Pokémon Mythology RPG
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#001 - Florescendo

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Parecia bobeira, mas aquele cenário despertara um receio louco e irracional dentro de mim. A cabana poderia facilmente dar morada a alguns pokémons fantasmas. Ou pior, contrabandistas. Nenhum dos dois cenários parecia agradável para mim, e ainda tinha o fator que um de nós deveria checar lá dentro. A situação toda me desanimava, mas eu não podia me dar o luxo de fraquejar agora. Estava fazendo aquilo por Cleffa.

- Se importa de procurar dentro da casa então? Eu vou checar os arredores. Prometo não ir longe.


Disse, sem esbanjar muita emoção. Me encontrava num estado de apatia quase irreversível. A única coisa que poderia me salvar desse humor era encontrar a pequena novamente. Era isso que me obstinava. Eu não sossegaria até abafar esse silêncio ensurdecedor que sobrecarregava o meu ser de possibilidades horríveis.

- Qualquer coisa dá um grito! - Avisei Alec.

De braços cruzados, segui na chuva até os arredores da casa bizarra, mais especificamente perto da cerca. Estava decidido que investigaria ali, depois as profundezas da mata que cercava o local e então voltaria para a casa para checar se Alec havia feito algum progresso. Eu odiava a ideia de nós separarmos, mas parecia necessário. Eu estava morrendo de medo. Não apenas pelas possibilidades sombrias que nublavam minha mente, mas também por estar naquele local tão medonho sem Cleffa comigo. Estaria ela machucada? Perdida? Presa, amedrontada, acuada, magoada... Se eu me perdesse nesses pensamentos, era capaz de eu me sentar imediatamente e apenas chorar esperando um milagre.

Segui em silêncio no frio e na chuva, em direção ao cercado esburacado.

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Uma Mensagem das Estrelas

Com um grande aperto no peito e até uma certa dificuldade para pensar, Vincent pediu que Alec fosse investigar o casebre de madeira, algo que o explorador prontamente aceitou. Eles combinaram de não irem muito longe, tentando ficar sempre na visão do outro quando possível. Também combinaram de gritar o outro caso algo desse errado, mesmo que esperassem que não fosse nunca necessário chegar a tal ponto... Os dois então se despediram e cada um seguiu para um lado. O explorador subiu um pequeno lance de degraus até chegar na varanda da residência e o Mono-treinador iniciou uma busca pelo exterior, principalmente nas proximidades da cerca de madeira branca toda esburacada.

Uma vez pisando no jardim, de fato, Vincent notou o quão desorganizado estava aquele lugar. Havia um cortador de grama encostado na parede, mas não parecia ser utilizado há um bom tempo por motivos óbvios. Entre o emaranhado de folhas que foi se acumulando no local, haviam umas já em decomposição, com cores bem escura misturadas às novas, formando um mosaico colorido até interessante no chão. Entretanto não era tempo para esse tipo de observação. O rapaz resolveu então focar na cerca e no chão próximo a ela. Como visto de longe, a madeira que a compunha estava bastante esburacada, muito provavelmente pelo ataque de Pokémon insetos famintos por madeira e que num lugar como esse devem fazer a festa.

Quando o rapaz chegou bem perto do cercado, algo muito estranho aconteceu. O silêncio que até então reinava, com exceção do craquelar das folhas secas, foi substituído por um zumbido curioso que aumentava de tom e diminuía em altos e baixos constantes, até sumir completamente, como se tivesse se afastado. Esse som vinha diretamente detrás da cerca, mas olhando pelos buracos maiores não era possível enxergar nada. Contudo, ao olhar para o próprio pé por um instante, Vincent notou algo maravilhoso. Era uma pétala solitária de rosa branca bem próximo a um grande rombo na cerca, um buraco que certamente seria capaz de dar passagem a um Cleffa tranquilamente. Ele não era visto tão bem de longe porque as folhas tampavam a visão, mas de perto ficava bem evidente.

Vincent sentia mais uma vez o coração acelerar e de alguma forma precisaria transpor aquela cerca para ver melhor o que tinha lá atrás. Ele poderia pedir ajuda para Alec, que nesse instante devia estar vasculhando a casa. Ou então poderia simplesmente saltar a cerca, afinal não havia portão algum. Para isso ele precisaria recolher alguns itens perdidos no jardim. Há alguns metros atrás havia um barril enferrujado caído e algumas caixas de madeira amontoadas em um canto. Se juntasse tudo seria possível saltar para o outro lado, mas não tão fácil seria voltar. Sendo assim, qual seria a decisão que Vincent tomaria? 

