Pokémon Mythology RPG
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Desventuras #04 - A Grande Família

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Depois da esperada inesperada vitória, os dois comemoraram se esquecendo totalmente do clima ruim que cercava todo aquele local. Só foram tirados de seu momento quando o rapaz que eles tinham encontrado ali começou a atenta-los para o momento certo de fugir. Sendo assim, rapidamente Tuco recolheu seu Gastly e apressou Agostinho para que pegasse uma das mulheres e fugissem.

- Vão! E não voltem mais! – Disse o falso apresentador terminando de recolher seu pokémon derrotado. - Mas saibam que o que espera por vocês aí, é ainda pior que o tanque de Carvanha. – Ele terminou de falar em tom serio e se levantou encarando o nada com sua expressão conturbada. As bailarinas se debatiam enquanto Agostinho se aproximava e catava uma delas pelo braço, a mesma que fazia caretas para ele anteriormente. O homem não dizia mais nada.

- Vamos! Vamos! Antes que ele mude de ideia. – Dizia o rapaz passando pela abertura de onde o apresentador tinha saído. Os outros dois faziam o mesmo, trazendo consigo a dançarina contra sua vontade. Os quatro estavam agora em um corredor estreito, que levava até os bastidores da peça, e todos podiam relaxar. Isso marcava o fim do segundo Ato.

Fim do 2° Ato

De volta aos bastidores, todos os atores recebiam um copo para se hidratar e aguardar até que o novo cenário era posicionado. Um jovem trazia uma jarra com água e começava a servir cada um deles, em seguida ele deixava a jarra em uma mesa e os convidava a se sentarem um pouco ao lado.

Depois que as cortinas terminavam de se fechar, os outros atores que estavam no palco seguiam para os bastidores também, fazendo o jovem pegar novamente a jarra e servi-los. Assim os trabalhos no palco começavam.

Pedaços do vulcão eram removidos com grande velocidade, era tudo encaixado e fácil de retirar. As cadeiras, pedaços de madeira, pedras cenográficas e outros objetos soltos eram retirados por pokémon ajudantes. Os objetos muito grandes como a estrutura que apoiava todo o vulcão, era carregada pelos pokémon psíquicos e suas habilidades.

Enquanto peças eram retiradas, outras vinham substitui-las. Não dava para esperar um cenário terminar de ser retirado, para que o outro fosse montado, era preciso que fosse feito simultaneamente. Uma nova estrutura era colocada no fundo do centro do palco, e parecia a estrutura de uma grande escadaria. Aos poucos moveis eram trazidos e uma grande sala de estar se formava com sofás, cadeiras e alguns objetos para completas o ambiente aconchegante. No alto da escada era colocada uma grande gaiola, e uma atriz loira se posicionava dentro dela, de costas para onde estaria a plateia.

Antes de o palco terminar de ser organizado, e com as cortinas ainda abaixadas, o narrador começou sua apresentação. - Nossos heróis conseguiam fugir do Caldeirão do Huck em segurança, e ainda levavam uma das dançarinas do exercito da Rainha de Copas. O rapaz que eles haviam ajudado a fugir se mostrava um bom guia no fim das contas, e conseguia tira-los de dentro dos estúdios do programa de sábado à tarde e os deixava na base do vulcão. – A voz dava uma pausa, e depois de alguns segundos, as cortinas começavam a subir, revelando o novo cenário. - Agora eles eram guiados pela dançarina, até a casa da vilã que havia sequestrado a Rainha dos Baixinhos em nome da temida Rainha de Copas.

3° Ato – A Senhora do Destino

O novo cenário representava a entrada da casa da vilã. A porta de entrada da casa ficava bem ao lado, e levava a uma grande sala de estar com uma escadaria ao fundo. Tudo parecia bastante arrumado e a decoração era de muito bom gosto. Um grande Chandelure estava pendurado bem no centro do cômodo, representando o papel de um lustre. Uma Jynx vestida de empregada passava um espanador nos moveis, enquanto a dançarina batia na porta acompanhada por Agostinho e Tuco. - É aqui, chegamos. – Ela dizia depois de chamar a dona da casa.

- Ô PATA CHOCA! Vai atender a porta sua inútil! Morta de fome... – Uma voz feminina gritava do alto da escadaria. Era uma voz bastante rude e que parecia pertencer a uma mulher mais velha. A Jynx rapidamente largou o que estava fazendo e foi até a porta para abri-la, fazendo um movimento para que os convidados entrassem. A dançarina permaneceu do lado de fora da casa, deixando que apenas Tuco e Agostinho entrassem. Logo em seguida uma mulher mais velha apareceu no topo da escada. - Quem é que está incomodando a essa hora? – Ela dizia sem descer um único degrau. - Saiba que essa é a residência de uma mulher de classe. E não é qualquer ralé que sai entrando assim tá!

