#001 - Florescendo

Uma Mensagem das Estrelas

O rapaz aproximou-se rapidamente da coisinha rosa, chamando por sua querida fadinha. A criatura demorou algum tempo para se mexer, mas depois de alguns segundos se levantou com uma expressão de dúvidas, que logo se transformaram em um alívio ao notar que se tratava do seu treinador. Sim, aquela bolinha pequena era Cleffa toda enrolada e ela parecia estar nessa posição para proteger algo com seu próprio corpo. Assim que ela notou Vincent, correu para abraçá-lo e o rapaz conseguiu identificar que o que ela tanto protegia eram na verdade duas frutas bicolores e aparentemente exóticas.

Entretanto, a motivação para Cleffa ter sumido inicialmente, ter vindo parar nesse lugar estranho e segurar essas frutas com tanto zelo ainda eram um verdadeiro mistério para o Mono-treinador. Uma coisa era certa, o Pokémon fada parecia ter corrido bastante para chegar aqui, pois demonstrava um cansaço forte, o que também poderia ser explicado pela sua exaustão de ter batalhado recentemente e ainda não ter recuperado as energias perdidas em combate.

Restava agora decidir o que fazer, afinal já tinham se afastado bastante da rota traçada pelo carro dos contrabandistas de relíquias e até agora Sandy não havia voltado. Vincent tiraria um tempo para investigar melhor as circunstâncias do desaparecimento de Cleffa ou deixaria isso para outra hora, indo ao encontro de Alec, que por acaso também não tinha dado sinais de vida desde que o menino pulou a cerca? O que Vincent faria?  ◄

Uma Mensagem das Estrelas

Enquanto Vincent falava, Cleffa ficava atenta e com uma expressão neutra. Talvez estivesse pensando que o desespero do rapaz fosse de alguma forma ele brigando com ela por ter sumido. Mas assim que o Mono-treinador comentou algo sobre "frutas", um sorriso se abriu nos lábios diminutos da fadinha. Ela então ergueu as duas mãos na direção de seu treinador, como se oferecesse aquelas frutas para ele, talvez fosse por isso que ela as guardava tão bem. Entretanto, um barulho de porta rangendo junto de um zumbido, foi seguido por uma sombra que cobriu a dupla e serviu como anúncio de que tudo desandaria muito rápido. Cleffa e Vincent olharam para a direção do som, mas o que viram foi apenas uma saraivada de agulhas. Por sorte os dois conseguiram desviar do ataque, mas as frutas que Cleffa tanto seguravam acabaram voando para longe e se espalhando pelo gramado.

Na porta, de pé, estava uma menina com uma bandana de estampa florida na cabeça e um semblante irritado, com os braços cruzados. Ela encarava mais Cleffa do que Vincent e bem acima dela sobrevoava uma Beedrill bem tenebrosa, com um zumbido característico e ameaçador. Suas garras eram enormes e o ferrão de seu abdome também, praticamente brilhava mesmo com a fraca incidência de luz solar — Finalmente encontrei você sua ladrazinha... Achou que eu ia deixar pra lá? Está muito enganada... Beedrill, acerte essa bola rosa com Poison Sting duas vezes! — E com o comando da treinadora, o Pokémon inseto começou um voo de trajetória irregular, virando o ferrão para Cleffa e se preparando para agir de forma bastante ofensiva. O que Vincent faria? ◄

Uma Mensagem das Estrelas

Era de se esperar que Vincent ficasse sem entender nada, afinal aquela garota havia surgido do além e já tinha começado a discussão atacando Cleffa, mas mesmo assim o rapaz teve uma reação rápida para mandar a fadinha desviar para o lado. Infelizmente a velocidade elevada daquela abelha venenosa aliada à paralisia de Cleffa tornavam essa tarefa impossível de ser realizada e o ferrão banhado em veneno já espetava o corpinho da Pokémon fada segundos depois da Beedrill ter recebido a ordem. O que salvava a Pokémon rosa era a sua resistência forte, porque quase não era perceptível algum efeito em seu corpo após o golpe, tanto que ela ainda conseguiu cantar um pouco uma melodia triste. Apesar de bela, a canção não foi suficientemente envolvente para fazer a abelha dormir

— Não foi por maldade? Eu estava colhendo frutas, as duas únicas frutas raras que achei e essa coisinha aí pegou elas do meu lado no chão, na maior cara de pau! Eu ainda a persegui, mas ela se escondeu pela grama alta e agora a achei... Pretendia só recuperar as frutas, mas como vejo que ela tem um treinador irresponsável, vamos fazer vocês pagarem pelos seus atos! — Beedrill voou para longe e rapidamente contornou o campo de batalha, aproximando-se por trás e efetuando um segundo golpe, que deixou Cleffa novamente em uma situação difícil.

Os golpes da adversária não eram expressivos, mas a paralisia da fada e seu estado já um tanto enfraquecido dificultavam aquela luta. Isso ficou evidente quando a Pokémon tentou utilizar o golpe Encore e nem ele foi capaz de realizar, por sentir todo seu corpo em choque mais uma vez. Era uma pena o Mono-treinador não ter nada que pudesse fazer para curar a paralisia ali naquela luta... Então teria que contar com a sorte mais uma vez. O problema disso é que a sorte pode ser volátil e perigosa... E agora, o que Vincent faria? ◄


Campo: O campo consistia em um quintal com grama alta, que chegava a metade da altura de Cleffa. Era rodeado por uma cerca e havia uma árvore grande e bem cheia logo atrás de Vincent. Um sereno cai levemente, como um spray bem fino.

Uma Mensagem das Estrelas

Sim, Vincent realmente estava em apuros, tanto quanto a sua Cleffa, que já se sentia fraca depois de tantas batalhas e correrias sem um tempinho para descanso. Além do mais a Beedrill estava cheia de gás, implacável! Restava ao treinador ordenar medidas desesperadas de evasiva para sua Cleffa, além de insistir na única estratégia que parecia fazer sentido no momento, colocar a raivosa abelha para um cochilo. Mas além da tática básica, Vincent parecia planejar usar o próprio quintal a seu favor, ordenando que a pequena bolota rosa ficasse esperando o primeiro golpe da adversária bem de frente para aquela frondosa árvore.

— Ela está paralisada de susto, aproveite para usar seu Twineedle, Beedrill! Em seguida avance com Poison Sting — Comandava a garota, confiante de que essa batalha já estava ganha. Cleffa observava aqueles dois ferrões no lugar das mãos de Beedrill se aproximarem de seu corpo. Engolia em seco, mas confiava em seu treinador, dando um Jetté no momento certo para o lado. A Beedrill golpeou com tudo o tronco, fazendo toda a árvore sacudir e folhas caírem. Alguns Tailow que se abrigavam nos galhos mais altos levantaram voo e partiram dali em uma bonita revoada. Já a abelha se sacudia, tentando tirar o espigão de lá o mais rápido possível. Todo esse movimento fez uma bola roxa com detalhes esverdeados cair de lá de cima, diretamente na cabeça da adversária que ficou um tanto desorientada. Vincent observou bem aquilo e pode notar que era um Pokémon, mas qual seria? — Que inferno! Não adianta choramingar agora... Devolver a fruta não limpa seus crimes... E nem adianta chamar seus capangas, até chegarem você já vai ter caído!

Enquanto isso, Cleffa respirou fundo e cantou a melodia mais bonita que conseguiu imaginar. Ela havia fechado os olhos e sacudia para um lado e para o outro, conforme o som saia. Aos poucos a Beedrill foi se sentindo sonolenta e parava de se sacudir ou zumbir pelo que havia acertado sua cabeça. Perfeito! Agora a abelha estava em um sono profundo e completamente aberta para as investidas de Cleffa. A Pokémon rosada ainda demorou um tempo para entender o que havia, virando-se para seu treinador e saltitando em uma comemoração.

Depois de alguns segundo que ela se tocou de que não poderia perder tempo e virou-se para Beedrill, realizando como ordenado o golpe Pound na oponente, que apesar do ataque, continuou seu voo sonâmbulo sobre o gramado — Oh não, o que vocês fizeram com minha querida Beedrill! Não deixe o sono ser mais forte que você meu anjo, use duas vezes Poison Sting nessa bandida! — Gritou a treinadora, mas uma atitude inútil na atual situação da abelha. Seria uma batalha difícil, mas uma boa ocasião para Vincent repensar sua estratégia. E aquele Pokémon que caiu da árvore? O que o Mono-treinador faria sobre tudo isso? ◄


Campo: O campo consistia em um quintal com grama alta, que chegava a metade da altura de Cleffa. Era rodeado por uma cerca e havia uma árvore grande e bem cheia logo atrás de Vincent. Um sereno cai levemente, como um spray bem fino.

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O Mono-treinador e sua Cleffa davam glórias aos céus pela sorte que tiveram nessa batalha. Era um alívio grande ver que a assustadora abelha se encontrava apagada tão suavemente em seu voo, isso dava abertura até mesmo para o treinador curar sua Pokémon com uma poção que trazia consigo. Vincent abriu a bolsa e retirou o frasco, chamando a sua fadinha. A pokémon ficou confusa, mas aproximou-se mesmo assim e depois de uma sprayzada do medicamento em seu corpo, foi tornando-se cada vez mais disposta. A fada sentia a energia voltar ao seu corpo e pulava para comemorar essa recuperação — Cle-Cleeeee! — Dizia Cleffa antes de virar-se novamente na direção de Beedrill.

Já a treinadora não conseguia compreender como a sua companheira havia caído em um golpe desses e acreditava que só podia ser um grande azar. Com cuidado ela tentava aproximar-se da abelha, mas certamente tinha receio de ficar próxima demais de Vincent, caso ele resolvesse agir contra ela — Eu confio em você, meu anjo... Sei que consegue! Lute! Lute contra o sono! Siga minha voz! — Mas por mais que ela implorasse para a Pokémon, não parecia haver nada em mãos que pudesse fazê-la voltar a si. Não sem algum item, por exemplo. Já Cleffa não parecia se importar com as súplicas da menina e assim como seu treinador ordenou, começou lentamente a avançar contra a Beedrill. Quando pensava em finalmente atacá-la, a abelha despertou, batendo as asas com mais intensidade e fazendo um zumbido que fez a fadinha recuar.

— Isso! ISSO! Use Poison Sting! — E Beedrill prontamente executou a ordem, golpeando a fadinha com seu ferrão venenoso. Nada muito expressivo, mas que fazia o jogo de bate-bate continuar quase eternamente. Cleffa fez uma carinha de dor, mas se levantou com bastante rapidez, golpeando o centro do abdome da abelha com o ataque ordenado e depois a encarou com bastante atitude. Já Vincent, enquanto isso, aproximava-se do Pokémon que havia caído da árvore com bastante sutileza, porém ficando um pouco distraído da batalha. O Mono-treinador usava uma das frutas que recolheu do chão e ofereceu uma para a criaturinha arroxeada, que deixou de ficar no formato de bola e prontamente a devorou, esboçando uma espécie de sorriso.


A treinadora da Beedrill estava muito focada na batalha para ver o que havia ali entre Vincent e o Pokémon, mas assim que bateu o olho em uma de suas frutas sendo devorada, ficou de queixo caído e estática. Possivelmente o Mono-treinador teria que lidar com uma explosiva adversária muito em breve, assim que a garota colocasse seus pensamentos organizados. O que ele faria? ◄


Campo: O campo consistia em um quintal com grama alta, que chegava a metade da altura de Cleffa. Era rodeado por uma cerca e havia uma árvore grande e bem cheia logo atrás de Vincent. Um sereno cai levemente, como um spray bem fino.