Pokémon Mythology RPG
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Capitulo 12 - Missão de Investigação - "Um Mar de Justiça"

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A Sea Of Haze


O contato entre os membros da sociedade permitia que Allan adquirisse uma informação bastante relevante para o andamento da missão, a oficial vista anteriormente só poderia ser a irmã de Chris. Entretanto, seria ela uma aliada em potencial? Ou o seu jeito polido e formal tornaria essa interação muito mais dificultada? Até onde ele e Nagisa sabiam, a jovem levava o seu trabalho a sério e, provavelmente, não aceitaria a ajuda de desconhecidos, mesmo que estes fossem conhecidos do seu irmão mais novo.

- Que gentil da sua parte se importar com isso, rapaz. Graças a Arceus, não é por um motivo tão ruim como aquele incidente. A temporada de turismo aqui em Sootopolis já está acabando e, infelizmente, as vendas caíram, como o esperado, eu e Charlotte, entre outros feirantes, compartilhamos algumas bacias para quando o tempo está bom para as vendas. – O homem dizia com simplicidade, não vendo problema ou vergonha em compartilhar as informações com os treinadores. – Façam uma boa viagem! Juízo nessas ruas, esse mundo tá cada vez mais perigoso.

- Obrigada, senhor. Boas vendas. – A pequena simpatia da menina conseguia surpreender o grupo, mas ela havia se esforçado bastante para dizer as palavras. O seu coração não parecia mais tão gelado agora. – Vamos meninos... Nagisa?! O que deu nele? – Perguntou a monotreinadora para o moreno, estranhando a incomum falta de comunicação do loiro.

Seja lá as motivações da negra para perguntar, ela não se importou por tempo o suficiente, liderando os seus colegas para a loja de Charlotte. Pelo que parecia, Glace realmente conhecia o caminho, pois em questão de minutos e sem nenhum desvio qualquer eles chegavam em seu destino. A proprietária era uma senhora de aproximadamente cinquenta anos, porém com uma aparência impecável, apesar de não disfarçar a idade, intencionalmente, já que as suas madeixas castanhas bem tratadas possuíam vários fios grisalhos e não havia qualquer sinal de tintura. Ela havia terminado de atender alguns adolescentes e a possível mãe deles, quando viu o trio chegar com as suas bacias, aguardando pacientemente.


(C) soph

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Para facilitar o carregamento dos objetos que eu tinha em mãos, enquanto ouvia a explicação de Andrew sobre minha pergunta, eu colocava o ovo de Heracross dentro delas, para assim eu conseguir carregar tudo sem muitos problemas. Para alivio de todos, Andrew não estava passando por nenhum problema relacionado ao suborno dos Rangers renegados, e sim estava com poucas vendas por causa da baixa temporada. Realmente nos últimos dias o movimento da cidade havia diminuído bastante, principalmente pelos eventos recentes terem terminado no dia anterior.

- Que bom que não é nada sério. Obrigado novamente! – Eu disse me despedindo e me preparando para ir até Charlotte. Nagisa só acenou enquanto seguia Glace junto comigo. Ela também parecia diferente, parecia tentar ser mais cordial e amigável, e por um segundo até pareceu se importar com Nagisa, perguntando o que ele tinha que estava tão estranho. - Isso aí? – Eu disse olhando pra ele e dando uma risadinha. - É amor. – Glace já não parecia mais tão interessada, então apenas deixamos pra lá. Ela parecia bastante apressada, e foi nos guiando entre as barracas com muita presteza. Ela realmente sabia o caminho, e não tivemos problemas para chegar até lá.

Assim que Glace diminuiu, percebemos que tínhamos chegado. Havia uma barraca próxima, em que uma senhora terminava de atender uma família, e se despedia cordialmente. Assim que nos percebeu, ela esperou que nos aproximássemos, e foi o que fizemos. Ela tinha os cabelos grisalhos e aparentava ter pouco mais de quarenta anos.

- Boa tarde, Charlotte. – Eu disse a cumprimentando. - Somos amigos da Glace, e viemos para conversar um pouco com a senhora. Não sei se ela já te adiantou alguma coisa.