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PROGRESSOS DA ROTA – Don Baresi :


PROGRESSOS DA ROTA – Joe Yokosuka :



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FIM DO ATO 2

Com um sorriso bobo pela vitória, o jovem corria em alta velocidade para a porta, era uma puta chance para escapar e não poderia se dar o luxo de perder essa chance. Ao chegar em seu destino, ficava olhando de rabo de olho para dentro da porta, buscando pistas ou outros vestígios qualquer do que os aguarda. Afinal, estava curioso com o que poderia acontecer depois de passar por tantas dificuldades no atual ato. Sem encontrar nada sobre o que os aguardava, Tuco mudava suas atenções para seu parceiro que estava escolhendo qual dançaria iria os acompanhar, escolhendo a que tinha dado careta anteriormente. Com tudo pronto -ou quase tudo-, o rapaz que estava acompanhando nossos heróis voltava a apressar tudo e todos.

— Calma mermão, vou te dar um bagulho que tu vai ficar calminho. — Disse dando uns tapinhas no ombro do rapaz. Antes de todos adentrarem na porta, era possível se ouvir alguns desaforos por parte do falso apresentador. — VAI PRO CARALHO VOCÊ TAMBÉM! — Gritou, dando o fim do segundo ato.

BASTIDORES

Aquela porta dava acesso a nada mais e nada menos que aos bastidores. Após um segundo ato conturbado e uma caminhada por aquele corredor, o grupo poderia finalmente desfrutar de uma pausa momentânea e aproveitar para relaxarem, podendo associar tudo que tinha acontecido até então.

Joe a primeira coisa que fazia era retirar sua peruca, deixando em uma mesinha próxima do mesmo. Era possível notar seus cabelos dreadlocks -que estavam presos- totalmente molhados, talvez pelo nervosismo de uma batalha acirrada e o medo de ficar preso para sempre no programa do Caldeirão do Huck, em um tanque cheio de Carvanhas. Mesmo sendo uma peça, o jovem estava realmente entrando no clima e no personagem; Achava aquilo tudo tão real, será que ainda era efeito daquele pó de procedência duvidosa que inalou anteriormente? Ou era esse sentimento que todos os melhores atores sentiam? Ficava se perguntando essas e outras perguntas a mais.

Seus pensamentos eram interrompidos por um rapaz com uma jarra de água, que estava servindo a todos. Sem titubear, Joe pegava um copo e aceitava a água oferecida. Antes de tomar a água, fazia um gesto de "número um" com as mãos, era seu jeito peculiar de pedir para que aquele cara esperasse um minuto e não fosse embora. Então com um longo gole, terminava de beber todo aquele copo e já estendia seu braço para pegar mais água. Afinal, precisava se hidratar depois de suar bastante durante a cena.

— Obrigado, jovem. — Agradeceu o bom trabalho do rapaz e saiu caminhando em direção de seu parceiro, Dominic. — Maaaano... Que peça é essa? Se eu soubesse que era tão bom assim, tinha tentado a carreira de ator. — Disse, deixando o Tuco de lado e voltando a ser ele mesmo. Deu mais um gole em seu copo de agua e retornou a falar. — Ou será que isso é exclusivo dessa pe...? — Era interrompido pela a voz do narrador, isso significava que o novo ato estava prestes a começar. — Opa, deixa eu vestir minha peruca e já volto. — Nem esperou Dominic terminar de responder a nova pergunta e saiu correndo para pegar sua peruca de antes. Vestiu a mesma com auxilio de alguns profissionais dos bastidores e recebeu alguns retoques pontuais no figurino também, inclusive um pó de maquiagem.

O sinal tocava, era hora de voltar para as posições. O treinador retornava fazendo alguns alongamentos e espreguiçando partes do seu corpo, em alguns momentos também balançava sua cabeça para se certificar que sua peruca estava presa corretamente. Outro sinal tocava e as cortinas começavam a se reerguer lentamente, o ato três iria finalmente começar.

— Bora, Dominic! Bora, pessoal! Vamos fazer um bom trabalho aqui, sabemos que esse ato não será fácil. — Tentou passar uma confiança maior para seu parceiro e colegas de trabalho, no final de sua frase batia algumas palmas para "despertar" todos presente.

ATO 3

Por fim, o ultimo sinal e as cortinas subiam totalmente. Deu origem ao novo cenário, que era a entrada para uma casa. Uma casa bem luxuosa se vendo de fora, com tudo arrumado e decoração de bom gosto. Tuco só poderia está na Barra da Tijuca do Rio de Janeiro, uma área nobre com casas luxuosas e de gente poderosa envolvida. Por ser do subúrbio, aquela riqueza já começava a incomodar.

— Caralho, não tenho nem roupa para esse lugar. — Esbravejou.

Então a dançarina que acompanhava o grupo batia na porta e chamava a dona da casa. Era possível ouvir uma gritaria vindo de dentro da casa, alguns dizeres agressivos e outras ruins a mais; já dava para ter uma idéia do que os aguardavam.

