Pokémon Mythology RPG
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VII - Pela estrada afora eu vou bem sozinho...

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OFF :


Dez horas da noite. Com certeza não é o melhor horário para se adentrar em uma floresta, entretanto, Chris tinha pressa. Queria chegar em Pewter, tinha que falar com sua irmã, avisar que John estava vivo, e matar as saudades. Além disso ouvira muitas histórias sobre coisas interessantes para se fazer em Pewter: uma velha senhora que doava Eevees para quem conseguisse derrotá-la em uma batalha, garçonetes que batalhavam em troca de dinheiro, e o museu, este com certeza seria evitado pelo jovem. Além de claro: Brock, e seu primeiro desafio à um ginásio. Na cabeça do jovem treinador ele estava mais do que preparado para a batalha, e não tinha dúvida alguma de que se sagraria vencedor no duelo, afinal, seu Charmander agora havia evoluído e ele possuía uma boa gama de opções ao seu dispor tanto com ele quanto em seu depósito, além de que possuía pokémons com vantagens, como seu Tentacool, Poliwag e Gloom. O fato do primeiro ainda não ter um bom moveset e os dois últimos ainda não terem batalhado ao seu lado não pareciam barreiras suficientes para impedi-lo. Ao contrário do confuso caminho que seguia.

-Pessoal, vocês não acham que já passamos por essa árvore?

O jovem questionava seus pokémon, que pareciam bem divididos na opinião. Volcano tentava iluminar as coisas ao seu redor com a chama de sua cauda, Argent parecia ocupada procurando itens ou seja lá o que fosse que tanto farejava. Kraken e Sansão apenas olhavam para o treinador com um semblante de curiosidade, enquanto Silker e Hel tentava procurar uma saída do alto. Estavam perdidos. Parecia que realmente não tinha sido uma boa ideia entrar na floresta naquele horário, entretanto nosso herói jamais admitira que havia feito uma escolha errada.

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OFF - Serei seu narrador. Espero que seja divertido o/

Finalmente o clima de Kanto estava facilitando um pouco. Não chovia, não inundava lugar nenhum... Isso era bom. Mas em compensação o ar estava bastante álgido, não sendo algo comum para Kanto, muito menos na região que a Floresta de Viridian se encontrava. Chris já estava em sua trilha noturna pela floresta, e isso não era algo a se fazer em sã consciência. Muitos ladrões e outras espécies de criminosos andavam por lá nessa hora, talvez para se esconderem durante a noite, mas não perderiam a oportunidade. Também era arriscado se perder, e para tentar evitar isso, o treinador liberou todos seus monstrinhos.

Estava preocupado em não se perder, mas isso já não era escolha sua, o breu não deixava com que tivessem noção da localização, e então estavam em um local aleatório da floresta. Nos galhos de árvores, grandes olhos redondos focavam o grupo de treinador e Pokémon, e acompanhavam-no, só que estes sumiam e apareciam em outro galho. Era bastante estranho ser observado por olhos desconhecidos, e desconsertante também, e foi sob esses olhares que o garoto conseguiu concluir que estava perdido.

O silêncio predominava no local quando algo quebrou o clima pacato e sombrio. Um vulto passou bem perto de Chris, atrás de um tronco de árvore. Passou outra vez, só que atrás, fazendo todos olharem para lá. Era bastante assustador, e alguns monstrinhos já tremiam com o susto. - Não é bom ficar andando pela floresta sozinho. - Disse a voz. Era rouca e parecia ser de um homem velho. A voz parecia vir de todos os lado, e isso poderia confundir a cabeça de qualquer um. Como o treinador reagiria?


Última edição por Yaan em Ter Set 15 2015, 18:50, editado 2 vez(es)

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OFF :


O bom clima, apesar do frio, em Kanto não acalentava a alma de Chris que agora preocupava-se em escapar de outros perigos: aqueles guardados por uma densa floresta em meio à escuridão noturna. Perigos naturais e sobrenaturais rondavam o cenário, e o jovem parecia alheio a todos eles.

A única coisa que importava o garoto era avançar. Seguindo em frente rumo a Pewter, a única coisa que sabia era que estava perdido, e sentia como se alguém - ou algo - lhe observasse. Humano? Pokémon? Desconhecia, tal como suas intenções. Seus pokémon também sentiam a estranha sensação e com exceção de Hel, acostumada com o sombrio e sinistro, todos os parceiros do jovem Ayusa se espremiam quase o sufocando.

De repente, uma voz. Vinda de onde, não se sabe. Chris olhava em todas as direções e um pequeno calafrio percorreu seu corpo:

-Q-q-q-q-q-quem está ai?