- Boa tarde! – Nagisa também cumprimentou. - Senhorita, onde podemos deixar as bacias? - Ele dizia com um sorriso, e parecia mais presente agora.

Como não sabíamos o que Glace já tinha dito para ela, eu esperei que ela começasse a dizer alguma coisa. Esperava que conseguíssemos alguma informação útil ali, e ainda pudéssemos nos encontrar com a irmã do Chris, Anne Ayusa. Ainda precisava compartilhar essa informação com os outros dois, mas o faria apenas quando terminássemos ali.


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A Sea Of Haze


- Boa tarde, queridos! Glace me falou que estava esperando vocês sim, ainda bem que a encontraram no caminho, fiquei com medo de vocês se perderem. – Um sorriso simpático e acolhedor formava-se nos lábios da senhora. – Por favor, deixem ali em cima. – O seu dedo indicador apontava uma parte mais interna da loja, onde outros utensílios estavam acomodados, havia um espaço especial para as bacias.

Quando a mulher ia se preparar para responder as perguntas do trio, um homem trajando uniforme de Ranger se aproximava e a cumprimentava como se já a conhecesse de antes. Glace checou o relógio imediatamente e olhou para Allan e Nagisa, como se quisesse dizer que só poderia ser ele o homem quem procuravam.

- Como está hoje, senhora? Vim pela promoção. – Ele não parecia ser tão simpático, pois ignorava a presença do trio.

- Sempre pontual, não é? E as investigações sobre aquele pilantra? Já avançaram ou ainda não deu em nada? – A idosa comentou, preparando uma sacola de compras com algumas frutas sazonais.

- Está cada vez mais difícil, parece que ele fugiu para algum esconderijo no meio do oceano, dá pra acreditar? Ninguém está se empenhando tanto na procura como eu. Na verdade, eu tenho que lidar com um bando de preguiçosos. - A última frase soou extremamente forçada para Nagisa e Allan, já que a moça que conheceram pouco tempo atrás não se enquadrava em nada descrito pelo homem.


(C) soph

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Charlotte era uma senhora bastante simpática, e rapidamente nos indicava o local onde deveríamos depositar as bacias. Assim que terminávamos de colocar as bacias no local, antes mesmo de Charlotte poder dizer qualquer coisa, um Ranger apareceu. Glace rapidamente deu uma olhada no relógio, o que indicava que era a hora exata que estava descrita no panfleto. Sendo assim começamos a prestar bastante atenção ao que o homem dizia.

Ele não parecia nada simpático, já que ignorava completamente o fato de estarmos ali. Por um lado isso era bom, já que poderíamos observa-lo sem suspeitas. Ele conversava com Charlotte como se nada estivesse acontecendo, não parecia nenhum pouco preocupado, apenas estava ali para buscar mais comida. Ele podia não fazer parte do bando de Rangers renegados, mas com certeza não estava fazendo seu trabalho.

A última frase que ele disse, pareceu ser a última gota que faltava para encher seu copo de mentiras. Era nítido que se tinha alguém fazendo seu trabalho corretamente, deveria ser Anne. Aquele homem começava a me dar náuseas, só de pensar nele deitado naquela cama do Centro Pokémon relaxando enquanto as pessoas da cidade estavam sendo lesadas pelos bandidos. Porém, por mais que eu queria voar e encher a cara dele de sopapos, eu precisava manter a calma e esperar a informação que precisávamos.

Nagisa e Glace também estavam apenas ouvindo, mas assim como eu, ele estavam incomodados com tudo aquilo. Realmente nós parecíamos saber mais do que aquela pobre senhora. - Realmente, - Eu disse concordando com ele. - parece que esses Rangers que estão andando por ai, só querem saber de fazer corpo mole. Vi um mais cedo deitado no sofá do Centro Pokémon, como se não tivesse mais nada para fazer. – Eu disse tentando esconder minha ironia. - Prazer, meu nome é Allan. Você é o oficial...? – Eu perguntei estendendo a mão para induzi-lo a se apresentar. Esperava que ele pudesse dizer alguma coisa além do que já tinha dito.


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Logo o exagero, na melhor das hipóteses, do Ranger começava a ficar cada vez mais claro para o trio, principalmente para os dois rapazes, que haviam conhecido alguém que não batia com a descrição fornecida pelo homem há pouco menos de uma hora atrás. Até mesmo Charlotte ficou receosa, percebendo que algo estava de errado na frase do homem.

O clima ficou ainda mais tenso quando o oficial escutou as frases de Allan, mesmo indo de acordo com o que o outro moreno pensava, ele não esboçou nenhum sorriso de satisfação, muito pelo contrário. Na verdade, o mentiroso estava com uma cara de quem havia comido algo que não havia gostado e ter, ainda, pago muito caro por isso.

- Oficial Delaney.  Não sei que tipo de educação recebeu, mocinho, mas só eu posso falar desse jeito com o meu esquadrão. – O tom sério do homem deixava a idosa preocupada, ela já havia cobrado o pedido, mas isso não amenizava a tensão existente ali. Quando o adulto apertou a mão do treinador com força, ela arregalou os olhos imediatamente.

- Na verdade. Você não pode falar assim com ninguém. – Posicionou-se a negra, defendendo o seu colega de equipe.

- Fique fora disso, menininha. A não ser que queira fazer trabalho comunitário por desacato à autoridade também. – O sorriso maníaco que surgia na expressão do homem exalava uma clara satisfação por estar no comando.

- Isso é abuso de autoridade. É um motivo ainda mais sério para prisão e eu gravei tudo. – Argumentou a menina, blefando um pouco no final, mas sendo extremamente convincente.

- Ah, mas isso não vai ficar assim. – O homem sacou dois Pokémon das suas esferas de captura, um se posicionou em frente de Glace e outro em frente a Allan. – Depois que nós terminamos, vou me certificar pessoalmente para garantir que vocês tenham muito o que limpar nessas ruas.

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Quando o Oficial Delaney segurou minha mão com força, percebi que Charlotte havia ficado incomodada. Eu não me importava muito com as consequências para mim, mas se aquilo acabasse gerando consequências para o restante, isso poderia ser um problema. Mas antes que eu pudesse me desviar do que tinha falado, tentando me justificar, Glace tomou a frente e enfrentou o homem. Pensando bem, aquilo era o esperado, visto que ela estava à flor da pele e parecia se compadecer bastante com a senhora.

- Opa, opa, opa... – Eu disse me afastando um pouco dos pokémon que surgiam das esferas do Ranger, e tentava afastar Glace um pouco também. - Desculpe, acho que você me entendeu um pouco mal. Por isso acabamos nos desentendendo. – Eu dizia enquanto pegava a segunda esfera do meu suporte. - Não me referia ao seu esquadrão, eu estava falando de você mesmo. Porque foi o único que eu vi fazendo corpo mole. Ah! Mas não pense que nos incomodamos em fazer “trabalho comunitário”, pois é exatamente o que vamos fazer ao entregar você para seus superiores.

Ao terminar de falar, eu cliquei o botão da esfera, e liberei meu Gyarados entre nós. Glace rapidamente entendeu que eu só estava tentando distrair o homem e aproveitou o momento para pedir que Snorunt desse uma ajuda. - Vou precisar de você agora, depois você continua dormindo. – A pequena Snorunt então saltou para o lado de Dragoon e os dois encararam os pokémon do Ranger. A carranca aterrorizante de Dragoon logo faria seu trabalho, deixando os oponentes assustados.

Enquanto tomávamos à frente com o Ranger, Nagisa aproveitava o momento para tentar acalmar Charlotte. A senhora da barraca parecia se desesperar um pouco por causa do clima tenso que surgia ali. - Não se preocupe, estamos aqui para ajudar vocês a se livrarem desses Rangers corruptos. – Ele dizia baixinho para que somente Charlotte ouvisse. - Encontramos uma Ranger mais cedo que vai poder nos ajudar. Achamos que ela é a única que está atrás de respostas realmente.