Progresso da Rota :

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Parei estático por alguns instantes, tentando organizar meus pensamentos. Será que deveria pular sem mais nem menos? Era a vontade do meu coração. Queria encontrar Cleffa o mais rápido possível. Mas ao mesmo tempo, havia o receio. Aquele zumbido estranho que parecia vir detrás do cercado e toda aquela atmosfera bizarra me incentivavam a não fazer nada estúpido. Mas por outro lado, era Cleffa que precisava de mim. Poderia ser ela do outro lado, com medo e frio. A pétala branca no chão indicava que a pequena havia passado por ali.

É isto, decidi. Vou atrás dela.

- ALEC! - Berrei com todo o ar dos meus pulmões. - ESTOU PULANDO O CERCADO! VENHA ATÉ AQUI!

Assim que terminei a minha tentativa de avisar meu novo amigo, comecei com os trabalhos necessários. Arrastei pesarosamente o barril que jazia no canto, abandonado e enferrujado. Peguei também as poucas caixas de madeira amontoada no canto e fiz o possível para construir uma plataforma improvisada que me permitisse saltar para o outro lado efetivamente. Berrei o nome de Alec mais umas três vezes e sem checar se ele estava chegando, saltei.

Era por Cleffa que eu lutava.

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Uma Mensagem das Estrelas

Vincent sentia a coragem e vontade de agir pulsando dentro do peito. Ele certamente não esperaria mais para ir ao resgate de Cleffa, pois todos os segundos eram preciosos em momentos de perigo. Sendo assim, o Mono-treinador gritou Alec, esperançoso de que o homem o ouvisse e não acabassem se perdendo ou desencontrando, mas focou-se em executar seu plano para pular a cerca e apenas nisso. Com bastante agilidade o rapaz deu tudo de si para conseguir mover o barril e o que mais fosse necessário para saltar e quando deu por si já estava do outro lado daquele cercado de madeira, em cima de um gramado um tanto alto, mas menos mal cuidado do que o jardim do lado de fora.

Quando Vincent se levantou, pôde analisar o quintal com mais cuidado e atenção. Era uma área espaçosa que se misturava a continuidade do bosque ao fundo, onde não havia cerca visível. Algumas gaiolas vazias e algumas inclusive abertas, se amontoavam em um canto do local, como se tivessem sido abandonadas por ali. Não havia sinal de vida, apesar do barulho que havia escutado mais cedo. O Mono-treinador então caminhou, movido mais pela emoção do que pela lógica, involuntariamente contornando a casa como se fosse a opção mais natural a se fazer. Quando já se encontrava exatamente atrás do casebre, o rapaz viu uma cena que lhe chamou a atenção imediatamente.

Debaixo de uma árvore bem bonita e de copa frondosa, havia uma bolinha viva bem enrolada em volta do próprio corpo, respirando pesado. Vincent notou logo que se tratava de Cleffa, mas por que ela estava tão quieta e ali num lugar tão estranho? Será que a emoção estava falando mais alto e não se tratava da Pokémon fada? Será que valeria a pena se aproximar mesmo com um climão tão estranho como aquele? O que o Mono-treinador decidira fazer então?  

Progresso da Rota :

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É ela!, foi o que minha mente conseguiu pensar no momento.

Onde eu estava, afinal? Um bosque que contornava um casebre de madeira praticamente abandonado com gaiolas empilhadas e espalhadas por toda a localidade. Eu tentava refletir para montar um raciocínio que fizesse algum sentido para mim naquele momento, mas parecia que nada se encaixava. Não conseguir pensar em nada que se mostrasse plausível. Essa desorientação me irritava ainda mais do que simplesmente estar perdido. Era como se eu não pudesse contar nem com a minha cabeça naquele momento.

Assim que avistei a bolinha viva, imaginei que fosse Cleffa. Mas algo estava estranho. Por que a pequena estaria tão silenciosa num local como aquele? Eu sabia que Cleffa era absurdamente curiosa, mas se enganchar num lugar tão inóspito e assustador como aquele? Algo deveria ter acontecido.

