Cap 11 - Mudança de estação e de direção.

Tey:
Arrependido de tentar avaliar a sua ferida, Tey agora começava a sentir o cheiro da sopa. Um odor apetitoso que faria a boca de qualquer pessoa faminta salivar. Connie continuava concentrada na tarefa de mexer o seu caldo até que tirou a panela do suporte e colocou em cima de uma pedra lisa. Agora ela deixava esfriar a comida para poder se servir. Abriu sua bolsa e retirou duas cambucás e também colheres... Virou-se para Tey e perguntou já indicando os vasilhames.  – Vai querer comer?

Buneary:
A dupla de coelhas seguiu por mais 5 minutos mata a dentro, deixando os Gulpins nocauteados para trás. Lopunny agora seguia na frente farejando a erva de cheiro esquisito, até que ela parou em frente de uma grande moita com algumas folhas - muito parecidas com flores - de cor vermelha. Buneary identificou na hora que o cheiro vinha daquela erva vermelha.

- Achamos. Agora que a vi, tenho certeza que foi essa erva que a Connie usou da última vez. Levamos tudo que podemos?

Candice juntou um bom montinho de erva e arrancou da moita. Seria aquilo suficiente?

Off:

Tey:
Confirmando que queria a comida, Connie encheu a cambucá e entregou a Tey, deixando que ele se virasse para comer. Retornou a panela e colocou o caldo em sua própria vasilha, servindo-se com vontade.

A comida era praticamente uma sopa, mas existia uma boa variedade de legumes, e conforme esquentava, o caldo engrossava, dando-lhe uma textura mais apetitosa. Quando Tey provou a comida, percebeu que Connie tinha errado no sal, passando um pouquinho do ponto, mas se estivesse com muita fome ou se apreciasse aquele tipo de caldo, Tey comeria e provavelmente desejaria repetir.


Buneary:
As duas voltavam seguindo o percurso que tinham feito, cada uma com as mãos ocupadas, cheias de ervas vermelhas, além de Kyoko também estar carregando algumas berries. Aparentemente, a erva seria o suficiente, mas só quem iria confirmar isso seria Connie.

Não demoraram muito tempo para começarem a sentir o cheiro apetitoso do caldo de Connie, apressaram o passo e saíram da selva caminhando em campo aberto até verem as rochas onde os treinadores se protegiam do vento frio da noite. Não demorou muito para que as duas Pokémon chegassem a “caverna”. Tey nesse momento deveria estar próximo de terminar a sua comida. A missão de Kyoko parecia ter sido cumprida.

Connie e Tey estavam terminando de comer quando Buneary e Lopunny chegaram carregadas de ervas e também de três Oran berries. O grupo estava reunido novamente, restava saber se as ervas eram suficientes. Connie agradeceu a sua Pokémon e serviu a ela um pouco de sopa, perguntou também se Tey tinha ração Pokémon para as suas criaturas ou se ele daria sopa para elas. Já não tinha muita comida na panela, mas era possível fazer uma refeição modesta.

A treinadora terminou a sua refeição e começou a trabalhar, pegou uma nova panela e começou a amassar as ervas lá dentro, depois de um tempo, adicionou um pouco d’água até criar uma pasta. - O remédio está pronto. Tire a camisa e se vire, eu vou aplicar a erva.

Assim que Tey obedecesse, sentindo uma intensa dor para tirar a camisa, Connie começou a passar a pasta na ferida. Se o treinador esperava sentir uma ardência, se enganou. O local da ferida começou a ficar dormente e gelado, logo a dor sumiu e após 5 minutos Tey já conseguia mexer o seu ombro. Kyoko vendo o resultado do seu trabalho ficou bem satisfeita, tinha feito algo incrível para o seu treinador...

- Não vai demorar para você conseguir mover seu braço sem problemas, mas vai demorar alguns dias para a ferida cicatrizar

Tey recebeu 3 Oran Berries de sua Buneary
Buneary ganhou 3 pontos de felicidade por ter ajudado a “curar” o seu treinador. Ela já pode evoluir. Se desejar evoluí-la, narre no próximo poste.

Percebendo a rápida melhora de seu treinador, Buneary ficou tão feliz que um efeito mágico aconteceu, ela evoluiu. Candice ficou impressionada com a cena, e se antes achava a pequena mimada e chata, agora a olhava com outros olhos, restava saber se ela teria amadurecido junto com a evolução.

Connie observou a evolução maravilhada, sempre era incrível testemunhar aquela transição na etapa da vida de um Pokémon, parabenizou Tey e também Kyoko e depois se juntou a sua própria Lopunny para limpar as panelas, guardando um pouco da pasta vermelha criada das ervas que as Pokémon tinham criado.

A noite avançava ainda mais e a escuridão era plena, já devia ser 8 ou 9 horas da noite e Connie finalmente voltava para a pequena gruta, sentando-se ao lado de Tey. – Como está o ombro? Não doí mais, não é? – ela já sabia a resposta, mas estava puxando conversa. – Acho melhor passarmos a noite aqui, andar por ai nessa escuridão não é bom e depois das batalhas que você já teve, melhor deixar os Pokémon descansarem, amanhã devem estar bem dispostos. Concorda? – Connie queria acampar, dormir por ali, esperar o raiar do sol para continuarem. Restava saber o que Tey desejava.

Off:

Tey não se opunha a ideia de dormir ali, sob a proteção da gruta e o calor da fogueira. Connie então recolhe os seus pertences e joga toda lenha na fogueira, pegando um saco de dormir na mochila e indo deitar na parte mais funda da gruta. A formação rochosa em si, já protegia os treinadores do vento, mas a gruta se tornava ainda mais quente devido ao calor da fogueira. Eles passariam uma noite confortável ali...

A noite prosseguiu e o dia raiou, despertando os treinadores assim que o raio de luz entrou na gruta. Quando acordaram, encontraram o lugar todo revirado, suas mochilas estavam abertas, as rações Pokémon de Connie tinha sido devoras, ficando restos espalhados pelo chão.

Tey provavelmente vasculharia os seus pertences e sentiria falta apenas das Pokébolas travadas – devido a sua equipe principal estar completa – dos Panchans que tinha capturado no dia seguinte. Olhando a cena do crime, viu patinhas de um Pokémon que andou pela gruta, uma criatura o tinha roubado.

Off: