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Rota 116 - Pensamentos futuros!

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PENSAMENTOS FUTUROS!
Rota 116

Cair não foi um problema, ou quase cair. Ele sentia que ter mais um integrante de sua verdadeira família em seus braços superava qualquer dor, qualquer doença, qualquer problema. Era bom rever o rato amarelado, e era melhor ainda saber que ele não estava em um estado pior. Owen esboçava um sorriso enquanto as lágrimas desciam em seu rosto.

- Me desculpe Niko, por favor me desculpe... – Balbuciava entre suspiros.

O jovem, logo, não mediu esforços em puxar aquela enorme pedra. Sabia que seria uma tarefa difícil então apenas seu olhar na direção de Hefesto serviria para chamar aquele colosso de aço e ódio. Por sorte o Metang conseguia flutuar e, agora, com Circe sobre sua lataria ela não precisaria se preocupar em cair naquele buraco que tanto lhe assustou.

- Hefesto, siga a minha voz e sinta as vibrações elétricas do Niko, ou coisa do tipo. – Bradou em meio a escuridão. – Circe, confie no Hefesto, ele vai te proteger!

Owen não perdia a atenção de nenhum Pokémon, nem mesmo Gött, que ainda não havia aparecido, saía de sua cabeça. Ele tinha medo da recém-nascida Wurmple se assustar com aquela escuridão, mas a pequeno inseto se mostrou muito corajosa em largar seu serviço de tecer as teias e ir na direção de seu treinador. Owen esperava eles atentamente enquanto ainda se esforçava em remover a pedra, maldita pedra, de cima de seu parceiro.

Com Gastly ainda desaparecido o coração do jovem ainda não se acalmava totalmente, ele queria ver sua família reunida. – Gött, apareça por favor! Venha, siga minha voz! – Gritava o garoto, colocando uma de suas mãos fechadas ao lado da boca para, de algum modo, ganhar mais volume.

Aquele buraco havia revelado um lado desconhecido de Owen que ele jamais queria mostrar, era certo de que aquilo seria passageiro, ele tinha certeza de que logo mais não estaria ali, mas ter aquele sentimento de ser “exposto” era muito ruim. Se sentia frágil e indefeso.

Ainda restavam os outros que também caíram ali, quem sabe o que aconteceu com eles? – Espero que já estejam mortos! – Sussurrou o jovem enquanto ainda se esforçava em tirar a pedra, agora, com a ajuda de Hefesto e seus poderosos braços metálicos.

- Gött, siga minha voz! – Continuava gritando o garoto buscando chamar a atenção do fantasma.

De certo modo a queda não lhe afetaria tanto, afinal, sua consistência gasosa lhe permitiria sair de qualquer lugar apertado e ele também não seria lançado ao chão por sua levitação natural. Então ficava o questionamento. O que prendia Gött?

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Orgulho e Preconceito e Zangoose!

Estando ao lado de seu companheiro tudo parecia mais calmo, mesmo ilhado na escuridão. Owen analisou a situação e respirou aliviado ao ver que o Pikachu não estava no pior estado possível, afinal estava consciente ainda e podia falar e usar seus golpes. Bastava ajudá-lo com a rocha que o prendia contra o solo para poder tratá-lo como necessário. O rapaz até tentou por conta própria e apesar daquela enorme pedra não ser tão pesada como parecia, ao movê-la por alguns centímetros isso causou uma enorme dor ao pequeno rato elétrico CHUUUU! Exclamou o Pokémon, lançando raios elétricos que acertaram o próprio treinador, totalmente sem querer. Seria preciso eliminá-la de uma vez só, assim evitaria uma tortura física e psicológica para Niko. Só que para tal, Owen necessitaria de seu Metang... Sendo assim, fez um gesto simples que o Pokémon pudesse ver e o chamou também para ter certeza que seria notado. Restava apenas esperar...

Enquanto Hefesto e Circe não chegavam, Owen tentou chamar seu Gastly mais uma vez, mas havia sido em vão. A situação preocupante o pressionava por todos os lados e o abismo em que se encontrava, literal e metaforicamente, parecia querer arrastá-lo cada vez mais para o fundo. A quase queda que havia sofrido anteriormente deixava isso bastante claro. Por um instante o treinador até lembrou dos outros humanos que haviam caído com ele, mas seu subconsciente, brincando com o sentido de "certo" e "errado", fez os lábios do rapaz praguejarem um desejo mortal... O ódio foi seguido por um silêncio, este foi violado por um simples burburinho. A voz, humana e masculina, praticamente inaudível, foi atropelada por um engasgo Gasp... e o engasgo, simplesmente rasgado por um sonoro grito tão aterrador e arrepiante, gutural e sangrento que arrancaria a respiração de uma pessoa mediana ao ouvi-lo. A voz daquele burburinho era certamente irreconhecível, mas a do grito era terrivelmente familiar... Soraya, talvez?

A volta ao silêncio, mesmo que tenha sido imediata, parecia demorar uma eternidade, pois o zumbido que o grito causou ao aparelho auditivo de Owen era absurdo. Ficava difícil saber o que havia acontecido, mas felizmente Hefesto e Circe chegaram bem próximos do rapaz e de Niko. Owen podia ver um olhar um tanto apavorado na Wurmple de expressão limitada. Entretanto, nada era mais intrigante do que o corpo de Metang. Seus dois braços, mais longos do que os demais de sua espécie tinham um toque a mais de excentricidade por estarem banhados em um vermelho vivo. Tão vívido que não contentava-se em manter-se no afiado corpo metálico e escorria diretamente para o solo pedregoso, deixando uma poça bem onde gotejava. Não seria possível ler nos olhos de Hefesto o que havia acontecido, pois estes não contavam histórias. Possivelmente apenas uma ordem e um desejo haviam sido cegamente seguidos. Será que Owen importaria-se em saber o que houve? Certamente haviam muitas outras coisas para se preocupar no momento... O que o treinador decidira então?

Progresso da Rota :



Última edição por Luch em Sex Mar 08 2019, 02:39, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Corrigindo uma palavra que foi "comida" de um dos parágrafos)

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PENSAMENTOS FUTUROS!
Rota 116

Os olhos de Owen não condiziam com o que suas mãos pareciam querer fazer. Seus braços fraquejavam e tremiam, muito. Suas mãos não tinham forças para continuar empurrando a pedra. O garoto sentia um frio, muito frio. Ele... Não era mais ele.

[. . .]

Infelizmente aquela situação dava lugar a uma outra personalidade, uma outra pessoa. Como se Owen nunca estivesse ali, como se aquilo que o jovem atencioso e inocente não queria nunca ver, como se ele, ao ver os braços de seu parceiro banhados por um vermelho sangue, conseguisse correr para longe, o mais longe possível. Owen não estava mais ali.

- Isso mesmo, Hefesto, bom garoto. – Sorria Hakai. Ele sentia orgulho de seu Pokémon. – Vamos, me ajude aqui.

Wurmple estava assustada, e não era pra menos, nem mesmo a Pokémon mais achegada a seu treinador não conseguia compreender a sua tomada de ações, como se ela não reconhecesse mais o seu “pai”. Ela de alguma forma não queria estar ali, com suas curtas patas tampava seus olhinhos enquanto virava-se de costas para não olhar mais para aquele monstro que estava a sua frente.

Hefesto, por sinal, apenas obedecia cegamente a seu mestre. Mesmo com os braços completamente sujos ele empurrava aquela rocha com facilidade, ou tentaria. Seus olhos vazios e vermelhos brilhavam como um Ruby roubado, brilhavam como um coração recém removido, como uma língua cortada ou até mesmo como um corpo aberto ao sol. Ele não demonstrava ações, apenas queria passar um sentimento profundo de vazio e sem vida. Aqueles olhos perduravam ante a escuridão como lanternas para pessoas mortas se guiarem em meio ao inferno.