Sem pensar muito (eu vinha fazendo isso bastante; odiava agir sem pensar), me agachei perto da figura arredondada e perguntei, sem muita cerimônia:

- Cleffa, é você?

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Uma Mensagem das Estrelas

O rapaz aproximou-se rapidamente da coisinha rosa, chamando por sua querida fadinha. A criatura demorou algum tempo para se mexer, mas depois de alguns segundos se levantou com uma expressão de dúvidas, que logo se transformaram em um alívio ao notar que se tratava do seu treinador. Sim, aquela bolinha pequena era Cleffa toda enrolada e ela parecia estar nessa posição para proteger algo com seu próprio corpo. Assim que ela notou Vincent, correu para abraçá-lo e o rapaz conseguiu identificar que o que ela tanto protegia eram na verdade duas frutas bicolores e aparentemente exóticas.

Entretanto, a motivação para Cleffa ter sumido inicialmente, ter vindo parar nesse lugar estranho e segurar essas frutas com tanto zelo ainda eram um verdadeiro mistério para o Mono-treinador. Uma coisa era certa, o Pokémon fada parecia ter corrido bastante para chegar aqui, pois demonstrava um cansaço forte, o que também poderia ser explicado pela sua exaustão de ter batalhado recentemente e ainda não ter recuperado as energias perdidas em combate.

Restava agora decidir o que fazer, afinal já tinham se afastado bastante da rota traçada pelo carro dos contrabandistas de relíquias e até agora Sandy não havia voltado. Vincent tiraria um tempo para investigar melhor as circunstâncias do desaparecimento de Cleffa ou deixaria isso para outra hora, indo ao encontro de Alec, que por acaso também não tinha dado sinais de vida desde que o menino pulou a cerca? O que Vincent faria?  

Progresso da Rota :

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Que alívio! Cleffa estava bem. Era só isso que importava para mim naquele momento.

- Cleffa, que frutas são essas? Onde você pegou? O que aconteceu?

Eu não era um bom identificador de frutas selvagens. Não sabia nem ao menos se era seguro para a pequena ingerir qualquer uma dessas iguarias exóticas.

Algo ainda parecia desencaixado. Por que Cleffa estava protegendo com tamanho zelo as duas frutinhas? Será que alguém havia tentado atacar a pequena? Será que estava com fome? Minha preocupação, apesar de nem se comparar com a angústia de alguns minutos atrás, parecia crescer. Eu encontrei Cleffa; era o passo mais importante. Mas ainda existiam perguntas pairando sobre minha cabeça. Eu, como bom curioso que sou, não desistiria fácil de entender aquilo.

Enquanto esperava alguma mímica de Cleffa (ela era boa nisso) para entender mais ou menos o que estava acontecendo, comecei a vasculhar a área em busca de clareza. Alec com certeza ouvira meu grito, e era um treinador experiente. Estava bem. Poderia esperar mais alguns instantes.

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Uma Mensagem das Estrelas

Enquanto Vincent falava, Cleffa ficava atenta e com uma expressão neutra. Talvez estivesse pensando que o desespero do rapaz fosse de alguma forma ele brigando com ela por ter sumido. Mas assim que o Mono-treinador comentou algo sobre "frutas", um sorriso se abriu nos lábios diminutos da fadinha. Ela então ergueu as duas mãos na direção de seu treinador, como se oferecesse aquelas frutas para ele, talvez fosse por isso que ela as guardava tão bem. Entretanto, um barulho de porta rangendo junto de um zumbido, foi seguido por uma sombra que cobriu a dupla e serviu como anúncio de que tudo desandaria muito rápido. Cleffa e Vincent olharam para a direção do som, mas o que viram foi apenas uma saraivada de agulhas. Por sorte os dois conseguiram desviar do ataque, mas as frutas que Cleffa tanto seguravam acabaram voando para longe e se espalhando pelo gramado.

Na porta, de pé, estava uma menina com uma bandana de estampa florida na cabeça e um semblante irritado, com os braços cruzados. Ela encarava mais Cleffa do que Vincent e bem acima dela sobrevoava uma Beedrill bem tenebrosa, com um zumbido característico e ameaçador. Suas garras eram enormes e o ferrão de seu abdome também, praticamente brilhava mesmo com a fraca incidência de luz solar — Finalmente encontrei você sua ladrazinha... Achou que eu ia deixar pra lá? Está muito enganada... Beedrill, acerte essa bola rosa com Poison Sting duas vezes! — E com o comando da treinadora, o Pokémon inseto começou um voo de trajetória irregular, virando o ferrão para Cleffa e se preparando para agir de forma bastante ofensiva. O que Vincent faria? 

