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Os passos que separam o Mt. Moon de uma Cerulean ainda não conhecida

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Aquele encontro poderia ser considerado um surpreendente acontecimento caso isso não fosse algo que o jovem de Cinnabar tanto buscava, já que logo no começo da retomada da travessia da rota quatro, o rapaz acabou se deparando com uma dupla de policiais que também passava pelo local. Assim, provando o quanto eles eram realmente treinados, um deles logo se deu conta da presença dos cinco corpos completamente sem vida estirados no o chão.

Dessa forma, ao perceber o olhar do oficial que estava mais próximo dele, Joul, com uma firmeza na voz, começou a contar para o homem tudo o que tinha acontecido ali. O rapaz não poupava os detalhes, realmente dizia tudo, mesmo sabendo que eles poderiam não acreditar em nada que ele falava. No entanto, para o herdeiro dos Terri, isto era o mais certo a se fazer, porque, caso ele fosse acusado de algo, pelo menos sairia com sua consciência tranquila, uma vez que, querendo ou não, ele só havia lutado pelo direito de qualquer um a liberdade.

Com isso, depois de um bom tempo perdido explicando tudo o que tinha acontecido, Joul, que contava com o apoio de dois de seus pokemons, finalmente finalizou a real versão da história e colocou-se a esperar pelo que seria dito. Agora, era questão de tempo para que o jovem descobrisse qual seria seu futuro de agora em diante.

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- Olha, garoto, eu não sei o que você tomou, mas é algo bem forte! Essa foi a explicação mais louca para tentar se livrar de um homicídio quíntuplo, sério, sua imaginação foi e foi longe....

- E agora? Levamos ele sob custódia ou o encaminhamos para um psiquiatra, por que ele parece, sabe.... louco...

- Sinceramente? Não sei, o que eu sei é que precisamos tirar os corpos daqui, liga para os peritos e eu o levo sob custódia.... Você está preso garoto...

 O policial se aproxima de Joul com algemas em punho, não acreditou na história contada pelo rapaz - e quem acreditaria? - e sem dar chance para o jovem une seus braços em suas costas e os junta com algemas. Scizor e Farfetch´d viraram surpresos, porém logo a dupla olhava estranhamente para os policiais e de súbito cada um parte para cima de um dos homens da lei. Vaccum Wave e Slash foram os movimentos escolhidos...

 Mais uma vez, o vermelho pintou o chão marrom da rota...

 O que Joul faria?

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“Não pode ser...” Era o pensamento que passava na mente do nativo de Cinnabar no momento em que ele assistiu sua dupla de pokémons atingir os policiais, contra a sua vontade, com poderosos golpes que fizeram com que sangue dos oficiais fossem lançados ao ar. Assim, buscando não ver o tamanho do estrago feito, o rapaz, com os olhos arregalados, olhou para seus pokémons e falou:

- Pessoal! Que maluquice é essa?? Vocês não parecem os mesmos...

E ao fim de tais palavras, uma bomba caiu novamente sobre Joul, já que, naquele momento, o herdeiro dos Terri se deu conta que ele poderia estar novamente sendo assombrado por uma nova ilusão, uma vez que, querendo ou não, e pelos perfis apresentados por seus pokémons, algo deste tipo nunca aconteceria sem que o aspirante a mestre tivesse ordenado. Então, ignorando toda aquela situação ao seu redor, o rapaz, olhando em todas as direções, disse:

- Sei que pode ser loucura da minha parte. Entretanto, não creio que estas coisas realmente estejam acontecendo ao meu redor. Enfim, o que você, ou qualquer um, espera que eu aprenda com isso? Só queria mesmo a liberdade destes pokémons, não buscava nada disso. Queria mesmo era chegar em Cerulean em paz....

Com estas últimas palavras, o treinador, ainda sem olhar para os policiais, e nem mesmo para seus pokémons, se abaixou, encostou seus joelhos no chão e com os olhos fechados, começou a esperar que tudo a seu redor se tranquilizasse. Além do mais, ele, com uma admirável fé, acreditava mesmo que tudo não passava de mais uma alucinação. Sendo assim, agora, restava a ele saber o que poderia acontecer ao final desta atitude.

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 Diante da atitude inesperada de sua dupla, Joul questiona novamente a realidade de sua atual situação, afinal era tudo muito ruim para ser verdade e abaixando-se, uma versão livre de Dorothy - só faltou ele pedir para voltar para casa - porém, quando levantou-se...

 Tudo havia sumido, Arcade, psíquicos, sangue, cadeira, policiais, somente ele, Scizor, Farfetch´d e a brisa da rota 4 tocando seu rosto, as algemas também sumiram.

 Era uma ilusão... Da ilusão - ou algo parecido - e agora Joul poderia finalmente avançar em direção a Cerulean...

 Porém, Scizor parecia sentir algo ao redor, mais uma ameaça? O que o treinador faria?

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Para muitos, a atitude tomada por Joul poderia soar um pouco exagerada, porém, ninguém sentia na pele o que acontecia com o rapaz naquele momento, porque, querendo ou não, o jovem já tinha passado por tantos desafios psicológicos que sua mente já não mais conseguia assimilar tudo o que acontecia ao seu redor. Contudo, para completo alívio do herdeiro dos Terri, quando ele enfim teve coragem para abrir novamente seus olhos, não existia mais sinal de nada do que havia lhe acontecido naqueles últimos instantes, fato que tranquilizou o jovem viajante, pois, aparentemente, nenhuma morte realmente tinha ocorrido, e, isso, era algo que visivelmente deixava a consciência do nativo de Cinnabar limpa.

Mas os problemas não pararam por aí, já que quando enfim Joul se aproximou de seus pokémons em busca de explicá-los, caso fosse necessário, o que havia ocorrido ali, ele percebeu que o inseto metálico havia sentido a presença de alguma coisa muito próxima a eles. Sendo assim, não aguentando mais todos aqueles surpreendentes acontecimentos, ele gritou:

- SE EXISTE ALGUÉM, OU O QUE SEJA, AQUI POR PERTO, TRATE DE MOSTRAR SEU ROSTO. ESTOU CANSADO DE TUDO ISSO...

Assim, ao final destas palavras gritadas com um tom grave de voz, Joul colocou-se a observar novamente seus arredores em busca de alguma pista ou, até mesmo, uma clara explicação para aquela sensação sentida pelo envermelhado pokémon.

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 Terri sentiu-se aliviado ao perceber que as mortes eram mais uma ilusão, um peso saiu de suas costas, mas com tantas ilusões, o que era verdade?

 Percebendo que seu Scizor estava sentindo alguma presença, o jovem berra a plenos pulmões, buscando ser respondido.

- Eu não sei o que houve com você, mais, estou aqui, apareci! 

 De trás de uma moita surge uma mulher, alta, cabelos longos negros, olhos azuis, corpo voluptuoso, pelas vestas parecia ser uma treinadora como Terri, andava com as mãos para o alto, como se mostrasse que não era perigo.

- Me chamo, Ororo, sou uma treinadora, fique calmo, você não parece bem... quer ajuda?

 O que Joul faria?

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Ao final daquelas nervosas palavras, o nativo de Cinnabar acabou sendo surpreendido pelo surgimento de uma atraente treinadora que se apresentou como Ororo. No entanto, diante daquela situação, uma justificável dúvida tomou conta do rapaz, já que, depois de todas aquelas ilusões, o treinador não mais sabia no que, e em quem, acreditar. Assim, depois de se aproximar ainda mais de seus pokémons, ele falou:

- Ororo... então tá! Para ser mais sincero, preciso mesmo de ajuda, já faz um tempo que deixei a montanha Moon rumo à cidade de cerulean. Contudo, nas últimas horas, eu vivi tantas situações complicadas que não sei mais no que acreditar, já que...

Então, por um tempo, o aspirante a mestre colocou-se a explicar, pela segunda vez, o que havia lhe acontecido durante sua travessia da rota quatro. Entretanto, o rapaz ainda não conseguia acreditar sinceramente na presença real daquela moça, fato que poderia estar indicando o quanto o herdeiro dos Terri estava mesmo sofrendo os efeitos psicológicos daquelas desestruturantes cenas.

Com isso, agora, restava ao rapaz esperar para ver o que a moça teria a lhe falar sobre aquelas situações vividas por ele. E caso ela realmente fosse de carne e osso, era fato que o jovem não negaria qualquer ajuda que ela pudesse lhe oferecer.