As tentativas eram contínuas, Shimura tentava bravamente salvar Niko, ainda com aquele sorriso estranho no rosto. Hefesto fazia o mesmo e Circe apenas estava virada de costas com os olhos fechados e tampados.

De repente um suspiro ecoava meio a escuridão. Owen, ou melhor, Hakai, olhava rapidamente para a direção do barulho e, em questão de segundos, trocava olhares com Hefesto mais uma vez. – Você sabe o que fazer... – Sussurrava o maníaco para seu colosso metálico.

A pequeno inseto saltava da carcaça metálica de Hefesto para o ombro de Owen e se arrastava para dentro de sua camisa, se escondia ali, ela se sentia segura ouvindo as fracas e inconstantes batidas do coração do rapaz.

Gött ainda estava perdido na escuridão e não seria nada bom ver seu treinador daquele modo, o fantasma havia visto ele mudar daquele jeito apenas uma vez e quando o fez não fora nada bom. Aliás o fantasma se segurava para não ser assim, sua natureza perversa gritava em um canto onde o barulho ensurdecia qualquer um que também estivesse naquela sala escura. O fantasma estava no escuro.

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Orgulho e Preconceito e Zangoose!

Como dois lados de uma mesma moeda, era assim a relação entre Owen Samuels e Hakai Shimura. Quando um cochilava, o outro despertava. Era bem verdade que Hakai era o mais atônito em acordar, cutucando Samuels há muitos e muitos anos até poder finalmente ver a luz do dia. Estariam os dois destinados a dar vida às tentações do outro? Pois era exatamente o que parecia acontecer na escuridão desta caverna. Assim como apenas Owen é capaz de trazer Metang de um estado de fúria, Hakai era o único que o compreendia nesse estado. Era provável que Circe se assustasse mais com a ligação ideal entre Hefesto e Shimura do que com o próprio fato cruel presenciado. Em choque, a Wurmple preferia tampar os olhos e virar-se do que constatar atos diabólicos de um ser que não poderia ser seu "pai".

Chu?! Questionava-se o ferido Pikachu sem entender o que acontecia por ali. Seu choro trouxe de volta a atenção do treinador para o que era mais importante no momento. Metang e Hakai passaram a trabalhar juntos na retirada da grande pedra e após uma contagem regressiva de três segundos, deram tudo de si em um movimento de explosão que fez a pedra mover-se para longe do elétrico. Pela posição de sua pata era notável que algo havia no mínimo saído do lugar, uma luxação talvez? Verdadeiramente um milagre dado as circunstâncias. Contudo, antes de um abraço memorável entre mestre e criatura, um som vindo da escuridão ou talvez apenas da escuridão mental de Owen, ressoou pela caverna. Hakai não perdeu tempo em ordenar que sua "Espada" fizesse o que precisava e o Pokémon movimentou-se para tal. Ao mesmo tempo, Wurmple pulou para dentro das vestes do rapaz, buscando um mínimo abrigo que fosse.

Metang uniu suas mãos longas e realmente pareceu uma arma. Ele não era muito veloz, mas flutuava rápido o suficiente para atacar o que quer que estivesse na escuridão. Uma pessoa? Um Pokémon? Na verdade parecia ser apenas o ar mesmo, pois não havia nada ali de fato. A escuridão pregava peças até mesmo para uma mente obscura e o que restava para o rapaz e seus companheiros era escolher um rumo, afinal não parecia sensato apenas ficar por ali a espera de novidades. Hakai poderia voltar para perto de Zangoose e do possível corpo ceifado por Hefesto ou seguir o caminho adiante, depois do ponto onde Pikachu estava. Isso é claro, além da possibilidade de escolher ou FAZER seu próprio rumo com toda a criatividade e ferramentas que possuía, incluindo é claro ficar exatamente onde estava, apesar de soar extremamente contraproducente. Diante destas opções, o que o treinador preferiria?

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PENSAMENTOS FUTUROS!
Rota 116

Era fato: Shimura odiava estar ali. Sua aprição fora no mínimo inesperada tanto para Circe quanto para Niko, eles, felizmente, nunca viram seu treinador assim, apenas relatos de histórias contadas por Gött em qualquer momento de lazer aproveitado pelos Pokémon de Owen. Mas o choro daquele rato amarelo conseguia resgatar Owen das sombras. Aquele gemido de dor conseguia fazer o coração de Hakai parar, por alguns segundos, e voltar a bater intensamente como antes. Como quando ele era bom.

- Eu... NIKO! – Gritou, agora, Owen. – Conseguimos amigão! Conseguimos! – Continuou comemorando aquela grande vitória enquanto pegava o pequeno lesionado em seus braços e o beijava com muito amor ante a um abraço quente e carinhoso. – Vai ficar tudo bem...

Wurmple voltava de onde estava, ela colocava apenas sua cabeça para o lado de fora e, sentindo também as batidas do coração de seu “pai” percebia que ele havia voltado. Suas anteninhas remexiam constantemente e ela tecia uma seda suave e fina para comemorar, atingindo a ferida de Niko como uma atadura provisória até eles saírem dali.

Hefesto, ao longe, continuava golpeando o vendo. Ele emitia barulhos que só Owen conhecia, barulhos que lhe traziam pesadelos dos mais temíveis e que ele nunca desejaria ter visto. Seus olhos se enchiam de água e sua voz era firme como a de um verdadeiro Mestre Pokémon dando uma ordem final. – Hefesto, chega!

A reação do metálico era bem assustada, ele parecia imediatamente o que estava fazendo e voltava a seguir seu treinador. Seus olhos continuavam brilhando aquele vermelho rubro bem vivo, mas suas ações, e sons, não eram assustadores como antes.

O que mais lhe chamava atenção era aquelas manchas vermelhas pelo chão, os olhos de Owen não acreditavam no que viam. – Alguém se machucou? Só pode ser o Zangoose! Vamos lá! – bradou o jovem, andando, com precaução, após colocar Circe e Niko sobre a lataria do metálico que flutuava. Ele caminhava devagar e atento ao buraco que momentos antes havia caído. – Cuidado... – Sussurrou.

Chegar no Zangoose era sua vontade, além de é claro encontrar seu fantasma que até agora não havia dado as caras.

- Gött, por favor apareça! – Sussurrava novamente com lágrimas em seus olhos.

Seu coração acelerava enquanto ele caminhava naquele total breu.

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Orgulho e Preconceito e Zangoose!

Assim como veio, ele foi. Hikai desapareceu diante do choro lamentoso de Niko, que além de demonstrar sua dor e sofrimento, também servia de "Luz no fim do túnel" para Owen retomar o controle. Entretanto, curiosamente, o jovem treinador não parecia ter conhecimento do que de fato acontecera enquanto seu alter-ego tomava conta de seu corpo. Até mesmo os gritos de dor vindos possivelmente de Soraya não lhe povoavam mais a mente, que buscava entender a origem de todo aquele sangue empoçado no local. Todo o movimento praticado por Hefesto havia praticamente dispersado todos os rastros de morte de seu corpo, dificultando ainda mais para Owen compreender o ocorrido.

Acreditando estar diante de vestígios sanguíneos do ferido Zangoose, o treinador preocupou-se sobre o estado atual do selvagem. Portanto arrumou Niko e Circe sobre as costas de Hefesto e retornou para onde a criatura ferida estava, agora tomando cuidado com o penhasco a sua frente, é claro. Em pouco tempo o treinador e sua trupe desfalcada de Pokémon finalmente haviam retornado para o lugar de onde partiram e para alívio do jovem, Zangoose ainda se encontrava repousando exatamente onde foi deixado. Ele estava ainda mais fraco do que antes, talvez porque seu ferimento ainda mantinha-se aberto. Ao seu lado, a uma distância considerável, havia uma poça enorme de sangue, bem maior do que a vista anteriormente. A suposta ligação entre o selvagem e estes vestígios parecia ser descartada pela distância de um para o outro, trazendo mais dúvidas do que respostas. O que de fato havia acontecido ali?

