A AVENTURA VAI COMEÇAR

Eu e Ru decidimos desbravar as ruas de Slateport,  uma cidade enorme e costeira, que tipo de pokemons iriamos encontrar por aquela cidade? Que tipo de treinadores seriam comuns naquele local?
Decidimos seguir em direção a parte costeira, quem sabe eu não encontrasse um pokemon aquático, fazia um bom tempo que eu não pescava, a ultima vez foi desastrosa então seria um bom treinamento para as minhas habilidades de pesca, com certeza.
Ru olhava deslumbrada a cidade, os prédios, as lojas, as barracas, tudo era muito bonito para ela, já para mim... Nem tanto, eu queria treinar, ouvi dizer que haviam ótimos líderes de Gyn em Hoenn. Quais eram os pokemons que poderiam ser pescados em Hoenn? Será que eu conseguiria um pokemon aquático dual type? Tentei repassar em minha mente todos os pokemons de água que eu conhecia.

-Ru vamos mais rápido, quero encontrar alguns pokemons de água, e quem sabe alguns treinadores aquáticos.

Ela me olhou, revirou os olhos, olhou as unhas, vermelhas e afiadas e disse:

-Tipo assim, pra que? Você já tem o Dile, o que você precisa é de um bom pokemon elétrico, se é que entende, então seria apenas uma perda de tempo procurar por pokemons aquáticos.

Ru em parte tinha razão, eu precisava de um bom pokemon elétrico, quais eram as chances de encontrar um pokemon elétrico em uma cidade como essa? Aonde eu poderia achar um pokemon elétrico? Voltei a observar o caminho enquanto passava por casas, prédios e outros locais, será que eu encontraria um local afastado e abandonado? Cidades sempre tem locais como esses, lembro de ver quando criança alguns magnemites em uma casa abandonada em Cerulean, olhei em volta procurando locais antigos pela cidade.

-Ru, me ajude a achar uma casa abandonada, costuma haver pokemons elétricos nesses locais.

Ela fez que sim, e continuamos a andar, sempre seguindo em direção ao mar.

Havia areia e uma infraestrutura péssima isso era o que havia,uma casa caindo aos pedaços, provavelmente infestada de krabbys, Ru fazia questão de não encostar em nada devido a sujeira do local, ouvi a mesma dizer que provavelmente só pokemon nojentos viveriam ali, ela provavelmente imaginou diversos Muks e grimers se esgueirando por uma privada suja, ou seja ela estava desanimando da própria idéia, sendo ali um local com mato alto demonstrava a atual situação da casa, mal cuidada, abandonada, suja e provavelmente cheia de areia. eu e Ru escolhemos adentrar o local, mas claro evitando encostar nas coisas, o mato alto me atraia a atenção afinal nunca se sabe o que há em um mato alto, talvez um grande pokemon, ouvi rumores enquanto passava pela cidade que em Lilycove havia tido um acidente na costa e que pokemons raros haviam fugido, será que eles chegariam aqui? Cheguei dentro do local observando o chão e o teto, não gostaria de ter uma surpresa caindo sobre mim. O cheiro de maresia já chegava ao meu nariz dentro daquela casa, será que algum pokemon utilizava aquele local como abrigo durante as chuvas? Era bem provável, Ru andava atrás de mim segurando a manga da minha blusa com medo de ser atacada por algum pokemon nojento, seja ele inseto ou não, ou até mesmo algum treinador abusivo que espreitasse na região.

NHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEC, era o som que a porta de madeira fazia, os cabelos de minha nuca se eriçaram rapidamente com o som, as dobradiças de madeira malditas... Ao entrarmos era visível a arquitetura da casa, a mobília clássica e apodrecida pelo tempo, muito requinte mas sem nenhum valor devido ao tempo. Os moveis estavam cobertos por poeira e teias de aranha, mostrava o total descuido com a casa e a falta de habitação humana no local. Andando mais a diante veio a surpresa. BAAAAAAAAAAAAAAAAAM. A porta se fechou, e com isso um grito gigantesco de Ru, o momento eu precisaria pensar o que fazer, olhei em volta, enfiei a mão na minha mochila e tirei uma lanterna pra deixar as coisas mais claras, comecei a procurar algum item perdido ou pokemon, para saber o que fez a porta bater, Ru tentava abrir a mesma.

-AIIIIII MEU DEUS, É UM FANTASMA , É UM FANTASMA SÓ PODE SER!

Berrava Ru enlouquecida enquanto tentava abrir a porta, enquanto eu calmamente procurava embaixo das mesinhas, cadeiras algum item, ou pokemon afinal em locais assim seria comum encontrar algum item, deixado pelos donos. Shards, Stones, itens evolutivos, potions, qualquer coisa. Fora que era muito importante saber o que havia fechado a porta, afinal de contas, uma porta daquelas não se fecha sozinha e seria bom descobrir isso o mais rápido possível antes que Ru surtasse mais ainda, eu estava prestes a dar uma bifa na cara dela para que ela se acostume com a situação. Tentei relembrar se havia pokemons fantasmas em casas antigas... e quais poderiam ser.
OFF: Pode ser agora? se não amanhã a tarde.

A luz da lanterna se seguia pelo comodo, nada, nada, nada. Era até meio frustrante não encontrar nem pokemon, nem item, até que um vulto passa de relance, seguido por um grito estridente de ru, o vulto se locomove da sala até o cômodo seguinte, não sabia se eu havia me assustado com o grito de Ru ou com o vulto, mas eu me assustei. Eu e Ru nos entreolhamos e com o balançar da cabeça decidimos segui-lo, pego Ru pelo braço e seguimos em direção ao comodo onde o vulto entrou, com a lanterna empunhada seguimos rumo ao cômodo desconhecido, com a luz esfregando o chão, o teto e as paredes a procura de um vulto desconhecido ou de um item raro, Ru já parecia mais calma e poderia jurar que ela estava curiosa sobre o vulto misterioso que havia lhe pregado uma peça, assim como eu. Fiquei repensando sobre a teoria do pokemon fantasmas? Será? Uma criatura espectral envolta em mistério e sombras...

Dizem que o Gengar é um pokemon que gosta de pregar peças com sombras, seria um Gengar? Ali naquele lugar insalubre? Ou quem sabe um Bannete, eles são nativos dessa região se bem me lembro de minhas aulas quando criança, certa vez quando eu era criança eu havia ganhado um presente, um pokeplush, minha avó havia me dito para tomar cuidado pois a noite ele poderia estar contendo um Bannete por dentro, e que ele, ao ouvir meu sono pesado iria sair do brinquedo e me sufocar com o travesseiro, era estranho como a infância pode aparecer até em horas mais escuras... Como essa.