A porta se abria e só era permitida a entrada de Tuco e Agostinho, talvez uma escolha a dedo. No topo da escada era possível notar a figura de uma mulher mais velha. A moça demonstrava que tinha classe, inclusive na sua fala. Tuco sabia que qualquer fala errada poderia significar o fracasso da missão e tentava logo de cara impressionar aquela mulher.

— Ora, ora... Que bela dama temos aqui. — Disse fazendo uma cara de galanteador e reparando na mulher da cabeça aos pés. Claramente usando as táticas de sedução de Agostinho no primeiro ato. — Ralé? — Deu uma risada de deboche. — Me chamo Artur Silva. Somos sócios de frotas de táxi, o subúrbio do Rio de Janeiro é todo dominado pelos nossos taxis. — Disse contando uma leve mentirinha, Tuco não era nada sócio da frota, apenas trabalhador comum. Porém precisava impressionar de algum jeito aquela mulher. — Permita que meu sócio majoritário se apresente e te explique melhor sobre o nosso negócio. — Disse com um vocabulário rebuscado, devido a várias profissões e faculdades que passou na vida acabou desenvolvendo tal fala quando fosse necessária, sendo elas em apresentações ou entrevistas de emprego ou qualquer coisa de exímia importância.

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Mais uma etapa da majestosa peça se encerrava com os heróis saindo vitoriosos. Uma dura batalha havia sido travada ali, com todos de ambos os times dando seu melhor para completar aquele desafio e se sagrarem aptos ao próximo nível. Mesmo após a derrota, o apresentador ainda tentava desestabilizar a dupla, tentando acabar com aquele caloroso clima de vitória, com maus agoros.

- Puta que pariu. Esse babaca perde e quer ficar falando merda?! – Agostinho que iria embora sem fazer nada, voltava atrás rapidamente, procurava qualquer coisa que fosse arremessável e dispararia contra o apresentar. – Toma no cu, otario!

Ao adentrar na passagem que surgia, saíam direto no camarim. Era um clima diferente, parecia que estava indo e voltando entre um mundo real e um mundo de fantasia. Logo que chegavam, Tuco ou Joe, tirava sua peruca  e mostrava seus fedidos dreadlocks molhados com suor. Agostinho olhava bem, estranhando a cena, estava tão imerso no personagem a um longo tempo, que havia ate esquecido da aparência real de seu parceiro.

O magricela fazia o mesmo, tirando sua peruca e ficava se olhando no espelho desta vez como Dominic. A sensação estranha continuava. Dominic ou Agostinho? O garoto parecia não saber distinguir mais quem era. Talvez fosse essa a sensação de vários atores após interpretar um personagem por um longo tempo de maneira intensa. Era a primeira experiência de Don com a dramaturgia e não se sabe se pelo efeito das substancias ingeridas antes, mas estava sendo algo bem profundo na mente do garoto.

Enquanto parecia estar em transe olhando para o espelho e refletindo, um jovem minha com um copo de agua. Aquilo parecia cortar o momento, Don pegava e agradecia ao garoto com um tapinha nas costas e um breve “ Obrigado ”. Ao se virar para todos via Tuco já vestindo sua peruca e batendo palmas. A voz do narrador já iniciando o começo do próximo ato, Dominic vestia, também, sua peruca e corria de volta ao tablado.

De volta ao palco de madeira era notável a composição do novo cenário. Extremamente luxuoso, de puro requinte. Desde a arquitetura da casa ate os moveis que compunham a sala de estar, era algo que Dominic já estava acostumado, mas realmente o surpreendia. A dançarina deixava os dois na porta da casa e ficava afastada, mostrando claramente que, mesmo estando do mesmo lado, ate ela tinha medo da famigerada vila daquele espetáculo.

A primeira impressão já não era das melhores. A senhora começava a gritar com sua empregada pokemon de maneira desnecessária, irritando Agostinho de maneira visível. Quando estava bem próximo de reagir esbravejando zilhoes de xingamentos, Tuco tomava a frente das apresentações e começava a fingir certo polimento para apaziguar a situação. O magricela no mesmo momento percebe o que o cabeludo estava tentando fazer e decide seguir adiante na mesma pegada.