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A Sea Of Haze


- Vocês ainda têm a coragem de falar assim comigo? – Respondeu o oficial, falando mais grosso do que antes.

O homem não pode avançar muito no falatório, pois o dragão marinho de Allan ao ser liberado roubava a atenção de todos. A sua expressão intimidadora fazia o símio Fire Type recuar com bastante medo, na verdade, ele não parecia ser o Pokémon favorito do Ranger, pois recebeu um olhar de desgosto na mesma hora. Por outro lado, o texugo recuava estrategicamente, não esboçando nenhuma emoção durante o seu recuo.

Nagisa libertava seu Prinplup da Poké Ball, cercando o autoritário e, praticamente, impossibilitando uma fuga. Como se não pudesse ficar pior para o Ranger, uma jovem de cabelos brancos, já conhecida pelos meninos, vinha correndo em direção à cena. Primeiro ela olhou para a senhora assustada, depois para os treinadores e então para o oficial. A expressão dela era dura, como o de uma mãe bastante irritada.

- Podem me explicar o que está acontecendo aqui? Não tem nem cinco minutos que esse tumulto começou e já tem uma penca de curiosos vindo para cá. Cadete Delanay, explique-se. – O tom firme e imponente de Anne indicava que ela poderia ser a sua superior.

- Esses adolescentes não tem respeito com as autoridades, vieram até mim falando mal dos recrutas que eu estou monitorando com deboche. O moreno. – Apontou para Allan, com desgosto. – É o pior deles, não gosta de ser corrigido.

- Ele está mentindo! – Bradou a monotreinadora do tipo gelo, irritada com a distorção dos fatos.

- Não precisa aumentar o tom. Eu escuto muito bem, mocinha. – Repreendeu a Ranger, olhando para Nagisa e Allan como se esperasse alguma resposta. – Vocês dois... Expliquem-se. Não os mandei para cá para causar mais problemas.

- Vai mesmo ouvir o que esses cretinos tem a dizer?! A minha palavra não é o bastante?!! – A voz do oficial estava carregada de ódio e impaciência.

- Não teste a minha paciência. Eu sei fazer o meu trabalho e sou a sua superior, e como tal, exijo que respeite a minha decisão. – Ela olhou diretamente para o seu subordinado, falando com ainda mais seriedade do que antes.


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A carranca assustadora de Dragoon conseguia cumprir o seu papel, pegando os pokémon do Ranger de surpresa e os fazendo recuar. Mas o homem não parecia querer ceder tão facilmente, assim como fizeram os pokémon. Mas Nagisa aproveitava a oportunidade para usar Iwatobi para cercar o grupo pelo outro lado.

- Você é que tem muita coragem para fazer isso com as pessoas dessa cidade! – Eu dizia no momento em que uma mulher já conhecida pela maioria chegava correndo. Ela pisava forte e parecia bastante irritada com a situação.

- Oficial Ayusa, sentimos muito pelo ocorrido. – Eu dizia e Nagisa repetia as desculpas. - Não nos apresentamos direito mais cedo. Nós fomos contratados para descobrir o paradeiro de Phillipe Swirller, e estávamos seguindo uma pista que nos trouxe para a feira. Ficamos sabendo que um Ranger estava usando um dos quartos do Centro Pokémon e pegamos as chaves escondido, para poder verificar. – Eu disse aquilo para não comprometer a senhorita Joy, que nos ajudou em segredo. - O Ranger em questão, parece estar se aproveitando da boa vontade dos feirantes, para conseguir mercadorias de graça, mas não está fazendo seu trabalho para procurar e prender o renegado. Temos suspeitas de que ele sabe de alguma coisa que pode nos ajudar em nossa investigação. - Eu contava tudo que podia para Anne, já que tinha uma intuição de que podíamos confiar nela.

Glace não parecia nada confortável com minha reação, mas ela confiava o suficiente para não me interromper. Nagisa também não dizia nada contra, e concordava com tudo. E para mostrar que eu estava falando a verdade, eu pedir para Dragoon recuar. - Amigão, deixe-os em paz por enquanto. Fique atrás de mim, mas não baixe a guarda. - Além disso, eu achava que já estava na hora de contar sobre o irmão dela. - E Anne, o Chris me disse que eu podia confiar em você. – Não era bem o que tínhamos conversado, mas achei que aquilo poderia ajudar um pouco em nossa interação.