Ainda preocupado com a ausência de Gött, Owen novamente chamou seu companheiro em alto e bom sono pela caverna. Desta vez entretanto, obtendo um sucesso para comemorar. Gastly finalmente havia respondido a seu dono com o seu retorno, para a completa felicidade do rapaz.!O Pokémon fantasma, numa coincidência muito conveniente, surgiu lentamente do chão, bem do espaço onde havia a grande poça rubra, graças a sua capacidade de se tornar invisível e atravessar objetos sólidos com facilidade. A criatura, com uma expressão bem triste e mais apática do que o normal, materializou-se na frente de se treinador, demonstrando uma certa preocupação com algum fato ainda desconhecido. Seria algo que ele tenha feito ou até mesmo que ele tenha presenciado? E de quem seria aquele sangue se não fosse de Zangoose? Owen conseguiria montar as peças deste quebra-cabeça, mesmo tendo perdido algumas em seus momentos de personalidade volátil? O que o treinador faria diante dessa situação?  

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PENSAMENTOS FUTUROS!
Rota 116

Owen quase se assustava com a presença do fantasma, ele surgir de uma poça de sangue de fato lhe trazia pensamentos bem sombrios sobre o passado, principalmente sobre quando conheceu Gött. Era aliviador ver aquele rostinho amedrontador na escuridão.

- Gött, finalmente... C-como... O que aconteceu? – Indagou com medo da resposta.

Sem dúvidas algo havia acontecido. Alguns pontos começavam a se encaixar, primeiro o grito, antes de perder a memória, depois ver que Zangoose estava longe da poça de sangue e não havia nenhum rastro e depois fora ver que Hefesto atacava o vazio furiosamente. Não era nada bom.

- Tudo bem... Vamos nos acalmar e sair daqui... – Continuou Owen enquanto tratava o mangusto. – Amigo, eu vou precisar que você seja forte agora! No três eu vou te levantar e você subirá no meu colo.

Os quarenta quilos, em média, do Pokémon não seriam nada fáceis de carregar, mas Owen se esforçaria para tal. Após isto o jovem procuraria alguma forma de escalar aquela íngreme parede que levava a saída, ao alto. Qualquer coisa que pudesse lhes tirar dali. Talvez algumas pedras mais protuberantes ante a parede rochosa do buraco ou algo parecido. Quem sabe uma corta.

- Gött, me ajude, me conte o que aconteceu... – Perguntava o garoto enquanto erguia seu rosto ao alto para tentar ver alguma forma de escapar dali. – Eu ouvi um grito e depois disso não me lembro e mais nada antes de vir para cá.

O jovem tinha a necessidade de sanar aquele medo que incomodava seu coração. Como se ele soubesse, ou tinha uma ideia, do que havia acontecido e isso era a pior parte de conhecer seu Pokémon. – Tomara que nada de ruim tenha acontecido... – Sussurrava o jovem treinador pensando em cosias bem sombrias e lamentáveis, principalmente.

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Orgulho e Preconceito e Zangoose!

Owen sentia-se aliviado com a volta de Gött, mas ao mesmo tempo preocupava-se com sua expressão aterrorizada e incomodada. Vê-lo saindo de uma poça de sangue nesse estado foi no mínimo, perturbador. Apesar da primeira pergunta, o Pokémon fantasma não parecia à vontade para contar o que sentia, talvez por alguma presença no momento, ficando apenas flutuando em um tom fúnebre sobre a região, com seu olhar entristecido. Diante dessa resistência, o treinador resolveu focar no mais urgente, o mangusto! Zangoose ainda sangrava, lentamente, mas de forma preocupante pela quantidade de sangue já perdido. Possivelmente ele havia tido uma fratura exposta e o ferimento era com certeza mais grave do que o de Niko ou de qualquer outro (talvez, com exceção de quem fosse o dono da poça de sangue misteriosa).

