Todos ali presente que não presenciaram a batalha não sabiam muito bem o que Shion estava falando, inclusive todos sentiam um tom de exagero no ar. Mas o que diabos aconteceu? Não vimos nenhum Scizor por ai; pensavam. Claro, ninguém achava que o garoto estava mentindo, mas nada encaixava muito bem na mente deles, porém, só ouviram. A dupla selvagem - o menino e seu Pidgey - desceram da árvore para o chão, o bípede mordia arduamente seu pão enquanto o pokemon ferido evitava comer, parecia cuspir quase tudo que botava na boca e se alimentava o mínimo.
- Um rapaz que passava por aqui nos ofereceu esse resto de comida - disse a criança - Mas Pidgey continua sem comer, a gente tem que dar um jeito na saúde dele.
Dito isso, andou em direção a cidade mais uma vez, se distanciando da rota que, por mais que seja comum a eles, sabia que ainda havia perigos e má fiscalização. Andou em direção a estrada e, com um pouco mais de confiança nos dois, pegou a mão de Elizabeth como quem queria atenção, a menina aceitou a companhia e andou de mãos dadas com o menino até chegar as ruas iluminadas:
- O que vamos fazer agora com esse Pidgey? - indagou - Ele não come, não se mexe, não reage. Só tenho certeza que esta vivo por causa da respiração. Afinal o que aconteceu com ele?
A segunda pergunta foi respondida com um silêncio, o garoto parecia precisar de um tempo para resgatar as palavras que seriam usadas em seguida, e todos ali respeitaram seu momento de silêncio para então explicar a situação:
- A gente tava tentando pegar comida - disse - Aquele homem da barraca sacou um pokemon muito forte que deu um Thunder nele. Pidgey é muito novinho ainda, não aguentou. Foi covardia! O Centro pokemon não quer cuidar porque é um pokemon selvagem... eles não ligam pra pokemons de rua, dizem que se fosse para fazer caridade não teriam espaço pra quem paga - Explicou.