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As vozes se perdiam pelas folhas e pelos troncos, deixando o grupo confuso e desconfiado. O medo fora uma consequência, que sequer poderia ser chamada assim mesmo, talvez uma insegurança fosse uma característica mais bem colocada. O treinador não poderia parecer tão fraco na frente de seus Pokémon, e sabendo disso, fez um esforço mental grande para não fraquejar em sua fala... Mas não foi tão bem quanto imaginou, gaguejando bastante no começo de sua pergunta. Hel estava mais calmo pois era um monstro sombrio, então analisou bastante onde que a voz estava.

- Sou Kira. - Falou. - Você não parece um caçador. Que bom. - E após isso ouve-se um barulho de folhas de arbustos sendo pisadas atrás, alguns galhos eram amassados juntos no processo. Um índio estava lá, e usava tanga com folhas tampando suas partes íntimas. Ele não usava camisa, e isso era surpreendentemente bizarro. Ao lado dele estava um Pokémon. Ele era azul marinho, quase roxo, e babava um pouco no canto da boca. Outra característica era sua flor na cabeça, que parecia estar no processo de crescimento. Ele aparentava ter bastante sono, mas a ronda com seu mestre parecia mais importante.

- Quais são seus objetivos aqui?

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Pego de surpresa pelo susto, mas ainda assim mantendo alguma firmeza, Chris tinha que se desdobrar para resolver o mistério daquela voz sem perder o respeito e companheirismo que seus parceiros pokémon tinham para com ele. Sem muitas delongas, eis que surge o dono da voz, aproximando-se lentamente: um índio. Não imaginava encontrar uma figura daquelas em tal região, mas depois de pensar bem, onde mais poderia viver um índio. Entretanto, não parecia ser uma ameaça, estava mais para algum tipo de defensor ou algo do tipo. Respondeu:

-Ah, que bom. Pensei que fosse o curupira, ou o boi tatá, sei lá... Caçador? Não mesmo, sou um treinador... - talvez o índio Kira não fizesse distinção entre caçadores e treinadores, mas para o jovem Ayusa pareceu ser uma coisa natural a se dizer, enquanto isso pensava que tipo de tribo indígena batizava seus filhos com o nome de "Kira" - Só estou de passagem, quero chegar logo a Pewter. Mas meio que eu me perdi. Ei, isso é um Gloom? Acabei de capturar um desses, há literalmente poucas horas atrás. Ah, me chamo Chris. Chris Ayusa. Prazer em conhecê-lo. Devo tomar cuidado com caçadores, ou é só uma preocupação habitual mesmo? Digo, manter a floresta livre deles - dizia, falando de mais, como de costume. Mas era compreensível que encontrar alguém acalentava um pouco o jovem Palettiano que parecia enxergar uma espécie de luz no fim do túnel. Ou da floresta.

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Encontrar Kira fora, sem dúvidas, um alívio para o time. Finalmente poderiam desacelerar o coração agitado e parar para pensar sobre o que estava havendo. O nativo parecia desconfiado, analista, e seus olhos fixos eram iluminados parcialmente pelas chamas de Charmeleon, assim como todo o resto de seu corpo. Gloom parecia não ter reação ao comentário de Chris, e aquilo deveria ser por conta do horário avançado e desgastante. O Pokémon ficou de olhos fechados cambaleando e esperando alguma nova ação. Seu dono estava prestando atenção no garoto, já que ainda não acreditava que não era um caçador.

Kira era um nativo, e provavelmente só via pessoas bem vestidas se estas fossem caçadoras, pois o dinheiro arrecadado poderia render roupas e quaisquer outras coisas. - Então não é um caçador... Hum. - O homem analisou. Virou-se de costas e olhou para o alto. - Caçadores são nossos inimigos há anos. Eles são maus e maltratam os Pokémon da floresta. Não sabemos os motivos, mas eles parecem nervosos sempre, e bastante apressados. São monstros para a natureza. - Falou e olhou novamente para o garoto. - Vamos para minha tribo. Temos alimento e abrigo lá.

E começaram a caminhada. Serpentearam bastantes árvores e arbustos, quando Kira novamente parava a trilha. Encostou sua orelha num tronco e pareceu ouvir coisas. - Droga. Caçadores estão atacando ao oeste. Eles não param nem de noite! Jovem, temos que pará-los. Pode me ajudar?

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Uma vez reestabelecido do susto, Chris disparava sua metralhadora de palavras, as quais o nativo não parecia duvidar. Seria ele facilmente convencido ou o garoto fizera algo que comprovasse sua idoneidade? Não sabia. O Gloom parecia cansado, e o jovem, Ayusa percebeu que seus pokémons também o deveriam estar, uma vez que o horário não era o mais propício para aventurar-se em mata virgem.

O índio convidava Chris para sua aldeia, onde poderia alimentar-se e abrigar-se, o que não era má ideia, mesmo que o jovem preferisse prosseguir logo com seu caminho e chegar em Pewter o mais rápido possível sem demorar-se muito na floresta. Resolveu aceitar. Não sabia quando toparia novamente com pessoas gentis em seu caminho, ainda que não pudesse se queixar quanto a isso naquele momento.

Começaram a caminhada. Após alguns vários passos, algo pareceu errado para Kira, que de súbito brecava, recostando-se à uma árvore. Chris achou estranho, mas preferiu calar-se. Quem era ele para julgar os costumes de um povo? Por mais estranhos que fossem.

Logo Kira voltava-se com uma cara de preocupação: os tais caçadores estavam, de fato, atacando. Não eram apenas receio do índio, mas algo bem real. O índio convocava o jovem Ayusa, que não era de dispensar um bom desafio, fosse a hora que fosse:

-Sim, vamos!

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Ayusa não recusava o chamado, e junto do nativo, começou a correr. Saltaram pelas raízes mais aparentes, abriram caminho por matos altos, esquivaram de troncos grossos e finalmente chegaram à um lugar onde puderam ouvir o som que os caçadores causavam. Um homem de madeixas ruivas e lisas, barba crespa da mesma cor, camisa xadreza, calças e botas segurava um machado com as duas mãos, protegendo-se de Pokémon abelhas que estavam em sua frente. Junto do homem estava um Pokémon leão, mas era pequeno, e bastante usado pela unidade policial.

- Xô! - O homem disse disferindo um golpe com o machado, mas era esquivado pela abelha. Havia bastante iluminação no local, e tudo por conta de não ter árvore tampando este, assim a lua conseguia deixar tudo menos escuro, e bastante visível. O leão cuspia fogo para afastar as abelhas, que pareciam querer atacar o homem. O nativo olhou com raiva para o ruivo, e então saltou para frente e se aproximou das abelhas. O caçador olhava incrédulo para o índio, que com destreza fazia os insetos se afastarem. - Muito obrigado, meu amigo. - Disse o ruivo aliviado colocando o machado no chão.

- Não agradeça. Gloom, Sleep Powder. - Comandou o índio, fazendo seu Pokémon lançar um pó verde brilhante sobre o caçador e seu Pokémon. O homem de prontidão levantava sua camisa tampando o nariz, mas seu Pokémon respirava o pó e caía no sono. - Qual é? - O homem perguntou, novamente sem reação por ter sido surpreendido. O índio então avançava, pronto para golpear o homem. Chris iria se meter com o índio e pará-lo ou iria acreditar em sua história e deixar que tudo fosse feito?

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Ao aceitar o chamado para deter os caçadores, Chris não sabia que estava se metendo em uma pequena maratona - com obstáculos - pela floresta. Após raízes saltadas e galhos evitados, depararam-se com um homem e seu pokémon sendo atacado por um bando de Beedrill e tentando - inefetivamente - se livrar das abelhas e sendo salvo por Kira.

Chris estranhou a ação do índio: por quê salvar o suposto caçador? Mas em seguida, o nativo agia com certa violência colocando o companheiro do ruivo para dormir, e por pouco não conseguindo que o homem, surpreso, padecesse dos mesmos efeitos. Kira não parecia disposto a dialogar, mas será que tudo que ele dizia era verdade?

-Err, Kira, eu sei que você tem lutando contra esses caçadores há tempos, mas tem certeza de que ele é um deles? Tudo bem, esse machado é bem suspeito, mas nós não vimos ele atacar nenhum pokémon, pelo contrário, era ele que tava sendo atacado... Não posso fazer nada pra te impedir de fazer o que quiser, mas por que não damos a ele uma chance de se explicar?

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E surgiam enfim as dúvidas. Kira deixava o seu adversário no chão, e estava prestes a golpeá-lo, mas então Chris se colocava na frente para fazer o nativo pensar se aquilo era realmente necessário. O índio nem sequer tirava os olhos do ruivo para conseguir responder o treinador. - Não se oponha à mim. Conheço ele, sei que é mais um dos monstros destruidores!! - Disse o nativo. Rangeu os dentes e continuou. - Machucou minha família. Meus filhos sofrem com os ataques dos caçadores. - Finalizou, fazendo o caçador eufórico reagir.

- Olha, eu tenho família também. Tenho filhos. Preciso levar comida para eles. - O ruivo olhava para Chris como se este fosse um juiz. - Já basta. Vou fazê-lo sentir a dor da morte lenta. Gloom, Poison Powder. - E o comando era dado. O que Chris faria para parar o nativo? Ou este deixaria que aquilo fosse feito?

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