Owen mantinha Zangoose sobre o seu colo, tendo-o colocado lá com muito esforço. O Pokémon havia resistido um pouco à movimentação, talvez por dor, mas também por medo e cautela. Felizmente ele não tinha energia suficiente para lutar com o rapaz pela sua liberdade e acabou deixando-se levar até uma posição de exposição alta, mesmo contra sua vontade. Owen então falava sobre escalar o buraco até a saída, mas certamente não seria uma tarefa tão fácil sem achar uma forma de levar em segurança os Pokémon feridos, principalmente o mangusto. De qualquer modo, havia sim umas pedras escaláveis a partir de certo ponto do paredão de rochas, mas seria necessário subir em algo para alcança-las.

Mais uma vez o rapaz resolveu questionar seu Gastly sobre o ocorrido e era notável que a cada nova pergunta, Gött sentia-se mais pressionado a colaborar. Em uma dessas vezes, o Pokémon até chegou a olhar Hefesto e encará-lo por algum tempo. Foi nesse momento que Niko recobrou um pouco a consciência e olhou para o fantasma, reconhecendo o companheiro e dando um sorrisinho de contentamento. Isso fez com Gött sentir-se mais aliviado e então, ele aproximou-se do treinador, fazendo gestos e movimentos com os olhos e língua, enquanto falava em seu próprio "idioma". De alguma forma ele indicava a participação de Metang naquilo e apontava para o topo, como se quisesse explicar o envolvimento de alguém na suposta tragédia. Alguém que haviam conhecido no topo talvez? Enquanto o Gastly explicava-se entretanto, Hefesto não mexia uma fibra metálica de seu corpo, apenas encarando a escuridão com seus brilhantes olhos. O que Owen faria diante dessa situação? 

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PENSAMENTOS FUTUROS!
Rota 116

Owen ignorava apenas. Seu ímpeto era em querer sair dali, uma pena não poder dar total atenção aos seus queridos parceiros naquele momento mais difícil. Ele ignorava, principalmente, por ter medo da resposta. Infelizmente Hefesto tinha seus clarões de “matança”, ele era um Pokémon malvado, mas o jovem conseguia o segurar por enquanto.

A sua luta, agora, era sair dali. A parece, aparentemente, parecia escalável, mas com o mangusto em seus braços seria impossível subir, outro ponto também era a sua perna sangrando. O esbranquiçado sofria com aquela dor, e tal dor fazia os olhos de Owen se entristecerem. Talvez o capturar poderia amenizar o problema. Quem sabe?

Segurando a esfera azulada, após colocar o Pokémon brevemente no chão e aplicar-lhe uma poção, o jovem tiraria sua blusa fora e amarraria como uma atadura na região onde a ferida estava mais exposta, como se contendo o sangue escorrido. Também faria alguns carinhos no topo da testa do mesmo. – Calma amigão, vai ficar tudo bem... – Sorria ao final com lágrimas nos olhos. Ver o sofrimento lhe trazia dor. – Apenas quero que você confie em mim. Por favor. – Completou, agora, colocando a esfera azulada levemente sobre o peito do Zangoose.

O resultado poderia demorar. Ver aquela pokébola remexendo de um lado para o outro parecia durar uma eternidade.

Owen, enquanto isso, procurava o melhor lugar para escalar. Algumas rochas mais elevadas onde pudesse se segurar e subir aos poucos seria interessante. Mas a sua preocupação para com os outros que também caíram no buraco martelava sua mente. Mesmo com suas perturbações e distúrbios de personalidade o jovem era alguém bom.

