um bom lugar para descansar, mas a dupla iria parar nele?

Praça Marota:

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