- Mil perdões minha senhora, mas uma conhecida sua nos guiou ate aqui, achamos conveniente entrar. Poderíamos-nos sentar para conversar? Temos uma boa proposta. – Tentava mostrar uma maior educação, visto que uma mulher desta classe talvez apreciasse isso. – Vamos falar de negócios? Dinheiro? Acho que a senhora deve gostar bastante, correto? HAHAHA Somos sócio proprietários de uma empresa de taxi que atua numa região mais distante. Estamos com a ideia de expandir o negocio ate aqui, e a senhora deve ser uma pessoa influente na região pelo o que ouvimos, certo? O caminho ate chegar aqui foi longo. E vou ser sincero, encontramos com outros possíveis clientes no caminho.. – Agostinho abria seus braços, e fazia uma pequena reverencia com a cabeça, como se todos ali já soubessem quem eram os possíveis clientes que já haviam feito contato. – Então, jogando limpo novamente com a senhora, nos foi informado que você havia “detido” a Rainha dos Baixinhos, vamos dizer assim, sabemos que no mundo de negócios acontece muita sujeira HEHEHE. Às vezes a concorrência precisa ser tirada de jogada, entendemos bem disso. Estamos procurando o parceiro ideal para nosso empreendimento, gostaria de saber se a senhora esta interessada em ser esta parceira. O que acha?


Afim de sondar mais sobre a situação que ocorria ali, Agostinho tentava com toda sua historia sobre o falso empreendimento, obter mais informações que poderiam ser uteis no futuro, como: localização da Rainha dos Baixinhos, a real intenção de vilã, que criaturinhas estavam em seu time, etc. E com o andar das negociações, caso houvesse uma boa proposta, quem sabe uma mudança de lado?  

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Depois do breve momento de reflexão dos dois atores, eles finalmente tinham suas atenções chamadas novamente para a peça pelas falas do narrador. Eles rapidamente recolocavam as perucas, e se posicionavam nos locais indicados pelo diretor. Assim, estava prontos para prosseguir com a apresentação.

Eles novamente eram guiados pela dançarina até que chagavam em frente a uma casa bastante luxuosa. Os vitrais da porta da frente passavam uma imagem de bastante requinte para o local, deixando Tuco e Agostinho um pouco desconfortáveis em estarem ali. Depois que a moça tocou a campainha, gritos foram ouvidos de dentro da casa, indicando que eles estavam realmente no lugar certo. Em seguida, Jynx abriu a porta e os convidou a entrar.

Do lado de dentro, Nazaré os esperava no alto da escadaria, e já os recepcionava com algumas palavras agressivas. Percebendo que seu parceiro não parecia nada bem com aquela situação, Tuco decidia tomar a iniciativa e começava uma narrativa bastante suspeita. Mas como Agostinho era tão esperto quanto sem vergonha, ele logo pescava as ideias do amigo e entrava na narrativa.

- Oh! Estou lisonjeada! – Disse Nazaré começando a descer os degraus de forma pouco elegante, e até um pouco desengonçada. Parecia que estava bêbada. - Hahahaha! – Ela ria sozinha enquanto chamava Jynx para perto de si. - Estrupício, vá lá preparar uma bebida para nossos convidados. Tá achando que trabalha onde? Num museu, e basta ficar ai parada? Anda logo, anta nordestina. - A mulher terminava de descer e apontava o sofá para seus convidados. A dupla de treinadores ainda não tinha reparado a gaiola no alto da escada, mas a senhora dona da casa fazia questão de mostrar. - Você perguntou daquela loira oxigenada? Hahaha. Ela tá ali, enfeitando o topo da minha magnifica escada, que eu adoro. – Ela apontava para a loira que até o momento estava imóvel, e permanecia de costas mostrando apenas os longos cabelos dourados. - Não tenho nada contra a songa monga ali, mas uma amiga minha pediu pra eu deixar ela aqui em casa. O que eu podia fazer? Ela me deu minha casa de volta, eu tinha que aceitar. – Ela dava altas gargalhadas e voltava a falar. - Ainda transformou a anta nordestina em minha escrava pessoal. Sem conseguir falar, a papagaia pernambucana não pode fazer nada, só obedecer. – Ela terminava de falar com uma expressão que a deixava parecendo insana, mas muito feliz.

Depois de se gabar de sua vitória contra sua rival do passado, Nazaré se sentava bem de frente de onde tinha indicado para que os dois se sentassem. Ela cruzava suas pernas e se ajeitava de forma provocante enquanto encarava Agostinho com uma expressão bastante estranha.

Desventuras #04 - A Grande Família - Página 9 Renata-sorrah-nazare-tedesco

- Então... Me contem mais sobre os planos de negócios de vocês? Quem é a concorrência que vocês querem ver gemendo no chão igual jaca mole? Ou preferem que leve uma tesourada? – Ela terminava de falar com uma alta gargalhada, e no fim repentinamente ficava seria e encarando os dois.

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Com sua idéia de ser um homem de negócios, Tuco conseguia com sucesso ser ouvido por aquela mulher e quando ela resolvia descer as escadas, conseguia reparar que a mesma estava levemente alcoolizada, talvez fosse algo que nossos heróis poderiam tirar uma certa vantagem mais pra frente. Outra coisa que chamava a atenção era a forma que aquela mulher tratava sua criaturinha sendo totalmente agressiva e preconceituosa, aquilo de certa forma irritava Tuco, porém não podia se deixar abater para não colocar o plano em risco e em resposta apenas sorria forçadamente.