- É verdade, Gött... Você tem razão... – Disse voltando sua atenção ao escuro. – Alguém mais aí? Me responda por favor para que eu vá te ajudar! – Gritava Owen para o breu.

De quem quer que fosse a resposta o rapaz iria prontamente ajudar, Hefesto e Circe e Niko permaneciam inertes, eles apenas acompanhavam o seu mestre. Niko parecia melhorar, mesmo com uma perna gravemente ferida ele já esboçava seus sentimentos para com seus companheiros. Principalmente após ver o fantasma de volta à equipe. Circe também explodia em felicidade ao ver o fantasma, ela ficava muito feliz com sua família reunida. Hefesto... Ora... Ele ainda estava vivo e consciente.

- Alguém aí? Por favor, me responda! – Bradou diante daquela escuridão.

O suor corria por seu peito, o rasgando como uma navalha afiada. Ele aguardaria qualquer murmúrio, qualquer barulho para que pudesse ir e ajudar. Tinha pressa em sua mente, além de uma grande ansiedade que quase o sufocava.

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Orgulho e Preconceito e Zangoose!

O treinador não tinha muitas opções em mãos diante daquela trágica cena. Zangoose, ferido e praticamente agonizando, ficava cada vez mais fraco e com uma aparência doente. Uma poça de sangue já se formava amadurecida ao redor de sua perna e competia com a outra, ainda maior, onde supostamente algo de muito ruim havia acontecido. A cada movimento do treinador sobre o Mangusto ele sofria mais de dor, mas mesmo assim lutava para sobreviver. Owen então resolveu agir, retirou uma Poção e utilizou sobre Zangoose para amenizar o problema. Em seguida, cobriu-lhe as feridas tentando conter a hemorragia. Tudo isso acariciando a criatura e deixando claro que estava com ele. Esta espécie não era a das mais "domésticas" e possuem uma personalidade forte e belicosa, mas aquele espécime em si, parecia começar a confiar mais e mais no garoto.

O treinador então, não vendo outra saída, segurou uma esfera azul em mãos e aproximou lentamente da criatura tentando capturá-la. Ele tentava não se mostrar ameaçador, mas quando uma luz envolveu Zangoose e o "sugou" para a cápsula, era notável um certo desespero por parte da criatura, que mesmo encerrada na cápsula, brigava com o objeto para sair. O botão, em tom vermelho, piscava incessantemente fazendo a esfera agitar-se pelo chão como se tivesse vida própria. Em poucos segundos possivelmente o garoto poderia aliviar-se ao ouvir o som característico de uma captura. Entretanto, até lá, uma movimentação estranha lhe chamou a atenção vindo da escuridão. Um vulto saltou de "lugar algum", silenciosamente e riscou uma espécie de espada curva sobre a rocha, fazendo som de atrito entre metal e pedra. O movimento não foi por acaso, pois a lâmina da arma acendeu-se como lamparina, envolvendo-a totalmente em chamas e o corte ia diretamente na direção da cabeça de Owen!

Entretanto, antes do golpe fatal encontrar seu alvo, a Pokébola Azulada ainda agitando-se no chão, simplesmente abriu-se e um raio avermelhado tomou novamente a forma do selvagem Zangoose, que lançou-se como um raio em um golpe Quick Attack sobre o algoz do treinador. Espada, Mangusto e Homem caíram no chão, cada um fazendo seu próprio som. O Zangoose, mesmo dolorido e claramente detonado, mantinha uma posição de ataque diante do enorme vulto, um pouco antes de perder as forças e dessa vez desmaiar mesmo no chão, desacordado. O assassino, revelando-se um dos homens que encontrou-se com Soraya e Owen, exultava raiva e vingança, recolhendo novamente a espada em chamas, apenas para cortar o ar na direção do corpo do rapaz. Entretanto, dessa vez era possível ver e prever a posição dos golpes, graças ao Mangusto. O que Owen faria diante disso?  

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