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 Terri mais uma vez explicava toda a sua situação, agora para a jovem Ororo que ouvia tudo com o braço cruzado, as vezes mordendo seu lábio pintado de escarlate e arregalando seus olhos quando ouviu as partes mais violentas do ocorrido. Por fim, proferiu:

- Dia difícil o seu hein.... - a mulher tentar dar um sorriso reconfortante - Irei te ajudar! Saia Venonat!

 E ao lançar a esfera para o alto, logo no chão se materializa um Pokémon peludo em tom roxo, com grandes olhos vermelhos e duas antenas brancas.

- Quero que use seus olhos para buscar algo que seja o epicentro da energia psíquica, busque por algum Pokémon ou mais de um...

 Logo o inseto correu seus olhos no horizonte e se fixou em um local grunhindo para Ororo.

- Ali! O epicentro é ali!

 Joul acompanharia a mulher? Ou tentaria seguir seu rumo?

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Joul não conseguia acreditar no que estava vendo, já que, finalmente, alguém de carne e osso parecia estar diante dele. No entanto, mesmo vendo a jovem lançar sua pokébola e orientar seu Venonat, o nativo de Cinnabar ainda estava com um pé atrás, atitude que era facilmente compreendida, pois, depois de tudo vivido por ele, era aceitável o comportamento precavido do herdeiro dos Terri.

Mas no momento em que a jovem gritou indicando que seu pokémon inseto havia encontrado o lugar onde o responsável por tudo aquilo poderia estar. O aspirante a mestre resolveu dar uma chance para ela, e, assim, sem pensar duas vezes, o treinador olhou fixamente para Ororo e disse:

- Se você tem certeza disso, me mostre onde posso encontrar o responsável por tudo. Quero acabar de vez com estas ilusões, evitar que mais pessoas acabem sendo atormentadas por isso...

Ao final de tais palavras, Joul olhou para seus pokémons, movimentou sua cabeça em sinal de agradecimento e, depois de apanhar duas esferas bicolores de seu bolso, retornou seus parceiros as suas respectivas pokébolas. Sendo assim, ele olhou novamente para Ororo, e sem dizer uma palavra, atitude motivada, muito provavelmente, pelos traumas vividos até aquele momento, e esperou que a moça percebesse que ele aguardava o momento em que ela o guiaria até o local onde seu pokémon havia detectado uma enorme concentração de energia psíquica.

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 Ororo achou a localização do causador das perturbadoras ilusões que Joul foi acometido desde quando pisou na rota 4, ainda sem saber se a bela mulher era mais uma das ilusões, resolve confiar em suas orientações e aguarda que ela o leve ao local encontrado por Venonat:

- Sim, vamos! Venonat, nos guie!

 O inseto andando de sua forma quase bêbada avançava com a dupla em direção a um pequeno lago que fazia parte da rota, conforme Joul avançava, seus olhos percebiam que ao seu redor tudo mudava como se ilusões estivessem sendo criadas e destruídas rapidamente, logo estava em um túnel, depois nos céus e logo numa auto estrada com um caminhão desgovernado vindo em sua direção.

- Quem quer se seja parece não querer mesmo que você o encontre, medo de represália eu suponho...

 Avançando, ilusões surgindo e sumindo.

- Pare! Nós te achamos! - Ororo aponta o dedo na direção do lago - saia!

 Após as palavras da jovem serem proferidas, Joul ouve o corpo da mulher cair ao chão, inerte. desmaiada. Venonat, nervoso avança sobre o lago e é repelido sendo lançado ao chão, mais mesmo assim se levanta e para diante da caída Ororo a defendendo.

- Odeio intrometidas que querem acabar com minhas brincadeiras!

 O lago teve sua água dividida em dois lados - causando inveja branca em Moíses - e de lá surgiu um rapaz com dois Pokémon como os de Arcade - Slowking e Girafarig. Era magro, cabelo loiros cheios de gel, olhava para Joul com total menosprezo.

- E então, satisfeito? Já sabe quem eu sou, agora pode seguir sua vidinha medíocre...

 No fim, Ororo não era uma ilusão.... O que Joul faria?

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