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A Sea Of Haze


A expressão fria de Anne era crucial para deixar os dois lados em análise igualmente apreensivos. Não dava para captar nenhum sinal que indicava o que a oficial estava sentindo, provavelmente por conta do treinamento recebido da organização. A jovem de cabelos brancos ouvia tudo pacientemente, ao contrário do cadete que só não xingava mais por conta dessa incerteza.

- Uma história bem longa, sem dúvidas. – O tom pensativo da Ranger deixava os rapazes preocupados com o que ela poderia ter escolhido acreditar.

- A própria caçamba de lixo em forma de palavras. Não vai me dizer que acredita nessas baboseiras? Fora que eles acabaram de admitir que roubaram uma chave do Centro Pokémon! – A rispidez do homem não agradava em nada Charlotte e Glace. Porém, faziam a Ayusa refletir.

- Estou mandando você calar a boca. Está claro agora? – Os olhos negros da justiceira cortavam as falas de Delaney, agora ele só encarava o trio com raiva em seus olhos. – Por favor, senhora Florian. Pode me dizer o que eles estavam fazendo aqui? – A pergunta de Anne indicava que ela conhecia a comerciante, por saber o seu sobrenome.

- Eles só estavam me ajudando, querida. Pedi para que Glace fosse pegar as minhas bacias com Andrew e ela as trouxe, junto com os seus amigos. – O tom calmo da idosa transmitia a segurança necessária para motivar a patrulheira a enxergar o lado do trio.

- Obrigada pela sinceridade. – Agradeceu a mulher, virando-se para o homem e retirando um par de algemas. – Oficial Delaney, você está detido por abuso de poder, com base em número de testemunhas e comportamentos recentes. O seu registro como Ranger será bloqueado e você cumprirá uma pena a ser discutida em tribunal.

Cada palavra que saia da boca da jovem fazia o homem se contorcer de ódio. Não havia para onde ele escapar, pois além dos Pokémon dos treinadores uma multidão havia chegado, junto com uma viatura policial e três Rangers que esboçavam um sorriso de satisfação ao verem seu supervisor algemado.

- Agradeço pela ajuda, vocês três. Já que a sociedade do meu irmão foi contratada pra isso, não me importo em compartilhar algumas informações que encontrei. – A moça se aproximou de Glace e Nagisa, depois de entregar o corrupto à Policial Jenny e contar o que havia acontecido, mostrando o seu distintivo. – Vai ser curto e rápido, mas acredito que vai ajudar. Esse tal homem fugiu para as rotas marítimas ao redor de Sootopolis, acreditamos que ele tenha vários refúgios espalhados em ilhas e deixou alguma informação importante do seu paradeiro em um deles. – Ela acenou a cabeça antes de se afastar. – Tomem cuidado e façam o certo.

Off :



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Off :


No primeiro momento, Anne não demonstrou nenhum sinal de que acreditava em minhas palavras, mas por outro lado também não demonstrou não acreditar. Enquanto isso, o outro Ranger se pronunciava novamente de forma estupida e agressiva. Ele estava se entregando.

A oficial Ayusa parecia ser uma pessoa bastante justa, e analisou os fatos com sabedoria. Assim que achou necessário, ela questionou Charlotte a respeito de nossa presença ali, e a senhora logo confirmou que estávamos ali apenas para ajudar. Logo em seguida aquilo, uma cena satisfatória aconteceu, Ayusa retirou um par de algemas e prendeu Delaney ali mesmo.

Uma multidão havia se formado para ver o que acontecia, assim as autoridades haviam se juntado a nós. Agora parecia que estava tudo se resolvendo, ou começando a se resolver. Glace estava bastante feliz por tudo ter dado certo no fim, e sorria enquanto via o homem sendo levado pela polícia. - Pelo menos ele teve o que merecia. – Ela dizia fazendo Snorunt dormir novamente. - Mas ainda precisamos descobrir onde procurar pelo Ranger renegado. Será que podemos interrogar o Delaney? Vou dar uns tapas nele pra fazer ele falar! – Ela dizia com uma expressão ansiosa.