Após os treinadores se acomodarem lado a lado no sofá e perguntarem sobre a "rainha dos baixinhos", Nazaré parecia bem animada para expor seu troféu no alto da escada em uma gaiola, definitivamente aquilo despertava um interesse em Tuco e o jovem precisava saber se realmente aquela era a mulher que estavam procurando, começava a bolar um novo plano em sua cabeça para conseguir libertar aquela mulher. Não seria fácil, é claro, mas tinha que tentar.

— Que belo troféu que você tem aqui. Fruto de um trabalho bem feito! — Disse elogiando a mulher novamente. — Escrava? Ainda ganhou uma escrava? Esse seu trabalho foi melhor que eu pensei. — Fingiu em estar interessado num assunto tão tóxico quanto esse. Enquanto o papo ia, o papo vinha, Agostinho parecia ter uma boa lábia para enrolar aquela mulher por mais algumas horas e foi assim que surgiu um novo plano na cabeça de Tuco. — Senhora, se me permite... — Interrompeu aquela serie de perguntas feitas pela a Nazaré sobre os negócios e no fim ainda deu uma tossida. — Ontem a noite eu enchi a cara e estou com a barriga meio estranha, sabe como é né? Então a senhora, por favor, deixaria eu usar seu banheiro? — Perguntou e na encolha dava dois tapinhas na coxa de Agostinho, querendo demonstrar que tinha um plano. Tal plano consistia em aproveitar essa deixa de ir no banheiro para verificar se realmente era a rainha dos baixinhos e quem sabe até libertar a mesma daquela jaula.

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A conversa se iniciava com hostilidades sendo proferidas a todo instante. Agostinho via aquilo e não gostava muito daquele tipo de comportamento, mas estava acostumado a ver esse tipo de tratamento desde sua infância. A megera, ate então, seguia acreditando na ideia de negocio proposta pela dupla e parecia se interessar mais sobre o tema.

- Hahahahah coitadinha, presa na gaiola. O mundo business é hostil. Como uma selva, se voce não for o predador, só lhe resta ser a caça. E eu caço muito bem, ando sempre pronto e armado.  – Agostinho ajeitava sua genitalia e dava um leve apertao intencionalmente para Nazare, cruzava as pernas e bebia um pouco da bebida. No mesmo instante, seu parceiro Tuco parecia se sentir mal e pedia para ir ao banheiro dando dois tapinhas na coxa do magricela.

Apesar de não ter falado nenhuma palavra nem feito nenhuma troca de olhares, Agostinho percebia que havia alguma intenção minuciosa por tras daqueles dois tapinhas, pois ate então, Tuco não havia reclamado nem expressado nenhuma vontade de usar o banheiro. Mesmo sem saber o que era, o magricela seguia o fluxo da conversa e deixava seu parceiro fazer o que bem queria.

Assim que ficavam a sós, Agostinho percebia uma troca de olhares provocante seguida de uma cruzada de perna fatal. O magricela, no meio de toda essa situação decide acompanhar a ideia, abaixando um pouco a cabeça para olhar melhor, deixava seu óculos cair na altura das narinas e olhava por cima deles com apenas uma pequena parte dos olhos, insinuando que queria observar atentamente aquele momento. Depois disso ajeitava seu raiban para a posição normal e insinuava com os lábios, mordendo o canto da boca, de que estava satisfeito com aquilo.


- Pois bem senhorita, perdão, é senhorita mesmo? – Agostinho se consertava intencionalmente a fim de demonstrar a intenção em saber o estado civil da megera. – Iremos entrar aqui na região com a nossa frota, mas como viemos de longe, não conhecemos a área. Não temos contato com políticos, ou pessoas influentes por aqui, entende? Precisamos disso para decidir em que pontos específicos botaremos nossas frotas, sendo de preferencia em centros, em lugares de movimento com comercio, esse tipo de coisa que a senhorita deve entender por alto como funciona. É toda aquela chata burocracia e “apoio” para quem manda, correto? Hahahahha – Assim que falava a palavra “apoio”, Agostinho fazia um sinal com as mãos, esfregando dois dedos, fazendo uma referencia a palavra “dinheiro”. – Primeiramente nos encontramos com aquela velha da Ana Maria e o Fausto Silva. Devem ser velhos amigos seus ne HAHAHHA. Eles nos ofereceram apoio, mas pediram para virmos aqui tentar apaziguar a relação entre vocês. E, sendo bem sincero, to pouco me lixando para paz. Eu quero dinheiro e quero estar do lado vencedor sempre, é isso que importa né? Hahaha. O que a senhorita acha? Nos temos futuro? Algo me diz que, nos dois especificamente, temos tudo para nos darmos muito bem.. estou errado? – Agostinho levantava e ia para o sofá em que Nazare estava sentada, para tentar uma aproximação mais incisiva, visto que a vilã parecia interessada no magrela.