Progresso da Rota :

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- Cleffa, Jetté para o lado, desvie!

Gritei quase atropelando as palavras. Foi um movimento rápido e desesperado, mas foi o que eu consegui pensar no susto. Decidi que não tinha tempo para entender o que acontecia. Minha lealdade falava mais alto. Se alguém tentasse atacar Cleffa, seja lá qual fosse o motivo, eu bateria primeiro e perguntaria depois.

- Cleffa, use Sing e logo depois Encore! Vamos lá!

Tentei ser o menos agressivo possível naquele primeiro momento, tentando pôr a vespa para dormir antes de qualquer coisa. Talvez desse para esfriar a cabeça da tal treinadora e praticar minha diplomacia. Eu detestava violência desnecessária. Iria proteger Cleffa sim, mas queria entender o que acontecia. Com certeza havia uma saída diplomata.

- Ei, você aí! O que aconteceu? Cleffa estava perdida, tenho certeza que ela não fez nada por maldade! - Gritei.

Enquanto a batalha aparentemente inevitável se iniciava, eu erguia minha Pokedéx para registrar mais um pokémon:

Pokedex


#001 - Florescendo - Página 5 Beedrill


Beedrill, o Pokémon abelha venenosa. Seu melhor ataque envolve voar em alta velocidade, golpeando com agulhas venenosas e depois recuar voando novamente. Beedrill é extremamente territorial. Ninguém deve se aproximar do ninho - isso é para sua própria segurança. Se enfurecido, eles atacarão em um enxame furioso.

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Uma Mensagem das Estrelas

Era de se esperar que Vincent ficasse sem entender nada, afinal aquela garota havia surgido do além e já tinha começado a discussão atacando Cleffa, mas mesmo assim o rapaz teve uma reação rápida para mandar a fadinha desviar para o lado. Infelizmente a velocidade elevada daquela abelha venenosa aliada à paralisia de Cleffa tornavam essa tarefa impossível de ser realizada e o ferrão banhado em veneno já espetava o corpinho da Pokémon fada segundos depois da Beedrill ter recebido a ordem. O que salvava a Pokémon rosa era a sua resistência forte, porque quase não era perceptível algum efeito em seu corpo após o golpe, tanto que ela ainda conseguiu cantar um pouco uma melodia triste. Apesar de bela, a canção não foi suficientemente envolvente para fazer a abelha dormir

— Não foi por maldade? Eu estava colhendo frutas, as duas únicas frutas raras que achei e essa coisinha aí pegou elas do meu lado no chão, na maior cara de pau! Eu ainda a persegui, mas ela se escondeu pela grama alta e agora a achei... Pretendia só recuperar as frutas, mas como vejo que ela tem um treinador irresponsável, vamos fazer vocês pagarem pelos seus atos! — Beedrill voou para longe e rapidamente contornou o campo de batalha, aproximando-se por trás e efetuando um segundo golpe, que deixou Cleffa novamente em uma situação difícil.

Os golpes da adversária não eram expressivos, mas a paralisia da fada e seu estado já um tanto enfraquecido dificultavam aquela luta. Isso ficou evidente quando a Pokémon tentou utilizar o golpe Encore e nem ele foi capaz de realizar, por sentir todo seu corpo em choque mais uma vez. Era uma pena o Mono-treinador não ter nada que pudesse fazer para curar a paralisia ali naquela luta... Então teria que contar com a sorte mais uma vez. O problema disso é que a sorte pode ser volátil e perigosa... E agora, o que Vincent faria?

Beedrill:
Normal
Hold Item:
---
Trait:
Swarm

Lv. 10 Beedrill


33/33
#001 - Florescendo - Página 5 Beedrill
#001 - Florescendo - Página 5 Cleffa
Lv. 08 Cleffa


8/26
Trait:
Magic Guard
Hold Item:
---
Cleffa:
Paralyzed

Campo: O campo consistia em um quintal com grama alta, que chegava a metade da altura de Cleffa. Era rodeado por uma cerca e havia uma árvore grande e bem cheia logo atrás de Vincent. Um sereno cai levemente, como um spray bem fino.

Progresso da Rota :

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