#006 - A espera de um sopro

Diante a resposta um tanto estranha para sua pergunta, a suspeitas do jovem se mostravam concretizadas. Realmente a criadora sabia algo a mais em relação aquela situação, porém não da maneira como o jovem suspeitava.

- Pera, o que quer dizer com achar que sabe quem está por trás disso? – Começou de maneira um tanto confusa enquanto continuava a segui-la, não se contendo em disparar suas perguntas. – Como assim ajudou no projeto? Que projeto? Na verdade, o que tanto procura ao nosso redor?

Talvez um pouco alarmado pelo peso daquelas informações, deixara se levar pela curiosidade e urgência para aquela situação, já que como a moça dizia, ela acreditava ser culpada também pela disputa ocorrer daquela maneira.

Obviamente, o jovem se mostrava um tanto afoito a espera de respostas, sentindo-se confuso e curioso diante as últimas palavras da moça, porém, ao menos em parte do que achava ser, recebia uma rápida explicação da criadora sobre o que procuravam. De forma geral, ela procurava por pequenas caixas metálicas, as quais impressionaram Raiko ao saber do que ela podia fazer.

Contudo, procurar, até então, lhe parecia ser algo simples, mas e quanto ao que fazer depois? Fora algo que lhe veio imediatamente a mente depois de seu pedido de ajuda, assim como se perguntava como iriam encontrar a pessoa por trás de tudo aquilo depois.

- Eu posso ajudar. – Disparou, parando por alguns segundos antes de retomar a fala. – Mas... O que faço com eles quando achar?

Diante a sua pergunta, logo suas as instruções quanto ao que fazer quando encontrasse o estranho objeto foram dadas. Entretanto, de início, lhe parecera um tanto confuso tentar decorar aqueles passos sobre algo que nunca sequer havia visto na vida, sendo assim, logo após as palavras da moça passara a repeti-las aos sussurros, não deixando de acenar com a cabeça diante ao último aviso.

Então, depois de ter observado a criadora seguir adiante, seus olhos foram de encontro ao símio com quem ali a sós, esperando por alguns instantes qualquer tipo de reação.

- Então, vamos lá? – Indagou ao pequeno com uma feição preocupada na face, receoso quanto a advertência do comportamento das criaturas próximas a máquina estranha.

Deixou então que seus olhos corressem por todo o seu entorno, procurando um caminho a seguir e detendo-se sobre as pilhas de pedra, que, estranhamente, pareciam estranhamente arrumadas demais para ser algo natural. Isso o havia intrigado.

- Que tal começarmos a procurar por ali? – Perguntou enquanto apontava na direção das pedras. – Me parece um tanto estranho elas estarem tão arrumadas... – Terminou dando de ombros.

Então, passara caminhar naquela direção, atento ao pequeno lilás que lhe acompanhava.

Logo que chegou as pedras estranhamente arrumadas perfeitamente, com a ajuda do pequeno lilás o jovem de cabelos verdes começara a retirá-las pouco a pouco, não tardando a ver a caixa que procuravam ali, planejando logo seguir as instruções e desliga-la.

Contudo, assim como advertido por Jane, logo a criatura que o acompanhava começara a apresentar um estranho comportamento, parando de retirar as pedras e interpondo-se entre ele e a caixa. Infelizmente, ao seu ver, teria que passar por ele se quisesse atingir a caixa metálica.

- Ei? Tudo bem? – Começou enquanto tentava se aproximar calmamente da caixa. – Eu só preciso pegar a caixa rapidinho, certo?

Diante ao receio que ainda sentia, o jovem se mantinha atento aos movimentos do pequeno lilás. Se houvesse qualquer movimento estranho, ou agressivo, por parte dele, não pensaria duas vezes antes tentar retornar apressadamente.

Por ínfimos instantes, o garoto pudera observar novamente a rápida mudança no comportamento do primata, passando daquele jeito estranho devido a máquina a um estado de confusão, ao ver do de cabelos verdes como se não soubesse o que estava acontecendo, para então retornar à influência do objeto. Será que a máquina estava dando defeito? Ou alguma coisa tinha afetado o seu funcionamento? Raiko não saberia dizer. Porém, estranhamento, tinha acontecido depois de algumas palavras suas, então não custava tentar novamente.

- Vamos lá. – Anunciou tentando manter o mesmo tom de voz de antes. – Eu só quero vê-la por um instante... Prometo que devolvo rapidinho.

Ainda assim, tinha vontade de pedir ajuda a algum de seus parceiros, mas talvez somente resultasse no mesmo modo que o lilás estava a agir. Quanto ao que tentava, tinha quase certeza que suas palavras não o influenciariam muito naquele estado, mas ao menos esperava que a maneira, o tom em si, tivesse alguma influência, do contrário, não teria ideia de como contornar aquela situação senão tentar conseguir a caixa a força.