O papo seguia como uma típica reunião de negócios entre dois ricos lunáticos. Sem se importar com as maneiras, totalmente egocêntricos, os dois que estavam ali davam um show para a plateia que gostava de uma vigarice. Coisas loucas, risadas mais loucas ainda, era o principio de uma tentativa de parceria que tinha tudo para dar errado. Enquanto fazia sua parte, Agostinho estava pelo retorno de seu amigo Tuco, que deveria voltar com informações que poderiam mudar o curso de toda negociação.



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As coisas pareciam estar indo bem nos planos da dupla, Tuco parecia esperto o suficiente para elaborar bons planos, enquanto Agostinho tinha uma boa lábia para fazê-los darem certo. Com essa combinação eles podiam ir longe. Nazaré continuava proferindo suas ofensas a sua empregada pokémon, e aquilo fazia com que o cabeludo ficasse bastante incomodado, pelo menos até que ela acabou mostrando a “princesa” em apuros no alto da escada. Tuco tentava disfarçar seu incomodo e rapidamente pensava em outro plano. Enquanto isso, Agostinho continuava jogando sua lábia contra a velha, e fingia ceder as suas provocações. O jovem acabava aproveitando para atiçar ainda mais a velha com gestos obscenos e olhares.

- Claro que pode usar o banheiro. – Ela dizia fazendo uma careta. - Mas usa o de hospedes aqui embaixo mesmo. Não quero ninguém emporcalhado minha suíte lá em cima. – Ela dizia apontando um corredor ao lado da escada. Logo em seguida era interrompida por Agostinho que lhe chamava de senhorita para deixa-la em sua mão. E acabava funcionando muito bem. - Claro que sou uma senhorita. Posso ter sido uma prostituta no passado, mais hoje sou uma “Lady”. – Ela dizia rindo de forma mais controlada agora.

Agostinho distraia a mulher com seus planos sobre a frota imaginaria de taxi. Aquilo parecia funcionar bem, principalmente quando ele se levantou e foi até o sofá em que ela estava sentada. Aquilo fez com que ela se esquecesse totalmente de Tuco.

O plano de Tuco entrava em ação, mas como a megera tinha indicado um banheiro ali no mesmo andar em que estavam, ele precisava esperar um bom momento para subir as escadas. Jynx não parecia se importar muito com o que ele estava prestes a fazer, e saia em direção à cozinha para fingir que não estava vendo. Tuco logo poderia perceber que Agostinho distraia a mulher com sua conversa e o caminho estava livre para que ele observasse melhor o local. Se ele decidisse subir para onde estava a gaiola, ele poderia ver que a mulher chamada de “Rainha dos Baixinhos” não era exatamente a mulher que sempre carregou aquele titulo. Por motivos óbvios, a Xuxa não estava sentada naquela gaiola, e sim a esposa do verdadeiro Luciano Huck. O que ele faria diante daquela informação? Sem contar que a gaiola estava fechada com um grande cadeado dourado, e eles precisariam da chave para libertar a prisioneira.

Enquanto Tuco decidia o que fazer para executar seu plano, Nazaré começava a comentar sobre os planos de Agostinho. - Pra falar a verdade, não conheço muito bem a região. Mas posso garantir que conheço muito homens bastante importantes. – Ela terminava com uma alta gargalhada. - Já essa tal de Ana Maria e esse Fausto aí, não são meus amigos. Ainda mais essa mocreia da Ana Maria. Odeio aquele programa dela, coisa ridícula. – Depois de falar isso, ela enfiou a mão em seu sutiã e retirou uma tesoura. - Se eu pegar aquela vaca, eu furo ela todinha. Só pra ver aquela cara velha despencar no chão. – Ela fazia uns movimentos com a tesoura apontada para o nada e depois sorria para Agostinho. - Mas o que vocês estão querendo então, é dinheiro? Isso eu não posso dar não. Já foi difícil recuperar minha casa depois que aquela macaca de circo me expulsou daqui. Não sou madre Teresa pra sair jogando dinheiro na mão de todo mundo.

Nazaré parecia disposta a matar qualquer um, mas dinheiro era uma coisa que ela não estava disposta a ceder. Mas pelo menos Tuco logo voltaria com boas noticias, ou não, e eles poderiam acabar com todo aquele fingimento.

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Tuco observava a boa lábia de seu parceiro, sabia que poderia deixar aquele local por alguns minutos e que o safado conseguiria enrolar aquela senhora muito bem, afinal corria em suas veias a malandragem carioca do subúrbio. Naquele curto tempo, observou também os maus tratos que aquela senhora dava em sua Jynx e com isso aquela criaturinha poderia ser uma forte aliada na liberdade da rainha dos baixinhos, que estava presa na gaiola no teto. Infelizmente, o plano de Tuco não saía totalmente conforme o esperado assim que Nazaré falava para o mesmo ir no banheiro do andar de baixo, dificultando ainda mais sua vida. O rapaz conseguia disfarçar muito bem sua decepção, apenas levantava do sofá e agradecia pela gentileza.

— Com licença. — Era educado como sempre, para não levantar suspeitas em seu plano.

Sabia que precisava de um bom momento para subir aquelas escadas e é claro que não poderia ser agora. Respirou fundo e foi caminhando lentamente com as mãos na barriga até o banheiro próximo das escadas. Estando próximo das escadas conseguiu observar uma série de coisas, a mulher que estava dentro da gaiola não era bem quem esperava que fosse, era a esposa do Luciano Huck; Aquele mesmo que atacou e tentou prender nossos heróis num tanque cheio de Carvanhas! Aquela informação matutava na cabeça do jovem, que não sabia se aquela mulher fazia parte dos mocinhos ou dos vilões. Porém, como Joe tinha um coração bondoso, precisava ajudar aquela famosa e talvez teria uma importante aliada para sua empreitada, Jynx e sua indiferença.

Após alguns rápidos segundos de reflexão sobre o que fazer, Tuco adentrava no banheiro dando uma leve batidinha na porta e como mandava o guia de higiene, ligava as torneiras e levava as mãos antes de fazer suas necessidades fisiológicas. Claro, ele não tinha vontade nenhuma no momento, mas precisava disfarçar. Assim que terminou de lavar as mãos, secou direitinho numa toalha próxima e abria a porta do banheiro delicadamente, saindo do mesmo. Nas pontas dos pés começava a caminhar em direção da Jynx que estava na cozinha e ao dar de cara com aquela criaturinha, o jovem fez um sinal de silêncio com seu dedo indicador em direção da boca. Após terminar essa mímica, Tuco já começava outras mimicas... Primeiro começou a fingir que estava enfiando uma chave imaginária no ar, fazendo todos movimentos parecidos com abertura de uma fechadura. Depois apontava para aquela "chave" imaginária e apontava para o alto, repetindo esses movimentos seguidamente, fazendo menção a gaiola que estava presa a rainha dos baixinhos.

— Chave... gaiola... Sabe? — Repetia seguidamente essas palavras, praticamente não saía som em sua fala, o objetivo aqui era que Jynx pudesse fazer uma leitura labial.

O jovem seguia fazendo mímica e tentava forçar uma leitura labial, tudo isso para não levantar suspeitas e conseguir a chave para libertar a prisioneira.

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Agostinho já desconfiava que seu parceiro estava botando algum plano em pratica, e deixava para o magricelo bom de papo, enrolar a idosa sequelada. Enquanto o clima parecia esquentar naquele sofá, o garoto se esticava ate a mesa e pegava mais um copo daquela bebida. Enquanto enchia o copo da madame primeiro, continuava o falatório para ganhar ainda mais tempo.

- Que bom que é uma senhorita. Gosto muito de Ladies, e de prostitutas também, se é que me entende AHAHHA! – Agostinho enchia agora, seu próprio copo e mantinha a garrafa em mãos e deixava seu copo na mesinha. – Homens de verdade bebem na garrafa. Na verdade dinheiro não é o problema, nem nosso objetivo. Se estamos aqui visando ampliar nossos negócios, é porque estamos preparados financeiramente. O que nos interessa aqui, com a senhorita, são seus contatos. Precisamos ser indicados para as pessoas certas. Seja do submundo, ou ate o mais alto escalão politico, precisamos molhar a mão das pessoas certas né. – Enquanto trocavam muitas ideias, quando mencionado o nome de “Ana Maria”, Agostinho via o lado mais perverso e perigoso de Nazare. Só de ouvir o nome da senhora, a louca puxava um par de tesouras que estava escondido em seus seios e ficava disparando golpes de corte no ar, totalmente psicopata.

Aquilo chamava a atenção do jovem, o fazendo perceber que fazer qualquer tipo de acordo com aquela mulher estava fora de cogitação.  Era uma cena breve, mas bem assustadora, com seu olhar fixo, a maluca seguia dando cortes no ar com uma expressão sanguinária seguida de um sorriso para Agostinho.

- HAHHAHAHAHA. Aquela velha da Ana Maria é uma vaca né. Ela e o Balofo Silva, porque ainda não eliminou esses dois? Vejo que você tem bastante iniciativa e sangue frio para coisas do gênero,  eu gosto muito desse perigo.. – Nesse momento, Agostinho fingia entrar no clima daquela loucura e chegava bem próximo da boca de Nazare. Enquanto sua respiração ficava mais forte, por pura intenção, uma de suas mãos ia deslizando na coxa da louca, subindo bem próximo de áreas bem inapropriadas para serem descritas. Sua boca se destinava ao pescoço da senhorita e subia ate o ouvido, em que fazia um pedido. – Feche os olhos e aproveite o momento enquanto ele não volta.. –

Agostinho esperava o momento ideal para botar seu plano em ação. Esperançoso de que Nazare atenderia ao pedido, ou mesmo que não atendesse, assim que ela fechasse seus olhos o magricela a acertaria com a garrafa que estava em sua outra mão. A intenção não era um homicídio, mas apenas um possível período de tempo para acharem a chave e libertarem a mulher que estava trancada.

