[Mt. Chimney] Caçada no vulcão

Do lado oeste.

   Lucile pensava sobre o que podia fazer para ajudar a menina e seu pokemon, ela pensou em sugerir um de seus TMs, mas um súbito som de passos a fez deixar isso de lado, ela apontou a lanterna para a origem do som, mas nada havia lá, só a continuação de um corredor de pedra vazia até que a figura de alguém foi vindo até elas.

   Uma jovem de cabelo ruivo volumoso, top e toalha amarrada na cintura do jeans remendados apareceu diante de Keiko e Lucile e ela logo sorriu e tratou de se apresentar.

   — Ei, oi! Podem se acalmar, eu não sou uma ameaça. Me chamo Flannery, sou a líder de Lavaridge, e vocês? Estão bem? São mudas? Bem, de todo modo, poden baixar as lanternas um pouco, esta doendo nos meus olhos.

   Lucile tinha ficado aparentemente muda e sem jeito diante da agora reconhecida líder, caberia a Keiko explicar quem eram.



Do lado leste.

   Luciel e Daisuke ainda conversavam sobre um meio do treinador mais jovem conseguir ao menos uma gem daqueles para sua amiga, Luciel hesitou e disse que aposta era aposta, mas ele na verdade tinha muita fé em si mesmo e fez tal aposta sabendo que não podia dar qualquer uma daquelas gem.

   — A minha namorada é muuuito rígida quanto a isso, sabe? Mas eu posso tentar convence-la a ceder umazinha, ela nunca diria não para mim, ha, ha!


   Luciel foi até a caverna e chamou por sua namorada, não obteve resposta nem na primeira vez ou na quinta e quando estava cansando de chamar, ele se virou e se preparou para dizer a Daisuke que ela havia sumido, foi quando ele notou Abra flutuando ao fundo perto do carrinho, dormindo.

   — ABRA! O que faz ai?! — Luciel disse já passando por Daisuke e pegando o pokemon psíquico pelos ombros, o remexendo para que acordasse. — Abra. onde esta Lucile? Abra, acorde!

   Quando Abra enfim acordou ele teletransportou para perto de Daisuke, fazendo Luciel cair de cara no chão. Com movimentos lentos e sonolentos, o pokemon psíquico apontou para o corredor e então flutuou por ele.

— Vamos ter de segui-lo! Você vem? — Luciel perguntou a Daisuke enquanto se levantava para seguir Abra.

   Lucile só voltou a si quando Keiko mencionou Luciel e mesmo assim ela estava um tanto distante e perguntou "Quem?" antes de só cair em si e se apresentar devidamente, embora a mono fairy já a tivesse apresentando.

   — É um prazer conhece-las e, sim, eu estou aqui atrás de um raro pokemon, um darumaka mais exatamente. Viram algum? Eu tinha perdido um de vista no coração dessa caverna, pensei em vir ver a entrada e achei vocês.

   — Vimos! Digo, Eu vi! Havia um pokemon pequeno e redondo e vermelho andando junto daquele bando de pokemon pintores malditos! Senhorita Flannery, seria uma honra ajuda-la! Não seria?

Lucile tinha uma expressa quase maniaca ao se virar para Keiko esperando uma concordância dela.

   — Calma, eu adoraria ajuda de ambas, mas não precisam se não quiserem. Keiko, né? Você é uma treinadora ou coordenadora, Keiko? Seu togepi é adorável, mas togepis não são muito fortes em lutas, se seu foco é batalha precisa pensar bem em movimentos que cobriam isso ou você poderia investir em defesa total.

   — Ah! Eu ia agora mesmo oferece ajuda á ela com isso! Eu tenho ótimos TMs como Reflect e Light Screem, seriam ótimos para o togepi trabalhar numa defesa boa, não é mesmo, senhorita Flannery?

   — O que acha? Seria ótimo, Keiko?

   Enquanto Keiko era bombardeada pelas duas garotas, lá no inicio do caminho por onde vieram, exatamente na bifurcação entre os caminhos, Luciel e Daisuke haviam chegado e Abra mostrava por onde elas foram flutuando mesmo no escuro por ali.

   — Não tenho lanterna, mas acho que o caminho é reto até certo ponto depois a caverna se abre em varias câmaras, se corremos podemos alcança-las.

   Keiko então decidia voltar para encontrar com Daisuke e avisar o namorado de Lucile aonde estavam, para sua sorte, eles estavam bem a caminho dela e se não fosse pela luz que cada um tinha, teriam se chocado no meio do corredor.

   — Ah, quem bom que te achamos, fiquei com medo de vocês já terem ido pras câmaras internas. Onde esta Luci?

   Assim que Keiko explicou a situação, Luciel ficou claramente agitado para ir logo ao encontro de Lucile, fora conhecer a grande Flannery em pessoa.

   O caminho parecia mais longo do que antes, mas levaram o mesmo tempo para chegar até onde Keiko se separou das duas e ao chegar no mesmo ponto, elas não estavam lá, mas tinha manchas do que parecia ser tinta nas paredes.

   Luciel estava ficando nervoso, ele disse para seguirem até a ala das camaras no final daquele tunel. Ele nem esperou resposta, saiu logo na frente liderando a dupla.

   Ao seguirem ele, Keiko e Daisuke chegaram na tal ala de câmaras daquela caverna, o teto era bem alto ali e havia muitas outras passagens, pareciam tocas. Não havia sinal de Lucile ou da líder.


   — Tomem cuidado aonde entram, os selvagens daqui não gostam muito de visitas. — Era o que Luciel dizia enquanto metia a cara em cada uma das cavernas ali chamando por Lucile.

   Togepi deu um leve puxão na blusa de Keiko e apontou para o chão na frente de uma das passagens, a mesma tinta que viram antes estava ali.