- Acho que podemos perguntar pra Oficial Ayusa. – Nagisa dizia e parecia se lembrar de alguma coisa quando olhava para mim e perguntava. - Você conseguiu falar com o Chris? Aquilo pareceu bem repentino.

- Ah! Nem tive tempo de falar com vocês. – Como Glace não sabia de todo o teor dos acontecimentos, decidi fazer um resumo pra ela. - Glace, depois que nos separamos, fomos conversar com a Ayusa. Depois que ela me disse seu sobrenome, me lembrei que já tinha ouvido ele antes. Aí me lembrei que tinha participado de um torneio com o Chris Ayusa, e perguntei o Gray se ele tinha o contato dele. – Eu estava falando bem rápido, e esperava que ela estivesse acompanhando. - O Gray me mandou o contato do Chris, e eu consegui falar com ele, descobrindo que a Anne Ayusa é irmã dele. Mas só consegui essa resposta no caminho até o Andrew, e acabei não tendo tempo de avisar. Mas parece que deu tudo certo.

Assim que terminei de contar o resumo, Anne retornava para nos agradecer. Ela parecia não poder revelar muita coisa, mas o que ela nos disse acabou sendo de grande ajuda. O problema era que precisávamos arrumar alguma forma de viajar pelo mar ao redor de Sootopolis. Como faríamos isso? Era a pergunta que parecia estar na cabeça de nós três.

- Muito obrigado! – Eu dizia agradecendo pela informação. Nagisa e Glace também agradeciam. Todos acenávamos para Anne enquanto ela se afastava, e no instante seguinte recebíamos a mesma mensagem os três. - “O País das Maravilhas” – Eu lia o título. A mensagem tinha sido enviada por Cindy, juntamente com o endereço e informações sobre a nova base da AVENGERS. - Olha, parece que estamos começando a ficar importantes. Cindy está recomendando que pelo menos um de nós participe desse evento, para conseguir um pouco mais de visibilidade para a agencia. O que acham?

- Nossa! Parece uma oportunidade excelente de conseguir alguma coisa bem rara. – Disse Glace bastante animada. - Você deveria ir, Allan. Eu e Nagisa podemos ficar por aqui e procurar por alguma forma de viajar pelo mar seguir uma rota especifica. O que acha Nagisa? – Ela disse o encarando com pressão.

- Claro! Claro! – Ele disse sem ter muita escolha. Mas eu sabia que provavelmente era também o seu ponto de vista. - Vai lá e arrasa novamente, igual você fez aqui no Teatro de Sootopolis.

- Vocês tem certeza? – Eu perguntei com um sorriso. Seria ótimo poder subir no palco novamente, eu estava gostando bastante daquele mundo das apresentações. Talvez fosse uma coisa que eu pudesse me especializar.

- Claro que temos. – Disseram os dois juntos. Depois Glace disse sozinha. - Precisamos passar um tempo sozinhos para eu conseguir aturar esse aqui. – No fim ela deu uma piscadinha. Nagisa chegou a corar um pouco.

Agora que já tínhamos conseguido alguma informação por ali, estava na hora de seguir para a próxima etapa. Eu deixaria meus dois amigos ali para conseguir uma forma de seguirmos adiante, e enquanto isso eu participaria de um novo evento que estava acontecendo em Forina. Esperava que tudo desse certo enquanto eu estivesse fora, para podermos partir assim que eu retornasse. Seguimos novamente até a tenda de Charlotte e nos despedimos dela. E depois seguimos novamente em direção ao Centro Pokémon, talvez a senhorita Joy ficaria bastante animada em descobrir que estávamos um passo mais próximos de resolver aquele caso, então precisávamos contar para ela.

Depois de dar um tratamento em meus pokémon, eu seguiria até o porto para ir para Forina. Nagisa e Glace poderiam encontrar o que precisávamos no porto também, então iriam comigo até lá.

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