- BEIJA MINHA GARRAFA FILHA DA PUTA!  TA ACHANDO QUE É A ÚNICA MALUCA AQUI?! EU SOU UM DEMONIO CARALHOOO! UMA LEMBRANÇA DOS BARESI GHAHAHAHAHAHJHAHA – Ria loucamente enquanto via toda aquela confusão se formando. – BORA LOGO BEIÇUDA DA PORRA DA CHAVE PRO TUCO! BORA BORA, SE ELA LEVANTAR VAI MATAR A GENTE CARALHO! VAMO SAIR DAQUI POOOOORRA!

Juntando a falta de paciência, seguida do medo real do que foi visto, Agostinho coloca seu plano em pratica antes mesmo do esperado. Mesmo sem ter certeza de que aquilo funcionaria, o magricela achava que esta era a melhor opção, visto que negociar com uma psicopata, também não era um bom caminho.

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Enquanto Agostinho tentava distrair a megera, Tuco seguia com seu plano. Como não podia simplesmente subir as escadas sem chamar atenção, ele decidiu mudar um pouco sua estratégia. Foi até o local indicado, onde estava o banheiro, e fingiu usar o local para suas necessidades. Como estava em um ponto em que a plateia não o via, ele apenas fazia barulhos para indicar o que estava fazendo. Assim que terminou, ele foi até o local onde estava a maltratada Jynx. Sem precisar entrar na cozinha, o que também não seria nada agradável para os espectadores, Tuco se posicionou de forma que todos pudessem ver o que ele fazia, inclusive a Jynx, e começou a fazer movimentos que indicavam o que ele queria. A pokémon observou tudo com bastante atenção e no final apontou para o teto, onde estava o grande e assombroso lustre, que na verdade era um pokémon disfarçado que observava tudo sem se mover.

Desventuras #04 - A Grande Família - Página 9 200px-PP2_Chandelure

Ainda no sofá, Agostinho continuava jogando sua lábia. Ele explicava para a louca problemática, que seu interesse ali não era o que ela havia questionado, e sim os contatos que ela podia ter. Ela o encarava um pouco desconfiado, já que não parecia confiar em ninguém. O jovem Baresi interpretava bem, mas no fundo ele também parecia se sentir um pouco louco. Com certa delicadeza, ele pegou a garrava que Jynx havia deixado por ali, e começou a seduzia a velha enquanto se preparava para golpeá-la. Nazaré chegava a fechar os olhos enquanto todo seu corpo se arrepiava enquanto Agostinho se aproximava de seu pescoço. O plano estava dando certo.

Assim que Jynx apontou o Chandelure pendurado no teto, ele rapidamente se desprendeu e voou na direção de Agostinho e Nazaré. Antes mesmo do jovem terminar de executar seu plano, e acertar a garrava na cabeça da velha, o fantasma o acertou com um raio de confusão, fazendo com que ele acertasse o sofá ao invés da mulher. Agostinho não tinha percebido o que tinha acontecido, e já se levantava gritando desesperado. Mas a confusão estava apenas em sua cabeça.

A plateia ria da cena, já que o magricela corria na direção errada enquanto sacudia a garrafa que ainda estava em sua mão. Tuco e Jynx não tinham muito o que fazer, além de observar a cena de onde estavam.

- Seu... seu... – Repetia Nazaré em saber o que dizer. Em seguida ela se calava e se levantava com a tesoura ainda em mãos. - Obrigado Chandelure. Pelo menos alguém aqui não é inútil. – Ela dizia com a voz mais calma, mas com um tom serio. - Agora vamos mostrar pra esses pivetes, com que eles estão mexendo. Se vieram aqui pra libertar a oxigenada, vão ter que pegar essa chave aqui primeiro. – Assim que ela dizia aquilo, o Chandelure levantava uma de suas hastes, e mostrava a chave que estava pendurada nela. - E você também vai ajudar, ô sua songamonga. – Nazaré lançava um olhar perverso contra Jynx, a fazendo correr para o seu lado.

Agostinho parecia estar voltando ao normal, e a ficha finalmente caia. Além de não conseguir o que queria, ainda acabava com os planos de Tuco para encontrar a chave sem suspeitas. A única coisa que restava para eles era uma batalha.

PROGRESSOS DA ROTA – Don Baresi :


PROGRESSOS DA ROTA – Joe Yokosuka :



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